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domingo, 5 de outubro de 2014



O acaso deve ser mesmo um pseudônimo de Deus. Vejam que interessante esta entrevista que, em 1934, ou seja, 80 anos atrás, na cidade de Anápolis, a Simão Dias de hoje, sem que nada fosse previamente programado, o destemido e famoso caçador de cangaceiros, José Rufino, concedeu a este Jornal Sergipano.

“O Estado de Sergipe” - 25/05/1934
Uma excursão a Anápolis

Uma entrevista bizarra com o célebre sargento José Rufino, comandante da volante que exterminou o grupo de Azulão

Afazeres profissionais nos levaram sábado último à linda cidade sertaneja de Anápolis.

Dezesseis horas, aboletados no estreito banco de uma “marinete” rumamos aos solavancos, numa “prize” desabalada, estrada afora, em busca de Itaporanga, etapa que foi vencida numa bela “performance”, por uma bela estrada de esteira empiçarrada e ampla, que se nos abria, interminável, o horizonte à frente.

Salgado às 18 horas, Lagarto às 19 e às 20, afinal, avistávamos as primeiras luzes da “cidade sorriso”.

O domingo em Anápolis, surgiu preguiçoso e friorento, no marasmo amolecido das cidades sertanejas.

Um café confortante e saímos a prosear com amigos do comércio que, a despeito dos raros transeuntes, trazem, àquela hora, abertas as suas portas.

O assunto é sempre o mesmo: - falta de chuvas, política, e... Lampião. A cidade acabava de passar por mais um susto pregado por Lampião. Ao apelo de seus habitantes, ameaçados pelo bandido, o governo de Sergipe havia mandado estacionar na cidade uma volante da nossa polícia que fazia, nas imediações, a caça ao bandido. Soldados baianos da célebre volante do sargento José Rufino que desciam na pista do grupo sinistro, vagavam pela cidade na sua indumentária típica. A dez do corrente haviam tiroteado Lampião na fazenda Jitaí, no sertão baiano e refaziam-se, no momento, das grandes caminhadas.

O sargento José Rufino celebrizara-se no encontro com o grupo de Azulão a 14 de outubro próximo passado, aonde morreu o chefe Azulão e mais três comparsas.

JOSÉ RUFINO

Era o assunto forçado nas palestras aos poucos, talvez pela falta de outros, íamos nos interessando pelos seus detalhes, quando um sertanejo agigantado, abeirando-se do balcão em passadas largas e pesadas, pede ao caixeiro um par de sapatos número 44 que, infelizmente, não é encontrado.

Ombros largos, pescoço hercúleo, bronzeado, cartucheira ampla, pendida ao peso das balas alinhadas, o olhar frio, inexpressivo, traços fisionômicos fortes, o sertanejo dá de ombros e vai sair quando alguém lhe perguntou, quebrando o silêncio feito no momento:

- O senhor pertence à volante José Rufino?

- Sou eu o próprio José Rufino, respondeu com ênfase o sertanejo.

UMA ENTREVISTA

Assaltou-nos a ideia de uma entrevista com o chefe da volante mais afamada de quantos andam, neste momento, na pista dos bandidos. Notando o meu interesse o homem iluminou o olhar duro, se avizinhando da minha cadeira.

- Há quanto tempo anda o senhor na caça de bandidos? Perguntamos.

- Há três anos que entrei como “Provisório” na força baiana. Estive no encontro da Maranduba onde perdi um primo meu e um irmão do meu companheiro de agora, sargento Vicente Marques. Depois do fogo de 14 de outubro aonde acabei com o grupo de Azulão fui efetivado no posto de sargento.

Meteu vagarosamente a mão no bolso do casaco, sacou de lá a fotografia sinistra de quatro cabeças decepadas e nos foi fazendo com o indicador, a apresentação mais estranha que temos tido:

- Aqui é Azulão. Este é Canjica, aqui é Maria e este o caboclo Zabelê. Deus me ajudou (em itálico). Foi uma boa caçada. A fotografia não está boa porque foi tirada em Monte Alegre (sertão baiano) depois de termos viajado um dia inteiro com as cabeças deles dentro de um surrão...

Tudo isto nos ia sendo relatado com uma serenidade impressionante e trágica.

- Quantos homens perdeu neste combate?

- Dois só. Um ligeiramente ferido por três balas de raspão no rosto. Era meu rastejador. Quando se abaixava para examinar um rastro, recebeu uma descarga na cara. Já está bom.

- A sua tropa tem montadas?

- Soldado meu nunca montou. Soldado montado faz muito barulho e só anda na estrada. Na estrada, bandido não anda. Soldado meu não fuma de noite nem fala hora nenhuma. A gente faz tudo por sinal. O tenente Santinho é o que mais me recomenda: - longe de rua e de estrada se quiser encontrar com os bandidos.

- Quantos encontros já teve?

- Oito, contando com o do dia dez, na fazenda Jitaí.

- Por que não teve resultados neste último encontro?

- E eu sei?... Foi a sorte deles.

Nós demos na pista no dia 9 e saímos rastejando. De noitinha, o rastro baralhou-se num intrincado de macambira que a gente perdia de vista. Do fundo, aonde a macambira era mais alta, ouvimos vozes. Lá estava a caça. Meu pessoal se arrepiou e eu cochichei com o sargento Vicente Marques: - se avançarmos mais eles ouvem o barulho e se danam no mundo. Vamos dormir aqui. O sargento Vicente Marques que é um bicho certo no ponto (boa pontaria), esperou um tempão vendo se aparecia alguma cabeça para ele vazar. Mas, nada... De manhãzinha distribuí meu pessoal e lá vai bala. Eles gritaram de lá: - aqui também tem homem, macaco!... Gritaram assim nos xingando, mas arribaram no mundo que nós, sem podermos correr no intrincado da macambira, não encontramos mais ninguém quando chegamos no coito. Vimos lá muito sangue. Parece que ferimos algum dos 22 que estavam acoitados. Deixaram lá muita coisa que carreguei para Coité. Como vê vosmicê, é uma questão de sorte.

- E para onde deram os bandidos?

- Eles estão pra ir pra serra do Capitão.

- Estarão em Sergipe?

- Não creio. Quase que lhe posso garantir que Lampião não está em Sergipe.

SANHARÓ

Passou neste momento um soldado sergipano que, ao dar com o sargento, abraçou-o efusivamente.

- É o rastejador melhor que há neste sertão. Trabalhou comigo muito tempo. Bicho bom. Explicou José Rufino.

O soldado mirou-o com admiração, aparvalhado. Magricela, alto, pescoço fino e comprido, ligeiramente encurvado pra frente, seu corpo mirrava-se ainda mais, apertado à farda que vestia; rosto encarquilhado e vinculado por mil rugas, era o rastejador, o popular Sanharó, da polícia sergipana.

Outro tipo comum de sertanejo forte. Parece incapaz de uma agilidade. Resiste e age, entretanto, com uma capacidade assombrosa. Ao se abraçarem, pareceu-me um tronco de braúna que abraçasse uma vara de candeia. Braúna e candeia, o gigante e o pigmeu, resistem da mesma sorte às inclemências do meio em que vivem.

Estava satisfeita a nossa curiosidade e José Rufino e Sanharó lá se foram pela rua afora a procura dos sapatos número 44 tão difícil de encontrar como os bandidos que eles dão caça.

Fonte: facebook

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Humilhação do Cangaço

Material do Acervo do pesquisador Raul Meneleu Mascarenhas

Essa istora que tão contano pela aí não tem mermo pé e nem cabeça, viu seu minino! Nunca ví tanto despautério junto em minha vida. Dizê qui um cabra macho daquele era mariquinha, só pode ser coisa de doido. Duvidêodó qui um cabra desse dicesse isso se Lampião fosse vivo.

Mataro o homi, degolaro a cabeça dele e de sua mulé, ficaro cum ela sem dexar interrar e agora tão alevantando um farso desse! Qui misera é essa seu dotô?

Isso me faz alembrar de ortro causo qui inventaro com o Corisco. Dizia qui ele fazia fulô e tricô. Cumoéquipode? Outro cabra macho daquele, ser tachado de "florzinha"?

Tamu vivendo mermo no fim do mundo seu dotô! As coisa de hoje num tão certo. Um cabra chega e diz que o sinhô é mariquinha e fica por isso mermo? Tá errado! Mairs nóis temu a lei do nosso lado né, ô num temu?

Parece qui tamu vortando no tempo qui artoridade fazia o qui qué cum a gente. E nóis só tinha duars saída, baxar a cabeça ou si revortá e batê num cabra desse. Mairs disarmaro a gente! Tamu qui nem ovêia num currá! A poliça vem, bate, marta, esfola e nem qué mairs prendê! Os juiz tão dizendo agora que o certo é errado e o errado é certo!

Tá ruim seu dotô! Só restô pra nóis recorrer a justiça que é comandada por esses homi mermo! Tô venu qui vôr ter qui arrumá um adervogado pra eu gastá dinheiro qui num tenho, pra disfazê essa inguirizia.



NOTA: Sou contra o cerceamento das liberdades em qualquer sentido. Como cidadão tenho que respeitar o direito de pessoas emitirem suas opiniões. Sou também a favor de contestar em justiça pois é um direito. Conforme a lei.

Fonte: http://meneleu.blogspot.com.br/2014/10/humilhacao-do-cangaco.html

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Sebastião Pereira da Silva o Sinhô Pereira


Sebastião Pereira da Silva, o Sinhô Pereira - antigo comandante de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião.

Você já tinha visto esta foto? Acredito que muitos (as) a desconhecem ou a viram apenas pela metade.

Uma imagem raríssima em que aparece o famoso cangaceiro Sinhô Pereira ao lado de sua esposa dona Alina.

Esta imagem pertence ao acervo do escritor e pesquisador Antônio Amaury Corrêa de Araújo, e nos fora cedida gentilmente para publicação em nossas páginas.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior O cangaço

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Professor Mosart e a melhor tesoura do mundo

Por José Mendes Pereira

Eu não tenho muito o que falar sobre o  professor Mosart, apenas sei que ele residia em Mossoró, em frente à Praça Bento Praxedes Fernandes Pimenta, conhecida como Praça do Codó, e não sei o seu nome completo.


Ele foi meu professor na escola em que eu estudava,  e foi um dos que passou muito rápido por lá, por isso quase nada tenho para falar sobre ele, mas me lembro de alguns fatos que ele nos contou em sala de aula, e aqui eu escrevo um deles.
  
Certa noite, o professor Mosart  contou-nos que fez uma excursão por alguns países da Europa, e neste continente, conheceu Portugal, Alemanha, Itália, França, Espanha..., e ao retornar, passou pela América do Norte, com maior estadia nos Estados Unidos, para conhecer "The Statue of Liberty" (Estátua da Liberdade), teatros, a "White House" (Casa Branca), Congresso Nacional, costumes, comidas típicas, religiões, políticas e outros mais.

 

Já com malas prontas para ocupar o avião, a sua mãe exigiu que, ao retornar ao Brasil, quando passasse pelos Estados Unidos, comprasse uma tesoura de boa qualidade, pois muito desejava possuir um objeto daquele país tão falado e potente. Mas com uma condição: só queria que a tesoura fosse comprada lá, não importava que tivesse sido fabricada em outro país. Queria a melhor tesoura, e que fosse comprada nos Estados Unidos. 

Lá nos Estados Unidos o professor Mosart visitou algumas lojas para fazer a compra da tesoura de boa qualidade. Mas todas as lojas que ele passou, quando solicitava a melhor tesoura do mundo, os comerciários só lhe apresentavam tesouras com o nome "Made in Brazil" fabricada no Brasil.

- Mas eu quero a melhor tesoura do mundo. - Dizia o professor Mosart a uma comerciária.

- Temos muitas tesouras fabricadas em diversos países. Mas a melhor tesoura que temos, é a tesoura que é fabricada no Brasil. - Disse-lhe a linda e educada jovem.

O professor Mosart findou comprando a tesoura de fabricação brasileira, já que a sua mãe queria possuir a melhor tesoura do mundo, mas que fosse comprada nos Estados Unidos. Não importava a origem de fabricação. 

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.

Fonte: http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com

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QUEM MATOU DELMIRO GOUVEIA?


Nova luz sobre Delmiro Gouveia - Quase um século após o misterioso crime, pesquisador apresenta em livro versão inédita para a morte do homem que revolucionou a indústria no Nordeste.

Contatos:

gilmar.ts@hotmail.com ou
graf.tec@yahoo.com.br
Valor: R$ 30,00 + R$ 5,00 de Frete. 

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Um bando falso de Cangaceiros se forma no agreste


Durante as pesquisas para o desenvolvimento do filme O Fogo do Cajueiro em 2010, consegui o processo contra Lampião na cidade de Nossa Senhora das Dores-SE. Junto a ele, na Cidade de Capela-SE estava este pequeno excerto apenas denominado de “Pronuncia”. Nada demais, acabei pegando todos os arquivos com o pessoal do Projeto Memórias, um ponto de cultura na cidade e que era a responsável pelo filme. Anos se passaram e eu não havia lido o texto complementar que estava na mesma pasta em um HD externo. Na reta final da pesquisa na conclusão deste livro que está sem suas mãos, deparo-me com os documentos que citei. Quando comecei a ler achei interessante, no final havia o nome “São Paulo” (que na verdade é Frei Paulo) e falava de um grupo de “Cangaceiros” agindo em nome de Lampião e “Curisco” no agreste. Provavelmente eles eram apenas saqueadores se utilizando do nome do Capitão para adquirirem com mais facilidade o que queriam e até mesmo se vestindo como os cangaceiros. Daí levantamos um grande dilema: quantos desses grupos foram formados e a culpa foi jogada nas costas dos verdadeiros cangaceiros? Segundo José de Almeida Bispo “Os povoados elencados por você, acho que ficam entre os dois municípios: Frei Paulo e Ribeirópolis. Apenas a Boa Vista, também era denominação da região, hoje urbana, de Itabaiana, onde se situa a Fábrica Nova Aurora já em Itabaiana”. Notem no texto o local “rio do Kagado”, na verdade ele se refere ao rio Cágado, que é um rio brasileiro que banha o estado de Sergipe. É um dos principais afluentes do rio Sergipe, pela margem esquerda. Também usa o termo “guardados no sólo”, não entenda como enterrado numa botija e sim “aplicado” em roças, no cultivo de algodão ou milho talvez. Segue abaixo os autos do processo resumindo os acontecimentos mantendo a grafia da época.
Illmo. Senhor Dr. Juiz Municipal

Em 21/1/31

O Adjunto do Promotor Público infrafirmado uzando das atribuições que lhe competem denuncia os indeviduos Manoel Luiz de Jesus, Andrelino Bispo de Jesus, Julio Luiz dos Santos, presos na casa de prizão pública desta cidade (...) decretação de prisão preventiva, e de João Baptista de tal, ex soldado de policia auzente pelos fundamentos que resumidamente passa a relatar.


Estes indivíduos sob a chefia e direção de Manoel Luiz de Jesus, constituíram-se de tempos a esta parte, em uma quadrilha de ladrões e roubadores, tendo deste modo a datar de alguns mezes atrás feito furtos, roubos, depredações e danos em algumas cazas, acompanhados de espancamentos e ofensas physicas ás pessôas a quem roubavam em resumo passaram a demostrar de acordo com o inquérito policial que a esta acompanha.


Foi assim que no dia 1o de agosto do anno final pela noite, Manoel Luiz e Andrelino dirigiram-se á caza de José Felipe Caetano e dizendo-se caibra de Curisco e Lampião, derribaram a porta, fozeram os da casa fugirem espavoridos e saquearam-na, levando quatro pares de argollas de ouro, duas alianças, um anel com pedra, muitas peças de roupas e 180$000 em dinheiro, além de grande depredação danoso que cometteram quebrando e destruindo todos os trastes de moveis da caza, que encontraram e atirando em uma vacca tendo antes atirado nas pessoas da casa quando fugiram.


Foi assim que na noite de 22 de outubro findo, Manoel Luiz foi a casa de Bellamino Pereira da Silva e derribando a porta com a couce de fuzil, dizendo-se empresário de Curisco, extorquio violentamente de Bellamino e de sua mulher a quantia de 120$000. Foi assim que em um sabado do mez de Novembro deste termoi, e ahi, depois de derribarem a porta e de espancarem a mulher de Casiiro, saquearam os trastes e moveis que encontraram. Foi assim que em Setembro do anno findo, Manoel Luiz acompanhado por seu irmão Julio Luiz dos Santos e Andrelino Bispo de Jesus, quando já procuraram a casa de Casimiro, derribaram a porta de Francisca Maria de Jesus na Muribeca deste termo roubaram os objetos e os trastes que se encontraram e pozeram fogo na roupa e na casa. Foi assim que no dia 5 de Novembro do anno findo, Manoel Luiz e Andrelino dirigiram-se à casa de Manoel Voctor dizendo-se embaixadores de lampião, e Manoel Luiz depois de engaravatar bahús e moveis extorquio-lhe 203$000 e uma reúna e Andrelino exigia-lhe ainda 500$000. Foi assim que como melhor coroamento da sua obra no dia 4 decorrente. Manoel Luiz e Andrelino dirigiram-se á casa de José Antonio Conrado, vulgo José Corado, no rio do Kagado, deste termo, por alta noite e, por meio de desfarce fazem que José Corado abra a porta. Esta aberta é logo este agarrado por Andrelino em quanto Manoel Luiz invade a caza, faz depredações, tenta violentar uma neta de josé Corado, espaldema com a dona da casa, obrigando-a a fugir espavorida para o matto e exige dinheiro. Nesta emergência tava José Conrado de entregar-lhe uma quantia superior a 500$000. Depois disso exigiu mais 2:000$000 que dizia Conrado tel-os guardados no sólo. Não podendo, porém conseguir esta exigência, porque não havia esse dinheiro, arrastaram Conrado para fora de caza, espancaram-no a cacête e a murros a ponto de deixa-lo sem sentido e terminaram castrando-o!

Assim, pois, estando os denunciados Manoel Luiz de Jesus e Andrelino Bispo de Jesus incorsos nas penas do artigo 356 combinado com os § únicos do art. 359. Agravados pelas circunstâncias dos §§1, 2, 4, 5, 7, 12 e 13 do artigo 39 e o §. 3o do artigo 41 tudo do cod. penal ; e os denunciados Julio Luiz dos Santos e João Baptista de tal encaram nas penas do art 356 já citado, agravadas pelas circunstâncias dos §§ 1, 2, 4, 5, 12 e 13 do art 39. Se offerece a presente denuncia que se espera seja recebida e julgada provadas.

Assim requer a VaSa que autuada esta as deligencias policiaes que acompanham se proceda os termos da formação da culpa, inquirindo-se as testemunhas o baixo e roladas, consciencias das partes, em dia e hora por VaSa dizignadas.

Rol de testemunhas

1 – João Baptista da Costa Nunes
2 – Manoel Bispo dos Anjos
3 – Casimiro Correia de Britto
4 – Fellipe Santiago de Goes, residente em 1a na Gruta-Funda a 2a na Cajarana a 3a na Bôa Vista e a 4a no lugar Onça, todos deste termo.
5 – Valdomiro da Costa Andarde
6 – Manoel da Cunha Barretto, residentes nesta cidade.
7 – Manoel Francisco de Menezes conhecido por Manoel Victor, residente no lugar Boa Vista, termo N. S. das Dôres neste estado
8 - Possidonio Carvallo de Barros, residente neste termo.
São Paulo, 21 de janeiro de 1931.
Deolindo Telles de Andrade
Adjunto do Promotor Publico

Esta postagem faz parte das centenas de publicações que farei entre o: antes, durante e depois que o livro "O Cangaço em Itabaiana Grande" for lançado. Aí está m pouquinho do livro que mais tardar 10 de dezembro ele estará pronto para venda. 

Abraço a todos!

Vamos ao debate?

Fonte: facebook

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