Escrevo como se orando estivesse. Acendo uma vela no pensamento e vou passando as contas do rosário no meu olhar. Mas nem tudo que escrevo é sagrado. Sou apenas humano!
Escrevo como se sentisse a necessidade de subir a montanha e de lá, do lato mais alto que houver, então gritar em brados o silêncio aprisionado em mim. Mas nunca vou além daqui!
Escrevo como se faltasse somente a escrita do instante para terminar um grande livro. Mas um livro que nunca acaba, pois sempre retorno ao ponto inicial do que já escrevi. Sempre assim!
Escrevo como na pressa de não permitir que o café esfrie de vez. Mas não há café, não há nada. Há, sim, o medo de que não haja café sempre quentinho para me acompanhar na escrita. Imaginário café!
Escrevo como se precisasse calar o barulho do grilo, como se necessitasse afastar o verme rastejante, como se desejasse destruir o monstro escondido em qualquer lugar. Ou eu ou eles. E nunca sei quem vence!
Escrevo como se as palavras estivessem penduradas em varal e a ventania se aproximando. Preciso recolher, preciso acolher, preciso proteger e dar vida ao que desejo escrever.
Escrevo como se tivesse perante uma ventania, uma tempestade, um vendaval. Tudo tão solto e tão disperso, tudo tão entregue à sorte doa caso. As palavras não podem ficar à mercê dos infortúnios!
Escrevo como se somente algumas palavras ainda me restassem. Das muitas que eu já tive, do muito que eu já escrevi, de repente me vejo escasso daquilo que mais aprendi a amar. Por isso a escrita no que ainda me resta!
Escrevo como se catasse grão a grão o que jaz espalhado pelo chão. Escrevo como se colhesse do que na terra vingou, aquilo que ainda sirva como alimento ao espírito e à alma. E aquilo que me venha como alento ante um mundo sem palavras.
Escrevo com sede e com fome. Escrevo faminto e voraz. Escrevo sedento e mortificado pela falta da escrita derramada como salvação. Escrevo com prato e caneca vazios, com boca aberta e estômago fundo e profundo.
Escrevo como o vaga-lume na noite, procurando ser a luz na escuridão. Escrevo como se fosse o pedaço de lua que a nuvem não conseguiu encobrir, e por isso mesmo tenta a todo custo ser a luz maior na pouca luz que ainda há.
Escrevo se estivesse perante o último sopro, perante o último instante, ante o derradeiro agir. Uma pressa medonha que me faz voar, que me faz ser pássaro e horizonte, até que o voo se transforme em pouso forçado.
Escrevo assim. Ou quase assim. Sou levado pelo instante e em determinados momentos escrevo mais. Gosta da escrita na noite, gosto da escrita enquanto chove, gosto da escrita ouvido o silêncio.
E quando não escrevo, então fico me imaginando escrevendo. E é quando escrevo muito mais, pois as ideias surgem de tal forma que eu, acaso tivesse o dom de transportá-las vivas ao papel, não seria somente um escrevinhador, mas sim verdadeiro escritor.
""Ele
saiu do Piauí para Brasília em pau de arara. Trabalhou desde criança como
vendedor de jornais. Foi lendo as letrinhas miúdas todos os dias que encontrou
sua paixão: a literatura. Hoje, o Chico é dono de uma das livrarias mais
famosas na cidade. E há 38 anos, conquista fãs na Universidade de Brasília por
sua sabedoria e pela vontade de compartilhar conhecimento."
"Começava assim a reportagem que a seis anos ia ao ar no Fantástico -
O Show da Vida."
Editor: Livraria do Chico
Muito
me contentou a pose do Chiquinho. “A mistura de literatura e história em “O Sertão Anárquico de Lampião”, escrito
por Luiz Serra, inspira o leitor a pensar a alma do brasileiro e seus conceitos
de violência. Nesta obra, o escritor apresenta sua visão pessoal sobre o sertão
de Lampião, "anárquico", considerando as crônicas e os mitos épicos
pesquisados. O Nordeste como foi, e de alguma maneira ainda é. O Sertão Anárquico de Lampião”, de Luiz Serra, você encontra com o Chiquinho.” Registro e comentários da Página da Livraria do Chico.Adquira este livro com o professor Pereira - franpelima@bol.com.br
Um dos mais
queridos livreiros e incentivadores da cultura universal, com simplicidade e
sabedoria, Chiquinho construiu a sua obra maior: sua livraria.
Excerto para este dia especial:
"Tirai do
mundo a mulher e o mundo se transformará em um ermo melancólico. E os deleites,
tão-somente, serão o prelúdio do tédio!"
Alexandre Herculano in Eurico, o presbítero.
Nas
prateleiras do Chico Borboletas & Lobisomens. Livro fantástico de Hugo
Studart, que aborda a história recente do Brasil, com tratativas saídas dos
combates na selva entre guerrilheiros do PCdoB e as patrulhas das forças
armadas, a dolorosa Guerrilha do Araguaia, até hoje com revelações saídas das
sombras do silêncio. Meses antes, Hugo veio-me com amistosa bondade ao me
convidar para compor a equipe de revisão histórica de sua extraordinária obra.
Em alguns meses de lançado, já na 5a edição pela Francisco Alves. Um
best-seller!
Até que um
administrador aventou a possibilidade de remover a tradicional Livraria do
Chico. Iniciou-se uma mobilização de alunos e professores durante aqueles dias,
uma vigília pela manutenção do saber.
No entanto,
tal tragédia brasileira acontece em vários pontos do país: Não há terremotos no
Brasil, mas há fechamento de livrarias.
Visita
ilustre ao Chiquinho. Essa foto foi tirada no dia em que o escritor José Saramago recebeu o título de
doutor Honoris Causa pela UnB, em 1997. Marcou ponto no Chiquinho.
Situada no
campus da Unb, a pequena e familiar livraria abriga milhares de obras da
literatura tanto didáticas quanto clássicas.
O máximo é ir com calma e desbravar todos aqueles milhares de títulos quase
escondidos atrás de uma pilastra no ICC Norte.
Jornada
de abraço na LIvraria do Chico, nesse dia com a presença do senador Cristovan
Buarque.
Cortesia
ao Chiquinho de Eduardo Galeano, jornalista e escritor uruguaio
O
tempo passa e sempre na Livraria do Chico respira-se a cultura universal..
“Sempre vale a pena esperar e conferir por que o Chiquinho se destaca como o
Livreiro mais querido da UnB.
Mesmo não
estando na livraria, pois se ele não está lá com certeza o Nosso Livreiro está
procurando um excelente conteúdo literário para apresentar.
Colorido pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio
Livino e Antônio que eram irmãos do capitão Lampião e que participaram do cangaço, Maria Bonita não os conheceu, porque quando ela entrou para ser facínora eles dois já tinham sido assassinados. O Ezequiel Ferreira este sim, ela o conheceu bastante. Apesar dele ter entrado no cangaço muito jovem, mas só foi assassinado após a entrada de Maria Bonita à malta do rei do cangaço Lampião. Por esta razão eu acho que ela o conheceu fisicamente e muito bem psicologicamente.
"No campo de luta Lampião viu três irmãos morrerem. O primeiro morto em combate foi o Livino Ferreira da Silva no ano de 1925, em um tiroteio acontecido na fazenda baixa
do Juá, próximo à cidade de Flores, Pernambuco, com volantes paraibanas
comandadas pelos sargentos José Guedes e Cícero de Oliveira. Livino faleceu
oito dias após esse tiroteio, com 29 anos de idade.
Antonio Ferreira
O segundo
irmão a deixar o mundo dos vivos foi Antonio Ferreira da Silva nascido em 1896 e morto
em janeiro de 1927, na fazenda Poço do Ferro, Tacaratu, Pernambuco, propriedade
do coronel Ângelo da Jia,
Coronel Ângelo da Jia
em decorrência de um acidente ocasionado por Luiz
Pedro, que disparou sua arma acidentalmente atingindo o próprio amigo.
O cangaceiro Luiz Pedro era do Retiro-Triunfo-PE e era amigo do capitão Lampião desde os tempos da velha guarda
O terceiro e último morto em combate foi Ezequiel Ferreira da Silva o mais jovem irmão, nascido em 1908. Ezequiel passou a acompanhar Lampião em 1927 (após a morte do irmão Antonio), junto com o cunhado Virgínio. Ele tinha o apelido de Ponto Fino, alcunha adquirida pela justeza do seu tiro. Sua morte aconteceu em Paulo Afonso, Bahia, no povoado Baixa do Boi, terras pertencentes na época a santo Antonio da Glória do curral dos Bois.
O tenente
Arsênio Alves de Souza chegou ás imediações do povoado Riacho com uma volante
composta por aproximadamente 20 soldados e tendo como guia os dois irmãos
Aurélio e Joví, que eram fugitivos da cadeia de Glória, preso pelo inspetor de
quarteirão, o senhor Pedro Gomes de Sá, pai da cangaceira Durvinha.
A volante
chegou ao povoado riacho no dia 23 de abril de 1931, trazendo entre seu aparato
bélico uma metralhadora Hotchkiss. O primeiro contato do tenente no lugar foi
com Zé Pretinho e o jovem foi forçado a seguir com os policiais. Cruzaram o
terreiro de dona generosa Gomes de Sá, coiteira de Lampião e foram armar
acampamento na Lagoa do Mel, um tanque construído por Antonio Chiquinho".
Foto
de João Ferreira dos Santos - facebook
No meu entender Maria Bonita teve contato apenas com Ezequiel Ferreira da Silva, mais o João Ferreira dos Santos acho, não comprovo isso sobre o último, mas digo, pelo fato do João Ferreira "o único irmão de Lampião que não fez parte do cangaço", ter morado em Propriá, no Estado de Sergipe, e lá, o capitão Lampião casou e batizou sem desordens. É tanto que, mesmo não tendo feito nada foi pego de surpresa e morto na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, no Estado de Sergipe.
Padre Cícero Romão Batista
É impossível que Maria Bonita tenha conhecido as irmãs do capitão Lampião, porque no tempo em que ela entrou para o cangaço as irmãs do rei residiam na cidade do Juazeiro do Norte, sobre os olhares do padre Cícero Romão Batista.
Atenção:O que escreveu o escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima é mais do que real. Agora, o que eu escrevi e se você acha que não bate com as informações dos escritores e
pesquisadores do cangaço não use na literatura lampiônica. São apenas as minhas tentativas de descobertas sobre amizades entre a irmandade de Lampião com a irmandade de Maria Bonita.
Impossível pensar a musica brasileira sem passar necessariamente pela musica nordestina. É impossível pensar a musica brasileira sem deitar o olhar para dois de seus principais ícones . Um o Rei, o Embaixador, o outro, um Anjo, o Sucessor... Um chamava Luiz outro José...Ou melhor, Luiz Gonzaga do Nascimento; o Gigante Rei do Baião Luiz Gonzaga, o outro, José Domingos de Morais; ou simplesmente Dominguinhos.
o
Fortaleza viveu uma tarde de festa e muita celebração. Neste sábado dia 27 de abril, dentro da agenda Cariri Cangaço-Café Patriota, Luiz Gonzaga e Dominguinhos invadiram o Salão Nobre do Café Patriota a partir de uma conferência pra lá de especial. o
O conferencista tinha o pai como um dos estimados amigos de "seu Luiz" lá em sua cidade natal, Exu. "Meu pai era gerente do Banco do Brasil e depois de mudarmos e passarmos por várias cidades nordestina, chegamos a Exu. Seu Luiz era cliente do banco e fazia muitos negócios com meu pai, daí acabaram tornando-se amigos, então desde pequeno acostumei a ver seu Luiz em minha casa...". E continua um entusiasmado conferencista, "já seu Domingos fez parte de minha vida por muito e muito tempo, foram tantos os momentos que compartilhamos juntos; ele, eu, minha esposa, meus filhos; foram inesquecíveis que ficam guardados e ficarão guardados por toda nossa vida." É impossível estudar Luiz Gonzaga e Dominguinhos sem falar em Paulo Vanderley.
o
Manoel Severo apresenta Cecília do Acordeon e Edson Oliveira na abertura do evento
"Cecília do Acordeon é um exemplo de que o talento e força de nossa musica nordestina de raiz não pode e não vai morrer"
Edson Oliveira e Cecília do Acordeon
Ingrid Rebouças e Waldonys em tarde de Cariri Cangaço
o
A tarde começou com as boas vindas do curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, que em nome também dos empresários Lincoln Chaves e Anapuena Havena, agradeceu a presença de todos para mais uma agenda da parceria Cariri Cangaço com o Café Patriota, "incrivelmente passamos do rei do cangaço ao rei do baião, mostrando a enorme força da história, da cultura e da música nordestina, sem dúvidas teremos hoje o grande privilégio de acompanharmos a maravilhosa conferência do querido amigo Paulo Vanderley; um dos maiores conhecedores da vida e da obra, tanto de Luiz Gonzaga como de Dominguinhos; sem falar na apresentação de nossa querida pimentinha do forró, Cecília do Acordeon" iniciou Manoel Severo. o
Edson Oliveira e Cecília do Acordeon
Anapuena Havena, Lincoln Chaves e Manoel Severo
Cristina Couto e Ingrid Rebouças
o
Cecília do Acordeon; uma das mais gratas surpresas e talentos infantis do Brasil; abriu a tarde tocando e cantando "seu Luiz" , tendo a seu lado o poeta, cordelista e radialista, apaixonado pelas coisas do sertão; Edson Oliveira, do Programa "Meu Nordeste é Assim", o som maravilhoso do baião e xaxado invadia o ambiente e preparava a platéia para o que viria em seguida, um autentico mergulho no universo gonzaguiano. o
"Paulo Vanderley é dessas pessoas que se guarda no coração. Um apaixonado por tudo que se refere a nossa cultura sertaneja"
"Lembro de seu Luiz com aquela voz grave, era muito sério, mas tinha uma elegância incomum, bastava ele chegar que a gente sentia sua grande energia."
o
Em seguida Manoel Severo apresentaria o conferencista da tarde, Paulo Vanderley; "Paulinho é um abnegado rastejador da historia e cultura sertaneja, incorrigível apaixonado pela música genuinamente nordestina, por tudo que se refere a ela e especialmente a tudo que diz respeito ao Gigante Luiz Gonzaga e a seu amigo particular e muito especial, Dominguinhos, a casa é sua querido Paulo Vanderley, é uma honra o Cariri Cangaço recebe-lo na tarde de hoje" conclui Manoel Severo.
o
Paulo Vanderley e "A Magia do Baião" em tarde de Cariri Cangaço-Café Patriota
Por quase uma e meia Paulo Vanderley nos permitiu conhecer mais a fundo o universo íntimo de Luiz Gonzaga e Dominguinhos...
Paulo de Tarso e Manoel Severo
o
Paulo Vanderley começou do começo, falou de sua paixão pelo baião, pelos discos de seu Luiz e pelas musicas que marcaram sua infância e o marcariam pela resto da vida; do encontro e da ligação de sua família com Luiz Gonzaga em Exu..."Lembro de seu Luiz com aquela voz grave, era muito sério, mas tinha uma elegância incomum, bastava ele chegar que a gente sentia sua grande energia." o
"olha pro céu, meu amor
Vê como ele esta lindo
Olha pra aquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
Foi numa noite
Igual a esta
Que tu me deste o coração
O céu estava
Assim em festa
Pois era…"
o
Aderbal Nogueira e Manoel Severo
Dhayana e Daniel Cruz, Manoel Severo
Ingrid Rebouças, Jaderson Macedo e Manoel Severo
Heliana Quirino e Iris Cavalcante
o
E continua Paulo Vanderley vasculhando memória daquele menino e de seus tempos de infância quando conheceu e conviveu com o rei do baião, "eu era um menino que registrava tudo com a filmadora do meu pai, foi nessa que acabei filmando até o enterro de seu Luiz, inclusive meu pai estava em cima do caminhão do Corpo de Bombeiros, naquela hora comecei a ter a real compreensão e a dimensão do tamanho de Luiz Gonzaga ". A partir daquele momento Paulo Vanderley confessa que começou a colecionar tudo o que se refere a Luiz Gonzaga e depois faria o mesmo com relação a Dominguinhos. o
"Essa foto que vocês estão vendo ao fundo foi tirada em 23 de junho de 2012, talvez um dos mais espetaculares registros dos últimos momentos de seu Domingos, foi feita por minha filha Ana Paula, na época com 12 anos na cidade baiana de Sátiro Dias"
o
"Olê muié rendeira Olê muié rendá Chorou por mim não fica Soluçou vai pro borná." Assim era que cantava os cabras de Lampião Dançando e xaxando nos forró do sertão Entrando numa cidade ao sair dum povoado Cantando a rendeira se danavam no xaxado Eu que me criei na pisada Vendo os cangaceirus da pisada Danço com sucesso na pisada De Lampião Olha a pisada.tum tum tum tum
Olha a pisada De Lampião"
o
Paulo Vanderley e o chapéu usado por Chambinho no filme "Gonzaga"
Álvaro Neto e Manoel Severo
o
Vanderley ainda lembrou todos os momentos em que se seguiram à partida de Lua Gonzaga. "Acabamos ficando muito amigos também de Gonzaguinha inclusive antes mesmo da inauguração do Museu em Exu, muito do acervo de seu Luiz ficou guardado lá em minha casa e na inauguração do Museu, quando Gonzaguinha e Dominguinhos cortavam a fita inaugural, havia um menino curioso aparecendo na foto, era eu".
o
Passo a passo, pouco a pouco o tempo passava e de Luiz Gonzaga, Paulo Vanderley passou para Dominguinhos ou para "seu Domingos" como respeitosamente Vanderley chamava o herdeiro do rei do baião. Aqui outra confissão: "Desde que seu Domingos morreu, esta é a primeira vez que faço uma palestra sobre ele..." revela com os olhos marejados um emocionado Paulo Vanderley. Na verdade como poderemos testemunhar na própria reprodução da conferência; ao final desta postagem e gravada pelo documentarista Aderbal Nogueira; a ligação de Dominguinhos com Paulo Vanderley era imensa e intensa. o
Dominguinhos...
o
"Que falta eu sinto de um bem
Que falta me faz um xodó
Mas como eu não tenho ninguém
Eu levo a vida assim
tão só
eu só quero um amor
que acabe o meu sofrer
um xodó pra mim
do meu jeito
assim
que alegre o meu viver
eu só quero um amor
que acabe o meu sofrer
um xodó pra mim
do meu jeito assim
que alegre o meu viver"
o
Paulo Vanderley
Arnóbio Caneca, Francisca Gomes e Cristina Couto
Pedro Sampaio e Gilvan Sales
o
Passagens e passagens foram sendo compartilhadas e a cada episódio a grandeza daquele que os que o conheciam passaram a referir-se como "Anjo", tal a grandeza de espirito e os inúmeros exemplos de vida do herdeiro do rei do baião; passagens como: "Certa vez estávamos voltando de carro de Brasilia, no carro dele e eu perguntei, seu Domingos o senhor tem interesse de vender esse carro? Ele respondeu, interesse eu não tenho, mas para você eu vendo. Ora eu não tinha o dinheiro, mas tinha o interesse. Hoje aquele carro é o meu carro atual, que permanecerá comigo" revela Paulo Vanderley.
o
Álvaro Neto e grande participação dos convidados da agenda da tarde
do Cariri Cangaço no Café Patriota
o
"José Domingos de Morais nasceu na cidade de Garanhuns, agreste pernambucano, oriundo de uma família humilde e numerosa, eram ao todo dezesseis irmãos. O pai, "mestre Chicão", era um conhecido sanfoneiro e afinador de sanfonas e sua mãe era conhecida como "dona Mariinha", ambos alagoanos. Desde menino José Domingos já se interessava por música, por influência do pai, que lhe deu de presente uma sanfona de oito baixos. Aos seis anos de idade aprendeu a tocar o instrumento e começou a se apresentar em feiras livres e portas de hotéis em troca de algum dinheiro, junto com dois de seus irmãos, Moraes e Valdomiro, formando o trio Os Três Pinguins. No início da formação, tocava triângulo e pandeiro, passando depois a tocar sanfona. Praticava o instrumento por horas a fio e tornou-se um exímio "sanfoneiro", passando a ser conhecido em Garanhuns como "Neném do acordeon".Conheceu Luiz Gonzaga quando tocava no hotel em que este estava hospedado, em Garanhuns. O nome do hotel era Tavares Correia e o trio, que sempre tocava na porta, foi convidado naquele dia a tocar dentro do hotel para Gonzaga e seus acompanhantes."
"Luiz Gonzaga se impressionou com a desenvoltura do menino e o convidou a ir ao Rio de Janeiro, onde morava. Essa viagem aconteceria anos mais tarde, pois algum tempo depois deste encontro, em 1948, Neném do acordeon foi para Recife estudar. Alguns anos depois, em 1954, seu pai decide ir para o Rio de Janeiro procurar Gonzaga, devido às dificuldades que passavam em Garanhuns. Junto com o pai, foi também o menino Neném do Acordeon, então com treze anos de idade, numa viagem de pau de arara que durou onze dias. Foram morar em Nilópolis, onde já estava seu irmão Moraes. Em pouco tempo foram procurar Luiz Gonzaga, que morava no bairro do Méier, zona norte do Rio de Janeiro. Este deu-lhe de presente uma sanfona de oitenta baixos logo neste primeiro encontro. A partir de então, o menino passou a frequentar a casa de Gonzaga, o acompanhando em shows, ensaios e gravações. Nos anos seguintes, o menino que ainda era conhecido como Neném do Acordeon, passou a participar de programas de rádio e se apresentar em casas noturnas, aprendendo outros estilos de música, como o chorinho, samba e outros estilos da época. Somente em 1957, receberia o nome artístico de Dominguinhos dado pelo próprio Gonzaga. Neste mesmo ano faz sua primeira gravação profissional, tocando sanfona na música Moça de feira, com seu famoso padrinho artístico."
Suzana Batista e Ingrid Rebouças
Cristina Couto e Manoel Severo
Silvana, Alberto George e Manoel Severo
Paulo de Tarso, o poeta de Tauá
o
Paulo Vanderley é uma dessas pessoas que encantam fácil, por sua dedicação e sua simplicidade, a simplicidade daqueles que emprestam o que possuem de melhor na direção de realizar sonhos, e o mais importante: Compartilhar sonhos, foi assim em sua apresentação no Cariri Cangaço Exu 2017 e também agora no Cariri Cangaço-Café Patriota. Com o coração nos trouxe por quase duas horas o Rei do Baião e seu Herdeiro; Luiz Gonzaga e Dominguinhos, numa tarde inesquecível.
Mas algumas surpresas ainda estavam reservadas. o
Paulo e Suzana, Waldonys, Ingrid e Manoel Severo, Lincoln e Anapuena Havena
Anapuena Havena, Cecília do Acordeon e Lincoln Chaves
Gilvan Sales, Paulo Vanderley, Manoel Severo e Waldonys
Edson Oliveira
Waldonys, Lincoln e Anapuena Havena
o
Cecília do Acordeon voltou ao palco, com ela, Edson Oliveira no triângulo e ninguém menos que Waldonys Meneses no zabumba ! Pois é, Waldonys, um dos mais premiados artistas de nosso nordeste, "herdeiro e afilhado" de Dominguinhos, subiu ao palco e realizou um sonho de quem alimenta no coração e na alma a perpetuação de todo esse legado. A pequena Cecília logo depois viria a se emocionar testemunhando Waldonys no mesmo palco do Cariri Cangaço-Café Patriota, tocando sua própria sanfona. o
Waldonys, Cecília e Edson Oliveira
Zabumbeiro Waldonys
Edson Oliveira, Waldonys e Cecília do Acordeon
o
"Tio Manoel Severo o meu carinho por vocês é tão grande que não cabe no meu coração cada dia eu mais amo essa família linda não tem dinheiro no mundo que pague cada momento que passo com vocês. Foi simplesmente fantástico, eu era louca pra conhecer Waldonys chega fiquei sem palavras e olha o que Deus reservou: Ele tocou comigo e ainda tocou na minha sanfona." fala um emocionada Cecília do Acordeon em uma tarde memorável cheia de surpresas.
o
Waldonys e Cecília do Acordeon
Waldonys e a Sanfona de Cecília do Acordeon
Waldonys toca na Sanfona de Cecília do Acordeon
o
"Eu já tocava sanfona, assim, Seu Luiz Gonzaga me conheceu por conta do Dominguinhos. Ele teve a informação por Dominguinhos, que me conheceu em Mossoró , mas só me conheceu como gente, mas como músico ele veio me conhecer aqui em Fortaleza, tocando e tal. Aí passou para Seu Luiz Gonzaga: olha tem um menino, lá em Fortaleza e tal, tá tocando show, bem adiantado. Ai seu Luiz veio em uma passagem aqui em Fortaleza, veio aqui em casa. Aí foi quando eu toquei para ele. Aí, pouco tempo depois ele veio de novo e eu ganhei a sanfona. "
Waldonys Menezes
Paula Sampaio no palco do Cariri Cangaço-Café Patriota
o
Ao final no Café Patriota, ainda tivemos a apresentação da compositora e interprete cearense Paula Sampaio; uma das grandes revelações da musica cearense. "Não conhecia o trabalho dessa extraordinária interprete, uma voz incrível, com força e personalidade e as letras de suas canções autorais nos remetem um pouco a Paula Fernandes, Marília Mendonça, incrível essa menina, sensacional."
Paulo Vanderley e a Magia do Baião, Luiz Gonzaga e Dominguinhos, em tarde de
Cariri Cangaço-Café Patriota em Fortaleza
Fonte: YouTube Canal Aderbal Nogueira
Cariri Cangaço no Café Patriota
A Magia do Baião - Luiz Gonzaga e Dominguinhos
Conferencista Paulo Vanderley
Participações :Cecília do Acordeon, Edson Oliveira e Paula Sampaio Participação Especial: Waldonys