Fundada
em 06 de abril de 1995, a exatos 21 anos, A Fundação Vingt-un Rosado nasceu com
objetivos claros que seriam de manter a Coleção Mossoroense, estabelecendo as
diretrizes de sua produção editorial, promover atividades culturais,
técnico-científicas, artísticas e afins, realizar cursos de capacitação,
organizar congressos, simpósios e outros eventos que visem difundir a cultura,
promover intercâmbio com organizações do país ou do exterior, visando a
realização de seus objetivos, promover a defesa da memória cultural e do
patrimônio histórico e natural do Rio Grande do Norte, preservar o acervo
bibliográfico de Vingt-un Rosado aberto a consulta pública e difundir o
pensamento do seu patrono, calcado na democracia editorial, no incentivo aos
novos escritores e na cultura como instrumento de promoção da justiça social.
Pelos
seus Estatutos, a Fundação Vingt-un Rosado é uma entidade de personalidade
jurídica de natureza privada, sem fins lucrativos, com atividades
prevalentemente culturais.
Manter
a Coleção Mossoroense foi o objetivo principal da criação da Fundação Vingt-un
Rosado. Essa Coleção que foi instituída em 30 de setembro de 1949, teve inicialmente
como mantenedora principal a Prefeitura Municipal de Mossoró, através da sua
Fundação Municipal de Cultura. Em 27 de setembro de 1976 foi criada a Fundação
Guimarães Duque – FGD, que era uma instituição voltada para a pesquisa e a
cultura, e passou a ser, a partir daí a sua principal mantenedora. Essa
parceria se estendeu por 21 anos, até que em 1994, por problemas internos da
ESAM – Escola Superior de Agricultura de Mossoró, a Fundação Guimarães Duque
foi desativada e com isso a Coleção Mossoroense perdeu a parceria. Precisava
urgentemente de uma solução para que a mesma não deixasse de existir.
E
foi assim que depois de várias reuniões surgiu, por inspiração da Assistente
Social D. América Rosado, esposa de Vingt-un, a Fundação que tinha como patrono
o criador da Coleção Mossoroense. Mas para que o sonho se tornasse realidade
foi preciso o empenho de outros sonhadores, que por questão de justiça passo a
nominá-los: João Batista Cascudo Rodrigues, Marcos Antônio Filgueira, Carlos
Frederico Rosado do Amaral, América Fernandes Rosado Maia, Paulo de Medeiros Gastão,
Cid Augusto da Escóssia Rosado, Raimundo Soares de Brito, Júlio César Rosado,
Elder Heronildes da Silva, Wilson Bezerra de Moura, Jerônimo Vingt-un Rosado
Maia, Nelson Lucas Pires, Sebastião Vasconcelos dos Santos e Jerônimo Dix-sept
Rosado Sobrinho.
O
professor Vingt-un Rosado fez doação da sua biblioteca particular a Fundação,
para que essa já nascesse com o grande e importante acervo. Esse acervo foi
catalogado através de um convênio com a Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte. Os trabalhos ocorreram dentro de uma ação de Extensão denominada
“Biblioteca do Dr. Vingt-un Rosado: o Bastião da Cultura Mossoroense”,
realizada por uma equipe de quatro professores, um técnico de nível superior e
seis alunos do curso de História do Campus Central da UERN em Mossoró, durante
o período de junho de 2008 a janeiro de 2009.
Vingt-un
cedeu também o espaço físico para abrigar a Fundação em sua própria casa, na
Avenida Jorge Coelho de Andrade, nº 25, Bairro Costa e Silva em Mossoró/RN.
Criada
a Fundação, assumiu a diretoria executiva o médico Jerônimo Dix-sept Rosado
Maia Sobrinho, que há 21 anos suporta o peso de gerenciar uma fundação, que tem
sobrevivido à custa de pequenas doações e alguns raros convênios, dos quais
destacamos a Petrobras, que patrocinou quatro edições do Projeto Rota Batida e
do Banco do Nordeste que patrocinou o portal da Fundação, para divulgação de
livros digitalizados, mas que teve curta duração.
Com
a morte de Vingt-un Rosado em 2005, as coisas ficaram mais difíceis para a
fundação. Por questão de herança, a casa que abrigou a Fundação precisou ser
desocupada e o imenso acervo que forma a Coleção Mossoroense ficou sem destino.
Graças à boa vontade do Dr. Benedito de Vasconcelos Mendes o mesmo foi
transferido provisoriamente para o Museu do Sertão, em Alagoinhas, periferia de
Mossoró, e graças a um acordo firmado com a Prefeitura Municipal de Mossoró
transferido posteriormente para o Museu Municipal Lauro da Escóssia, que passou
a abrigar a sede da Fundação Vingt-un Rosado, a biblioteca particular do seu
patrono, o acervo da Coleção Mossoroense e brevemente será montado um Memorial,
onde será exposto objetos pessoais de Vingt-un, comendas recebidas e outros
documentos.
Apesar
das vicissitudes por que tem passado a Fundação Vingt-un Rosado, a mesma
continua viva, buscando patrocínios e outros tipos de colaboração para poder
continuar com esse imenso trabalho em prol da cultura potiguar.
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Autor:
Jornalista
Geraldo Maia do Nascimento
Fontes:
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