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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

OUTRO OFICIAL PERNAMBUCANO NA CAMPANHA DO CANGAÇO DA BAHIA; RESPONSÁVEL PELA DURA CAMPANHA DE DÁ CABO A CANGACEIROS, TENENTE ZÉ RUFINO... A HISTÓRIA COM DOIS LADOS...!!!

Material do acervo do pesquisador e historiador Guilherme Machado

José Osório Farias o "Zé Rufino" nasceu em 20 de fevereiro de 1906, em Pernambuco.

Comandante de volante que mais liquidou cangaceiros, adentrou à Força Pública do Estado da Bahia, assentando praça em 2 de janeiro de 1934.

Passou a compor as Forças em Operações no Nordeste. Chegou a segundo tenente em 1939.

Entre aqueles cangaceiros que eliminou, Zé Rufino destacou, em entrevista, Azulão, Barra Nova, Canjica, Catingueira, Corisco, Maria Dórea, Mariano, Meia-Noite, Pai Velho, Pavão, Sabonete, Zabelê e Zepellin.

https://www.youtube.com/watch?v=nA1dZkbBZEc
https://www.youtube.com/watch?v=y-XePnXu1eA

(FOTO E FONTE: YOUTUBE) TEXTO PRODUZIDO POR MIM A PARTIR DO YOUTUBE.)

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NOTÍCIA DA MORTE DO CANGACEIRO CORISCO

Material do acervo do pesquisador/historiador Guilherme Machado

Um dos mais velhos jornais do interior da Bahia. O correio do Sertão; jornal fundado em 1927. Na bela Cidade do Morro do Chapéu Piemonte, da chapada Diamantina... Break News da Morte do Cangaceiro Cristino Gomes da Silva Cleto. O diabo loiro; Corisco. 

Notícias publicada a 26 dias após a morte do cangaceiro; na cidade de Barra do Mendes Bahia...!!!

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1098408386929752&set=gm.1478241232188990&type=3&theater

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AQUELA FESTA DE AGOSTO

*Rangel Alves da Costa

Nem chegava o mês de agosto e Poço Redondo já parecia outra cidade, remoçada, bonita, florida, aconchegante. Era nesse período que grande parte das casas recebia pintura nova, vistosa, com barra vermelha e tudo e o mais.

Quando o mês da festança maior da cidade abria as portas, então a povoação se transformava totalmente. O que se avistava eram as moças solteiras passando com panelas para serem areadas nas beiradas do tanque velho. Necessitavam dar brilho em tudo para receber os visitantes.

Pelas calçadas, cadeiras espalhadas para receber colchas de veludos, panos mais chiques, cobertores floridos. Também uma época onde os paletós de linho e roupas festeiras eram retirados dos escondidos dos guarda-roupas para providenciais banhos de sol. Por isso um cheiro de naftalina danado por todo lugar.

Bastião Joaquim já coçava a cabeça pensando em receber da melhor maneira possível seus amigos da Serra Negra. Seu prazer era imenso, pois aquele povo do outro lado da serra era com se tivesse raiz no lugar. E tinha mesmo, pois os Carvalho desde muito encravados nas terras poço-redondenses com suas fazendas de meio mundo.

João Maria de Carvalho, o coronel de patente e mando, seu irmão Piduca Alexandre, seu filho Heraldo e seu sobrinho Evaldo, eram assíduos visitantes de Poço Redondo. Do mesmo modo Oza, Maria de Ioiô, João de Ioiô e tantos outros alexandrinos que arribavam para o lado de cá principalmente em dias da festa grande.

Entre as casas de Tonho Rosendo, Zé de Lola e Bastião Joaquim, os alexandrinos encontravam certeira e aprazível guarida. O Coronel João Maria se aboletava numa rede na sala da frente da casa de Zé de Lola e dali mesmo ordenava além-fronteiras. Já Heraldo e Evaldo deixavam a casa de Bastião Joaquim no passo certeiro dos bares, dos forrós, das cavalgadas, dos locais onde houvesse moça fogosa e namoradeira. Até de homem casado.

A chegada de Heraldo de Carvalho era uma preocupação a parte para Delino, pois sempre temendo que o doutor da Serra Negra repetisse um gesto de outra ocasião: com bar e salão lotados, com forró comendo solto, eis que o homem entra com cavalo e tudo. Entrou e foi em direção ao balcão. E quem era besta de dizer um tantinho assim?

Daquele chapéu largo e gestos vaidosos, apenas um homem bom. Melhor ainda seu primo Evaldo, que só pensava em namorar. E sem a presença deles a festa de agosto não tinha graça. Como não tinha graça sem a chegada do parque, sem a presença de Manezim Tem-Tem, sem Seu João Retratista, sem a visita certeira de Expedito, o sarará-avermelhado e desajuizado.

Manezim Tem-Tem tinha freguesia mais que garantida. Os sapatos de festa, devidamente guardados de outras ocasiões, eram colocados em suas mãos ali mesmo nas calçadas. Retornavam brilhando mais que sapato novo. Não podia faltar retrato de jeito nenhum, nem antes nem durante a festa, por isso mesmo que Seu João Retratista tinha um trabalho danado de armar e desarmar seu tripé para as fotos em meio aos jardins floridos daquele Poço Redondo de antigamente.

Era o período do alavancamento comercial da cidade. Pano de corte, lustroso, enfestado, era com as irmãs Marques: Mãezinha, Conceição e Izabel. Ter uma camisa de volta-ao-mundo era uma grã-finagem pra poucos. Mas Izabel Marques possuía à venda. Calça Lee da legítima, calça boca de sino, saia rodada, vestido ajardinado, tudo isso também colocado à venda no comércio local e também nas caminhonetes que chegavam de outras localidades.

Forró por todo lugar, desde o início do mês. Não havia salão onde o fole não roncasse desde cedinho até madrugada adentro. Agenor da Barra, Dudu Ribeiro, Zé Aleixo, Zé Goiti, Dida e tantos outros, tudo arrastando seus foles para a alegria e o chinelado sertanejo. Na memória de Zelito, o cantador maior de forró, certamente a doce recordação desse tempo.

Cinco da tarde em ponto. A música O Milionário, anunciava o início das atividades no parque. Daí em diante uma festa só e mais tarde o cheiro das brilhantinas, do Toque de Amor, do Charisma, e os gemidos pelos sapatos apertados. E aquelas donzelas em suspiros sem fim.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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O CABELEIRA

Material do pesquisador e historiador  Guilherme Machado 

O crime no Cangaço em nome do Pai...!!! O primeiro Cangaceiro a reinar no Nordeste, O Cabeleira de Recife para arredores do Cabo de São Joaquim em 1776. O CABELEIRA.


Cabeleira é o apelido de José de Gomes, um dos primeiros cangaceiros de Pernambuco. José era naturalmente bom, mas foi ensinado pelo pai, Joaquim Gomes, a ser cruel.

Junto com o pai e Teodósio, o traiçoeiro amigo, assim como vários outros comparsas, Cabeleira aterroriza a província de Pernambuco em 1776 (exatos 100 anos antes da publicação do romance). Mas quando ele reencontra Luísa, foge com ela e começa a se reformar, apesar de instintivamente ainda tentar se defender violentamente.

(Cartunistas Allan Alex, Leandro Assis e Hirosh cartunistas) - Para adquirir esta obra: franpelima@bol.com.br

Luísa acaba morrendo logo após a fuga, pois estava ferida, e Cabeleira é preso, fraco, faminto e desarmado, num canavial. José Gomes é executado junto com seus antigos comparsas apesar dos apelos da mãe de que a ele servia melhor a penitenciária pois estava reformado.

O romance acaba com o autor atacando a pena de morte. A obra inicial da “literatura do Norte” que o autor pretendia fazer...!!!

(Fonte Romance Franklin Távora)

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RELAÇÃO DE LIVROS À VENDA (PROFESSOR PEREIRA - CAJAZEIRAS/PB).



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OBJETO COM LUZES CRUZOU O CÉU DO PREÁ NO CEARÁ

Por Dr. Lima

Cruz. Na noite de sábado, 18/02, por volta da meia-noite, um objeto não identificado foi visto, por várias pessoas, sobrevoando a Praia do Preá, Distrito de Caiçara, Município de Cruz, Litoral Norte do Ceará, distante 300 Km de Fortaleza. 

O objeto surgiu do lado do Nascente, sobrevoou a Pousada Rancho do Peixe e seguiu em direção à Jericoacoara. Continha algumas luzes de cores avermelhadas, deslocava-se em linha reta, fez um retorno e desapareceu.

A princípio, pensava-se que se tratava de um avião, mas, ao aproximar-se, foi verificado que não era uma aeronave. O objeto foi visto por várias outras pessoas que se encontravam nas proximidades da Praia do Preá. Fabio Lima, que se encontrava na praia no momento da aparição do objeto, disse que o objeto tinha poucas luzes, deslocava-se lentamente e em linha reta, e após fazer uma meia volta em círculo, perdeu altura e desapareceu por entre os coqueiros.

Algumas pessoas chegaram a pensar que se tratava de um drone que estava sobrevoando à Praia, mas, ao aproximar-se, foi constatado que se tratava de um objeto desconhecido.

Não foi a primeira vez que objetos com luzes foram vistos nos céus do Preá e na mesma localidade e sentido de deslocamento. É comum as pessoas relatarem terem visto objetos com luzes coloridas sobrevoando a Praia do Preá e geralmente são vistos no mesmo local ou proximidades. 

Os objetos se deslocam a pouca altura e baixa velocidade e logo desaparecem.

Dr. Lima

http://blogdodrlima.blogspot.com.br/2017/02/objeto-com-luzes-cruzou-o-ceu-do-prea.html

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REMINISCÊNCIAS


Aqui nesta foto histórica, dos agentes das estações de trem da antiga Estrada de Ferro Mossoró Sousa, encontramos vários amigos, pais e avós de amigos meus.

A foto está na sala da casa de Jacob de Castro, o mais velho morador da Ferreira Itajubá, com 99 anos de muita lucidez.

Ele não soube informar o ano, acredito ter sido antes de 1965, pois o mesmo aposentou-se em janeiro daquele ano.

A Estrada de Ferro fundada em 1915, funcionou até o final dos anos 80.
Aqui deixo o registro e minha homenagem, a esses homens, que ajudaram a construir o progresso da nossa cidade.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1264313280344002&set=a.298598163582190.63867.100002960251931&type=3&theater

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CABELEIREIRO RECONTA A HISTÓRIA DE LAMPIÃO

Por Antonio Corrêa Sobrinho

Trago a matéria abaixo, publicada no dia 20 de abril de 1997, pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, sobretudo para mostrar aos amigos como, em boa parte, se constroem muitas das histórias que conhecemos, como, por exemplo, a do cangaço: ‘por ouvir dizer’. E, por oportuno, refletirmos o quanto, no que diz respeito à revelação do passado, versões terminam por se constituírem nos acontecimentos que não presenciamos. Imaginem se a versão abaixo fosse a única do que ocorrera no dia 28 de julho de 1938, em Angicos. Esta seria, sem dúvida, a história oficial, a de que Lampião e Maria Bonita não morreram em Angicos.

Quanto à matéria em si, e, preliminarmente, dizendo o quanto eu procuro compreender, respeitar e questionar toda e qualquer informação a qual eu tenho acesso, observo que o citado cangaceiro Moita Brava, dito como o autor desta versão, de nome Manuel Franco da Rocha, não aparece como tal, pelo menos nos dicionários de ‘nomes de cangaceiros’, o de Bismarck Martins de Oliveira e o de Renato Luís Bandeiras, que nos apresentam dois alcunhados de Moita Brava, os de nomes Diolino Ferreira e Antonio da Silva. 

Outrossim, que o cangaceiro Paturi, mencionado nesta versão como o único, junto com Moita Brava, a saber da trama urdida por Lampião e Maria Bonita, além de incumbido de fugir com estes para fora da região, Bismarck o tem como o cangaceiro que sempre defendeu a tese de que Lampião e Maria Bonita foram mortos envenenados, porém em 38, o que contraria substancialmente o que a este Paturi é atribuído nesta versão.

CABELEIREIRO RECONTA A HISTÓRIA DE LAMPIÃO. CASADO COM A NETA DE UM DOS BANDOLEIROS DO GRUPO, LEITE DIZ QUE O REI DO CANGAÇO VIROU FAZENDEIRO
Por Tarcísio Alves

Uma dupla de “clones” morreu no lugar de Lampião e Maria Bonita, rei e rainha do cangaço, na ação policial realizada no dia 28 de julho de 1938, em Sergipe. Manuel Franco da Rocha, conhecido como “Moita Brava” entre os bandoleiros do capitão Virgulino Ferreira da Silva, sustentou essa versão até morrer, em 1983, aos 114 anos, em São Paulo.

A história é repetida pelo cabeleireiro e comerciante José Bonifácio Leite, dono de um salão de cabeleireiros e também de um bar e restaurante na avenida Professor Francisco Morato, na Vila Sônia, na zona sul.

Leite, de 42 anos, é casado há 18 com Maria Nilda Rodrigues, neta de Moita Brava, e afirma que a rápida convivência com o ex-cangaceiro foi suficiente para que este lhe narrasse muitas de suas aventuras no sertão nordestino, entre os anos 20 e 40.

CERCO – Um dos casos mais recorrentes no repertório de seu Manuel, como era chamado pelos familiares, conflita com a versão oficial da história – Lampião sobreviveu ao cerco policial na Grota do Angico, um vale localizado em Poço Redondo, Sergipe, próximo do rio São Francisco.

Mais: para escapar da enrascada, que, de acordo com a história, causou a morte da dupla real do cangaço e de outros nove bandoleiros, Virgulino Ferreira da Silva traiu Corisco, um de seus homens de confiança. Ele comandava parte do bando do capitão, que se dividira justamente para confundir os “macacos’, policiais que perseguiam cangaceiros.

A traição a que se refere o cabeleireiro envolve o episódio de morte do rei do cangaço. Ancorado na versão de Moita Brava, ele diz que Lampião fez correr na região a notícia da reunião de seu bando na grota do Angico, no dia 28 de julho, que teria ocorrido pela manhã.

Na investida comandada pelo tenente João Bezerra, os cangaceiros mortos foram decapitados e tiveram suas cabeças exibidas pelo Nordeste. Na madrugada anterior, porém, os verdadeiros Lampião e Maria Bonita teriam tomado uma balsa rumo a Penedo, em Alagoas. Dias depois, eles fariam o caminho inverso, desembarcando na região do rio Araguaia, na região Centro-Oeste.

Um casal de sósias de Lampião e Maria Bonita teria sido escoltado para a grota do Angico pelo próprio Moita Brava, na noite de 27 de julho. Os personagens reais da ação aguardavam no local para serem substituídos tão logo os homens do bando dormissem.

ESCOLTA – De acordo com Leite, seu Manuel era “homem de confiança do capitão Virgulino”. Assim, ele fora incumbido pelo chefe não só para escoltar os “clones” para o vale, como também para acompanhar o rei do cangaço e a sua mulher na fuga.

Somente Moita Brava e Paturi, cangaceiro que estava de sentinela naquela noite, teriam conhecimento do plano, segundo o comerciante. Seu Manuel foi afastado do bando de Lampião em 1931, e passou a atuar como jagunço de coronéis, além de fazer serviços estratégicos para o ex-chefe, comenta.

A história aponta ainda que Lampião e Maria Bonita estabeleceram-se no interior de Minas, como fazendeiros. Os dois teriam assumido diversos nomes e mudado constantemente de endereço para não serem reconhecidos.

HISTÓRIA – “No Brasil, não se costuma dar valor à cultura, e o cangaço faz parte disso”, diz o cabeleireiro, empenhado em difundir a versão sobre a morte de Lampião e Maria Bonita. “É uma parte da história que poucos conhecem.”

Segundo Leite, Moita Brava não teria revelado, em vida, a suposta fuga de Lampião por temer um “resgate” do espírito do cangaço em plena São Paulo de hoje. “Se os cangaceiros ou parentes deles descobrissem que Lampião traiu seu bando, eles provavelmente perseguiriam seu Manuel para se vingar, acredita.

No último contato com o ex-chefe, na década de 40, seu Manuel teria recebido dele uma gratificação, em reconhecimento aos serviços prestados durante anos. Teve, então, a ideia de trocar a vida de aventureiro no sertão pelo anonimato em São Paulo.

Imagem de José Bonifácio Leite,
com chapéu e punhal de Moita Brava.

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CARTA ABERTA: A IMPRESCINDÍVEL CRÍTICA À REFORMA DO ENSINO MÉDIO E O PAPEL DA GEOGRAFIA


A comunidade acadêmica, professores e pesquisadores da área de Geografia, através de sua Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Geografia (ANPEGE), vem externar a defesa de uma análise crítica séria e democrática sobre a Reforma do Ensino Médio, ora em tramitação, e o papel secundário dado à Geografia como campo de conhecimento, imprescindível na abordagem dos principais problemas contemporâneos, especialmente aqueles que envolvem a leitura integrada dos processos de globalização e fragmentação, a dinâmica geopolítica e as relações sociedade-natureza.

Neste sentido, questionamos:

A forma apressada com que foi promovida a Reforma do Ensino Médio que, ao contrário de outros países, onde envolveu vários anos de amplo debate, desconsiderou muitos dos agentes e/ou áreas envolvidos.

O caráter prioritariamente técnico-profissionalizante da Reforma, restringindo a formação humanista, em especial, para aqueles que optarem por formações mais tecnológicas, já que as disciplinas estão contempladas em itinerários formativos: Linguagens e suas Tecnologias; Matemáticas e suas tecnologias; Ciência da Natureza e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Formação Técnica Profissional, podendo ser oferecido, assustadoramente, apenas um desses eixos.

A ausência da Geografia como disciplina obrigatória: apesar da obrigatoriedade da Geografia no que tange ao Ensino Fundamental, no que se refere à Reforma do Ensino Médio a temática é nebulosa, tornando incerta a presença da disciplina na formação dos estudantes. Tal disciplina poderá ser contemplada no eixo de Ciências Humanas que não está claro

A viabilidade da louvável extensão da carga horária e a educação em tempo integral, diante das condições de precariedade e a contenção de verbas vividas em nível nacional.

A contratação de profissionais com “notório saber”, que abre margem para profundas discrepâncias na qualidade do ensino e a desvalorização de profissionais com formação específica em suas áreas.

Em síntese, uma reforma nessas bases peca pela ausência do debate crítico no diálogo com aqueles que efetivamente deveriam ser seus protagonistas, os professores e alunos e, ao não reconhecer a obrigatoriedade de uma disciplina como a Geografia, cada vez mais valorizada diante das problemáticas contemporâneas, vai contra o propósito básico da educação, a construção e o fortalecimento de uma cidadania plena.

Diretoria da ANPEGE
Porto Alegre, 17 de fevereiro de 2017.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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UMA DAS ÚLTIMAS VÍTIMAS DO BANDO DE LAMPIÃO

Por Junior Almeida
Júnior Almeida, Lili e...

Maria Gracinda Basílio nasceu em 24 do mês de São João de 1914 na então vila de Serrinha do Catimbau, município de Garanhuns Pernambuco, hoje município emancipado de Paranatama. Branca, como é chamada desde que se entende de gente, casou-se com José Francisco Basílio, o Zé Basílio.


Em 19 do mês de Santana de 1935, estava em sua residência onde funcionava também uma pequena bodega no Sítio Azevém daquele município, quando por volta das 10 horas da noite bateram violentamente em sua porta.

Era Lampião e seus cabras, acompanhados de mais algumas pessoas feitas reféns. A casa modesta da família foi tomada por cangaceiros e duas mulheres dos cabras, segundo o processo do caso, Maria Bonita e Maria Ema. Os sicários reviraram tudo em busca de dinheiro e objetos de valor. As mulheres também não ficaram atrás, pois deram uns apertos na dona da casa, Dona Branca, na época uma jovem senhora de 21 anos de idade.

Enquanto parte do bando saqueavam a casa da família, alguns componentes do bando foram a uma casa vizinha, que era do sogro de Dona Branca, onde estupraram duas moças, essas irmãs de Zé Basílio e cunhadas de Branca. A súcia saiu da casa da Família Basílio os deixando arrasados financeiramente e emocionalmente, indo pro sítio Queimada do André, onde assassinaram um homem e surraram o seu genro.

Depois desse rastro de depredações e morte, Lampião e seu bando seguiram para a Vila de Serrinha, onde houve resistência armada. No tiroteio de Serrinha do Catimbau, Maria Bonita foi baleada duas vezes, tiros esses que fez a rainha do cangaço passasse por sério apertos, beirando a morte, fato que só aconteceria três anos depois em Angicos.

Maria Ema também foi ferida, e o cachorro do bando de nome "dourado" foi morto por vários tiros. Quem tirou a sorte grande de achar o animal "lavou a égua", pois o bicho tinha uma coleira toda enfeitada de moedas de ouro.

Hoje, dia 21 de fevereiro de 2017, com Dona Branca prestes a completar 103 anos de vida, mais uma vez a visitamos, e por incrível que pareça, a centenária mulher nunca contou uma história diferente das que tinha nos contado antes. Muitas vezes´afirmamos coisas que já ouvimos dela, sendo de maneira diferente, e ela energicamente nos corrige, demonstrando assim a sua lucidez. Maria Gracinda, a Dona Branca, uma das poucas vítimas e testemunhas vivas dos tempos do cangaço. 

História do Brasil.

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