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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

LAMPIÃO NO ORATÓRIO

*Rangel Alves da Costa

Os grandes feitos dos homens, ou mártires da abnegação e da fé, são reconhecidos pela Igreja e tais feitos de desapego ao mundano e devotamento religioso através da santificação. Mas não somente a Santa Sé reconhece e erige pessoas à santidade, vez que pessoas, comunidades e povos, também constroem altares àqueles que reconhecem como verdadeiras santidades.
É pela fé, pela crença e pelo devotamento, que o povo, principalmente o mais comum da sociedade, vai tornando seu mito humano em santidade. Acontece muito isso na região nordestina do Brasil. De vez em quanto se encontra uma cruz da donzela ou uma cruz do homem, sempre com a presença de uma capelinha de refúgio e oração. Significa dizer que a donzela ou o homem são acreditados e devotados como se santificados fossem. E não há como afirmar que o povo esteja errado na sua concepção, vez que tudo nascido na crença maior.
Os exemplos maiores, contudo, dizem respeito aos reconhecidamente santos nordestinos, ainda que sem reconhecimento oficial da Igreja. Padre Cícero Romão Batista, o tão conhecido Padim Padre Ciço do Juazeiro, bem como o Frei Damião, se constituem nesta manifestação explícita da fé íntima de um povo. O Santo do Juazeiro desde muito é devotado pelo Nordeste inteiro e tido e havido como milagreiro e até como o maior dos santos. Sua representação é tão forte que não há de se falar em religião nordestina sem colocá-lo no pedestal maior de crença e devotamento. Depois de Deus, do Nosso Senhor Jesus Cristo, a valia no Santo Padim, é assim que o povo se expressa.
Não obstante a santificação pelo povo daqueles vindos da própria Igreja, como é o caso do Padre Cícero e do Frei Damião, também altares erguidos aos beatos e beatas e seus milagres. Pessoas oriundas das camadas comuns da sociedade, mas depois abraçados pela religiosidade e pelas causas maiores da fé. Daí surgirem os beatos afeiçoados a pastores e com dezenas ou centenas de seguidores. Daí as beatas ungidas pelo sangue da fé e no além continuando como verdadeiras protetoras e milagreiras. Como afirmado, não há como volver da mentalidade do povo outra noção de religiosidade, principalmente de base científica.
Que não haja espanto com a santificação de Luiz Gonzaga, de Patativa do Assaré, do Cego Aderaldo e tantos outros dignificantes homens nordestinos. Basta o povo querer e não há como desfazer o altar. Por isso mesmo que Virgulino Ferreira da Silva, o Capitão Lampião, cangaceiro maior dos carrascais nordestinos, passou a ser mitificado de tal modo que, tantas vezes, vai muito além do herói para se firmar como verdadeiro mártir dos sertões brasileiros. Seria, assim, um Lampião santificado pelo povo.
Por que a santificação pelo povo não exige nada além da crença do próprio povo, certamente que o reconhecimento de seu valor igualmente não exige sequer o conhecimento ou aprofundamento na sua história, seu percurso de vida, seus feitos, seus males ou bondades. E muito menos de sua religiosidade, hoje reconhecida como de devotamento aos santos e principalmente ao Padre Cícero do Juazeiro. Basta apenas que o líder cangaceiro seja visto pelo povo como injustiçado, perseguido, vitimado na sua luta. E tem muita gente que pensa assim, que concebe a figura de Lampião como um mártir nordestino.
Aqueles que pensam assim - e que, repita-se, são muitos - são também aqueles que voltam das feiras interioranas trazendo no embornal duas imagens de barro de igual valor: Padre Cícero do Juazeiro e Virgulino Lampião. Nos seus entendimentos, duas imagens que merecem guarida nas suas casas ou casebres de cipó e barro. E de repente, num ânimo espiritual sem plausível explicação, e os dois passam a ser avistados até mesmo dentro de oratórios. Mas, e urge que se saliente, também em muitas mansões e requintadas moradias nordestinas, pelas paredes e móveis não se avista imagem alguma de santo, mas a de Lampião está por todo lugar.
O sentido da santificação de Lampião pelo povo não está, contudo, no seu poder milagreiro ou nos seus feitos religiosos ou ainda de caridade, mas tão somente pelo poder de escolha popular de seus mitos, seus heróis, seus protetores. O estudioso ou pesquisador, com cátedra em heroicizar ou destruir, certamente possui argumento apropriado para dizer que Lampião nunca passou de um reles bandido ou que foi um grande herói. Mas isto não tem valia alguma àquele que simplesmente devota o Capitão. Para este, vale o homem e não o que digam sobre ele.
E assim, como fez certa vez a Velha Titoca, Lampião saiu da feira e foi fazer moradia diretamente no oratório. Ao lado das imagens de santos da Igreja e de Padre Cícero e Frei Damião, que são os santos nordestinos, o rei cangaceiro com sua imponência catingueira. Ao lado uma vela acesa. E diante de tudo a velha sertaneja ajoelhada em oração: Que todo mal seja desfeito pelo Padim Ciço Romão e pelo Frei Damião. Que toda injustiça seja combatida por Virgulino Lampião.

Escritor
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SERRA DO POÇO

Clerisvaldo B. Chagas, 25 de agosto de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.721

A serra do Poço faz parte do Maciço de Santana do Ipanema, Médio Sertão de Alagoas. Possui um pouco mais de 500 metros de altura. Embora esteja distante da cidade em cerca de seis quilômetros, faz parte dos montes que circundam a urbe. É majestosamente avistada de quase todos os pontos urbanos e parece ter sido uma das primeiras áreas a ser habitadas na história do município, mesmo sem habitações contínuas. Já foi celeiro de frutas, andu, fava e plantas medicinais da região sertaneja. Com o esvaziamento do espaço – cujas novas gerações preferiram viver na cidade – falta de mão de obra, não renovação dos pomares, desmatamento e exaustão das terras, a serra do Poço empobreceu.

SERRA DO POÇO. Foto (Clerisvaldo B. ChagaS
Houve tempo, quando a serra ainda era o Jardim do Éder, em que vários rapazes quiseram comprar terras no topo. A ideia  era construir cabanas para usá-las durante as neblinas de inverno e as aragens do verão; refúgio de férias e fins de semana. Mas os projetos de arranque ficaram apenas nas mesas do “Biu’s Bar” da Rua Delmiro Gouveia. E se todos os produtos apresentados como sendo da serra do Poço eram garantidos, garantida continua sua altitude, aragens, frieza e neblina das estações. O Gugi, a Camonga, Caracol (citada no primeiro documento sobre Santana) Remetedeira, são serras que ainda hoje aguardam o incentivo do turismo no sertão na forma de paisagismo, trilhas, chalés e escaladas.
A serra do Poço divide-se pela metade em terras de Santana do Ipanema e do Poço das Trincheiras, município vizinho, daí a sua denominação. Os dois principais acessos à montanha, saindo do centro de Santana, é pelo sítio Água Fria. O outro é pelo sítio Salgado no lugar conhecido como “Fazenda de Seu Didi”. Essa é a antiga estrada de terra que passa por outros sítios como Camoxinga dos Teodósios e Pinhãozeiro em direção a Águas Belas, Pernambuco. Foi aberta pelo prefeito Pedro Gaia em 1938, o mesmo prefeito que fez a primeira reforma física da prefeitura.

Ambos os acessos foram sempre péssimos e nem é preciso bater nessa velha tecla enferrujada. Mas a paisagem que você vai contemplar do cimo, compensará a língua de fora se a subida for a pé.


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FERREIRINHA

Clerisvaldo B. Chagas, 24 de agosto de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.722

SERRA DO POÇO. Foto (Clerisvaldo B. Chagas).
A serra do Poço faz parte do Maciço de Santana do Ipanema, Médio Sertão de Alagoas. Possui um pouco mais de 500 metros de altura. Embora esteja distante da cidade em cerca de seis quilômetros, faz parte dos montes que circundam a urbe. É majestosamente avistada de quase todos os pontos urbanos e parece ter sido uma das primeiras áreas a ser habitadas na história do município, mesmo sem habitações contínuas. Já foi celeiro de frutas, andu, fava e plantas medicinais da região sertaneja. Com o esvaziamento do espaço – cujas novas gerações preferiram viver na cidade – falta de mão de obra, não renovação dos pomares, desmatamento e exaustão das terras, a serra do Poço empobreceu.
 Houve tempo, quando a serra ainda era o Jardim do Éder, em que vários rapazes quiseram comprar terras no topo. A ideia  era construir cabanas para usá-las durante as neblinas de inverno e as aragens do verão; refúgio de férias e fins de semana. Mas os projetos de arranque ficaram apenas nas mesas do “Biu’s Bar” da Rua Delmiro Gouveia. E se todos os produtos apresentados como sendo da serra do Poço eram garantidos, garantida continua sua altitude, aragens, frieza e neblina das estações. O Gugi, a Camonga, Caracol (citada no primeiro documento sobre Santana) Remetedeira, são serras que ainda hoje aguardam o incentivo do turismo no sertão na forma de paisagismo, trilhas, chalés e escaladas.
A serra do Poço divide-se pela metade em terras de Santana do Ipanema e do Poço das Trincheiras, município vizinho, daí a sua denominação. Os dois principais acessos à montanha, saindo do centro de Santana, é pelo sítio Água Fria. O outro é pelo sítio Salgado no lugar conhecido como “Fazenda de Seu Didi”. Essa é a antiga estrada de terra que passa por outros sítios como Camoxinga dos Teodósios e Pinhãozeiro em direção a Águas Belas, Pernambuco. Foi aberta pelo prefeito Pedro Gaia em 1938, o mesmo prefeito que fez a primeira reforma física da prefeitura.

Ambos os acessos foram sempre péssimos e nem é preciso bater nessa velha tecla enferrujada. Mas a paisagem que você vai contemplar do cimo, compensará a língua de fora se a subida for a pé.


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O PAI DA POBREZA?

*Rangel Alves da Costa

Dias atrás Lula visitou o Nordeste e pelas redes sociais o que mais se lia era o chamamento para ir receber o “pai da pobreza”. Ontem li alguma coisa interessante neste sentido, onde uma jovem dizia: “Sou pobre, mas Lula não é o meu pai não”. Achei interessante por que aqueles que criaram a simbologia do “pai da pobreza” sequer imaginaram o quanto tal expressão pode significar.
Ora, ser pai da pobreza é ser o responsável pela pobreza, é ser o guardião da pobreza, é ser o comandante da pobreza. Ser pai da pobreza é ser aquele que semeia entre os seus os restos daquilo que ele mesmo tirou, é tentar proteger na lábia e na esperteza aqueles que o próprio dito pai deixou desprotegidos e desalentados.
Como pai da pobreza, o Lula se mostrou um pai negligente, irresponsável, deixando na mais absoluta miséria aqueles que viam na sua paternidade um futuro melhor. Mas o que aconteceu? O pai da pobreza enriqueceu alguns e a si próprio e simplesmente abandonou suas crias aos desvãos da crise por ele mesmo criada.
Mas hoje seus defensores, com as incoerências próprias dos fanatismos, simplesmente alardeiam a sua paternidade como algo bom. Querem fazer com que a população imagine ser o forjado pai um salvador da pátria para todos, querem mostrá-lo como a única pessoa que pode trazer a plena felicidade ao brasileiro.
Passam uma ideia de que ser pai da pobreza é ser aquele que coloca comida na mesa, que tudo faz para que os carentes e necessitados tenham o que for necessário à sobrevivência. Transmitem a ilusão de que somente através de sua paternidade acabará toda a miséria, toda a precisão, toda a carência do brasileiro. Mas esquecem de dizer - ou propositalmente omitem - que foi o tal pai de toda necessidade que aumentou a pobreza do brasileiro.
Como diz a letra de “Vozes da Seca”, na voz de Luiz Gonzaga, “mas doutô uma esmola a homem que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão...”. E foi, pois, com a ilusão da esmola que o dito “pai da pobreza” viciou uma população inteira a não querer trabalhar. E hoje, quando o país se mostra precipício abaixo por causa do petismo, a carestia bem acima de qualquer ganho, mostra o quanto foi iludido e acomodado na pobreza. E está cada dia mais pobre.
Mas nada mais verdadeiro em reconhecer o ex-presidente como pai da pobreza. Ora, foi a partir de seu governo que o Brasil passou a ser um país das ilusões e ter por consequência a miséria de hoje. Por mais que se diga que a partir de seu governo os programas de esmolas oficiais tenham alcançado milhões de brasileiros, foi também depois de seu governo que o país começou a afundar.
Quando Dilma assumiu o buraco já estava tão fundo que somente sendo uma petista para tentar encobrir a todo custo o abismo econômico já existente. Era tamanho o mundo de fantasia que se imaginava estar vivendo na nação mais rica e próspera do mundo. Até que o tempo viesse cobrar sua conta. E o custo maior disso foi o declínio total da economia e o crescimento da pobreza pelos diversos níveis da população.
A situação atual do Brasil, como um país em frangalhos, uma economia paupérrima e uma sociedade cada vez mais pobre se deve ao governista petista, e desde Lula. Daí que, efetivamente, ele é o pai da pobreza, pois tendo gestado a miséria e o desalento que hoje se tem na maioria da população brasileira.
Ainda segundo alguns, se ele é o pai da pobreza, igualmente é a mãe da miséria, da corrupção, de tudo o que está neste Brasil de agora. Tudo está assim por que foi semeado. E quem semeou foi a esperteza daqueles que viciaram na esmola e depois tomaram todo o país para si.

Escritor
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RARIDADE.

Por Verneck Abrantes

Raridade. O mês de outubro de 2017 terá 5 domingos, sendo o primeiro do mês exatamente em um domingo. 



Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Pombal/PB

Daí a nossa do Festa do Rosário de 2017 vai ser comemorada praticamente no mês de setembro, com seu encerramento no dia primeiro de outubro. Alguém já viu isso? 

Verneck Abrantes

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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ASCRIM/PRESIDENCIA – SESSÃO MAGNA ACJUS – OFÍCIO 094/2017.

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MOSSORÓ (RN), 23.08.2017   

REENVIADO A PEDIDOS

     É DA PRAXE DESTA PRESIDENCIA, QUANDO OFICIALMENTE CONVIDADO, DIGNAR-SE RESPONDER AOS ECLÉTICOS CONVITES DOS PRESIDENTES DE SUAS CO-IRMÃS. EXEMPLO QUE NOTABILIZA O VIÉS DE UM PRESIDENTE CORRESPONDER A ESSE ECLETISMO, PORQUE SABE A DIFERENÇA ENTRE O LIAME DA PARTILHA E DO PRESTÍGIO QUE ASCENDE E CRESCE NO INTERCÂMBIO ENTRE SEUS PARES.
   NESTA SINTONIA, UM CONVITE PARA PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS CULTURAIS E A CONFIRMAÇÃO, INTERCAMBIADOS ENTRE ENTIDADES CULTURAIS, MERECE E FUNCIONA COMO UM “FEEDER”, EVIDENTE, REPASSADO A TODOS OS ACADÊMICOS DE SEUS CORPOS SOCIAIS, PELO SEU PRÓPRIO PRESIDENTE, CUJO ESSE FEEDBACK ALIMENTA, NATURALMENTE O FERVOR E A CONSIDERAÇÃO EM QUE SINGRAM OS INTELECTUAIS DESSAS PLÊIADES.
  DESTA FORMA, AGRADECENDO AO EXCELENTÍSSIMO PRESIDENTE DA ACJUS, DR.  JOSÉ WELLINGTON BARRETO, PELO CONVITE, RESERVO-ME ATRIBUIR MESMO VALOR DE PARTILHA, DIZENDO QUE É UMA HONRA CONFIRMAR MINHA PRESENÇA A SESSÃO MAGNA DE ELOGIO AOS PATRONOS DAS CADEIRAS 15 E 38, NO DIA 24.08.2017(QUINTA-FEIRA), em Josué Buffet às 19h. (conforme convite anexo), AO TEMPO EM QUE REPASSO, A TÍTULO DE LEMBRETE,  O ASSUNTO DO ALVO CONVITE DE IGUAL MODO, POR CÓPIA,  AS EXCELENTÍSSIMAS AUTORIDADES GOVERNAMENTAIS,  ACADÊMICOS DA ASCRIM E POTENCIAIS CANDIDATOS A ACADEMICOS DA ASCRIM, ILUSTRES PRESIDENTES DE ENTIDADES CULTURAIS E DIRIGENTES DE INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS, POR SER DO INTERESSE, CLARO, DOS MESMOS, TOMAREM CONHECIMENTO E DIGNAREM-SE, DO SEU MISTER, CONFIRMAR SUAS PRESENÇAS, JUNTAMENTE COM AS EXCELENTÍSSIMAS FAMÍLIAS CONSORTES.
   COMUNICO, OUTROSSIM, QUE OS ACADÊMICOS DA ASCRIM, QUE COMPARECEREM AO EVENTO SUPRAMENCIONADO, DEVEM CUMPRIR O RIGOR OBRIGATÓRIO DE USO DO UNIFORME OFICIAL (VESTE TALAR), CONSOANTE NORMA ESTATUTÁRIA, ATRIBUTO DIGNITÁRIO DO DECORO INTELECTUAL.  
SAUDAÇÕES ASCRIMIANAS,
FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO
-PRESIDENTE DA ASCRIM-

C/CÓPIA PARA OS PRESIDENTES E DIRIGENTES DE ENTIDADES GOVERNAMENTAIS.
C/CÓPIA PARA OS PRESIDENTES DE ENTIDADES E INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS
C/CÓPIA PARA OS PRESIDENTES DE ENTIDADES CULTURAIS.
C/CÓPIA PARA JORNALISTAS E COMUNICADORES,
C/CÓPIA PARA OS ACADÊMICOS DA ASCRIM,
C/CÓPIA PARA OS POTENCIAIS CANDIDATOS A ACADÊMICOS DA ASCRIM.


De: ACJUS - Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró <acjus@bol.com.br>
Enviado: quarta-feira, 9 de agosto de 2017 14:51
Para: asescritm@hotmail.com
Assunto: CONVITE ACJUS
 
FAVOR DESCONSIDERAR E-MAIL ENVIADO ANTERIORMENTE, SEGUE O CORRETO.
OBRIGADA.

Boa tarde Caro Presidente da ASCRIM - FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO

O presidente da ACJUS acadêmico José Wellington Barreto, tem a honra de convidá-lO para participar da sessão magna de elogio aos patronos das cadeiras 15 e 38, (conforme convite anexo), neste dia 24/08/2017, em Josué Buffet às 19h.
Contamos com vossa valiosa presença de todo corpo acadêmico e de familiares.
 
Atenciosamente,
 
Josilene Morais
Secretária Executiva
Contatos: (84) 98868-4824 / 99917-5970 / 98806-0073
                        
Facebook: ACJUS - Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró
Twitter: @acjus2
Endereço: Alameda das Oiticicas, 17 - Conj. Urick Graff - Bairro Costa e Silva
Mossoró-RN                       CEP: 59.625-440

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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MULHERES CANGACEIRAS - O MUNDO FEMININO DO CANGAÇO, RETRATADO EM CORDÉIS.

Por João de Sousa Lima

A milenar arte cordelista apresenta a Mulher no Cangaço, retratando a vida da Índia Pankararé Inacinha e as duas irmãs Aristeia e Eleonora.



Diferente das ficções apresentadas nos cordéis, esses dois exemplares sobre a mulher cangaceira retrata a verdadeira história que elas viveram no cangaço.
 
Para adquirir:
75-988074138 (João)
75-988489117 - 988348931 -  (Jurivaldo Alves)
75-988915160 - (Patrícia 

http://joaodesousalima.blogspot.com.br/2017/08/mulheres-cangaceiras-o-mundo-feminino.html

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LAMPIÃO SEQUESTRA MACÁRIO GOMES DE SÁ


Após a derrota do bando comandado por Virgolino Ferreira, o “Rei do Cangaço”, nas terras do sal, no Estado do Rio Grande do Norte, o Sertão do Pajeú pernambucano tem um pouco de paz no que se refere aos ataques de bandos de cangaceiros. Lampião, deixa, sai das imediações de Mossoró com um enorme bando, isso devido ao “Rei do Cangaço” não ter entrado na cidade, fez seu QG fora desta, na Estação Ferroviária e tinha como interlocutor entre seus homens e ele o cangaceiro Sabino, chegam a Limoeiro do Norte, no Estado cearense, desmoralizados, famintos e esfarrapados. Comem, vestem e curam suas ‘feridas’, pagam por esse serviço e depois seguem rumo à terra natal do chefe mor.


Esse caminho, apesar de ser, ou ter-se que fazer, uma enorme volta, contornando a parte Oeste do Estado da Paraíba, fora escolhido por Lampião não poder mais penetrar nesse território. Além de ter inúmeras volantes desse Estado, Paraíba, em sua cola, agora o ‘Rei Vesgo’ tinha um grande contingente de jagunços, homens do coronel José Pereira, de Princesa Isabel, PB, fuçando em sua traseira, chegando há um número muito superior ao total dos homens da Força Pública legal. E a ordem era para pegar e matar todos, inclusive Lampião. Essa ‘ordem’, ou ‘decisão’, tomada pelo coronel Zé Pereira foi à represália, segundo alguns autores, ao que o bando de cangaceiros tinha praticado na cidade de Souza, PB.

Lampião deixa a cidade cearense com um bando ainda bastante grande, porém, no decorrer da caminhada rumo ao Leão do Norte, seus homens vão sendo mortos, presos e outros debandam para não serem abatidos. De um grande bando, resume-se há um pequeno grupo de seis homens, com ele incluso, que seriam os cangaceiros Lampião, Ponto Fino, Moderno, Luiz Pedro, Mariano e Mergulhão. Logo após sua chegada em território pernambucano, toma a decisão de atravessar sobre as águas do “Velho Chico” para o Estado baiano, a fim de montar, ou remontar, seu ‘império do terror’ naquelas paragens. Isso ocorreu no final da segunda metade de 1928. Por um determinado tempo, some e ninguém dar notícias sobre ele: nem a imprensa, nem os militares, tão pouco os moradores das brenhas sertanejas. Só há notícias dele no decorrer do novo ano, 1929. Mesmo assim, bastante longe uma da outra. Ele, nesse meio tempo, conhece Maria Gomes de Oliveira, a Maria de Déa, a qual viria a ser a “Rainha do Cangaço”. No final de 1929, Lampião reaparece na Vila de Pombal, BA, já com um bando contendo figuras destacadas como Arvoredo e Corisco, o ‘Diabo Louro’, os quais passam a fazerem parte de seu bando de bandoleiros. Em 1930 estoura a Revolução.

Por incrível que pareça, essa seria a oportunidade que os cangaceiros teriam para agiram mais libertos sobre os Povoados, Vilas e pequenas cidades daquela região, sertão do Pajeú das Flores, interior do Estado de Pernambuco, devido à ausência de contingente militar, pois esse, na maioria, estava a prestar serviços ao governo legal na Capital do Estado, Recife, dando combate aos revolucionários. Talvez fora exatamente por isso que Lampião resolvera retornar a sua terra natal no final de 1930. Enganam-se aqueles que pensam que com a ida do “Rei do Cangaço” para terras baianas, o mesmo tenha se desligado definitivamente de alguns ‘nobres’ e fortes colaboradores como comerciantes, políticos, coronéis e militares pernambucanos.

Com seu bando já reorganizado, sendo, naquele momento, composto por ‘ilustres’ nomes da saga cangaceira como Labareda, Volta Seca, Corisco o ‘Diabo Louro’, seu primo ‘Arvoredo’ entre outros, nomes que iriam fazer parte do epílogo do Fenômeno, o chefe cangaceiro mor cruza as águas do Rio São Francisco para sua margem esquerda, na altura do território pernambucano.

“(...) No dia 28 de novembro de 1930, Lampião, acompanhado de seu irmão Ezequiel Ferreira da Silva, o “Ponto Fino”, o cunhado Virgínio Fortunato da Silva, o “Moderno”, com reforço de Cristino Gomes da Silva Cleto, o “Corisco” ou “Diabo Loiro”, e Antônio dos Santos, o perigoso menino cangaceiro “Volta Seca”, de apenas 12 anos, que tinha entrado para o cangaço um ano antes, com 11 anos, em 1929, Ângelo Roque, o “Labareda”, os irmãos Ingrácias, Antônio e Cirilo, e os veteranos Mariano Laurindo Granja e Luiz Pedro, formando um grupo com cerca de 20 cangaceiros, cruzaram da Bahia para Pernambuco (...).” (“As Cruzes do Cangaço – Os fatos e personagens de Floresta - PE” – SÁ Marcos Antonio de. e FERRAZ, Cristiano Luiz Feitosa. 1ª Edição. Floresta – PE, 2016)


Não foi a toa que Virgolino Ferreira, o cangaceiro Lampião, recebeu o codinome de “Rei do Cangaço” ou “Rei dos Cangaceiros”. Lampião tinha uma rede de informantes que o deixava, sempre, bem atualizado sobre o movimento das tropas volantes que estariam, ou estavam em seu encalço. Sabedor de que não havia tantos volantes nas redondezas do semiárido sertão pernambucano, decide agir no município da cidade de Floresta, PE. Divide seu bando em pequenos grupos dando a ordem para que fossem saqueando os moradores mais abastados. Após ter dado uma ‘batida’ em várias fazendas, propriedades rurais, reagrupa seu bando e pega o rumo da sede da fazenda Gravatá, uma das várias fazendas do Sr. Macário Gomes de Sá. Macário era um rico latifundiário que possuía grandes extensões de terras, tanto no Estado pernambucano como no da Bahia. Teve o cuidado de em cada uma de suas fazendas produzir, ou criar, determinadas cultuaras e distintas raças e criações, e de, na época, ‘colaborar’ tanto com bandos cangaceiros como com as volantes que por suas propriedades passassem para que o deixassem em paz.


O chefe mor do cangaço estava a par de que naquela fazenda, volantes iam e vinham, cruzando as águas do “Velho Chico” nas canoas dos canoeiros, dormiam e se alimentavam. Inclusive seus maiores inimigos, perseguidores ferrenhos, que saíram à caça de Lampião não por uma questão de receberem soldo, mas, por uma questão de honra, uma luta particular entre eles, os Nazarenos. Os filhos de José Ferreira e os Nazarenos muito se digladiaram nas brenhas interioranas dos Estados nordestinos.

Como sombras errantes, a cabroeira chega, de mansinho, sem fazerem barulho no terreiro da casa sede. Não estavam todos da caterva nos arredores da casa. Lampião não era bobo. Manda que alguns dos seus cabras façam piquetes nas várias estradas que levavam a casa sede, evitando assim uma desagradável surpresa com alguma volante. Em um desses piquetes, é aprisionado um cidadão que imediatamente e levado a presença do chefe mor do cangaço. Tratava-se do filho de uma fazendeira, sua ‘colaboradora’, Santina do Tigre, de nome ‘Miguel’. Tigre, ou a Tigre, era o nome da fazenda em que sua dona era a viúva Santina, mãe de Miguel. Imediatamente, ao saber de quem se tratava, Lampião determina de que ninguém mexa num fio de cabelo do rapaz. No entanto, usando uma destreza enganadora, Virgolino pergunta se Miguel teria como dar de ‘presente’, aos cabras que o prenderam, uma determinada quantia. Miguel, mais do que ligeiro, responde que não levava consigo a importância ‘solicitada’, mas que mandaria alguém, algum empregado de Macário, buscar na fazenda de sua mãe.


Os serviços do dono da fazenda Gravatá, Macário Sá, foram solicitados pelo chefe cangaceiro, para que o mesmo mandasse providenciar alimento para seus homens. A esposa de Macário, dona Filomena, mais do que depressa ordena que se faça comida para todos. Lampião começa uma prosa com o fazendeiro, fazendo várias perguntas para ver se pegava ele no ‘pulo – do – gato’, sobre a passagem das volantes por aquelas paragens. De repente, alguns cangaceiros que estavam fazendo um piquete em outra estrada, trazem para perto do chefe um outro cidadão. Lampião pergunta se Macário saberia de quem se tratava. Macário responde que era um vizinho da fazenda e que era muito trabalhador. Virgolino, mesmo com um só olho, às vezes enxergava mais do que aqueles que tinham os dois: chegando mais perto do prisioneiro, começa a fazer uma minuciosa investigação. Descobre que em um de seus ombros tem um calo e, como no ombro dele, fora gerado pela bandoleira e o peso do fuzil. Continuando a averiguação, descobre que em sua cintura também havia calos secos, protuberância vinda do couro da cartucheira. Para determinar a coisa, um dos cangaceiros relata para o chefe que haviam encontrado um documento com ele e o tinham jogado no mato, porém, o prisioneiro fora até onde estava o documento e o pegara, recolocando-o novamente em um de seus bolsos.


A maioria dos cangaceiros, assim como a maioria dos nordestinos do interior dos estados, não sabiam ler, no entanto, Virgolino sabia. De posse do documento, vem a saber que trata-se de uma identidade militar. Além de ser, ou ter sido militar, o cidadão a sua frente era nazareno. Ora, só por ser ‘macaco’, sua sentença já estaria marcada, sendo filho de Nazaré, além da morte, essa teria que ser sofrida, judiada...


Um trabalhador da fazenda é amarrado junto ao militar, o qual já se encontrava amarrado pelos punhos, no esteio de uma latada no aceiro do terreiro da casa. Começa-se então uma cessão de torturas nos dois. As torturas do trabalhador não são tantas nem tão cruéis, no entanto, sabedores de que tratava-se de um militar, nazareno, o soldado Aureliano Sabino é vítima de chutes, socos, e vários cortes pelo corpo. O dono da fazenda, o Sr. Macário, também começa a ser torturado, esse com exclusividade de Lampião. Aureliano está, nesse momento sendo retalhado pelo alagoano Cristino Gomes, o cangaceiro Corisco. Dona Filomena, esposa de Macário, não encontra mais nomes de Santos implorando pela vida do militar.


A tarde continua e a tortura de Aureliano prossegue. Lampião, em determinado momento, grita que a vida daquele volante quem tiraria era ele. Chega bem próximo do corpo totalmente ensanguentado do volante, saca da pistola e acerta-lhe uma bala na altura do frontal, na testa. Após o disparo, o qual leva Aureliano à morte, e ao fim de seu suplício, os cangaceiros desferem várias facadas e punhaladas naquele corpo dependurado, porém já inerte. Nessa altura dos acontecimentos, Lampião, vendo o medo no semblante do fazendeiro Macário, diz que ele estar preso e que só o soltaria mediante a quantia de três contos de réis. O cangaceiro Volta Seca pratica um ato horrendo no corpo do volante morto. Corta o pescoço do militar, deixando sua cabeça sair rolando pelo terreiro, até alguns animais, porcos, saírem a empurrando com suas trombas para o início do mato, comendo-a em seguida.


“(...) Foi quando o menino cangaceiro Antonio dos Santos, o “Volta Seca”, aproveitou, pegou um facão e decepou a cabeça de Aureliano, fazendo-a rolar no chão, ficando com a boca aberta e os olhos piscando, numa cena brutal e diabólica, assistida pelos homens e mulheres que estavam presentes (...) Alguns porcos criados na fazenda saíram empurrando a cabeça de Aureliano para dentro dos matos, para servir de alimento ficando o corpo caído no terreiro da casa (...).” (Ob. Ct.)


Referem alguns autores de que, devido à morte do cangaceiro “Gavião” pelo vaqueiro Domingos Ernesto da Costa, num local chamado Lagoa das Emas, em 1930, e dias depois fora sepultado, seu corpo fora exumado pelo médico, Dr. Xavier da Costa, ter tido decepado, retirado, cortado seu pescoço, e seu crânio enviado a Capital baiana, Salvador, (Blog cangaçonabahia.com), é que teria desencadeado a barbárie praticada pelos cangaceiros no corpo do tenente Geminiano. Aqui paramos e perguntamos, teria, realmente, sido a causa à exumação do corpo de “Gavião”? Sabe-se, porém, que a partir daí, todo cangaceiro morto, principalmente pelo comandante da volante baiana, o pernambucano José Osório de Farias, Zé Rufino, tem sua cabeça decepada e enviada para Salvador, capital da Bahia. O ex cangaceiro Moreno, em uma de suas últimas entrevistas, refere, em lágrimas, que o maior medo de um cangaceiro, seria de ser morto e ter sua cabeça decepada tendo seu corpo de ficar exposto sem cabeça em cima do chão sertanejo.

Lampião havia determinado de que o resgate de Macário seria de três contos de réis. Mesmo tendo muito mais, em terras, culturas e animais, aquela importância em dinheiro era uma fortuna e não havia, naquele momento, quem a possuísse, tivesse, guardada em casa. O “Rei do Cangaço” então diminui para dois e depois para um conto. Mesmo essa quantia, não havia tempo de arrecadar em sua propriedade. Sua esposa, dona Filomena, envia seu filho, Elói Macário, para emprestar de algum dos vizinhos. Por fim, o amigo e fazendeiro Sérgio Gomes Correia, por todos conhecido por “Yoyô do Tigre”, empresta a grana e Macário termina por ser libertado por Lampião.

PS// FOTO COLORIZADA PELO PROFESSOR Rubens Antonio, DE AUTORIA DE JOÃOZINHO RETRATISTA

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ANTONIO FRANCISCO ENALTECE MOSSORÓ NO PROGRAM DE FÁTIMA BERNARDES

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Cezar Alves

Publicado em 25 de ago de 2017
O poeta Antônio Francisco participando do programa Encontro, de Fátima Bernardes, da Globo.
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POSSE DE MARCUS LUCENNA COMO ACADÊMICO DA ACADEMIA MOSSOROENSE DE LITERATURA DE CORDEL

Por Marcus Lucena

Tomando posse ontem à tarde, dia 23 de agosto de 2017, como acadêmico da Academia Mossoroense de Literatura de Cordel. O patrono da cadeira que assumi, é o poeta Antonio Sobrinho. 



Recebo das mãos do jurista, poeta e escritor Wellington Barreto, o meu diploma de acadêmico da AMLC. 



Na mesa o presidente da referida instituição Gualter Alencar e autoridades locais.



Agradeço o carinho de todos os poetas e acadêmicos presentes, aqui representados pelo poeta Antonio Francisco, que também prestigiou a solenidade.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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