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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Convite - Lançamento em Cajazeiras - Paraíba

Caros(as) amigos(as),

Saudações cangaceiras!

No próximo dia 17 de julho, no auditório da Universidade Federal de Campina Grande, campus de Cajazeiras (Centro de Formação de Professores – CFP), às 09:00h,  será lançado o livro com as conferências e palestras proferidas no II Congresso Nacional do Cangaço que aconteceu em outubro de 2012 em Cajazeiras – PB.


Para quem não pode participar, essa é uma oportunidade de inteirar-se do que foi debatido. Em anexo encaminho os elementos pré-textuais do livro.



Abraços
Professor Wescley Rodrigues

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O admirável talento do escritor Rangel Alves da Costa

Por: Antonio José de Oliveira
Antonio José de Oliveira

Mendes, amigo:

Não sei onde o escritor e advogado Rangel Costa consegue tempo para constantemente nos trazer as informações de que tanto necessitamos para as nossas pesquisas.

Rangel Alves da Costa

Certamente é um cidadão ocupado na sua profissão de advogado, entretanto, pelo gosto que tem pela pesquisa, e em especial na área do cangaço, está sempre a nos proporcionar importantes artigos.


Parabéns ao Dr. Rangel e a você Mendes, que de boa vontade publica as matérias recebidas dos companheiros.

Antonio José de Oliveira
Povoado Bela Vista
Serrinha - Bahia.
Email:
antonioj.oliveira@yahoo.com.br


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Passagem do Pedro – São Sebastião – Sebastianópolis – Governador Dix-sept Rosado: Meu relicário sagrado

José Romero Araújo Cardoso (*)

Indubitavelmente há nítida ênfase em minha subjetividade à topofilia definida pelo geógrafo Yi-Fu-Tuan quando lembro de assuntos pertinentes ao despertar de identidade com a geografia humana do município norte-riograndense de Governador Dix-sept Rosado.

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Governador Dix-sept Rosado

A fixação em minha memória da preparação dos plantios de alho e cebola às margens do rio Apodi-Mossoró, onde João Cruz possuía propriedade encravada entre as supracitadas glebas rurais, é imagem contida em minhas reminiscências de infância que o tempo não apaga.

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O alho teve importância econômica de destaque em Governador Dix-sept Rosado. Quando das colheitas, as estruturas do espaço urbano do município transformavam-se literalmente em locais de exposição de um dos principais produtos cultivados no lugar. Milhares de tranças de alho e cebola ficavam expostas aguardando compradores que não tardavam em aparecer.

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A Festa do Alho era bastante concorrida, culminando na coroação de uma rainha. Certamente nos dias de hoje apenas os mais velhos guardam as recordações de uma época marcada pelos festejos que assinalavam boas colheitas que resultavam em interessante poder aquisitivo para àquelas pessoas que se dedicavam ao artesanal feitio dos terraços com a areia do escoamento fluvial, destinados ao plantio de alho e cebola, o qual muitas vezes era consorciado com o cultivo de batata-doce.

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O velho trem que foi sonho de Ulrick Graf transportava alho e cebola para todos os recantos onde passava a linha férrea. A qualidade dos produtos fazia com que fossem disputados por exigentes
consumidores espalhados pelo país.

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Não alcancei o pleno funcionamento da extração de gipsita nas vossorocas da Espadilha ou pedreira, como era mais conhecida a região que abrigou a maior mina de gesso da América Latina, mas guardei na memória as histórias que Severino Cruz Cardoso me contava sobre o cotidiano da área de extrativismo onde a maioria das pessoas que lá residiam tratavam-se carinhosamente por primos, tendo em vista a origem comum destas através de vínculo genealógico com o português Jerônimo Ribeiro Rosado.

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Nessa época, conforme relato de diversos moradores da pedreira, era comum encontrar-se na caatinga grande quantidade de emas, bem como porcos-do-mato. Infelizmente essas espécies estão extintas devido à caça predatória e ao desmatamento intenso.

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Recordações daqueles tempos são profusas na memória de Raimundinho de tio Jerônimo Rosado Bandeira, pois ele viveu intensamente momentos gloriosos que marcaram profundamente as vidas dos habitantes da verdadeira comunidade familiar erguida sob a égide das tradições e dos valores da paraibanidade marcante que permeou a edificação dos elos de identidade, sobretudo àqueles referentes a Pombal (PB) e a Catolé do Rocha (PB).

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A caprino-ovinocultura é uma atividade pecuária tradicional em Governador Dix-sept Rosado. Tenho profunda gratidão a um eminente e respeitado cidadão de nome Fausto Martins, de saudosa memória, pois certa vez fez questão de separar diversas cabeças de criação de pequeno porte visando custear no futuro algo que precisasse em meus estudos.

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Nunca esqueci o sabor das groselhas cultivadas no quintal da residência do casal Nô Rosado Bandeira-Penha Formiga. A casa de Dona Santa Formiga, nora dos simpáticos pombalenses, sempre foi referência no que tange às visitas, tendo em vista o grau de amizade que sempre foi reverenciado, fruto da convivência e da afinidade do esposo  José Formiga com Severino Cruz Cardoso.

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Participei de várias e inesquecíveis Festas de São Sebastião. A residência de Lourenço Menandro Cruz localizava-se próxima à igreja dedicada ao santo católico martirizado em razão de sua conversão ao cristianismo. Em sentido diagonal, estava a morada de outro paraibano conhecido por Pedro do Alecrim, amigo de longas datas de toda família, onde sempre tive livre trânsito.
          
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No mercado, parada obrigatória a fim de colocar a conversa em dia, era praxe cumprimentar Leôncio Carlos, de saudosa memória, bem como Fernando aleijado, pois ambos foram amigos de longas datas de Severino Cruz Cardoso. A panelada preparada por Necí tornou o principal espaço de comercialização Dix-septiense uma referência para todos que cultuam as tradições da culinária sertaneja.

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A prosa de Chico Bacatela, homem de caráter, justo e honesto, sempre foi admirada por todos que o conhecem, pois em verdade esse grande sertanejo é um verdadeiro repositório da história do
lugar.
          
Sintetizo a importância de Governador Dix-sept Rosado em minha vida através da definição de que o lugar personifica relicário sagrado onde estão contidas lembranças marcantes de momentos felizes
ali vividos dos quais nunca hei de esquecer.

(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor-adjunto da UERN.

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço: 
José Romero Araújo Cardoso

Parabéns para você, professor Romero Cardoso. Pensei que eu não iria consegui colocar o seu artigo no blog, como tem acontecido com materiais de outros colaboradores, pois ele anda muito sem graça. 

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PROJETO POESIA PERNAMBUCANA HOJE CONTEMPLA OBRA DO POETA VITAL CORRÊA DE ARAÚJO


Com incentivo do Funcultura, o esperado volume I da antologia Poesia Pernambucana Hoje, será lançado no dia 19 de julho de 2013 (sexta-feira), no Centro Cultural Correios, no Recife, às 19h.

A série de antologias POESIA PERNAMBUCANA HOJE pretende ser uma espécie de guia para estudantes e demais leitores que querem incursionar pelo rico e vigoroso conjunto da atual poesia realizada em nosso Estado. Iniciamos a série com a obra de Vital Corrêa de Araújo, cujos poemas foram selecionados e organizados pelo também poeta e professor universitário Carlos Newton Júnior, que afirma, em seu prefácio: “Se nenhuma obra poética de qualidade – nenhuma obra de arte, diríamos melhor – pode ser dissecada friamente, como se faz a um cadáver, a poesia de Vital Corrêa de Araújo parece-nos, assim, não se submeter nem mesmo àquela serena e racional contemplação que se poderia ter diante de um ‘paciente anestesiado sobre a mesa’: deve ser perscrutado na sua dinâmica de organismo em movimento e permanente transformação, o que nos leva também à conclusão de que as afirmações sobre essa obra não podem nem sequer recender àquele perfume perigosamente agradável de coisa definitiva”.

VITAL CORRÊA DE ARAÚJO  Nasceu em Vertentes-PE (1945). Poeta, escritor, jornalista, auditor do tesouro, bacharel em Direito, com curso de História e Filosofia (estágio de administração tributária na Alemanha e especialização sindical na Venezuela), professor do curso médio, conferencista, tradutor, especialista em Jorge Luís Borges, ex-Presidente da UBE (União Brasileira de Escritores, membro das Academias de Letras do Recife e ALANE (Academia de Letras e Artes do Nordeste), Editor do Jornal O Monitor, de Garanhuns e das Revistas literárias PAPEL JORNAL e SINGULAR.

A publicação recebeu seleção, notas e prefácio do poeta e professor Carlos Newton Júnior; coordenação editorial de Adriano Marcena, produção executiva de Rogério Generoso e revisão de Neilton Limeira.

Lançamento:

Local: 
Centro Cultural Correios – Recife
Data: 
19 de julho de 2013 (sexta-feira)
Horário: 
19h
Preço do livro: 
R$ 20,00 


Incentivo: Funcultura, Fundarpe, SECULT e Governo de Pernambuco. 

Enviado pelo escritor: Adriano Marcena

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O SERTANEJO ANTES DE SE TORNAR CANGACEIRO - IV

Por: Rangel Alves da Costa(*)
Rangel Alves da Costa

O SERTANEJO ANTES DE SE TORNAR CANGACEIRO - IV 

Uma vez fixado no bando, sentido o primeiro espinho rasgando a pele, ouvido o primeiro zunido do fogo inimigo, outra vida não teria senão aquela. E que vida. Desconhecer o cansaço, a doença, a fome e a sede para seguir cada vez mais adiante por entre arvoredos cortantes, espinhos afiados, pedras talhantes e animais peçonhentos, na fuga apressada pela sobrevivência. Buscar refúgio no meio do mato ou no coito escondido, e ali dormir ao lado de mandacaru e xiquexique, ouvindo assustado o zunido da natureza, com um olho aberto e o outro fechado para que o de repente pudesse acontecer. Era a vida cangaceira.

Era também vida cangaceira a comida no meio do tempo, a cantoria dolente debaixo da lua, o proseado saudoso e desiludido, o namoro dentro das moitas, a espera do dia seguinte, porém sem saber até quando teria o dia seguinte. E a vida da luta intensa, da guerra desenfreada, dos repentinos confrontos, das armas pipocando sedentas de sangue, dos gritos de dor, das correrias. E também do silêncio das tantas mortes. Os corpos esquecidos no meio da refrega, dolorosamente deixados na correria. Ou a sepultura em terra rasa, no chão ressequido, tendo por cima uma cruz de galhagem de catingueira. E a vela da lua chorando seus mortos.


Raros eram os momentos de descanso mais intenso, raros eram os instantes de alegria e contentamento. Por isso que gostavam tanto quando deixavam as caatingas e seguiam rumo às fazendas, povoações e cidades, ainda que sempre mais perigoso. Seria muito arriscado, porém com outro mundo ao redor. Cangaceiro era cabra apreciador da cantoria, do xaxado, da festança ao ronco do “pé-de-bode”, da pinga boa e da fumaça do cigarro. Por isso que parecia estar noutro mundo quando tinham oportunidade de sentir-se “gente”.

Raríssimos eram os momentos assim, tudo acontecendo de surpresa e sem muito tempo para aproveitar. E um instante ou outro de desconcentração não modificava o contínuo estado de vigilância que deviam manter. Daí tudo ser tão angustiante, apreensivo, inquietante e doloroso, pois no instante seguinte o fogo já podia surgir adiante. Urge, então, indagar: Por que tantos filhos sertanejos optaram por essa vida de imensos sacrifícios e infinitos sofrimentos?

As respostas são difíceis, e certamente nunca estarão a contento com aquela realidade. Contudo, algumas observações podem ser feitas para tentar compreender como o sertanejo via o cangaço e como uma parcela optou por enveredar nas suas fileiras. Mas tal compreensão nem precisaria analisar tais aspectos em si, bastando procurar entender como era o sertanejo antes de se tornar cangaceiro. Visualizada tal situação se torna mais fácil saber por que o homem simples, violento ou não, rixoso ou vitimado, quase sempre jovem, muitas vezes empobrecido, um dia resolveu deixar a liberdade do tempo para se tornar prisioneiro da mata.

Mas como era aquele sertão onde o cangaço vingou, enraizou e percorreu distâncias? Em muitos aspectos, o mesmo sertão de hoje, sempre esquecido pelos governantes, relegado às esmolas de qualquer dia, sempre marcado pelos períodos de estiagens e secas prolongadas. Mas muito diferente noutros aspectos. A divisão social era tão visível quanto a fartura do latifúndio e o prato vazio do miserável; a justiça protegendo “os homens de bem” e a injustiça comandando as demais vidas; a certeza de que nascer pobre era viver num mundo de desesperança e dor.


Nas regiões mais afastadas, nas moradias distantes e esquecidas, a pobreza verdadeiramente se afeiçoava ao bicho do mato. Vivia entocada, sedenta e faminta, praticamente desconhecendo a realidade do mundo ao redor. Nos dias de feira, acaso o sertanejo se bandeasse para as povoações de saco nas costas em busca de adquirir qualquer coisa, logo tomava conhecimento daquela luta travada entre os bandidos e os mocinhos, entre os cangaceiros e as volantes. E tantas vezes já havia recebido a visita daqueles homens, já havia sido forçado a matar e entregar a carne fresca da única criação que possuía.

Por todo lugar não havia outro assunto que não aquela guerra sertaneja no meio do mato. Um dizia que o bando de Lampião estava nos arredores, outro afirmava que a polícia já estava no seu encalço; um defendia com unhas e dentes a luta cangaceira, já outro afirmava não passar de um monte de assassinos. Mas tudo radicalmente mudava quando, de repente, o Capitão e os seus cabras despontavam pelo caminho empoeirado do lugarejo. Então todo ódio se transformava em respeito e toda aceitação se transmudava em devoção. A maioria agia assim.

Havia medo sim, o temor imperava, muita gente perdia a fala, desmaiava, se escondia debaixo da cama ou simplesmente fugia desesperadamente pela janela ou porta dos fundos, numa correria desembestada, sem destino, por cima de tudo que encontrasse pela frente. Mas os que ficavam se sentiam verdadeiramente maravilhados com tudo aquilo que avistavam, com todos aqueles homens com suas vestimentas e armas, seus chapéus e seus brilhos dourados, seus olhos brilhando e correndo de canto a outro. O medo, mas também o fascínio; o espanto, mas também o deslumbramento. Não era só a fama, o ouvir dizer, mas a presença da cangaceirada e o imenso arrebatamento que provocava entre todos.

Desse modo, quisesse ou não, o bando de Lampião possuía indescritível atratividade entre os sertanejos. Para muitos, os cangaceiros eram tidos, comentados e avistados quase como seres míticos, de outro mundo. E se a ocasião lhes permitisse presenciar sua passagem ou estadia, certamente que as marcas do encanto se tornavam ainda maiores, ainda mais fortes. Daí que não é difícil perceber a força atrativa que o bando de Lampião exerceu sobre o sertanejo.

Do mesmo modo, e pelos motivos acima descritos, não é difícil compreender porque tantas meninas e meninos verdadeiramente se apaixonaram por aquela vida errante. Os meninos em busca de afirmação, de mostrar sua valentia, de experimentar outra realidade, de sair daquela vida difícil e de empobrecimento. E, pela idade, sem a exata consciência do que lhes esperava acaso fossem aceitos no bando.

As meninas, por sua vez, talvez vissem os homens encourados, cabeludos e cheios de adornos, como os atores novelescos da atualidade. Fascinadas, tomadas de encantamento, ficavam desejosas de serem olhadas por algum daqueles príncipes das caatingas. E quando se engraçavam e o cabra respondia o olhar, então não havia família que pudesse esconder sua cria, não havia como evitar que seguissem pelos caminhos da luta e do amor. Assim ocorreu nas povoações e nos casebres distantes. Muitas das mulheres do cangaço saíram ainda meninas de suas residências para se entregar aos braços quase sem tempo de amar.

O fascínio provocado pelo jeito de ser e pela vida cangaceira foi o que permitiu a sua existência por tanto tempo. Havia uma legião de meninos e meninas, sertanejos de todos os tipos e motivações, querendo seguir o mesmo destino, desejosa de entrar na mataria para servir ao grande Capitão. E quem seguiu jamais conseguiu esquecer. Mas pelos motivos dolorosos que todos conhecem.

Mas os bandos não eram formados apenas por fascinados e sonhadores, nem por jovens desiludidos ou empobrecidos. Muitos entravam nos grupos por outras motivações. Tinham em mente o que queriam, eram conscientes do que desejavam combater, conheciam a realidade que desejavam transformar. Entretanto, talvez não soubessem da impossibilidade de, apenas através das armas, mudar aquela realidade moldada pelo poder.


Um rapazinho de Poço Redondo, por exemplo, conhecido por Zé de Julião, era filho de família abastada, era alfabetizado, casado, e se vendo diante de tanta barbárie e atrocidades praticadas pelas forças policiais, de repente resolveu entrar no bando de Lampião e com ele levou sua esposa. Verdade é que não suportava mais ver a volante tirando à força a moeda do pobre, chantageando e usando da violência a cada passo. Testemunhou, por diversas vezes, seu pai ser extorquido por aqueles homens que diziam agir em nome da lei. Tudo isso rebentou um dia. Tinha de fazer alguma coisa para combater aquela situação.  E assim se tornou cangaceiro. Na caatinga foi apelidado de Cajazeira e a esposa continuou como Enedina.

Tal fato demonstra que não era apenas o encantamento e o fascínio que acabavam transformando meninos em cangaceiros, mas também a consciência de uma perversa situação existente e que precisava ser combatida. Se não havia a voz da lei nem da justiça, então que a luta cangaceira fosse meio de combater todos os absurdos praticados contra o humilde e pacato povo sertanejo. E de lutas e inglórias, eis a história. 

(*) Meu nome é Rangel Alves da Costa, nascido no sertão sergipano do São Francisco, no município de Poço Redondo. Sou formado em Direito pela UFS e advogado inscrito na OAB/SE, da qual fui membro da Comissão de Direitos Humanos. Estudei também História na UFS e Jornalismo pela UNIT, cursos que não cheguei a concluir. Sou autor dos seguintes livros: romances em "Ilha das Flores" e "Evangelho Segundo a Solidão"; crônicas em "Crônicas Sertanejas" e "O Livro das Palavras Tristes"; contos em "Três Contos de Avoar" e "A Solidão e a Árvore e outros contos"; poesias em "Todo Inverso", "Poesia Artesã" e "Já Outono"; e ainda de "Estudos Para Cordel - prosa rimada sobre a vida do cordel", "Da Arte da Sobrevivência no Sertão - Palavras do Velho" e "Poço Redondo - Relatos Sobre o Refúgio do Sol". Outros livros já estão prontos para publicação. Escritório do autor: Av. Carlos Burlamaqui, nº 328, Centro, CEP 49010-660, Aracaju/SE.

Poeta e cronista
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II Grande Encontro da Família Xavier

Por: José Cícero

Na noite do sábado (13) aconteceu no hotel Verdes Vales na cidade de Juazeiro do Norte (CE) a abertura oficial do 2º Grande Encontro Nacional da Família Xavier, cuja gênese genealógica no Ceará remonta o longínquo ano de 1797 a partir do nascimento do patriarca coronel Francisco Xavier de Sousa (fundador ou co-fundador de Aurora) na vila de Aracati. Indo em seguida para Aurora (antiga Venda) e seus descendentes (Aristides Xavier) para Missão Velha, Crato e Ipueiras (em Serrita no Pernambuco) e de lá se espalhando para o resto do Brasil e o mundo.

"Foi um encontro dos mais memoráveis e alegres, ocasião em que várias gerações do clã Xavier se reencontraram para matar saudade, trocar ideias, debater amenidades e, mais uma vez, conhecer um pouco mais da sua própria história a partir do Cariri cearense", enfatizou o secretário de cultura de Aurora que igualmente participou do acontecimento como palestrante convidado.  

 
 Audízio Xavier
 Socorro Xavier e o relançamento de "A Saga da Ipueiras"

Uma verdadeira saga, na opinião de alguns historiadores presentes, tais como Dr. Napoleão Tavares Neves e  Socorro Cardoso Xavier, Lonny Sampaio e José Carlos Gentil.

A abertura aconteceu a partir de recepção da família, amigos e outros convidados. Seguida da apresentação de três palestras com os seguintes temas: 1º - "A origem da família Xavier de Aracati à Aurora no Ceará", proferida pelo secretário de cultura e Turismo de Aurora professor José Cícero. 2º - 'De Aurora ao sertão do Pernambuco' por Eimar Granjeiro Xavier e 3º - 'Família Xavier em crônicas Cangaceiras' por Dr. Napoleão Tavares Neves. 

 
Napoleão Tavares Neves
 José Cícero Silva

A programação do 1º dia constou ainda de: exibição  do documentário: "Causos e Acasos da família Xavier" por Audízio Xavier Almeida,; apresentação dos núcleos famílias por cidades residentes e lançamentos dos livros: Lagoa dos Cavalos de autoria de José Carlos Gentil - presidente da academia de letras de Brasília(ALB) e A Saga de um clã Xavier de Maria do Socorro Cardoso Xavier. Além de depoimentos e imagens  da estirpe Xavier, bem como do jantar de confraternização e muito forró de pé de serra com o sanfoneiro pernambucano Ciço do acordeom e sua banda.

Serão três dias de atividades programáticas festivas e culturais (13, 14 e 15) de Juazeiro do Norte, Barbalha, Exu e Ipueiras dos Xavier (PE). O III Encontro de 2014 segundo afirmou o organizador do evento Audízio Xavier está previsto para acontecer na cidade de Recife no Pernambuco. Além de representantes da verdadeira colônia Xavier de diversas partes do país e amigos e autoridades convidadas também participaram do evento. Por sinal, bem criativo, organizado e informativo.

José Cícero Silva
Fotos João Silva

NOTA CARIRI CANGAÇO: É com muita satisfação que abraçamos a todo o Clã Xavier na pessoa do companheiro Audízio Xavier, pelo brilhantismo do II Grande Encontro da Família Xavier; o Cariri Cangaço, representado por seus Conselheiros, Napoleão Tavares Neves e José Cícero, se une ao sentimento de preservação e resgate da memória de tão importante família. Que em 2014 possamos ter mais um grande momento Xavier.


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