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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"


Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:

franpelima@bol.com.br
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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DOCUMENTÁRIO OS NOVE DO ANGICO

Enviado em 2013 pelo escritor e pesquisador do cangaço Dr. Archimedes Marques
Delegado da Polícia Civil no Estado de Sergipe

Caro amigo José Mendes:

Segue em anexo o documentário OS NOVE DO ANGICO, realizado pelo pesquisador cearense CHARLES GARRIDO. Trata-se de um documentário novo e bem recheado de informações e até novidades, lançado no YOUTUBE no último dia 15/12/2013

Segue as palavras iniciais do autor Charles Garrido e em seguida o seu documentário:

Prezados, saudações.

É com muita alegria, que comunicamos em modo oficial o lançamento do documentário "Os Nove do Angico".

Tivemos inclusive a sorte de poder lançá-lo antes do dia previsto, que no caso seria apenas amanhã (dia 16/12).

Nunca é demais lembrar que trata-se de um trabalho sem fins lucrativos, com a duração de 01:05:31, em imagens "Full HD", gravado em cinco cidades: Fortaleza, Campina Grande, Maceió, Recife e São Paulo.

Elenco:

Ana Cristina Horário, Antônio Amaury, Carlos Elydio, José Francisco De Azevedo Filho, Luiz Ruben, Maria do Amparo, Marcus Azevedo, Paulo Brito.

Sugestões para uma melhor compreensão:

Por gentileza, atentem para os seguintes marcadores (cronômetro)

1 - De 00:40:23 a 00:41:11

2 - De 01:00:58 a 01:03:42

Nos momentos citados acima, o telespectador perceberá que há uma queda no áudio. Isso explica-se facilmente por tratar-se das participações do nosso principal personagem, que cedeu essa entrevista em maio de 1994, ou seja, à época o sistema ainda era em VHS, o que prejudica um pouco a audição e imagem de seus respectivos relatos. Porém, é apenas uma questão de adequar o volume de seu aparelho, e não haverá muito problema.


Sugerimos também que, quem tiver interesse em baixar o arquivo para um pendrive, fica bem melhor de assistir em uma TV de alta resolução, tirando assim, um melhor proveito do material a ser exibido.

Aceitamos: críticas, o contraditório, elogios e sugestões. Apenas solicitamos que os comentários sejam respeitosos para com aqueles que participam desse trabalho, pois todos o fizeram unica e exclusivamente em prol da cultura nordestina.

Permitam-me por gentileza um comentário pessoal:

Conforme havia citado anteriormente em algumas oportunidades, encerro por aqui a minha saga como pesquisador, oferecendo ao meu povo, e minha região, esse modesto documento cinematográfico, como uma pequena demonstração de amor e carinho à nossa cultura. Foram vinte e cinco anos de dedicação, mais de setenta mil quilômetros rodados país afora, inúmeras paisagens, e várias entrevistas com testemunhas oculares do tema cangaço. Não tenham dúvidas, meus amigos, foram os dias mais felizes da minha vida. E creiam, nesse momento, as lágrimas caem involuntariamente.

Obrigado pelo carinho de todos vocês, pelo incentivo nas horas em que pensei em desistir de concluir esse árduo trabalho, sobretudo, pela confiança e credibilidade depositadas em minha pesquisa.

Finalizo, citando que "OS NOVE DO ANGICO", não possui um dono, e sim, pertence ao povo nordestino, que indubitavelmente é a grande força motriz desse país.

Vamos compartilhar ao máximo que pudermos, avisem aos seus amigos, familiares e colegas de trabalho. Mostremos ao mundo um pouco daquilo que temos de melhor, que são: os nossos costumes, e nossa história.

Nada pode ser mais importante para o nordestino, do que orgulhar-se de sua própria identidade.


Charles Garrido Patrício Aguiar.

https://www.youtube.com/watch?v=ZQJsOKwmPbU
        
Os Nove do Angico
www.youtube.com

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O PÃO E O QUEIJO

Clerisvaldo B. Chagas, 8/9 de agosto de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.159


Nada como café com queijo nas fazendas do Sertão. Mas as fazendas que produzem o leite também gostam de criar o porco aproveitando o soro do leite para engordá-lo e passar nos cobres. O costume é antigo e não havia fiscalização alguma, podendo o criador fazer o que bem entendesse. No Sertão alagoano fabricam-se dois tipos de queijos, no geral, o de coalho e o de fogo, também chamado de queijo de manteiga. A maioria, nas condições rudes em tudo. Usa-se lenha da caatinga numa ajuda a mais no desbaste da flora nativa. As pocilgas ou os currais ficam muito perto do fabrico e o que se junta de moscas é um absurdo. O produto é vendido em feiras livres, mercadinhos e bodegas da região. O queijo de manteiga usa fogo, o de coalho não.
De uns tempos para cá, a fiscalização e a orientação têm sido intensas, visando à higiene dos produtos fabricados. É claro que ainda existe resistência aos tempos modernos. Vez em quando saem notícias de multas, interdição de fabriquetas e mais. No caso do queijo de manteiga, também tem fraude, segundo os conhecedores do assunto. Ao invés da manteiga, o mal intencionado coloca óleo industrializado, repassando a mercadoria como de primeira qualidade. Não se concebe mais esse tipo de coisa na brincadeira com a saúde humana. É necessária mesmo a fiscalização na saúde e no meio ambiente. A conscientização ainda está muito distante do trapaceiro.
Assim como sentimos orgulho em termos o melhor aeroporto do Nordeste e o quinto do País, também nos orgulhamos do nosso queijo de coalho, em nova dimensão. Fiscalizado, bem embalado e o com selo alusivo, procura o reconhecimento como queijo alagoano, assim como o de Minas Gerais.
Sobre o vaqueiro nordestino:

“Ela pergunta meu bem
Você quer café com queijo?
Ele responde sorrindo
Eu quero é lhe dá um beijo”.

Ê vida de gado...


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ATENADA

Por Francisco de Paula Melo Aguiar

O teu sorriso sonso
De quem não quer
Querendo...
Sarcástico ...
O teu olhar por trás
Dos óculos escuros
Brilhante como o sol
Misterioso e profundo...
É teu único cavalo de batalhas
É com ele que tu machucas
Também tonteias, catucas
E tapeias Deus e o mundo...

Tu vives com a cabeça ao léu
No mundo da lua...
Ao ar...
Ao vento...
Sonhando acordada
Acorda para sonhar
Ponha isso na cabeça
Quem vai para chuva
Quer se molhar
E quem vai ao sol
Quer se queimar.
Corra do relento.

http://www.recantodasletras.com.br/poesias-de-vida/6712190

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MARIA DE MATOS, FILHA DE LUIZ PEDRO E NENÊ


Por Rubens Antonio

Material levantado de fontes documentais pelo pesquisador Orlins Santana de Oliveira, Membro do Instituto Historico da Bahia, gentilmente disponibilizada por este estudioso através deste blog.

Em março de 1934, uma criança foi entregue ao chefe da estação de Jurema, no Distrito de Juazeiro, na Bahia. Este se incumbiu de encaminhá-la para Salvador. Na capital, chegaram duas, ambas relacionadas como filhas de cangaceiros. Na pequena menina juntada no caminho, tinha um bilhete esclarecia. Chamava-se ¨Maria¨ e era filha do cangaceiro Luiz Pedro.

Enviada para Salvador, foi colocada em 28 de maio de 1934 na roda do Asylo dos Expostos, em Salvador.
Seu registro de entrada:


Transcrição do registro de entrada:
"Livro n.28 do Asylo dos Expostos
De 10 de Maio de 1934 á 21 de Novembro de 1935
1934
Maio – 28


Pelas 14 horas 1/2 foi posta na roda do Asylo de N.S. da Misericordia uma menina parda, com 3 mêses de edade, em bom estado de saúde.
Trouxe os seguintes objectos:

1 – Vestido com renda de bilro
2 – Fralda de morim velha;
3 – Touca branca com renda de bilro
e a seguinte declaração:
Maria – com 3 mêses de edade, filha do bandido.
Pae – Luiz Pedro
Mãe – desconhecida, vinda do Nordeste"
.
Santa Casa de Misericórdia, em Salvador, atualmente:

Situação atual da antiga localização da Roda dos Expostos, da Santa Casa de Misericórdia, em Salvador:


Situação antiga com a Roda dos Expostos, na Santa Casa de Misericórdia, em Salvador:


Atualmente, a roda original encontra-se no Convento do Desterro.
A menina foi batizada Maria de Matos, no dia 29,
Morreu de pneumonia, a 8 de julho de 1934.

Registro de batismo e de falecimento:
.

Transcrição das anotações do batismo e do falecimento:
Maria de Mattos
Baptisou no dia 29 de Maio de 1934
Falleceu de pneumonia, em 8 de Julho de 1934.

Para utilizar as matérias deste blog, atentar para:




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LANÇAMENTO DE LIVRO!


Foi com alegria que recebi o convite do amigo Voldi para participar do lançamento desta importante obra. O relato de um apaixonado pelo Cangaço, acompanhado por fatos históricos, que desembocam na data de nascimento oficial de Maria Bonita, companheira de Lampião! Programa imperdível para os apreciadores da cultura nordestina. 




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BEM VINDOS AO ACORDE PRO CORDEL


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QUINCO VASQUES E A GRANDE FESTA DOS 10 ANOS DE CARIRI CANGAÇO

Por Manoel Severo

O final da tarde no Portal do Cariri emoldurava com luxo a programação em Missão Velha. A caravana Cariri Cangaço 10 Anos se deslocava da Fazenda Padre Cícero até a emblemática Carnaúba dos Vasques e ao memorável Casarão de Quinco Vasques, o Bravo Caririense. Quem se desloca a partir de Barbalha para o município de Missão Velha, sentido sul/norte, vai encontrar cerca de 4 km antes da entrada da cidade um entroncamento onde vamos visualizar a placa: Carnaúba dos Vasques. Trata-se de um entroncamento entre a CE que leva ao centro do município e a outra que vai até o aeroporto de Juazeiro do Norte.Ali se encontra uma das mais tradicionais fazendas de Missão Velha, berço da família Vasques.

Patriarca Quinco Vasques ao lado de seus 10 filhos na Casarão dos Vasques

O Casarão imponente e ímpar; não só pela sua arquitetura de beleza incomum; mas e principalmente por toda a história e tradição que guarda por trás de suas espessas paredes, o casarão da Carnaúba dos Vasques, de Quinco Vasques, viria a ser a morada do famoso "bravo caririense" depois do desenrolar dos episódios da invasão a Lavras da Mangabeira em 1910.
"Nossa gratidão eterna a Severo por esse momento de homenagens a Quinco Vasques pelo Cariri Cangaço"Aélio Vasques 
Quirino Silva, Aelio Vasques, Manoel Severo, Hernesto e Mabel Vasques, Bosco André
 Lisbela, Eliana Pandini, Ingrid Rebouças e Rosália Freire
Neli Conceição e Célia Maria

Joaquim Vasques Landim; mais conhecido por Quinco Vasques. Patriarca de uma das mais tradicionais famílias de nosso cariri, do seio dos Terésios, de Santa Teresa; a família Vasques Landim; que protagonizou uma enormidade de episódios pitorescos e importantes dentro da história do coronelismo do sul do Ceará no inicio do século passado foi homenageado pelo Cariri Cangaço 10 Anos quando na Câmara Municipal de Missão Velha recebeu "in memoriam" a comenda de "Personagem Histórico do Sertão". 

 Visita da Caravana Cariri Cangaço 10 Anos ao Casarão dos Vasques
 Aélio Vasques, Manoel Severo e Bosco André
Família Vasques Landim na festa dos 10 Anos do Cariri Cangaço
Sousa Neto, Neli Conceição e Ivanildo Silveira
Clênio Novaes e Moreira Paz
Ivanildo Silveira e Nivaldo Pereira

"Quinco Vasques, tratava-se de homem de descomunal bravura, natural do sítio Santa Teresa, Missão Velha, e residente, então, na Serra de São Pedro, sítio Bico de Arara, atual município de Caririaçu. Viveu ainda em Aurora, no sítio Tipi, onde foi vaqueiro do casal Marica Macêdo e Cazuzinha, de quem era primo legítimo. Alguns de seus filhos, da união com Maria da Luz de Jesus (Marica), foram nascidos no sítio Tipi, a saber: Antônio Joaquim Vasques Landim, nascido aos 6 de setembro de 1898, e Joanna Vasques Landim, nascida aos 22 de maio de 1900. Justifiquemos: “Aos cinco de agosto de mil e novecentos, na matriz de Aurora, batizei solenemente a Joanna, nascida aos vinte e dois de maio deste ano, filha legítima de Joaquim Vasques Landim e Maria da Luz de Jesus, naturais de Missão Velha. Foram padrinhos José Antônio de Macêdo e Joanna de Jesus Landim, casados. E para constar mandei fazer este termo que assino. Pe Augusto Barbosa de Menezes” (Livro de Registro de Batismos da Paróquia do Menino Deus de Aurora, 1897-1904, p. 112).


A caravana Cariri Cangaço foi recepcionada na Carnaúba dos Vasques pelos descendentes do Bravo Caririense, tendo a frente Aélio Vasques e Hernesto Vasques, respectivamente neto e bisneto do coronel caririense. "Para nós é uma grande honra receber o Cariri Cangaço aqui na Carnaúba dos Vasques, no momento em que os pesquisadores prestam esta grande homenagem a Quinco Vasques, hoje é dia histórico" revela um entusiasmado Aélio Vasques.

 Louro Teles

"Um dos episódios que ficaria marcado no panteão caririense foi sem dúvidas o ataque de Quinco Vasques a cidade Lavras da Mangabeira, quando enfrentou o poderoso clã dos Augustos, tendo a frente a não menos emblemática Dona Fideralina. Era o mês de abril de 1910. A madrugada do dia 06 para o dia 07 guardava os preparativos para empreitada do bravo caririense rumo as terras da matriarca do clã lavrense dos Augustos. No poder em Lavras se encontrava o cel. Gustavo Augusto Lima, filho de Dona Fideralina. Quinco Vasques e seu grupo, cerca de cinquenta homens bem armados, partiram da serra de São Pedro no atual município de Caririaçu, mas precisamente do sítio Bico da Arara. Ao longo do caminho outros homens se uniram à empreitada para a tomada de poder em Lavras, perfazendo um total estimado entre 150 a 200 homens em armas sob o comando de Quinco Vasques..."


Depois da tarde histórica no Casarão dos Vasques a caravana Cariri Cangaço 10 Anos ainda haveria de fazer uma última visita dentro da Programação de Missão Velha. Já eram quase dezoito horas quando tomando o rumo das terras dos Terésios, chegamos a Engenho Santa Teresa, sendo recebidos pelo proprietário, Dr Cícero Landim Cruz. 

Manoel Severo, Cicero Landim e Quirino Silva
  Beto Sousa
 "Os vastos campos de cana de açúcar, o cheiro forte do mel e melaço, o tacho fumegante e todas as cores características das moagens do sertão, mataram a saudade de muitos e trouxeram experiencias novas a quem ainda não havia conhecido. Um momento inesquecível de contato com o combustível que move o sertão. Ali o proprietário Cícero Landim da Cruz mostrou e ensinou cada processo dentro da fabricação do mel, da rapadura, do alfenim..."

Ingrid Rebouças, Bosco André. Joisa e Manoel Severo
Louro Teles, Odilon Nogueira e Manoel Severo

Cariri Cangaço 10 Anos 
Missão Velha - Carnaúba dos Vasques, Engenho Santa Teresa 
25 de Julho de 2019
Fotos:Ingrid Rebouças e Louro Teles