Em novembro de
1972, chegava pela primeira vez a Sepetiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, a
maior equipe que a TV Globo, já utilizou para a gravação de uma novela: Era o
início das externas de “O Bem Amado”, de Dias Gomes, que estava substituindo “O
Bofe”.
. O elenco
chegava às 7h na sede da emissora, no Jardim Botânico e, de lá, ia de ônibus
para Sepetiba. A equipe de produção da novela alugou uma casa na região para
servir de camarim aos atores.
Eram quatro
caminhões, cor, vídeo-tape, gerador, iluminação, 21 técnicos, três câmaras,
três iluminadores e dois auxiliares, dois técnicos de cor, um operador de
vídeo, dois de áudio e dois supervisores, além de cinco motoristas, que
conduziam quatro carros de produção e os atores. Só o caminhão, com o equipamento
de cor, pesava doze toneladas.
Sob um sol
forte, os caminhões iam parando, e a equipe se concentrando. Então os banhistas
começaram a se aproximar, fazendo perguntas sobre a novela, enquanto as janelas
das casas eram ocupadas pelos moradores.
Traziam ainda
um Saveiro e dois Jegues, “ importados “ da Bahia, para serem utilizados pelos
personagens.
O Bem-Amado, foi a primeira novela da TV Globo a ser exportada, abrindo o
mercado estrangeiro para os produtos televisivos nacionais.
A novela alcançou outros extremos, tendo sido exportada para 30 países, entre
eles os Estados Unidos. Em 1977, toda a América Latina, com exceção da
Venezuela, assistia a O Bem-Amado através da Spanish International Network.
Flávio Brandão
é pesquisador e publica diversos textos semanalmente na Santa Paciência.
(Na foto,
Jardel Filho com Paulo Gracindo e Maria Cláudia, conversam e posam para fotos,
na praia de Sepetiba, durante um intervalo de gravação).
Extraído do facebook da página do professor e pesquisador Adinalzir Pereira - https://www.facebook.com/GuaraciRosaHistoriador/photos/a.1802147649809900.1073741828.1800233896667942/1877182665639731/?type=3&theater
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