Por Cangaçologia
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quarta-feira, 9 de junho de 2021
SERRA TALHADA MUSEU DO CANGAÇO DE SERRA TALHADA - PERNAMBUCO.
DEUS E O DIABO SE ENCONTRARAM NA TERRA DO SOL
Por Sálvio Siqueira
Naqueles idos de 1925 ocorreu um fato interessante donde relaciona a historiografia cangaceira, fenômeno exclusivo no Nordeste brasileiro, com a historiografia nacional quando, comandados por oficiais do Exército Brasileiro rebelados, Luís Carlos Prestes, Isidoro dias Lopes, Siqueira Campos, um contingente enorme, coluna militar, parte do Rio Grande Sul para levar suas ideias pelos sertões de Brasil afora, com intuito de derrubar o Presidente da República, a época, Arthur Bernardes, e, segundo alguns, mudar, modificar, alterar a ordem que vigorava no país naquele momento, ficando conhecido como os “Revoltosos”, então o referido chefe da Nação cria, ou recria, os Batalhões Patrióticos – BT.
O Exército Brasileiro, assim como o restante dos Exércitos dos países mundiais, tinham sua maneira, modos operante de combate que, tendo, por exemplo, a I Guerra Mundial, seria a ação de defesa e ataque a partir das trincheiras. Em outras palavras, a tropa atuava sem movimentos e em um campo, locais, determinados. Contrário a essa maneira de agir, que sabida, conhecida, pelo QG dos “Revoltosos”, os mesmo passam a executar a ação de Guerra de Movimentos, pois, sabiam que empregando suas ações com movimento de guerrilhas, as chances de saírem vencedores das batalhas eram enormes.
Pois bem, não havendo mais tempo para se estruturar tropas, formar contingentes, com essas definições de combate, Guerra de Movimentos, o governo federal adota o lema de que ‘combater fogo com fogo’ seria o ideal. Então, envia pessoal, no caso um Deputado Federal pelo Ceará, Floro Bartolomeu, médico baiano, que havia atuado como ‘comandante’, chefe, da jagunçada, organizado um movimento sedicioso, na Sedição do Ceará em 1914, ao lado do Padre Cícero, quando ocorre a derrubada do então governador daquele Estado, Franco Rabelo, a incumbência de estabelecer, criar, um Batalhão Patriótico na cidade de Juazeiro do Norte – CE, e dar combate aos “Revoltosos”.
Não foi exclusividade de Floro, tão pouco de Juazeiro do Norte, terem sob comando uma sede de um BT. Inclusive foi a tropa de um deles, o Batalhão Patriótico de Diamantina, comandado, chefiado, por Horácio de Matos, que colocou a coluna dos “Revoltosos”, Coluna Prestes, em fuga a perseguindo além-fronteiras boliviana. Porém, esse é outro assunto que em breve falaremos sobre ele.
As tropas dos Batalhões Patrióticos foram formadas por jagunços, pistoleiros e cangaceiros da região de cada estrutura, sede, onde o mesmo fora montado. Logicamente que ao enviar as pessoas determinadas para a formação de tais batalhões o governo federal ‘patrocina’ os mesmos com dinheiro, armas, munição e vestimentas. Ricos em conhecimento das regiões em que moravam, conhecedores dos adornos geográficos e com experiência em guerrilhas, Guerra de Movimentos, aptos no manejo das armas, o que usavam para desviarem-se, confundirem e combaterem as Forças Públicas que os perseguia, os bandos de cangaceiros foram ‘convocados’ por Floro Bartolomeu, nisso, o chefe cangaceiro Lampião e seu bando, também, são chamados para ‘combaterem’ os “Revoltosos” pelo comandante do Batalhão Patriótico de Juazeiro do Norte – CE.
Floro Bartolomeu redige uma missiva e a encaminha ao chefe cangaceiro Virgolino Ferreira, Lampião, o convocando a fazer parte das fileiras das tropas do Batalhão Patriótico. Alguns autores referem que, sabedor da desconfiança de Lampião, além da sua assinatura, na carta constava a assinatura do sacerdote de Juazeiro do Norte, CE, a qual Lampião tem a certeza ao mostra-la a determinado ‘coronel’ coiteiro entre as cidades de Belmonte e Exu, ambas em Pernambuco. Temos que lembrar que não havia o serviço dos Correios e Telégrafos como hoje. A carta foi levada em mãos e o portador seguiu a pé e/ou a passos de um animal. O tempo levado para que a ‘convocação’ chegasse às mãos de Lampião, esse averiguasse sua autenticidade e o tempo que levou para deslocar-se do Vale do Pajeú das Flores, PE, com seu bando, e chegassem às imediações da “Meca do Sertão”, foi longo. Para azar de Virgolino, ou para sorte da história, ao chegar à localidade Lampião não tem como encontrar-se com seu convocador. Floro Bartolomeu, dias antes da sua chegada, adoece e segue para a Capital do país, Rio de Janeiro, a fim de tratar-se. Não cura-se, a doença lhe mata e ele é sepultado naquela metrópole com honrarias de general.
Os acontecimentos ocorridos em seguida referem—se às famosas patentes de “capitão”, “1º e 2º tenentes”, “provisórios”, do Batalhão Patriótico de Juazeiro do Norte recebida por Virgolino Ferreira, Sabino das Abóboras e Antônio Ferreira, respectivamente. Porém, a que mais chamou, e chama, atenção é a patente, mesmo provisória, de capitão que Lampião recebeu. Essa é motivo de discórdia ainda hoje entre pesquisadores, estudiosos e leitores do fenômeno.
Vamos aos fatos:
O pernambucano Pedro de Albuquerque Uchôa, funcionário público federal que fazia parte do quadro dos prestadores de serviço do então Ministério da Agricultura, Indústria e Comercio, no Estado do Ceará, entra na historiografia cangaceira a partir desse momento. Ele mesmo narra, já morando na capital do país e exercendo funções em outro departamento, em vasta entrevista como tudo aconteceu. “Através da reprodução das páginas de um vespertino carioca, apresentadas na primeira página do jornal sergipano “Diário da Tarde”, de sexta-feira, 29 de setembro de 1933, vamos encontrar o funcionário público Uchôa, aparentemente vivendo na antiga Capital Federal. Pela descrição no jornal, tudo indica que ele não era mais um membro dos quadros do então Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. Era apresentado pelo jornal como funcionário da “Secretaria do Tribunal”, sem especificar se era um tribunal ligado a justiça Estadual ou Federal.” (Tok de http://xn--histria-o0a.com/ - Rostand Medeiros)
“Sobre os acontecimentos de 4 de março de 1926, Uchôa não narra o que aconteceu antes da chegada de Lampião, mas informa que nesta noite foi acordado por dois “jagunços”, em um sobradinho onde morava com seu contraparente, o cantador João Mendes de Oliveira.
Os homens intimaram o funcionário público, afirmando autoritariamente que “-Meu padrinho está chamando o Senhor com urgência”. Uchôa não perdeu tempo e foi logo a casa do Padre Cícero.
Segundo sua narrativa, estes dois homens portavam fuzis a tiracolo, estavam encourados e cheios de “medalhas”. As medalhas no caso, certamente seriam imagens de santos penduradas no peito. Ao escritor Leonardo Mota, Uchôa afirmou que estes homens eram Sabino Gomes e o irmão de Lampião, Antônio Ferreira.
Ao chegar à residência do líder de Juazeiro, o Padre Cícero lhe apresentou Lampião e disse, conforme está reproduzido no velho jornal sergipano de 1933.
“- Aqui está o capitão Virgulino Ferreira. Ele não é mais bandido. Veio com cinquenta e dois homens para combater os revoltosos e vai ser promovido a capitão. Olhe, o senhor vai fazer a patente de capitão do Sr. Virgulino Ferreira e a de tenente do seu irmão”.
Evidentemente que Uchôa ficou pasmo, “perplexo” em suas palavras.
Fiquei imaginando a cara do pobre coitado do funcionário do Ministério da Agricultura, acordado no meio da noite com esta bomba na mão. Ele ainda tentou argumentar que não podia, mas um dos irmãos de Lampião ponderou na hora.
“- Não, se meu padrinho está mandando o senhor pode”.
O Padre Cícero lhe colocou na condição de “mais alta autoridade federal de Juazeiro” e aí não teve jeito. Com o carismático prefeito ditando os documentos, foram “lavradas” as designações de patente.
Segundo Uchôa comentou ao repórter, parte dos termos do documento referente a patente de Lampião foram; “Pelo Governo Federal era concedido a Virgulino Ferreira a patente de capitão do Exército, por serviços prestados a República”.
Depois o Padre Cícero foi categórico e ordenou a Uchôa um curto “assine”. Ele colocou a sua firma no controverso documento.
Interessante é que em nenhum momento na reportagem, Uchôa pronuncia que concedeu uma patente a um dos mais cruéis e sanguinolentos bandidos de Lampião, o famigerado Sabino.
Após os “trâmites burocráticos”, Uchôa afirma que presenciou o temível Lampião, todo equipado, se ajoelhar reverentemente e beijar emocionado a batina do Padre Cícero. Lampião informou ao Padre que se comprometia a “proceder bem”…..
Uchoa informou ainda que após o encontro destas duas figuras, Lampião e seus homens receberam suas armas, munições e partiram no meio da noite.
Se assim foi, este foi o último ato da visita de Lampião e seu bando a Juazeiro.” (Tok de http://xn--histria-o0a.com/)
Findando esse acontecimento, vamos começar a analisar a força, poder de fogo, com que os bandos de cangaceiros, após receberem as armas moderníssimas e farta munição, o que tinha de melhor para a época, ficaram.
Baseando-se apenas no bando de Lampião, que até março de 1926 usavam rifles Winchester, modelo 1873, calibre 40 cano octagonal. Conhecido como “Rifle Papo Amarelo”.
Em seguida aquela data, o próximo registro fotográfico nos mostra o chefe cangaceiro Virgolino, o “Lampião”, e seu irmão mais velho, Antônio Ferreira, o “Esperança”, portando, aparentemente, Mosquetões Clavinas 1895 ou Mosquetão Mauser 1895.
Em outro registro fotográfico da época, voltamos a ver Lampião e Esperança com seus mosquetões e parte do bando usando Fuzil Mauser modelo.
Apesar da aparência mostrada nas armas serem mosquetões ou Clavinas mauser 1895, Federico Pernambucano de Mello, em seu livro Guerreiros do Sol, 5ª edição, pg 407, frisa que “Lampião e Esperança usam mosquetões Mauser 1895”.
Já o especialista em armas de fogo, Fabio Carvalho , assim explanou sobre as armas que portão os cangaceiros "Lampião" e "Esperança":
"Evidente que não se pode avaliar a quantidade de fuzis cedidos a Lampião e bando. Mas certamente não eram Comblain. Estes só portavam UM cartucho, já sendo plenamente obsoletos em 1920, perdendo para as Winchester em termos de velocidade de disparo ( mas não em potência, pois era superior).
As fotos de lampião e irmão mostram pelo menos uma clavina mauser 1895."
Fonte/foto: blogs, sites e livros citados, pinterest.com
O RÁDIO FAROL DA PRAIA DA LIMPA
Por Rostand Medeiros – IHGRN
Antes da Segunda Guerra a Marinha do Brasil Construiu em Natal uma Moderna Estação de Rádio Comunicação e Navegação. Um Investimento Que Apontava a Importância Estratégica da Capital Potiguar. E o Que Restou Desse Local?
Antenas e estruturas do Rádio Farol da Limpa, atualmente na área do 17° GAC – Arquivo Nacional.Nos primeiros tempos da aviação, um grande problema para os pilotos que buscavam cruzar os oceanos era a questão do direcionamento sobre imensas massas d’água. Qualquer erro de localização e navegação aérea resultaria na queda da aeronave sem combustível no meio do mar.
Para sanar esse problema, a incipiente indústria aeronáutica criou sistemas que utilizavam a recepção de ondas de rádio, com a finalidade de determinar a direção através da localização de uma estação de transmissão instalada em uma posição geográfica fixa e conhecida. As aeronaves passaram a utilizar antenas de rádio direcional que determinavam a localização dessas estações e essas, por sua vez, transmitiam sinais em Código Morse com o prefixo designador do local. Esse sistema era chamado radiogoniometria.
Entre o final da década de 1920 e 1930, sabemos que a Marinha do Brasil possuía uma estação de radiotelegrafia na região de Refóles. Essa estação atuou, por exemplo, no contato com o navio cargueiro inglês Phidias em 1927, para que a sua tripulação informasse se haviam visualizado o hidroavião português Argos, que se dirigia para Natal. Já no carioca Jornal da Manhã, edição de 02 de novembro de 1928, na página 11, encontramos a inauguração na região do bairro de Petrópolis de uma estação de rádio de ondas curtas, de propriedade do Telegrapho Nacional. Havia outra estação ligada à empresa exportadora de algodão S.A. Wharton Pedroza, mas desconhecemos a natureza de suas operações.
Essas estações radiotelegráficas tiveram papel importante na radiocomunicação potiguar, mas, como Natal se tornou um importante centro de movimentação aérea, era natural a criação de uma estação radiogoniométrica de localização e direcionamento aeronáutico. O local escolhido foi próximo ao estuário do Rio Potengi, e da Fortaleza do Reis Magos, em uma área de dunas elevadas, não muito distante das margens do rio, em um setor conhecido como Praia da Limpa. Ali próximo ficavam as bases de hidroaviões do Sindicato Condor e PANAIR[1].
O projeto foi levado adiante pela Diretoria-Geral de Navegação da Marinha do Brasil, cujos técnicos chegaram a Natal em 06 de julho de 1936. Com recursos oriundos do Ministério da Fazenda, a estação foi erguida sob as ordens do Capitão de fragata Guilherme Bastos Pereira das Neves, que trouxe do Rio de Janeiro vários profissionais especializados para construir aquilo que ficou conhecido em Natal como Rádio Farol da Limpa.
Esses homens trabalharam principalmente para erguer duas torres de 62 metros de altura cada uma, afastadas uma da outra por 100 metros, sendo pintadas de vermelho e branco e possuindo no topo iluminação para evitar colisão com aeronaves. Já a aparelhagem instalada para emitir os sinais era toda alemã, da empresa Telefunken Gesellschaft für drahtlose Telegraphie mbH, que transmita sinais de rádio em código Morse, na frequência de 1.050 metros.
O prefixo que partia de Natal era P.X.N., sendo transmitido a cada cinco minutos, que podia se “escutado desde a África”. Além do aparelho de radiogoniômetro, havia, no Rádio Farol da Limpa, um aparelho de rádio com grande alcance, que podia fazer “transmissão e recepção por telegrafia e telephonia”. Existia igualmente no local uma estação de rádio de ondas curtas “com capacidade de 100 volts” e um gerador elétrico à gasolina.
Mesmo existindo rede elétrica no local, a colocação desse gerador servia para que a estação não deixasse de transmitir em nenhum momento. No local foram erguidas quatro construções: duas casas para os radiotelegrafistas, uma casa para os equipamentos de rádio e a última que servia para abrigar o gerador e como depósito.
No dia 27 de janeiro de 1937, uma quarta-feira, aconteceu a inauguração como Rádio Farol da Limpa.
Segundo reportagem publicada no jornal A República, um dia após a solenidade, na sua página 10, aquela estrutura era a terceira do gênero construída no país, sendo a primeira edificada na praia do farol de São Tomé, em Campo dos Goytacazes, Rio de Janeiro, e a segunda na Barra do Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Na inauguração esteve presente o então Governador Rafael Fernandes e vários políticos potiguares. Fernandes foi convidado pelo Capitão Pereira Neves a ligar os aparelhos e realizar a primeira transmissão.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Rádio Farol da Limpa aparentemente continuou a funcionar, pois, no dia 04 de julho de 1944, recebeu a visita de Dom Marcolino Dantas, então Bispo de Natal, e do Vigário Capitular de Mossoró Júlio Bezerra. No local, as autoridades eclesiásticas foram recebidas por Antônio José Caldas, Primeiro sargento da Marinha, potiguar da cidade de Portalegre.[2]
Em 2019, por solicitação do Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte, estive visitando esse local, que atualmente, se encontra na área interna do 17º Grupamento de Artilharia de Campanha.
Nesse aquartelamento do Exército Brasileiro contamos com todo apoio do seu comandante, o Tenente-coronel Haryan Gonçalves Dias, bem como do Capitão Renato Esteves Costa, que nos acompanhou na visita ao local.
Mesmo não mais existindo as antigas torres de comunicação, ali encontramos todas as casas construídas em 1936 ainda muito bem preservadas, com poucas alterações nas estruturas e sendo utilizadas como moradia por militares e seus familiares.
NOTAS
[1] Atualmente, esse local é ocupado pelas dependências do 17º Grupamento de Artilharia de Campanha, do Iate Clube de Natal, do Comando do Terceiro Distrito Naval e pelo prédio histórico da Rampa. Já a toponímia Praia da Limpa, hoje, é conhecida apenas pelos moradores mais idosos dos bairros das Rocas e Santos Reis e pelos historiadores.
[2] Ver A Ordem, Natal, 04 de julho de 1944, pág. 6.
https://tokdehistoria.com.br/2021/06/08/o-radio-farol-da-praia-da-limpa/
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CANGAÇO: JURITI - ANISTIADO E QUEIMADO VIVO
Por Fatos na História Oficial
https://www.youtube.com/watch?v=1hEqxIedg4Y&ab_channel=FatosnaHist%C3%B3riaOficialFoi o sargento Deluz o matador de Manoel Pereira de Azevedo, o perverso e famoso Juriti. Manoel era um baiano lá das bandas do Salgado do Melão. Um dia ele viajou para as terras do Sertão do São Francisco, indo ser cangaceiro de Lampião e recebendo o nome de guerra de Juriti. Ref.: Cariri Cangaço (2012).
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HOJE GRANDES ENCONTROS CARIRI CANGAÇO
Por manoel Severo
A emblemática Serra Negra e sua intrigante ligação com o cangaço será o tema principal dos Grandes Encontros Cariri Cangaço desta quarta-feira, dia 09 de junho de 2021, as 19h30 ao vivo no canal do YouTube do Cariri Cangaço. Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço recebe para o programa, o pesquisador e escritor, Conselheiro Cariri Cangaço, Rangel Alves da Costa e o pesquisador, Orlando Carvalho, embaixador do Cariri Cangaço em Pedro Alexandre. O programa promete. VEM COM A GENTE, BASTA CLICAR NO LINK A SEGUIR:
https://www.youtube.com/watch?v=aZPUqx3-tRQ
https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=1663466873862250¬if_id=1623247695687018¬if_t=group_activity&ref=notif
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NAZARÉ DO PICO CEMITÉRIO DE NAZARÉ DO PICO (FLORESTA - PERNAMBUCO).
Os grandes inimigos de Lampião, onde estão enterrados..?
Cemitério de Nazaré do Pico.!
Túmulos de Mané Neto; Euclides Flôr; Manoel Souza Ferraz e outros..
Fonte: Cangaçologia / Youtube
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CANGAÇO - COMBATE FAZENDA FAVELA
Por Aderbal Nogueira - Cangaço
Cangaço - Combate Fazenda Favela João Saturnino, filho de José Saturnino, fala um pouco sobre a vida de seu pai, sobre o resultado do julgamento de Lampião em Serra Talhada e sobre o famoso combate da Fazenda Favela. Link desse vídeo: https://youtu.be/TI_yAdbSI7M
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MERECIDAMENTE A ADÍLIA!
Por Aderbal Nogueira
Meu amigo Rangel Alves da Costa acho eu que esse seu levantamento merece um debate aprofundado, acho até que com pesquisadores e especialistas em comportamento humano. Nenhuma dessas pessoas quiseram virar estrelas, elas foram levadas a isso e graças a esse pseudo estrelato sabemos muito da história. Nosso amigo Humberto Mesquita que diga: Quando ele em 1969 foi procurar os remanescentes, eles se escondiam feito "bicho do mato" Se Adila e Candeeiro tivessem ido para uma capital e Sila e Dadá tivessem permanecido nos confins do sertão, a coisa seria o inverso. Digo isso porque juntei Sila e Adília, e a essência era a mesma. Esse é apenas meu pensamento e poderíamos levar isso para um grande debate.
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ADÍLIA, A SIMPLICIDADE DE UMA EX-CANGACEIRA.
Por Rangel Alves da Costa
Eu a conheci. Adília era assim, bem assim, tão simples como uma casa de barro, tão humilde como uma roupa de chita, tão doce como uma cocada de frade, tão amiga como uma sertaneja. No Alto de João Paulo, ao lado da cidade de Poço Redondo, defronte sua singela moradia, um retrato para a saudosa posteridade. Morena trigueira, silenciosa como brisa do entardecer, palavras ditas como se as folhagens estivessem dialogando.
A ex-cangaceira Adília
Eu conheci Adília, fui seu amigo, e ela era assim mesmo. E quanta diferença daquela meninota que um dia havia se apaixonado por um cangaceiro e com ele bandeado por tão perigosos caminhos. Mas ela foi, pois apaixonada por Canário, um dos mais feiosos e afamados do mundo do cangaço, geralmente servindo ao subgrupo de Zé Sereno. Ela foi por amor, mas logo depois desamou. Passou a não suportar as violências, as brutalidades e arrogâncias. Passou a não suportar o jardim das paixões transformado em dolorosos espinhos. Ainda assim teve dois filhos neste terrível mundo. Somente depois de 38, com o fim do cangaço e a morte de Canário, ela pôde retornar ao seio da família Mulatinho, seu seio familiar no Alto de João Paulo. Em Adília uma imensa diferença de algumas ex-cangaceiras. Jamais procurou fama nem luxo, jamais contou inverdades ou acrescentou fatos que heroicizasse seu percurso no cangaço. Adília jamais colocou anéis dourados de fama nem cuspiu pétalas douradas no que dizia. Verdadeira, íntegra, apenas sendo o que era. Nada além disso. E nada mudou com o tempo. Já chegando à velhice, e a mesma Adília vivendo como uma sertaneja qualquer, como apenas mais uma moradora do Alto de João Paulo, logo após o riachinho Jacaré. Ali a ex-cangaceira, a ex-companheira de Canário, mas principalmente a mulher que além-cangaço travou luta renhida pela sobrevivência. A foto abaixo demonstra isso. Nela não se avista o dourado nem a riqueza, arma nem paramentos. Nela se avista Adília, a mulher sertaneja. Apenas.
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NOVO LIVRO NA PRAÇA SOBRE CANGAÇO
Por José Mendes Pereira