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sexta-feira, 16 de agosto de 2024

O QUE MUDOU EM QUASE 70 ANOS SOBRE A PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA E DA MEMÓRIA DO PERÍODO DA AVIAÇÃO CLÁSSICA E DA II GUERRA EM NATAL?

Rostand Medeiros – https://pt.wikipedia.org/wiki/Rostand_Medeiros

Fala-se muito, conversa-se muita, faz-se até algum farol, mas realmente nada existe.”

O que está escrito acima foi publicado no extinto jornal natalense “O POTI”, na edição de terça-feira, 26 de abril de 1955, há quase 70 anos. Abaixo trago esse texto na íntegra.

“Se o Rio Grande do Norte fosse um Estado que realmente cultuasse as datas que lhe são preciosas, o próximo dia 12 de maio seria um dia de reverência, pois lembra um dos fatos mais significativos da metade do século XX – A primeira travessia do Atlântico Sul por avião. Que foi realizada na noite de 12 de maio de 1930 por Jean Mermoz, pilotando um pequeno hidroavião Laté 28, sendo acompanhado nessa travessia por Jean Dabry e Leopold Gimié.

Os que não têm a memória muito falha e que estão hoje com mais de 45 anos de idade ainda devem recordar-se dessas figuras simpáticas de pioneiros e heróis a atravessar as ruas de Natal, convivendo conosco e construindo, o que foi durante vários anos a famosa “Linha” do Atlântico Sul, feita pelos aviões da antiga Latécoère. O voo foi feito em vinte horas, sendo batido um recorde para a época e o seu êxito determinou o estabelecimento definitivo das linhas transcontinentais para a América do Sul.

Não existe em Natal, até hoje, uma rua com o nome de Jean Mermoz e dentro de mais algum tempo, nada haverá para rememorar entre nós, acontecimento tão significativo. Somos, porém, assim mesmo. Temos um Arquivo Público criado no papel, que nada arquiva até agora. Não temos uma só biblioteca que se preze, e se os jornais não mantiverem as suas coleções, nada ficará no futuro para as gerações vindouras.

No período da guerra aqui viveram mais de 15.000 americanos durante quase cinco anos e só no cemitério do Alecrim, foram sepultados quase 200 soldados e oficiais tombados no cumprimento do dever. O que é que existe hoje para assinalar esses acontecimentos históricos? Falou-se durante algum tempo, que no cemitério seria erguido um monumento simbólico com os nomes de todos os que foram aqui sepultados. Tudo ficou no esquecimento, e como os jornais eram impedidos pela censura de divulgar esses acontecimentos devido aos tempos de guerra, nada existirá que lembre isso no futuro.

O saudoso presidente Roosevelt aqui se encontrou com o presidente do Brasil em uma entrevista histórica. Existe algum marco, algum símbolo, alguma lápide que relembre esse acontecimento, ao menos no local em que houve o encontro histórico? Nada, absolutamente, nada.

A participação de Natal durante a guerra, que foi das mais significativas, será no futuro um acontecimento para o qual não existem dados históricos e nem documentos comprobatórios. É que aqui não existe funcionando um órgão que realmente cuide dessas coisas. Fala-se muito, conversa-se muita, faz-se até algum farol, mas realmente nada existe.

O governo de Mussolini mandou para aqui, como presente uma coluna romana para assinalar a passagem de Ítalo Balbo em Natal e a travessia de Ferrarin e Del Prete. Se não houvessem feito isso, nada hoje lembraria esse acontecimento.

Os americanos tiveram uma participação muito mais ativa em nossa vida e deles só resta a lembrança nas obras que deixaram.”

Mas então, o que mudou em nossa cidade em relação ao que está descrito em 1955?

Acho que o fato de existir hoje em dia ruas como as Sachet, Mermoz, Maryse Batie e até um colégio chamado Jean Mermoz e outro Winston Churchill são situações interessantes, positivas, que merecem os elogios de quem deu as ideias e as criou. Mas que na prática, na ideia de se criar uma verdadeira memória, é muito pouco!

Essas histórias estão ficando em um passado cada vez mais distante, pois abrangem um período que vai de 1922 (A chegada do “Libélula de Aço, a primeira aeronave a sobrevoar o Rio Grande do Norte) até 1947 (quando os últimos americanos partiram de Natal), o que facilmente ajudará no seu total esquecimento.

E para os poucos que querem estudar e registrar algo sobre esses momentos históricos, as fontes estão cada vez mais limitadas. De forma natural, quase todos aqueles que testemunharam esses interessantes episódios já partiram. Some a isso o fato das coleções dos jornais que o texto de 1955 comenta, estão interditados, quase sem acesso e eu não sei o porquê….

Mas o texto publicado em “O POTI” de 1955, mostrava que já naquela época a situação era complicada. Imaginem agora!

E é importante que se registre que a preservação dessa memória histórica deveria ser pautada pela democratização dessas informações, se não fica como está hoje em dia – Restrita a uma bolha bem elitizada, formada de pessoas que pouco ou nada leram sobre esses temas, mas que se arvoram de “grandes conhecedores”, de “doutores da história”. No final das contas essa gente tem é muita conversa fiada.

Até mesmo alguns políticos, que tem nos meios mais elitizados de Natal grande parte de suas bases eleitorais, andaram criando momentos públicos para “debaterem a sério” o que fazer com esse patrimônio, com essa informação histórica. Na prática esses tais momentos renderem absolutamente nada!

E, em minha opinião, o que temos hoje para mostrar ou é subutilizado, ou é limitado para o que foi destinado.  E esse patrimônio, essa informação, poderia gerar muitos dividendos para o turismo histórico de Natal, pois os fatos ligados a história da aviação clássica e da II Guerra em nossa cidade são únicos na América do Sul. Mas quem se importa de verdade com isso?

Espero e gostaria sinceramente que essa situação mudasse. Mas não tenho mais esperanças. 

https://tokdehistoria.com.br/2024/08/09/o-que-mudou-em-quase-70-anos-sobre-a-preservacao-da-historia-e-da-memoria-do-periodo-da-aviacao-classica-e-da-ii-guerra-em-natal/

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FAMILIARES MEU TIO AVÔ DELFINO E SEUS AMIGOS NO BANDO DE LAMPIÃO...!

Por Washington Luiz de Araújo, jornalista

Outro dia, minha irmã Tania me pediu que enviasse pelo zap uma foto de família constante num livro.

Procurei, revirei nos meus desorganizados guardados e não encontrei a tal imagem. Depois, lembrei que o livro poderia estar com nossa mãe, Inez, pois eu o teria deixado com ela desde a época em que meu pai, Luiz, estava vivo. Sim, estava. Mas encontrei outro exemplar com meu amigo, fotógrafo Américo Vermelho

Bom, o tal do livro é “Iconografia do Cangaço”, organizado por Ricardo Albuquerque. E qual o interesse de minha família por esta obra? Simples. Meu tio avô, José Delfino, está numa foto juntamente com dezenas de amigos. Ele fazia parte do bando de Lampião.

E vejam que meu tio avô materno está bem na foto, a um “cabra” do Lampião. Ele é o número quatro, que está com uma corneta na mão. E teve sorte o cangaceiro Delfino, pois não perdeu a cabeça como a maioria do bando, inclusive o próprio Lampião.

 Lampião e seu bando em Limoeiro do Norte, CE em 1927

José Delfino

Minha mãe conta que seu pai, meu avô Manoel Delfino, foi até o bando certo dia, tirou o irmão de lá e o escondeu na casa de uns parentes. Desta forma, Delfino pôde se casar, ter filhos e filhas, morrer de doença, já velhinho e não jovem e degolado. Eta família arretada e de sorte!

Pescado no Bem Blogado

http://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/Cangaceiro%20Jos%C3%A9%20Delfino

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PRIMEIRAS ELEITORAS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

 PIONEIRA, VOTOU EM MOSSORÓ-RN


FATOS POLICIAIS

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

PRIMEIRAS ELEITORAS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

PRIMEIRAS ELEITORAS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, VOTARAM NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2 DE SETEMBRO DE 1928 (DOMINGO),AS QUAIS FORAM AS PIONEIRAS ELEITORAS NO BRASIL, TENDO A CIDADE DE MOSSORÓ COMO A PIONEIRA; DIREITO DADO PELA LEI Nº 660, DE 25/10/1927, SANCIONADA PELO GOVERNADOR JOSÉ AUGUSTO BEZERRA DE MEDEIROS.

1  - CELINA GUIMARÃES VIANNA, votou em Mossoró, sendo a primeira eleitora "inscrita"  em 25 de novembro de 1927


2 - JÚLIA ALVES BARBOSA, foi eleita em 02 de setembro de 1928, Intendente Municipal, atual cargo de vereadora, em Natal

3 - BEATRIZ LEITE MORAIS, casada com o tenente da gloriosa e amada Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte - LAURENTINO FERREIRA DE MORAIS (FOTO ACIMA), que na época em que Lampião Invadiu a cidade de Mossoró, mas precisamente no dia 13 de junho de 1927, era Delegado de Polícia de Mossoró, sendo a segunda eleitora "inscrita" no Brasil. Ela votou em Mossoró

4 - ELIZA DA ROCHA GURGEL,


5 -  MARTHA  MARIA DE MEDEIROS, natural de Acari-RN, nascida em 21 de novembro de 1903, sendo  filha do Coronel Joaquim Paulino de Medeiros e Maria Florentina de Medeiros. Alistada em 10 de dezembro de 1927, tendo sido a 4ª no Rio Grande do Norte e a primeira no Seridó. Ela tinha 24 anos

 6 - Luiza Alzira Teixeira Soriano, votou e foi votada el Lajes-RN, eleita em 02 de setembro de 1929,a primeira prefeita do Brasil, tomou posse em 01 de janeiro de 1929

7 -  MARIA SALOMÉ DIÓGENES PINTO

Maria Salomé, natural de Apodi, Estado do Rio Grande do Norte, filho do Major FRANCISCO DOÓGENES PAES BOTÃO  (este foi Presidente da Intendência Municipal de Apodi)e de ANTÔNIA ZENÓBIA FERREIRA PINTO

8 - HILDA LOPES DE OLIVEIRA - APODI, natural de Apodi-RN, filha de Antônio Lopes Correia Pinto e de Maria Olímpia de Oliveira, casada com Cosme Corsino de Lemos Souza, natural de Martins-RN, que foi deputado estadual e prefeito de Apodi.

9 - CONCITA CÂMARA,

10 - BELÉM CÂMARA

11 - ÁUREA MAGALHÃES,

12 - MARIA JOSÉ,

13 -  LUÍZA DE OLIVEIRA,

14 - MARIA LEOPOLDINA,

15 -  MARIA CAROLINA WANDERLEY CALDAS, natural de Assú-RN, nascida em 30 de setembro de 1876 e faleceu em 20 de setembro de 1954. Votou em Natal

16 - ERMELINDA TEIXEIRA DE MELLO,

17 - JOANA CACILDA BESSA, nascida na povoação de Itaú, município de Apodi, eleita em 02 de setembro de 1928, Intendente Municipal, na cidade de Pau dos Ferros

18 - FRANCISCA DANTAS, votou em Pau dos Ferros

19 -  Clotilde Correia Ramalho,

20 - CAROLINA FERNANDES DE NEGREIROS, natural de Pau dos Ferros-RN, nascida em 01 de maio de 1897 e faleceu em 16 de maio de 1953, votou em Pau dos Ferros


21 - MARIA DE LOURDES LAMARTINE FARIA, natural de Natal, nascida em 17 de abril de 1906 e falecida em 19 de novembro de 1992, filha de Juvenal Lamartine de Faria e Silvina Bezerra de Araújo, casada com MANOEL VARELA SANTIAGO, natural de Touros, nascido em 28 de abril de 1885 e faleceu em 15 de julho de 1977, primeira mulher a administrar o Hospital Varela Santiago, em Natal, Ela votou em Natal

22 - ANA CARMELITA NETO, foi eleita Intendente Municipal, em 02 de setembro de 1928, na cidade de Santa Cruz-RN;

23- ANTÔNIA FONTOURA, ela votou em Natal; e


24 - JÚLIA AUGUSTA DE MEDEIROS, ela votou em Caicó

Adendo:

Pesquise este site https://www.justicaeleitoral.jus.br/tse-mulheres/arquivos/portfolio-exposicao-a-construcao-da-voz-feminina-na-cidadania-TSE.pdf

https://jm-votofeminino.blogspot.com/