Por Washington Luiz de Araújo, jornalista
Outro dia, minha irmã Tania me pediu que enviasse pelo zap uma foto de família constante num livro.Procurei, revirei nos meus desorganizados guardados e não encontrei a tal imagem. Depois, lembrei que o livro poderia estar com nossa mãe, Inez, pois eu o teria deixado com ela desde a época em que meu pai, Luiz, estava vivo. Sim, estava. Mas encontrei outro exemplar com meu amigo, fotógrafo Américo Vermelho
Bom, o tal do livro é “Iconografia do Cangaço”, organizado por Ricardo Albuquerque. E qual o interesse de minha família por esta obra? Simples. Meu tio avô, José Delfino, está numa foto juntamente com dezenas de amigos. Ele fazia parte do bando de Lampião.
E vejam que meu tio avô materno está bem na foto, a um “cabra” do Lampião. Ele é o número quatro, que está com uma corneta na mão. E teve sorte o cangaceiro Delfino, pois não perdeu a cabeça como a maioria do bando, inclusive o próprio Lampião.
Lampião e seu bando em Limoeiro do Norte, CE em 1927
José Delfino
Minha mãe conta que seu pai, meu avô Manoel Delfino, foi até o bando certo dia, tirou o irmão de lá e o escondeu na casa de uns parentes. Desta forma, Delfino pôde se casar, ter filhos e filhas, morrer de doença, já velhinho e não jovem e degolado. Eta família arretada e de sorte!
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