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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A história daqui tem que ser contada e compreendida por todo povo brasileiro

 Por:Gilmar Teixeira

Gilmar Teixeira

Após uma viagem de mais de 800 kms, saindo de Feira de Santana e cruzando os sertões de quatros estados nordestinos, chegamos a Crato, capital do cariri, berço da história do
 
 
Padre Cicero Romão, onde ficaríamos hospedados para mais uma jornada espetacular que é o Cariri Cangaço 2011, evento esse já considerado a Meca dos estudiosos e pesquisadores dos grandes temas da cultura nordestina, beatos, coronéis e cangaceiros, agora era só esperar o evento começar... e que começo.
Uma belíssima abertura, homenageando o curador do evento,
 
 
Manoel Severo, como mais novo cidadão Cratense, homenagem mais que justa a esse homem que tem levado o nome do Crato e de todo cariri cearense, aos mais diversos estados brasileiros e até estrangeiro, a saber que aqui tem história e que a história daqui tem que ser contada e compreendida por todo povo brasileiro, afinal esse quinhão chamado sertão, também é Brasil.
Não há nada mais lindo e emocionante que as recepções, proporcionadas a nós pesquisadores, que as cidades que fazem parte do caricangaço, como Barbalha, Aurora, Barro, Missão Velha, Porteiras e as antriões Juazeiro e Crato. Sempre nos brindando com aquele jeito bondoso e alegre que é o povo do sertão nordestino, eu que sou nascido nesse chão sagrado que  são os sertões, em cada apresentação e visita, sou remetido ao passado, banda de pifanos, romeiros, penitentes, fazendas, a gente boa que nos recebe, é aqui onde minhas origens são afloradas e as doces lembranças de uma infância e adolescência são confrontadas com o que vemos em outras paragens e chego a conclusão, é tudo igual, é tudo sertão, é a mesma história e a mesma gente, é tudo Brasil.
Por isso amigos, digo, família cariri cangaço, o evento não terminou, pois continua aqui nesse site ou blog, pois ele é o nosso elo de ligação e comunicação e do qual sou membro efetivo e afetivo, pois é através dele que eu falo, escuto e aperto as mãos de cada um de vocês, amigos e irmãos dessa confraria do saber e alegria, estou contando os dias para estarmos juntos em 2012, mais antes quero a presença de todos aqui em Feira de Santana, no evento: "Feira, Beatos, Coronéis e Cangaceiros 2012", em março de 2012, antes que digam, é cópia do Cariri Cangaço, eu respondo é cópia sim senhor, pois tudo que vier após a criação desse evento e do modo como é feito, é cópia, mas faremos aprimorando o que é feito aí e com os mesmos princípios que norteiam este belo evento, organização, honestidade nos temas apresentados, grandes palestrantes e acima de tudo a alegria em receber cada um de vocês, assim como somos recebidos no cariri cangaço. Fica meu abraço fraterno e da minha família, Claúdia e Louise a cada um de vocês, axé a todos e um até breve.

Gilmar Teixeira
pesquisador e escritor
Feira de Santana - Bahia
 


Tinha certeza de que este evento tinha vindo pra ficar

Por: José Claúdio Cacau

Cacau, Manoel Severo e Jairo Luiz
Caro Severo, não sei se o que expressarei, é suficiente para dizer do meu contetamento de ter participado da terceira edição, do já famoso CARIRI CANGAÇO. Em 2009, eu já tinha certeza de que este evento tinha vindo pra ficar, naquele momento era notável as dificuldades que vc e sua esposa

Danielle, encontravam para realizar um evento desse porte, mas parece que as dificuldades serviram de estímulo para realização das outras edições.

O ano passado não tive oportunidade de participar, mas fiquei sabendo do sucesso que foi, para este ano eu daria nota mil !!!  Meus sinceros agradecimentos, pela receptividade calorosa como vcs nos receberam, e tenha certeza, de que vai sempre contar com nossa participação em outras edições vindouras. Parabéns pela organização, articulação e realização do evento. 
ABRAÇOS,
JOSÉ CLÁUDIO PEREIRA (CACAU)
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO
PIRANHAS-AL.

Luiz Gonzaga

Por João de Sousa Lima

Tenente Marins, João de Sousa Lima e Aderbal Nogueira

Luiz Gonzaga:
Nunca Haverá Outro Igual a Ele.


Com sua voz inconfundível, seu toque no fole diferenciado seu sorriso marcante e constante, sua brasilidade, sua nordestinidade, seu compromisso com o sertão, sua preocupação com seu povo, seu longo caminho trilhado, sua  fidelidade às suas raízes são características que o diferenciaram de outros artistas.

Vencer no sul assumindo um chapéu de cangaceiro e um jibão de vagueiro, além de uma grande ousadia  e de uma representação de amor para com o povo esquecido das caatingas, só por esses atributos, Luiz Gonzaga já mereceria o carinho, respeito e admiração de todo brasileiro.

Ele foi sem dúvidas nosso maior expoente na divulgação de nossa arte e cultura, ele foi doutor diplomado com a mais pura sabedoria adquirida e disseminada através do aboio do vagueiro, com as rimas estruturadas dos violeiros repentistas, com o trato do gado, com o plantio e a colheita da roça, com a seca e a fartura, com as cacimbas sangrando e também rachadas pela falta dágua, com o sol inclemente e a trovoada esporádica. Por tudo quer ele representou para o povo sertanejo ele merece nosso título de "EMBAIXADOR DO SERTÃO".

Luiz Gonzaga foi um pouco de tudo de bom, cada parcela de nossos diverss seguimentos culturais e por tudo isso, nunca, mais nunca mesmo, haverá outro igual a ele.


Um sorriso contagiante e constante e um chapéu que representou o povo Nordestino.


O trato com a terra  e o gado.


 Os prêmios e as homenagens merecidas.

Um nome que não morrerá jamais.


O povo consagrou sua trajetória como parte de uma cultura que será eterna.


Os artistas elevam seu nome e divulgam sua arte, eternizando sua capacidade e seu talento.

SÓ PARA LEMBRAR

Segundo o escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima,

 

os cangaceiros remanescentes do bando de Lampião que ainda estão vivos são:

João de Sousa Lima e Candeeiro

Manoel Dantas Loyola, o Candeeiro, reside em Buíque, Pernambuco. Estava presente no combate da Grota do Angico e de lá fugiu baleado no braço direito.


 A cangaceira Dulce foi uma das sobreviventes de Angico, e hoje reside em campinas, São Paulo.
Na foto, da esquerda para direita: Dulce, Dona Dil (sobrinha) e Cícera (irmã de Dulce), hoje com 102 anos de vida. Reside em paulo Afonso.


Aristeia Soares, pertencia ao grupo


do cangaceiro Moreno.

Nos dias de hoje, Aristeia reside em Delmiro Gouveia, Alagoas. Com 97 anos de vida ainda é lúcida e mantém uma vida ativa invejável.


José Alves de Matos, o cangaceiro Vinte e Cinco, reside em Maceió, Alagoas. Funcionário público aposentado, e é dono de uma mente brilhante, relembrando seu passado com detalhes vividos nas caatingas.

ADENDO
Ainda há tempo de adquirir
com eles mais um pouquinho de informações
sobre o cangaço.

José Mendes Pereira

LINDA IMAGEM

Rio Salgado

Rio Salgado
 
Linda imagem, extraída do blog do José Cícero, Secretário de Cultura da cidade de  Aurora no Estado do Ceará.
 

PAULO AFONSO

Por: João de Sousa Lima

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 PAULO AFONSO: Suas Belezas e Encantos.



A Encantadora Cachoeira de Paulo Afonso, que mereceu poesia de


Castro Alves, desenhos de artistas famosos e visitas de pessoas ilustres como no caso de


Dom Pedro II é uma das mais bonitas paisagens do mundo.
Paulo Afonso é cercada por belezas naturais que deixa a todos  extasiados.

A cachoeira de Paulo Afonso em sua vazão natural.


 A vegetação inconfundível da vasta caatinga


Serra do Umbuzeiro o ponto mais alto de Paulo Afonso e foi cenário da novela Cordel Encantado, da Rede Globo de Televisão.



O Museu


 Casa de Maria Bonita,


a preservação de nossa  história e de nosso patrimônio cultural


http://www.joaodesousalima.com/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

NETO E ELIZA MARTINS - NATAL-RN

Por: José Mendes Pereira



O  amigo NETO SILVA, um dos colaboradores da nossa cultura nordestina, encontra-se com dificuldades para postar no seu blog os seus trabalhos sobre Lampião. Não está tendo acesso ao: "Blog do Neto". O pior é que nós não temos a quem pedir ajuda quando isso acontece.

Mas tenha calma amigo Neto, logo será solucionado o seu problema, e voltaremos as nossas parcerias no que diz respeito ao cangaço.

Clique neste link:


Felicidade para o casal e todos os seus familiares.


José Mendes Pereira

UMA OUTRA “PARNAMIRIM FIELD” NA REGIÃO AMAZÔNICA

Por: Rostand Medeiros

Photo

A BASE DE DIRIGÍVEIS “BLIMPS” DE IGARAPÉ-AÇU, NO PARÁ

Dirigível "Blimp" Classe K, de patrulha
Aqueles que gostam da história de Natal e Parnamirim durante o período da Segunda Guerra Mundial, que tiveram a oportunidade de ler algum material sobre este período, normalmente encontra materiais relativos a presença de tropas americanas em nossa cidade, passagens de grandes quantidade de aviões de transporte, ação de patrulha contra submarinos do Eixo que operavam no litoral brasileiros e inúmeras outras histórias sobre este interessante período.
Mas não foi apenas Natal que se envolveu nestas ações. Nem muito menos o espaço aéreo brasileiro da época presenciou apenas a passagem de aeronaves.
Igarapé-Açu, uma cidade encravada em plena região amazônica, não muito distante do litoral paraense, também possuiu a sua base americana. Mas esta não era de aviões, mas de dirigíveis, os conhecidos popularmente como “Zepelins”.
Pesquisando na internet encontrei no blog do jornalista e professor Manuel Dutra, de Belém, um interessante artigo sobre esta pouco conhecida unidade militar americana no norte do nosso país.
Nele podemos encontrar muitas similaridades na relação de envolvimento dos habitantes desta cidade paraense com as tropas americanas, tanto como ocorreu entre os potiguares.

Os Zepelins de Igarapé-Açu - Histórias de Ontem e de Hoje

No final da Segunda Guerra Mundial os moradores do município de Igarapé Açu, no Pará, já habituados à passagem diária do trem que ligava Belém a Bragança, começaram a olhar para o céu, extasiados, para apreciar as evoluções dos balões norte-americanos que saíam dos arredores da cidade para patrulhar a costa norte do Brasil, alvo dos submarinos alemães. A atração durou pouco, de meados de 1943 até o fim da guerra.

Igarapé Açu, Pará - Foto - Herson Vale
Preocupados com o afundamento de navios brasileiros pelos nazistas, os governos do Brasil e dos Estados Unidos decidiram cooperar e, entre as medidas adotadas, foram instaladas no Norte três estações de operação de “blinps” ou “zeppelins’ (nome do inventor alemão e da marca, que virou nome comum) no Amapá, Pará e Pernambuco, em versão militar. Igarapé-Açu, na zona bragantina, a 110 quilômetros de Belém e hoje com 27.700 habitantes, foi escolhida por apresentar condições geográficas e meteorológicas consideradas ideais para pouso e decolagem de dirigíveis, além de já estar ligada à capital por estrada de ferro e rodovia.
Marujada
Quem viu de perto e conta essa história é Júlio Vaz de Souza, 70 anos, casado, pai de vários filhos. Ele, que ainda vive na cidade, recorda: “Às seis horas da manhã a marujada preparava um ou dois balões que seriam utilizados naquele dia; ajeitavam aquele bichão de mais ou menos 80 metros de comprimento, soltavam os cabos como quem larga um navio, e o balão subia. Virava os dois motores traseiros e lá ia ele, vencendo os 40 quilômetros entre Igarapé-Açu e a praia, perto de Salinas. Quando a situação estava calma (sem alemães por perto) e o tempo ajudava, eles estavam de volta no começo da noite. A marujada americana tinha passado mais um dia dentro do que eles apelidavam de shit bag, o que significa saco de bosta”.

Um "Blimp" a sua torre - Arquivos do autor do Blog
Esse apelido devia-se à comparação que os militares aliados faziam com os aviões de caça, que também operavam na pista ainda existente em Igarapé-Açu. Passar algumas horas dentro de um avião, rápido para a época, era incomparavelmente mais confortável do que balançar um dia inteiro a menos de 60 quilômetros por hora, na “caixa” dependurada no corpanzil de um balão cheio de gás. Júlio de Souza, conhecido na cidade por Júlio Prego, tinha 19 anos quando foi contratado pela base norte-americana para trabalhar como copeiro e zelador das instalações dos oficiais.
Escrever a história da base de dirigíveis de Igarapé-Açu não é fácil. Segundo explica o ex-piloto e pesquisador de aviação regional Antônio Guerreiro Guimarães, os documentos relativos a esse fato foram levados, na década de 60, para o Rio de Janeiro, podendo ser encontrados na Biblioteca Nacional, no Arquivo Público do Rio ou em organizações da Aeronáutica.
As Torres
No Pará, o que resta é um pedaço da torre móvel, que tinha 25 metros de altura e que servia para deslocar os balões para uma das cinco torres fixas, de onde eram içados. Dotados de canhões e metralhadoras, os dirigíveis eram, basicamente, empregados no patrulhamento com vistas à localização de submarinos do Eixo, que vinham pondo a pique navios da Marinha Mercante do Brasil ao longo da costa.

Preparação para amarração de um "Blimp" - Arquivos do autor do Blog
Júlio relembra que, nos quase dois anos de operação, não houve mortes de militares. Mas dois zepelins acidentaram-se – um foi atingido pelo fogo alemão e, perdendo o gás, terminou caindo perto da cidade de Maracanã. Outro veio ao chão e perdeu o gás, certo dia, no momento em que os americanos o preparavam para zarpar. O vento forte tomou as cordas das mãos dos fuzileiros e a enorme estrutura bateu forte contra o solo, partindo-se.
A base de Igarapé-Açu chegou a ter cerca de 200 homens, conta Júlio. “Tinha o alojamento dos oficiais, dos praças brancos e dos praças pretos. Eles não se misturavam. As casas onde os brancos se alojavam eram de tijolo, enquanto as dos militares negros eram feitas de lona”.
Bisbilhotagem
Na cidade, as pessoas mais velhas contam que, nos finais de tarde, quando retornava das missões no litoral, o balão costumava estacionar sobre os igarapés, com os militares observando as mulheres em trajes sumários, lavando roupa.
Mas a convivência com a comunidade era tranquila e os fuzileiros, nas folgas, andavam pouco mais de um quilômetro para tomar cerveja e paquerar na cidade, onde também frequentavam as festas.
A importância da base de dirigíveis no contexto da Segunda Guerra Mundial é ressaltado pelos integrantes da Sociedade Ambientalista e Cultural de Igarapé-Açu (SACI), que começa a movimentar-se para recuperar, em parte, o patrimônio deixado pelas forças aliadas. Paulo Henrique Souza, 20 anos, presidente da entidade, lembra fatos confirmados pelo velho Júlio Vaz de Souza, como a presença de uma famosa cantora norte-americana, nos idos de 1944, para alegrar os militares.
Os membros da SACI deploram o sumiço das quatro torres fixas que serviam de moirão para os balões. Ninguém sabe para onde foram. Diz-se que um ex-prefeito as teria transformado em ferro velho e vendido a uma sucata. O mais grave é que a torre móvel, que permaneceu na forma original até 20 anos atrás, foi cortada na parte superior para servir de suporte para uma caixa d’água que serve à família que toma conta do que resta da base, hoje sob os cuidados da Força Aérea Brasileira.
Abandono
A conservação do local não existe, o mato invade a área, e os prédios, como o cassino dos oficiais, estão em ruínas, incluindo os salões de jogos, restaurante e o bar onde rolava muita cerveja nas noites de folga.

O estado como se encontra a antiga torre de amarração de dirigíveis em Igarapé-Açu - Foto - Ney Paiva
Os jovens da SACI já falaram com o prefeito Valdir Oliveira Emim, pedindo apoio para a recuperação dos equipamentos. Eles pretendem entrar em contato com o comando da Aeronáutica, em Belém, a fim de conseguir a permissão para transformar a antiga base em atração turística, depois de reconstruir o topo da torre de ferro, que foi destruído. Recentemente a SACI mandou uma carta ao presidente Itamar Franco, pedindo ajuda para a empreitada.

Pista de pouso para aviões, da antiga estação da U.S.Navy em Igarapé-Açu - Foto - Ney Paiva
Se conseguirem seu intento os jovens esperam atrair visitantes para sua cidade, “ponto de almoço” dos passageiros da extinta Estrada de Ferro de Bragança. Por ser ponto intermediário destacado nessa viagem, Igarapé-Açu cresceu e ganhou prédios e pontes de ferro, uma delas abandonada, sobre os três rios que cortam o município. Edificações de linhas arquitetônicas imponentes como o Fórum, o Paço Municipal e a sede dos Correios foram destruídas ou descaracterizadas.
Júlio Prego
O velho mercado está desativado, ameaçando virar ruína. O Governo do Estado recupera as linhas originais da antiga Delegacia de Polícia do município, que vive da agricultura, da pequena pecuária e onde, no passado, pontificavam famílias como os Pires Franco, Borges Gomes, Martins, Nobre, Aquino e Pontes. Hoje quer aproveitar seu passado para, com o turismo, melhorar de vida.

Um "Blimp" sobre a cidade de Mossoró, em 1945. Provavelmente este dirigível era baseado em Pici Field, Fortaleza - Arquivos do autor do Blog
O velho empregado da base, Júlio Prego, quer contar as viagens das bandas de música que vinham de Recife, de zepelim, para animar as festas de Natal, a chegada dos aviões que traziam água mineral e cigarros, e os comboios da Estrada de Ferro que abasteciam os militares de comida, cerveja e Coca-Cola. As garrafas vazias de refrigerantes os americanos davam para Júlio, que, de uma só vez, chegou a vender 29 mil delas. Com o dinheiro da venda, mais a indenização que ganhou ao final da guerra, ele abriu uma mercearia e tornou-se comerciante, atividade que desenvolve até hoje.
* Publicado originalmente em fevereiro de 1994 no jornal “O Liberal”, de Belém, a versão na internet pode ser acessada através do link – http://blogmanueldutra.blogspot.com/2011/04/os-zepelins-de-igarape-acu-historias-de.html
Do autor do Blog;
Gostaria apenas de complementar informando que os dirigíveis utilizados pelos americanos em Igarapé-Açu eram dos modelos não rígidos, construídos pela empresa Aircraft Company Goodyear, da cidade de Akron, no estado de Ohio, sendo designados como “Classe K”. Eram configurados para operações de patrulha, escolta de comboios de navios, busca de náufragos e guerra contra submarinos. Foram amplamente utilizados pela U.S. Navy (Marinha dos Estados Unidos) no Atlântico, em as áreas do Oceano Pacífico, Mar mediterrâneo e podiam ter até 12.000 metros cúbicos de gás no seu interior.
Normalmente possuíam uma tripulação de 10 homens, que incluíam um piloto (o comandante), dois copilotos, um navegador, um especialista no gás do dirigível e seu ajudante, dois mecânicos e dois radiocomunicadores.
Quem observa as fotos deste dirigíveis, pode até imaginar que eles eram, por assim dizer, “inofensivos”. Que serviam mais para olhar o mar de cima para baixo. É um grande engano, pois estas máquinas possuíam radar de busca com alcance de 150 quilômetros (cerca de 90 milhas marítimas), sistema de detecção de anomalias magnéticas para localizar submarinos, bombas de profundidade e metralhadoras Browning, calibre .50 (12,7 mm) na parte da frente do carro de controle.

Um "Blimp" fixado em sua torre - Arquivos do autor do Blog

Tinham uma ótima capacidade para permanecerem horas pairando em uma mesma área de observação, em baixas altitudes e velocidades lentas, o que resultou na detecção de muitos submarinos, bem como auxiliar em missões de busca e salvamento. Mas não tinha a mesma agilidade de manobra que possuíam os aviões para destruir os submersíveis.
Mesmo grande e lento, conta que apenas um destes foi abatido. O fato ocorreu em 8 de julho de 1943, através da ação das armas antiaéreas do submarino alemão U-134.
O último “Blimp” foi aposentado em Março de 1959.


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Porteiras, o maior público do Cariri Cangaço 2011

Ginásio poliesportivo de Porteiras na abertura do Cariri Cangaço 2011

O mais novo anfitrião do Cariri Cangaço, também foi o responsável pelo maior público presente, durante todos os dias do evento. O município de Porteiras mobilizou mais de 600 pessoas na tarde de apresentação do Cariri Cangaço 2011, no Ginásio Poliesportivo da cidade.

A caravana Cariri Cangaço foi recebida pela orquestra de violões que apresentou Luiz Gonzaga e pelo coral da cidade que encantou a todos com melodias de nosso sertão, com destaque para a beleza do coral infantil e "Se heroi ou covarde" com o coral adulto, ambos sob a regência do Maestro Sousa Neto.

Mesa de Abertura da solenidade em Porteiras
Porteiras, maior público do Cariri Cangaço 2011

Prefeito Manoel Novaes
Manoel Severo

A mesa de abertura da solenidade contou com a presença do Prefeito Manoel Novaes, do Presidente da Câmara Municipal, secretários da municipalidade, do curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, do Presidente do GECC, Ângelo Osmiro e do Presidente da Associação Brasileira de Escritores. A mesa de debates teve como conferencista da tarde, o memorialista Napoleão Tavares Neves, com o tema: "Gauribas" e contou com Soares Neto, José Peixoto Júnior e Sousa Neto entre os debatedores. Na oportunidade Danielle Esmeraldo passou às mãos de Napoleão Tavares , seu certificado de Conselheiro do Cariri Cangaço.

Napoleão Tavares e Danielle Esmeraldo
Manoel Novaes e Múcio Procópio
Soares Neto, Sousa Neto, Napoleão Tavares e José Peixoto Júnior
Luiz Zanotti, Fátima Cruz, Prof Pereira, Manoel Severo e Danielle Esmeraldo: Homenagem com Tela de Vilma Maciel - Maria Bonita

Agradecimentos de Danielle Esmeraldo
Ângelo Osmiro entrega ao casal Vilson  Leite(neto de Antônio da Piçarra) , camisa oficial do Cariri Cangaço

Antes do final da solenidade, representando todos os convidados e pesquisadores que estavam presentes ao evento, Professor Pereira, sua esposa senhora Fárima Cruz e Luiz Zanotti prestaram homenagem ao Curador do evento, Manoel Severo e esposa, Danielle Esmeraldo, quando foram presenteados com Tela da artista plástica Vilma Maciel.

Assessoria de Imprensa e Marketing
Heldemar Garcia