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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Tenente João Gomes de Lira e os seus amigos

Um adeus ao combatente de Lampião!



João Gomes de Lira era natural do distrito de Nazaré, mais precisamente na Fazenda Jenipapo, município de Floresta, Pernambuco. Nasceu no dia 3 de julho de 1913 sendo filho de Antônio Gomes Jurubeba e Luciana Maria da Conceição.
Os filhos de Nazaré formaram uma verdadeira tropa de elite contra Lampião e seus cabras, sendo conhecidos como “Nazarenos”. João Gomes de Lira foi membro deste grupo na década de 1930, mais precisamente em 16 de julho de 1931, quando entrou com 18 anos na carreira militar e travou vários combates contra cangaceiros, principalmente na Bahia. Seu comandante era o parente e compadre Manoel Neto.
Segundo o amigo Kiko Monteiro, em uma visita feita ao velho combatente, ele falava com detalhes da chegada a Nazaré de Lampião e seus irmãos Antônio e Livino, de como eles se distribuíram estrategicamente na vila, resultando no começo da questão entre Lampião e o povo de Nazaré, isso em 1917.
Já nosso amigo José Mendes informa que o tenente João Gomes de Lira foi também ex-vereador na cidade de Carnaíba e delegado em Afogados da Ingazeira, Flores entre outras cidades da Região do Pajeú. Onde prestou relevantes serviços ao Estado de Pernambuco. Neste trabalho em prol da comunidade, desmembrou a Câmara de Vereadores de Carnaíba, tornando a edilidade independente. Equipou-a com os meios necessários para seu funcionamento e moralizou as reuniões, proibindo a entrada de qualquer cidadão armado, inclusive os vereadores, que tinham este triste costume.

Do blog: "Tok de História"


Tenente João Gomes de Lira e Manoel Severo


Tenente João Gomes de Lira e Juliana Ischiara


João de Sousa Lima e o Tenente João Gomes de Lira 


Rostand Medeiros, Tenente João Gomes de Lira e Sérgio Dantas


A Professora Aninha e João Gomes de Lira


João Gomes de Lira e Aroldo Leão


José Cícero e o Tenente João Gomes de Lira


Tenente João Gomes de Lira  e a turma do Cariri Cangaço


Tenente João Gomes de Lira e sua prima Inês Jurubeba 


João Gomes de Lira e Cauê Rodrigues

Paulinho, Kydelmir,  João Gomes, Aderbal Nogueira e Robervan

Os demais escritores, pesquisadores do cangaço, e eram amigos do tenente João Gomes de Lira que ficaram omissos, desculpem-me, pois não os encontrei em fotografias com ele. 


SBEC com novo e moderno site na internet



A SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço inaugura nosso novo site, você é nosso convidado, visite, comente e fique por dentro do que acontece no universo das temáticas nordestinas.

Memória Digital....Casa Grande das Almas 2009


Casa Grande das Almas, mais um resgate a partir de nossa memória digital. O ano era 2009 , o mês era abril, a cidade Triunfo...o resto as imagens falam por si.

 
 
 
Triunfo, uma das cidades mais bonitas e aconchegantes de Pernambuco, se localiza bem na divisa do estado com a Paraíba; esse cenário foi marcante para o ciclo do Cangaço de Virgulino Ferreira;
 
 
do outro lado da fronteira se encontra a também emblemática Princesa, essa na Paraíba, a dividí-las: A Casa Grande das Almas; de um lado da sala Pernambuco, do outro, Paraíba... Propriedade que era costumeiramente visitada por um ilustre, desejável e ás vezes indejesável convidado: Lampião.

 
 Assis Timóteo e Danielle Esmeraldo
 
 
 
 
Beleza, requinte e charme, desde o século XIX

 
 
 
 
O proprietário do lugar, pesquisador do cangaço, Assis Timóteo e Manoel Severo

Casa Grande da Almas, Princesa, Pernambuco, abril de 2009...

Extraído do "Blog: Cariri Canagço"

João Cambraia - Olho via, mão pegava!

Por: José Mendes Pereira
José Mendes Pereira

João Cambraia era o seu apelido. Para falar a verdade eu nem sei o seu nome de batismo. Primo segundo de minha mãe, Antonia Mendes Pereira. Astucioso todo e desonesto até o sorriso. O que os olhos viam, as mãos pegavam. Ladrão de quinta classe, ou quem sabe, de sexta, sétima..., principalmente de galinha.


Nesse tempo em que ele frequentava a casa da minha mãe eu ainda era criança, talvez dez, onze... anos. 

João Cambraia vivia mais preso do que solto por pequenos roubos. Quando se livrava da cadeia de Mossoró, apanhava o velho e cansado  pinga-pinga, e se mandava para a capital de Natal, e lá praticava  as mesmas desonestidades.


Quando os poucos moradores da “Barrinha” sabiam que o João Cambraia estava no pedaço, cuidavam de esconder valores e tudo de mais importância. João Cambraia não merecia confiança; aonde chegava era necessário um vigia para acompanhá-lo, pois ele  roubava até saco de esterco, só para ter o prazer de furtar. 

Certo dia, era um domingo, mais ou menos seis hora da manhã, chegou o João Cambraia em minha casa, afirmando à minha mãe que aquela vida de roubos havia deixado. Todo metido num uniforme de sargento; cabelo à moda militar, e, como prêmio, dizia ele, havia recebido da polícia militar, a patente de “sargento”.

Antonia Mendes Pereira 
Antonia Mendes Pereira - Minha mãe

- Toinha, - era como ele chamava a minha mãe - aquela vida de malandragem, graças a Deus - dizia  colocando as mãos postas para o céu - eu deixei, e de agora em diante prima, você não vai mais passar vergonha por mim. Sou sargento da polícia – afirmava ele retirando uma identidade com a sua foto.

- Felicidade para você, João! E que Deus conserve a sua patente de "sargento".

Durante o dia ninguém mais fez vigilância a João Cambraia. Também pudera! Sargento da polícia. Sim senhor! Para que mais acompanhar uma autoridade? Um homem que prende os delinquentes, os marginais? Ora! Um homem que agora era sargento, todo metido num uniforme, com um gorro meio pendido para um dos lados, e um emblema distinguindo a sua patente?  

E foi-se o dia.

Ao anoitecer, João Cambraia apoderou-se de uma rede, armou-a sob o alpendre, só ouvindo os conselhos das pessoas que costumeiramente frequentavam a casa de meu pai. Ali, João Cambraia só ouviu elogios, pela sua boa vontade de ter deixado aquela vida, de nunca mais está trancafiado; ao contrário, agora seria ele quem iria prender, açoitar, judiar, até o réu confessar o seu erro... Cada conselho, uma porção de aplausos surgia no alpendre. Elogios. Aplausos. E não?

Pedro Nél Pereira
Pedro Nél Pereira - Meu Pai

O meu pai fora o primeiro no lugarejo a comprar um rádio AM, de duas faixas, “ABC”, feito de madeira de boa qualidade. Apesar do atraso da nação era lindo para época. Muito bem fabricado. Havia vendido uma porção de bodes para ser possuidor daquele comunicador.


Já havia se passado a voz do Brasil, e o rádio, além da presença de João Cambraia, foi um dos divertimentos aos presentes. Ouvindo o Bazar da Alegria, apresentado pelo saudoso Aldenor Evangelista Nogueira.

http://jullyetth-excombatentes.blogspot.com.br

Vamos conhecer o Aldenor Nogueira? Logo voltaremos à nossa história.

Aldenor Evangelista Nogueira,  cearense de Cascavel e nascido em 18 de agosto de 1922, faleceu em Mossoró-RN, na madrugada do dia 22 de abril de 2003.

O veterano radialista, que chegou a Mossoró em companhia dos pais aos três anos de idade, enfrentava há meses problemas cardíacos.

Aldenor, apesar de ter nascido no vizinho Estado, disse certa vez que uma das maiores honras de sua vida era ter sido registrado como mossoroense.

Além da militância no rádio, Aldenor Nogueira teve um início de vida de muita luta e sacrifício  oportunidade em que vendeu jornais, foi professor de alfabetização de adultos do Tiro de Guerra e no 2o. Batalhão de Polícia Militar, ambos sediados aqui na cidade, e foi subchefe do Juizado de Menores.

Possivelmente um dos seus grandes feitos, claro e logicamente o de ter criado 21 filhos – dos quais 20 ainda estão vivos entre eles, dois coronéis da gloriosa e amada Polícia Militar: JANIO REGIS NOGUEIRA (2/5/1957) e JOÃO NOGUEIRA NETO(31/5/1956) – foi ter se apresentado como voluntário na época da 2a. Grande Guerra Mundial.

Isso muito o orgulhava, mesmo que de imediato tenha sido rejeitado como combatente, mas pouco tempo depois foi convocado e serviu em Natal.

Vamos continuar a nossa História?

Pouco tempo, um aviso. O locutor anunciava o seguinte:

"Atenção população de Mossoró! Quem souber o paradeiro de João Cambraia, por favor, comunique ao comando geral da polícia militar, em Mossoró, pois o mesmo furtou o uniforme do sargento Delmiro em Natal”...

Ali, os presentes caíram de vez. Tantos elogios perdidos. Mas o João Cambraia foi esperto, afirmando ele que era brincadeira da emissora, pois um dos locutores já havia lhe comunicado. E volta-se a acreditar no João Cambraia.

A conversa entre a vizinhança continuou.

Daí a pouco, João Cambraia se levantou da rede, e saiu se escorregando em busca da cozinha.

Minutos depois. 

E o  João Cambraia? Que João Cambraia que nada! Entrou nas matas. Adeus Toinha! Nunca mais minha mãe teve o prazer de ver João Cambraia.

João Cambraia foi morto em Natal, quando tentava roubar uma residência. O dono da casa acordou, sentiu o chiado de telhas, mirou e atirou, descendo o infeliz já morto. 

 Minhas simples histórias

Nasce o Conselho Consultivo do Cariri Cangaço


 Sempre tivemos o cuidado de registrar que o êxito da realização do Cariri Cangaço; com toda sua capilaridade e todas as repercussões alcançadas; foram na verdade o resultado da dedicação e responsabilidade de uma grande equipe de trabalho.

Desde os apoiadores nos vários municípios anfitriões, passando pelas academias culturais, universidades, instituições governamentais e não-governamentais, além do zelo da equipe de produção e encerrando com o magnífico apoio dos grandes responsáveis pela perpetuação da memória em nossa região; os pesquisadores, estudiosos e escritores de todo o Brasil.

Se hoje o Cariri Cangaço realiza sua terceira edição, reunindo mais de 150 personalidades de todo o Brasil, com solidez e responsabilidade; no sul do estado do Ceará, na Região Metropolitana do Cariri; unindo saberes de todos os lugares e trazendo temáticas fortes e envolventes, unindo cultura, história e arte, nos municípios do Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha, Aurora, Barro e Porteiras, é fruto do trabalho, determinação e zelo, de todos esses homens e mulheres, que acreditam que podemos construir um novo momento.
 

No momento em que nos preparamos para o Cariri Cangaço 2011, trazemos; em sinal de nosso profundo respeito, gratidão e verdadeiro reconhecimento; o Grupo de Conselheiros do Cariri Cangaço, a todos esses vaqueiros da história o nosso muito obrigado e a certeza que estamos trilhando o caminho certo.

O Conselho do Cariri Cangaço se caracteriza pela pluralidade, pela união de personalidades, talentos e dons; se caracteriza pelo forte sentimento de união e construção; Na verdade o Conselho já desenvolve de maneira informal, desde nossa primeira edição; o apoio vital e significativo no pensar e formatar o evento, possui natureza consultiva e terá a duração de 2 anos, sua posse acontece dentro da Programação Cariri Cangaço 2011.

Danielle Esmeraldo e Manoel Severo

Conselho Consultivo Cariri Cangaço

Presidente: Manoel Severo Gurgel Barbosa
Vice-Presidente: Danielle Maria Ferreira Esmeraldo
e mais...
20 Membros Efetivos serão empossados dentro da programação do Cariri Cangaço 2011Nos próximos dias você irá conhecer um a um os Conselheiros do Cariri Cangaço...