Seguidores

segunda-feira, 27 de maio de 2019

BICA DA RAINHA, POR MAGALHÃES CORRÊA

 Gravura: Pieter Godfried Bertichem. Agoas Férreas - Ano de 1856

Observem também a origem da expressão "Maria vai com as outras". Nesse texto escrito por Magalhães Corrêa em 1935.

"Na encosta do morro de Dona Martha, antigamente, à margem direita do Rio Carioca e atualmente, na Rua das Laranjeiras, havia uma fonte de águas férreas, denominação que tomou o lugar; dela existe uma reprodução litográfica que veio até nós, único documento da época.

Era esse lugar o preferido pela elite carioca, para passeios, quer em cadeirinhas, ou a cavalo. Assim, a rainha Dona Maria I, quando saía a passeio, freqüentemente aí aparecia em companhia de suas damas da corte, daí provindo a frase repetida pelo povo: “Maria vai com as outras”, em virtude de ser ela louca. E esse dito ficou até hoje com a significação para aquelas que não se sabem governar.

E o povo acostumou-se tanto com a rainha Maria I, que denominou a fonte das águas férreas de Bica da Rainha, e, por seu falecimento em 1815, continuou como lugar predileto de Carlota Joaquina, esposa de Dom João VI, que costumava ir aí refrescar os ardores do seu temperamento.

O povo muito freqüentava nessa época a fonte, em virtude de suas propriedades terapêuticas; principalmente, aqueles que sofriam de falta de sangue, pois eram escassos os recursos para o tratamento, para o qual, hoje, entretanto, abarrotam o mercado de preparados estrangeiros.A fonte era simples, murada, com uma escada lateral que conduzia à bica; ao lado um passadiço, que ia para a mata; ao fundo elevava-se um paredão, que do centro, por duas largas pilastras, sustentava uma “platibanda”, com dois ornatos em forma de cone, nas respectivas extremidades. Na parte central e superior da fonte, uma moldura em forma de octógono irregular em cujo centro aparece um oval, com a inscrição “Bica da Rainha”. No centro, sob o ornato descrito, estava uma janela de varões de ferro e na base, a bica de bronze de água férrea.

Há uns trinta anos atrás, estava em completo abandono; um comerciante, porém, requereu ao Conselho Municipal permissão para edificar um botequim, o que foi negado. Mais tarde, um outro particular restaurou-a, pondo em condições de ser visitada.

E, hoje, como outrora, sai a distribuir água em pequenos barris de 15 litros, o aguadeiro, em sua carroça, em forma de pipa, com capacidade de 1.085 litros de água, puxada por um burro, que abastece os bairros das Laranjeiras e Catete.

A carroça é de propriedade de uma senhora concessionária, que vende o barril a domicílio a mil réis e que ainda está em pleno comércio…

Do lado ímpar da rua das Laranjeiras (107) Cosme Velho, está atualmente situada a Bica da Rainha, no interior de um pequeno terreno, em nível inferior ao da rua, para onde se desce por uma escada de nove degraus. Ao fundo, um muro, tendo, ao centro uma fachada de linhas clássicas, com duas pilastras, com bases, ligadas superiormente por uma cimalha, que suporta uma platibanda, tendo ao meio uma cartela com a data de 1.845, e, de cada lado, uma rosácea.

Abaixo da cimalha, entre as pilastras, está em letras de relevo o nome “Bica da Rainha”, separado do corpo central por um filete que corre em toda extensão, Ao centro da fonte, uma janela com esquadria de pedra (pintada), coroando-a com um pequeno ornato: uma concha, tendo simetricamente aos lados volutas. Esta abertura é vedada por uma grade de ferro de belíssimo desenho, a qual se abre como porta. Na base, acha-se uma grossa bica que jorra sobre um tanque de pedra. A fonte é protegida ou separada da via pública por uma grade de ferro, tendo um portão ao centro, por onde passam os moradores de sua vizinhança, que vão, diariamente, buscar a apreciável água, em verdadeira romaria, como faziam antigamente.

No alto da fonte, em uma tabuleta pintada e quase ilegível, um aviso ao público: “Pede-se respeitar as matas da união e as particulares, conservando-as com carinho, para que não venham sofrer os mananciais desta lendária fonte de águas férreas.”

Fonte: Jornais antigos, reportagem de Magalhães Corrêa.

Obs: Hoje o endereço da "Bica da Rainha" é Rua Cosme Velho, nº 336.

Pesquisa de Cleydson Garcia.

Postado neste  blog por Adinalzir Pereira Lamego.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com


ATRITO ENTRE OS FERREIRA E OS SATURNINO

Uma foto raríssima da família Ferreira (Lampião) registrada na década de 1920, em Juazeiro do Norte no Estado do Ceará.


Se você quer saber bem de perto como começou a briga dos Ferreira com os Saturnino adquira o livro "Lampião a Raposa das Caatingas" que está bem detalhada a partir da página 79.


Para adquiri-lo entre em contato com o professor Pereira lá em Cajazeiras, no Estado da Paraíba através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com  

RECADASTRAMENTO

Clerisvaldo B. Chagas, 27 de maio de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.115

Sem ter como fugir à convocação do governo estadual, lá se vão os matutos para Maceió. Um caminho que parece mais fácil é recadastrar o servidor no seu próprio município ou região, evitando despesas com alimentação e passagens. Mas o chamamento dos aposentados é para a capital e pronto. Não se recadastrou, cabra velho, não recebe o quinto do que você merece. O melhor mesmo é juntar os panos e partir, pois, segundo o sertanejo, “o pouco com Deus é muito”.  Estamos no meio das levas que irão até a Avenida da Paz para a prova do “ainda estou vivo”. Sangue geográfico, vamos observando a vegetação, o tempo, olhos grudados nas serras que ornamentam este maravilhoso solo alagoano.
PRAIA AVENIDA DA PAZ. (FOTO: BRUNO TENÓRIO).

E ali perto das Lojas Americanas, aproveitamos para lançar um olhar comprido para o oceano.  O dever chama e vamos penetrando na estrutura de vidro onde um enxame de gente procura a salvação. Verdade seja dita, um atendimento raro jamais visto por essas bandas. Recepção imediata para quem chega rápida triagem de documentos, guia para levar a uma sala, guia para levar a segunda sala, eficiência nos guichês e, num piscar de olhos você está recadastrado. Papelada em dia, você se afasta pensando em aproveitar o tempo restante na capita. Da nossa parte vamos até o IPASEAL acertar pepinos até que o meio-dia futuca a fome guardada.
Procuramos o Restaurante Marhiá, ali pertinho, casa típica com traçados regionais nas paredes e peças artesanais ornando até as mesas com objetos de barro e tábuas de carne. Ambiente nota dez (recomendo) e organização tão eficiente quanto fora a do recadastramento. O Sol vai pendendo para o poente e vamos aproveitando o comércio para os últimos retoques do dia, perto do “açude do governo”, o mar.
Final de tarde de um dia profícuo e cansativo quando um copo d’água, um banho reparador e um cochilo prolongado fazem toda a diferença.
Diz o velho Sertão de guerra: “Rapadura é doce, mas não é mole, não”.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

NOVA ORDEM DO CANGAÇO

Por Raul Meneleu Mascarenhas
A partir do ano de 1929, passou a acontecer uma das mudanças mais radicais no modo do famoso cangaceiro portar-se perante seus inimigos, vindo a tornar-se muito mais perigoso ainda. Mulheres passaram a integrar seu bando e ele passou a dividi-lo em grupos e subgrupos. Que estratégia incrível para os padrões ‘cangaceirísticos’ daquela sua época. Ninguém ainda tinha feito isso. Eram uma espécie de clãs familiares e autônomos sob a direção de homens de sua inteira confiança. Era a Nova Ordem do Cangaço que se apresentava. Chamava menos atenção e seus inimigos não tinham a menor ideia onde ele se encontrava, pois o bando dividido, a população os via em muitos lugares e as autoridades ficavam sem saber onde centrar fogo, com números maiores de contingente.

Essa estratégia, ou por querer ou por necessidade e imposição do destino, fez que Lampião, perseguido sem descanso pelas Forças Volantes de Pernambuco, tivesse que fugir e refugiar-se na Bahia com cinco companheiros que lhe restavam e maltrapilhos e famintos ali chegaram para a recomposição mais espetacular de sua vida. Era o ‘Fênix’ que retornava mais forte e das cinzas ressurgia sua têmpera de ‘cabra macho’ que não temia ninguém .
Arte de Mário Cravo Júnior

Lampião veio a entender por conta da situação em que seus inimigos contavam com armas melhores e poderosas, que deveria mudar de estratégia. Em sua mente de guerreiro privilegiado e líder, compreendeu que já não tinha condições de dirigir um número considerável de cangaceiros. Além disso o  sertão ficava aos poucos modernizado, com estradas, vias férreas e pipocava o progresso. Sua vida e de seus cabras agora dependiam mais da ‘inteligence’ que de seus músculos, coragem e pontaria pois deixava aos poucos de ser um território virgem e impenetrável. O Governo estava agora em toda a parte com suas construções de progresso e sua ‘gana’ de exterminar o banditismo naquela região.

Élise Grunspan Jasmin em seu livro ‘Lampião, Senhor do Sertão’, veio a tecer um comentário de pé de página onde o chama de ‘O Guerreiro Sedentário’ justamente por substituir seus ataques violentos, embora vez em quando o fizesse, por essa nova ordem familiar tornando-se menos nômades. Em suas notas, Élise Grunspan Jasmin aponta para António Silvino que tentara “resistir a construção da estrada de ferro pela companhia Great Western no sertão da Paraíba. Em 1906, ele perseguia os engenheiros ingleses encarregados de executar os trabalhos, ameaçava os operários, cortava os fios telegráficos, deteriorava as vias já instaladas e extorquia os passageiros do trem. Constatando a ineficácia de sua empresa, enviou uma carta aos diretores da Great Western por meio de Francisco de Sá, um de seus empregados, dizendo que permitiria a construção da estrada de ferro mediante uma indenização de 30 contos de réis. Ver, a esse respeito.
Virgulino Lampião

Sempre que tinha oportunidade. Lampião ameaçava ou assassinava os operários que trabalhavam nos canteiros. Em 1929. fez interromper a construção de uma estrada que devia ir de Juazeiro a Santana da Glória, CE, e que devia passar por seu refúgio predileto, o Raso da Catarina. Em outubro desse mesmo ano, constatando que sua ameaça não tinha sido levada em consideração, matou um dos operários. Em 1930, perto de Patamuté. BA. atacou um grupo de operários e matou um deles. Em 1932. no sitio Carro Quebrado, entre Chorrochó e Barro Vermelho, na Bahia. Lampião executou nove operários.

No Estado de Sergipe. em fevereiro de 1934, atacou operários e paralisou a construção da estrada. As autoridades governamentais nunca levaram em conta as ameaças de Lampião, e a partir de 1930 intensificaram os projetos de abertura do sertão ao "progresso". No dia 9 de junho de 1935, por ocasião de uma reunião organizada em Águas Vermelhas, na fronteira de Pernambuco. Carlos de Lima Cavalcanti, governador desse Estado, e Osman Loureiro, governador de Alagoas propuseram um plano de construção de estradas e vias férreas nas zonas do sertão afetadas pelo cangaço. 

Elas deviam cortar sistematicamente em diversos eixos as regiões mais freqüentadas por Lampião e facilitar o transporte das Forças Volantes por caminhão, enquanto os cangaceiros se deslocavam quase sempre a pé. Os canais e as vias fluviais também deveriam ser controlados, pois permitiam o envio de armas aos cangaceiros. Lampião sabia que as conquistas tecnológicas com as quais as Forças Volantes tinham sido municiadas e a penetração das vias de comunicação através do sertão poderiam anunciar seu fim próximo e pôr em perigo sua autoridade na região (Informações extraídas das obras de Frederico Pernambucano de Mello, op. rir., 1985, e Quengo: !Amplio?, 1993).
Raul Meneleu Mascarenhas
Blog Caiçara do Rio dos Ventos


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

PALAVRAS VÃS

*Rangel Alves da Costa

Não. Assim não. Não é por que a vida é curta, passageira e inesperada, cheia de surpresas aterradoras, que devemos vivê-la pelo lado da ilusão, da falsa felicidade, do que é forjado aos sentimentos.
Não é por que ninguém sabe se amanhã estará bem que o hoje deve ser transformado em festim, em exagerada curtição, em entrega ao álcool e outras ilusórias viagens. Não é por que o amanhã é uma caixinha de surpresas que todos os experimentos do mundo devem ser chamados agora.
Não é por que a morte poderá chegar a qualquer momento que a todo instante há de se viver pela pecaminosidade, depravação e desonra pessoal. Não é por que a juventude chama à festa, à bebida, aos exageros, que a pessoa deva ultrapassar seus limites. Não é por que se deseja mostrar o ímpeto esfuziante da idade que se tenha de mostrar a nudez moral.
Não é por que alguém sempre faz assim que se tenha de seguir o rebanho. O mundo pode acabar amanhã para uns, mas o nome permanece segundo foi semeado. E se o mundo não acabar amanhã, como o mal semeado agora vai sendo colhido? Quanto vale no futuro uma desonra já semeada na flor da idade? Qual o respeito de manhã numa pessoa que não se respeita agora? Será que mais tarde, acaso constitua família e tenha filhos, terá coragem de dizer o que de mais impuro e pecaminoso fez no passado?
Certamente não dirá, mas o passado é livro que continua sendo aberto, e quanto mais erros houver mais suas folhas serão avistadas e relembradas. Que bebam, que curtam, que vivam a idade, que cantem, que dancem, que namorem, que fiquem. Mas lembrem de que nada termina agora, nada é somente para o hoje. O amanhã é tudo.


Para o bem ou para o mal, o amanhã será sol que sempre vai nascer. E que tal neste amanhã não temer ou se envergonhar de olhar para o passado? Não há pretensão alguma que o jovem se torne casto, fechado em redoma ou que deixe passar sua idade sem buscar as alegrias da vida. Nada disso.
O mundo moderno acabou destruindo a maioria dos hábitos de vida, mas no passado também havia juventude, mocidade, idades viva flor. E a maioria das pessoas sobreviveu sem que tivesse que se entregar aos mundanismos e às depravações. Talvez seja somente uma questão de consciência, de escolha própria. Mas com tantas alternativas, que tal optar por aquelas que permitam o encontro com as alegrias que não sejam forjadas pelos vícios, fugas ou exageros?
Mas nem tudo está perdido, eis a verdade. Ao invés de esquinas e baladas, muitos jovens optam pela religião, pela igreja. Ao invés de estarem requebrando ao som de paredões, alguns jovens preferem a prática de ações sociais, convivendo e dialogando com parcela sofrida da população. Ao invés de mesas de barzinhos ou farras de finais de semana (ou todo dia), alguns jovens preferem seus quartos, suas calçadas, tendo ao lado um afazer comum ou um bom livro.
Por isso que nem tudo está perdido. E o que acostumou na obscuridade ou no fazer perverso a si mesmo, sempre poderá retornar ao lado melhor da vida: realmente viver, sem mentiras nem ilusões!

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O DONO DA PASSAGEM POR:LAMPIÃO ACESO

Por Manoel Severo
Tomaz Cisne, Carlos Eduardo, Ângelo Osmiro e Afrânio

"2001 foi um ano importante para a rota do cangaço em Pernambuco. Uma certa propriedade localizada no povoado São Domingos, as margens do riacho São Domingos e aos pés da Serra Vermelha estava com placa de venda. Era um sítio, mas não era um sítio qualquer era a Passagem das Pedras que um dia pertenceu à dona Jacosa a avó de Virgulino. Neste local o jovem foi criado e educado por ela. O valor imobiliário estava ao alcance de muitos conterrâneos do antigo e ilustre morador, mas o valor histórico não estava sendo considerado. Quem sabe a cancela e a memória fossem fechadas para sempre aos estudiosos e curiosos do assunto? Carlos Eduardo Gomes pensou assim e adquiriu o lugar....

Lampião Aceso entrevistou o "cangaceiro carioca" durante o Cariri Cangaço 2010.


Qual o livro preferido de Carlos Eduardo?
Como já relatei O livro de Chandler que me introduz nesta saudável confraria. Mas o trabalho que considero a de maior importância na literatura é sem dúvida Guerreiros do Sol do Frederico Pernambucano.

Qual o capitulo?
A polêmica morte de Lampião em 1938. Polêmica porque me diverte: Chego a comparar com a convocação da seleção brasileira... Ninguém está satisfeito, não se chega a uma conclusão. Tem sempre uma tese tentando explicar o porquê daquele acontecido. Por que Lampião estava distraído? Houve ou não envenenamento? Olha, eu tenho convicção que se tivéssemos a presença de uma câmera registrando toda a cena, ainda não seria suficiente para evitar estas opiniões contraditórias. Pensando bem se acabar... perde a graça.

Trecho da fantástica entrevistra concedida pelo amigo Carlos  Eduardo Gomes ao amigo Kiko Monteiro, por ocasião do Cariri Cangaço 2010. Para ver toda a entrevista e conhecer um pouquinho mais de nosso "Cangaceiro Carioca" , visite lampião aceso:


Abraço fraterno aos amigos, Carlos Eduardo Gomes e Kiko Monteiro

Manoel Severo


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

AVIÃO DE PEQUENO PORTE CAI EM SERGIPE E DEIXA 4 MORTOS


Acidente aconteceu nesta segunda em Estância. Assessoria do cantor Gabriel Diniz, do hit 'Jenifer', informa que ele estava na aeronave.

Por G1 SE

Um avião de pequeno porte caiu em um mangue no povoado Porto do Mato, em Estância (SE), na região sul de Sergipe, no início da tarde desta segunda-feira (27), informou o Corpo de Bombeiros Militar. De acordo com o Grupamento Tático Aéreo (GTA), os quatro ocupantes da aeronave morreram.

A assessoria de imprensa do cantor Gabriel Diniz, conhecido pelo hit "Jenifer", disse que ele estava no avião. Também foi encontrado o passaporte do artista perto do local do acidente.

Na noite deste domingo (26), ele havia feito um show em Feira de Santana (BA).

Uma moradora da região disse que o avião passou por cima da casa dela e caiu em seguida. Foi ouvido um estrondo na região.

Esta reportagem está em atualização.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

GOSTA DE HISTÓRIA DOS MUNICÍPIOS?

Cabrobó: cidade pernambucana; em conta de chegada

 A obra contempla a história de Cabrobó e a história da transformação de Cabrobó.

Na primeira etapa estão presentes temas como origem de Cabrobó, nome e localização da fazenda de origem, fundação, fundador, construção da primeira igreja, extensão do território primitivo, evolução político-administrativa, exploração de cebola, e tentativa de mudança do nome de Cabrobó. Estão citados fatos e nomes de diversas pessoas, como eleições antigas e ocupantes de cargos legislativos e executivos, além de novidades acerca de Brígida de Alencar e Lampião entre outros.

Na primeira edição do livro de 1966 consta que o distrito de Cabrobó se estendia do rio Pajeú aos limites oeste e norte de então. Restringindo - se ao território do atual Estado de Pernambuco,  aquele  distrito,  que  já  era  extenso,  agora  se  amplia.  A  sua  reconstituição histórica,  que  ora  se procede com  base  em  informações  de  documentos  de  meados  do século  XVIII,  engloba  novas  povoações.  Assim,  da  ribeira  do  rio  Moxotó  para cima,  margeando  o  São  Francisco  e rumando  para  os  mesmos  limites de antes, tem-se o território imenso que pertencera ao distrito de Cabrobó. 

Essa  reconstituição  é  relevante para esclarecer  que,  a  partir de Tacaratu  e  de Ibimirim, para o oeste, os atuais municípios da região estiveram ligados a Cabrobó.

Seguem  alguns  exemplos  representativos  daquela ligação: Jatobá, que pertenceu a Petrolândia,  que  também  já  foi  Jatobá,  que pertenceu a Tacaratu, esteve ligado a Cabrobó; Floresta, que já foi Fazenda Grande, que pertenceu a Flores, que já foi Pajeú de  Flores;  Serrita,  que  já  foi  Serrinha,  que pertenceu  a  Salgueiro; Bodocó, que pertenceu  a  Granito, que pertenceu  a  Exu; Araripina,  que  já foi São Gonçalo, que pertenceu a Ouricuri; Afrânio, que pertenceu a Petrolina, que pertenceu a Santa Maria da Boa Vista, que já foi Boa Vista, esteve ligado a Cabrobó.

Na imagem acima, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, que foi construída em 1838, substituindo igreja sob a mesma invocação que se localizava na ilha de Assunção e fora destruída por cheia em 1792. Teve sua construção patrocinada por Dona Brígida Maria das Virgens, grande proprietária de terras da região. Trata-se de igreja de porte robusto, apresentando frontispício com predomínio de linhas retas, e duas torres sineiras com terminação piramidal. O frontispício é amenizado pelo desenho de gosto rococó do seu frontão. Apresenta contraforte em seu lado direito foi construído em função de outra enchente em 1919, que deslocou a população para local mais elevado, tendo a igreja sobrevivida, sem maiores danos. Internamente possui três naves interligadas por arcada e capela mor também separada por arcos, dos cômodos laterais. Fonte: Fundarpe.

Além  da  riqueza  de  informações  em Cabrobó:  cidade  pernambucana,  Arrisson Ferraz corrigiu várias distorções em publicações que citam o município. Por outro lado, há  registros  no  livro  dele  que, atualmente, são  motivos  de  divergências  por  parte  de outros  autores.  Sobre  elas,  estão  apresentadas  considerações  e  conclusões  na  nova edição do livro. Algumas delas e mais novidades estão citadas. 

Lhe interessou?

Envie email para cl.rfernandes@hotmail.com / luizgonzagabf@yahoo.com / luiz.gonzaga@ipa.br ou entre em contato pelos números (81) 99976-0277 (Tim) / 98210-5547 (Vivo).

Créditos da informação para o cumpadi Denis Carvalho 


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ASCRIM/PRESIDENCIA –PLANTÃO DA “CAPA”- OF. Nº 006/2019

1481522002230_PastedImage
ASCRIM/PRESIDENCIA –PLANTÃO DA “CAPA”- OF. Nº 006/2019.
MOSSORÓ-RN, 27 de MAIO de 2019.
“RECEBES ESTE EXPEDIENTE PORQUE A ASCRIM O(A)VALORIZA E RESPEITA, PELO ALTO NÍVEL DE QUEM TEM O PRESTÍGIO DE SER ASSIM CONSIDERADO(A).” 

EXCLUSIVAMENTE PARA OS ACADÊMICOS DA ASCRIM E POTENCIAIS CANDIDATOS A ACADEMICOS DA ASCRIM
   REFERINDO-ME A RESOLUÇÃO ASCRIM Nº 005/2019, DE 20.05.2019, E AO EDITAL ASCRIM AGE-013/2019, DE 25.04.2019, COMUNICO QUE OS INTERESSADOS EM ADERIR A “CARTA DE AJUSTE DE PENDÊNCIAS NA ASCRIM-CARTA”, PARA AJUSTAR AS PENDÊNCIAS, JÁ PODEM SE DIRIGIR À SALA DAS ACADEMIAS NA BIBLIOTECA MUNICIPAL NEY PONTES DUARTE, DIARIAMENTE DAS 09:30HS AS 10:30HS, POIS CERTAMENTE ALGUM ACADÊMICO DA ASCRIM ENCONTRA-SE-Á DE PLANTÃO PARA ATENDER.
    O PLANTÃO DE HOJE, MATUTINO, ESTÁ A CARGO DA NOSSA DIRETORA DE ASSUNTOS ARTÍSTICOS GORETTI ALVES. À TARDE O PLANTONISTA É O NOSSO ACADEMICO JOSÉ ERIBERTO. DURANTE TODO DIA, PODEM SE DIRIGIR VIA EMAIL asescritm@hotmail.com OU VIA CELULAR 84-991508664(SILVA NETO), INCLUSIVE PARA OUTROS ESCLARECIMENTOS.
      NA OPORTUNIDADE, DIZENDO QUE ESTA É A FORMA MAIS SAUDÁVEL DE LEMBRAR AOS QUE TEM PENDÊNCIAS, ESCLAREÇO QUE NEM TODOS OS QUE RECEBEREM ESTA MENSAGEM ESTÃO EM SITUAÇÃO DE INADIMPLÊNCIA NA ASCRIM.
    OUTROSSIM, TENDO EM VISTA VÁRIAS SOLICITAÇÕES, SEGUE ABAIXO PROCEDIMENTOS PARA REGULARIZAR ALGUMAS PENDÊNCIAS PREVISTAS:
a) O PAGAMENTO DA ANUIDADE PERÍODO-OUT/2018 A SET/2019, VALOR DE R$ 180,00(CENTO E OITENTA REAIS), PODERÁ SER EFETUADO NO SEGUINTE FTORMATO:
1º) TRANSFERÊNCIA ON-LINE OU DEPÓSITO, NO BANCO DO BRASIL AG. 3526-2, CONTA CORRENTE 28.877-2(TITULAR FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO), OU NO BANCO SANTANDER AG. 4456 CONTA 01.015826.6. O RECIBO SERÁ ENVIADO AO ASSOCIADO APÓS COMPROVAÇÃO DO PAGAMENTO;
b) A ENTREGA DA OBRA LITERÁRIA AUTORAL PODERÁ SER FEITA NA BIBLIOTECA MUNICIPAL NEY PONTES, NO HORÁRIO DOS PLANTÕES INFORMADOS PELA ASCRIM.
SAUDAÇÕES ASCRIMANAS
FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO
-PRESIDENTE DA ASCRIM-

SAUDAÇÕES ASCRIMIANAS

FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO 
- PRESIDENTE DA ASCRIM -

Enviado pela ASCRIM

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ARTES POPULARES PRESENTES NO MUSEU DO SERTÃO .pdf (ARTES POPULARES PRESENTES NO MUSEU DO SERTÃO

Por Benedito Vasconcelos Mendes


Entendemos como arte popular, artesanato ou arte utilitária, aquela que é produzida pelos artesãos, ou seja, aquela que resulta da exteriorização do talento ao natural de seu executor, sem o refinamento da técnica, diferentemente da arte erudita, que é o resultado do talento enriquecido pelo estudo teórico da técnica. A arte popular é mais utilitária do que estética. Sua motivação é mais voltada para o econômico ou para a utilidade, do que para a beleza. A mente do artesão é, teoricamente, menos preparada para a criação artística do que a mente do artista erudito. O artista da arte erudita é mais criativo, mostra sua obra com estilo próprio e, para isso, necessita estudar muito a teoria da técnica de sua arte. Ele cria e interpreta a beleza ao seu modo, ao seu estilo. O artesão reproduz a obra por repetição, imitando um objeto ou um elemento da natureza, como uma planta, um animal, uma paisagem ou mesmo uma obra de arte já feita. Muitas vezes, a peça de artesanato é produzida por analfabetos ou por pessoas de pouco estudo, sem o aprofundamento técnico necessário para a produção de uma obra de arte erudita. Na região semiárida nordestina predomina a arte popular, pois nesta área seca e pobre do Nordeste quase não se encontram artistas dedicados às artes plásticas, como pintura, desenho, gravura e escultura. No sertão quente e seco do
Nordeste, poucos foram os pintores e escultores que se destacaram a nível nacional, pelo valor artístico de suas obras de arte. No Nordeste seco, os artistas populares (artesãos) são muito mais numerosos do que os artistas produtores de arte erudita.

O conceito de beleza do povo sertanejo é diferente dos que habitam o restante do Brasil. Ele é mais voltado para a utilidade ou para o econômico do que para o deleite da estética. Quando o sertanejo observa uma bela árvore frondosa e florida, sua mente é estimulada a olhar aquele vegetal com mais interesse nos valores econômicos do que na beleza que ele possui. A observação sobre a quantidade e a qualidade das toras de madeira, que podem ser retiradas daquela árvore, predomina sobre os atrativos da beleza arquitetônica da copa. A densidade da folhagem, a harmonia dos ramos, a forma e o colorido das folhas, flores e frutos passam desapercebidos pelo homem rural, pois sua mente está sempre ocupada com as preocupações diárias da sobrevivência nesta região sujeita às secas catastróficas. Uma outra observação é que o sertanejo não vê beleza em nada magro. O cavalo, o boi, a cabra, o cachorro, e até a própria mulher, só são bonitos a seus olhos se estiverem gordos. O que ele acha mais belo no sertão é o tempo chuvoso, a paisagem verde e viçosa, com muito pasto e gado gordo.

No acervo do Museu do Sertão existem expressivas e ricas coleções de peças artesanais, ou seja, de obras de arte popular ou utilitária. As principais coleções lá existentes são: 1. coleção de louças de barro (potes, jarras, porrões, potinho de coalhada, filtro de água, fogareiros, quartinhas (moringas), panelas, alguidares, penicos, chaleiras, farinheiras, pratos, caco de torrar café com rapadura, panelões de fazer sabão caseiro e outras louças); 2. coleção de cestaria de cipó e de palha
de carnaúba (abano, urupema, uru, surrão, esteira, cesto de cipó com aselha e cesto de cipó com alça); 3. coleção de utensílios de madeira (gamelas redondas, gamelas ovais, cochos, colheres-de- pau, palhetas de mexer doce, tábua de carne, batedor de nata, pilãozinho de tempero, pilão vertical e pilão deitado de uma, duas ou três bocas); 4. artefatos diversos (forma de chapéu de palha de carnaúba, palmatória escolar, balança de madeira de pesar algodão, caixão de guardar farinha e caixão de guardar rapadura); 5. máquinas e equipamentos (moinho de pau, engenho de pau, bolandeiras, prensas de casa de farinha, prensas de cera de carnaúba, prensas de queijo, pipas, dornas, ancoretas, tinas e roladeiras de transportar água); 6. móveis (mesas, cadeiras de mesa, cadeiras de balanço, espreguiçadeiras, guarda-louças, cristaleiras, bufês, guarda-roupas, cabides etc); 7. artesanatos de couro (sela, silhão, corona, manta, alforje, mochila de milhar cavalo, cabresto, gibão, perneira, guarda-peito, guarda-pés, luvas, alpercatas e outros).

A engenharia empírica, transmitida pela tradição oral, somava-se ao talento do artesão na elaboração de objetos, utensílios domésticos, apetrechos de trabalho, implementos agrícolas, equipamentos e máquinas das agroindústrias do passado. Os carapinas, marceneiros, santeiros, tanoeiros, ferreiros, flandeiros, cuteleiros, armeiros, seleiros, cesteiros, louceiras, pedreiros,  sapateiros, costureiras, bordadeiras, rendeiras, labirinteiras, crocheteiras, fiandeiras, tecelãs e outros artífices eram os que exercitavam as artes e os ofícios no sertão. Eram conhecidos como artistas e suas obras representavam a arte sertaneja. Existiam também os oficiais de serviços, à semelhança do mestre-escola, barbeiro, bodegueiro e profissionais da área da saúde (parteira, enfermeiro, tira- dentes, encanadores de braço, curandeiro e raizeiro). Como vimos, a arte sertaneja é mais representada pelos artefatos utilizados pela população do que pelas as artes plásticas (esculturas,

pinturas, desenhos e gravuras).

Enviado pelo autor

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

DADÁ A SUSSUARANA


Por Fábio Costa

Susuarana a única que combatia as volantes, conta Silvio Bulhões que ela era exímia atiradora, más certeira que Corisco, segundo Silvio o Corisco era ruim de mira, seus cabras quando viam um bode, pediam pra Corisco matar na bala zombando do diabo loiro.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com