Seguidores

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

PAPEL DO INDIVÍDUO NA HISTÓRIA

(*) Rinaldo Barros

O rumo desta última conversa de 2015 tem, propositalmente, segundas intenções: provocar você para que se pergunte o que está fazendo de sua vida, em sua passagem por este planeta.

O sociólogo estadunidense Immanuel Wallerstein acredita que o capitalismo chegou ao fim da linha: já não pode mais sobreviver como sistema. Cá no meu canto, ainda meio instintivamente, assino embaixo.

Todavia, em que pese o fato de que o capitalismo não tem sido capaz de resolver nenhuma grande questão social, nas atuais circunstâncias e no atual cenário mundial, não consigo enxergar qual modo de produção seria o substituto do atual sistema.

Ou seja, o que surgirá em seu lugar poderá ser melhor (mais justo e democrático) ou pior (mais autoritário e explorador) do que temos hoje em dia.

É prudente destacar que o capitalismo é passível de se transmudar em novos e inusitados padrões de acumulação, a depender da formação social analisada. É importante ressaltar também que, desde o final do século XX, o sistema financeiro solapou completamente o processo de produção e a tecnologia transformou o capitalismo quanto à sua forma exterior.

Aqui no patropi, por exemplo, enquanto a economia vai crescendo, a desigualdade social crescente põe tudo a perder. Temos, a cada ano, mais milionários e mais miseráveis.

Em meio a essa complexidade, uma coisa a vida me ensinou: ao contrário do que pensava o velho Karl Marx, o sistema não sucumbirá num ato heróico de alguma liderança operária, numa insurreição armada; mas desabará sobre suas próprias contradições.

Provavelmente, a morte do capitalismo será fruto da ganância desenfreada de suas elites (1% da população), com a conseqüente e provável deterioração da qualidade de vida da grande maioria (99% da população). Essa agonia ainda vai demorar uns 30 ou 40 anos.

O sistema reproduz uma concentração cada vez maior de riquezas paralelamente ao crescimento da miséria, do desemprego estrutural, da criminalidade e do consumo de drogas.

A União Europeia está em séria e duradoura crise econômico-financeira. A Espanha tem vinte por cento de sua força de trabalho desempregada. A Grécia, Portugal e Itália estão adotando regimes forçados de contenção de despesas, cortando salários e penalizando os aposentados; para não falar na crescente intolerância aos migrantes e às minorias. No Oriente Médio, a guerra está dizimando populações.

Para Wallerstein, vivemos o momento preciso em que as ações coletivas, e mesmo individuais, podem causar impactos decisivos sobre o destino comum da humanidade.

Concordo plenamente com Wallerstein, quando ele afirma: “Não é uma crise de um ano, ou de curta duração: é o grande desabamento de um sistema. Estamos num momento de transição. Na verdade, na luta política que acontece hoje no mundo não está mais em questão se o capitalismo sobreviverá ou não, mas já se discute o que irá sucedê-lo”.

A verdade é que estamos vivenciando uma espécie de Era da Incerteza sem volta, um período no qual quase tudo é relativamente imprevisível no curto prazo - e as pessoas não podem conviver com o imprevisível no curto prazo. Podemos nos ajustar ao imprevisível no longo prazo, mas não com a incerteza sobre o que vai acontecer no ano seguinte.

Os empresários não sabem o que fazer, e é basicamente isso o que estamos vendo na economia brasileira, nos dias atuais.

Ninguém está encorajado para investir, já que ninguém sabe se daqui a um ano ou dois vai ter esse dinheiro de volta. Quem não tem certeza de que em três anos vai receber seu dinheiro, não investe; e não investir torna a situação cada vez pior. Peço um pouco mais de atenção, a partir de agora.

Quando o sistema está relativamente estável, é relativamente determinista, com pouco espaço para o livre-arbítrio. Mas, quando está instável, passando por uma crise estrutural, tal como agora, o livre-arbítrio torna-se importante. Você pode fazer a diferença!

É fundamental o papel do indivíduo na história. No atual momento histórico, as ações de cada um de nós realmente importam, de uma maneira tal como não se viu nos últimos 500 anos. Nossa atitude política pode realmente fazer a diferença, para definir que tipo de futuro estamos construindo, no aqui e agora.

Encerro com um pedido: reflita bastante quando for exercer o seu livre arbítrio agora em 2016, quando for escolher os novos governantes municipais.

Você pode estar fazendo a escolha entre a civilização ou a barbárie.

(*) Rinaldo Barros é professor – rb@opinaopolitica.com

Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

AMANHÃ

Por Rangel Alves da Costa*

O ano se finda, muito do que restou ficou pelos cantos, muito do que se fez por certo terá serventia noutro tempo chamado amanhã. É nesta simbologia de futuro, de caminhada e construções, que o amanhã se impõe como esperança.

Ninguém alimenta a esperança com restos passados, poeiras e traças. O que não pôde ser descartado há de ser consumido pelo tempo e pelo esquecimento. Os acúmulos sem serventia precisam ceder espaço ao que se deseja num tempo novo chamado amanhã.

Depois de tudo, depois de passar o ano em meio a frestas de sol, sombras e escuridão, o ano agora é como uma casa que vai sendo abandonada. Paredes nuas, baús empilhados, janelas fechadas, na semiescuridão, logo a porta estará aberta para o novo destino.

Não há mais como continuar no mesmo lugar. Não é um desejo da pessoa, mas imposição do tempo. Um ano se vai e outro começa a nascer. Ao romper da aurora a desconhecida estrada já surge adiante. E é preciso seguir para fazer valer a existência. Não o apenas existir, mas comprovar o porquê de estar aqui.

Hoje e ontem resumem tudo o ano que vai chegando ao fim. Não adianta mais recordar a bacia de lágrimas nem os lenços de tristezas. Não adianta mais relembrar as tristezas e as insônias, as dores e os sofrimentos. Ora, se foi possível passar ante os labirintos tenebrosos, então que se busque a melhor estrada.

E esta estrada chama-se amanhã. Meia-noite e um segundo, primeiro dia do ano, nos dias e meses seguintes, tudo será amanhã. Que não se procure imaginar como será dezembro do ano vindouro, quais as conquistas desejadas ou as vitórias alcançadas, mas apenas pensar em vencer cada dia, e desde o primeiro dia do ano.

O amanhã será bem melhor, assim o desejo de todos. O ano que se finda não merece, em muitos aspectos, sequer ser recordado. Foi o ano de os tapetes serem revirados e muito de seu lixo mostrar a sujeira de uma nação. Foi o ano da efervescência dos lamaçais, das ladroices, dos atos de improbidade. Foi o ano do país aviltado pela corrupção.


E também foi o ano da desesperança, do medo, das perseguições. O ano do empobrecimento, das dificuldades, da inflação acentuada, da carestia em tudo. Um ano de menos comida na mesa, menos sonhos realizados, de sangria no bolso e na alma. Um ano para ser rapidamente esquecido.

O amanhã surge como uma dúvida. Não há nenhuma certeza do que acontecerá. Contudo, sendo um tempo novo, há sempre a possibilidade de que os caminhos sejam menos tortuosos e alguma felicidade permita sorrisos de contentamento.

Amanhã é toda uma vida nova num ser que não existe somente para amargar sofrimentos. O ser se alimenta de esforços, de buscas, de lutas, conquistas e realizações, mas será preciso que o homem possa caminhar sem que seu passo seja negado pelas tiranias alheias.

Amanhã é o que o indivíduo deseja para si. Ele deseja viver, precisa abrir sua janela, necessita do sol, do sonho e da esperança. O ser humano possui um destino que não pode ser norteado por qualquer força humana, senão o dono do próprio passo. Somente a ele cabe carregar sua cruz e plantar sua árvore. Colher o seu fruto e viver.

Desde muito tempo que o amanhã do homem não pertence ao homem. Alguns se arvoraram do direito de tirar sua alegria, sua força de luta, sua promessa de vida, sua expectativa por dias melhores. Roubaram seu amanhã e decretaram que a vida seria de sofrimentos.

O homem foi esmagado pela incúria de outros, dos poderes, dos governantes, dos mandatários. Mas tudo foi ontem. Mesmo que ainda hoje persista, não haverá mais lugar para imposições e submissões no tempo novo, no amanhã que já nasce. Para si mesmo, o homem decreta a felicidade completa, incontida.

Porque amanhã é dia de sol, é dia de sorriso, é dia de encontro, é dia de abraço. Porque amanhã é dia de viver, de procurar e encontrar. Porque amanhã é dia de flores no jardim, de frutos no quintal e pássaros à janela. E mesmo que a tristeza chegue, logo será superada pelo encorajamento de todo amanhã.

Não será preciso dizer feliz ano novo. Não será preciso adormecer para acordar no ano novo. Tudo já se faz agora. Após a tempestade e os vendavais de agonia e aflição, o homem não deseja senão abrir a porta e avistar a vida debaixo do sol.

E lá vai ele com a chave à mão em busca do seu mundo. Não sabe, porém, que a sua força antecipou o tempo e o hoje já se faz amanhã. E, sem olhar pra trás, vai seguindo adiante, vai sempre em frente. Que força e luz neste homem após um ano de escuridão.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com
Postado por blograngel

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LAMPIÃO

Por Antonio Corrêa Sobrinho

PERGUNTO aos amigos se o drama “LAMPIÃO”, obra da grande escritora cearense, Raquel de Queiroz, escrita na década de 1950, cujo comentário a respeito eu trago a seguir, publicado pelo jornal “O Estado de S. Paulo” de 02.09.1953, foi lido por alguém do grupo, ou se tem notícia se tal foi encenada?

Outrossim, saber se o episódio parte integrante deste drama "Lampião", destacado na sub dita resenha (ao lê-la o amigo saberá qual é), como é tratado pela melhor pesquisa sobre o cangaço.

“LAMPIÃO”

Raquel de Queiroz sentiu-se agora atraída pelo teatro. Não é de estranhar, pois seus romances e contos sempre se revelaram de ação muito intensa e se caracterizaram pela naturalidade dos diálogos. Se não tentou antes escrever peças, foi sem dúvida porque somente nos últimos anos se tornou o teatro brasileiro uma realidade. Hoje tem ele público, atores e cenaristas. E as obras vão fluindo. Tivesse havido possibilidades maiores anteriormente e muito ficcionista se houvera voltado para o palco.

A peça de Raquel de Queiroz intitula-se “Lampião”. É realista, de um realismo sóbrio que se adota perfeitamente à paisagem do sertão e à mentalidade do cangaceiro. Tudo é árido, seco, denso, neste drama que nos apresenta um Lampião asperamente megalomaníaco e friamente cruel. No entanto, o diálogo entre o bandido e Maria Bonita põe uma nota diferente no conjunto, uma nota sentimental profunda, de grande interesse psicológico e suscetível de explicar, em parte, as atitudes violentas do capitão contra seus próprios irmãos e seus cabras.

Raquel de Queiroz não endeusou o cangaceiro, nem lhe desculpou os crimes. Não quis fazer sociologia nem tirar nenhum partido ideológico do fenômeno cangaço. Cortou apenas na vida de Lampião a sequência de maior dramaticidade e nela projetou de um modo quase objetivo. Para tanto, sacrificou os possíveis efeitos que teria alcançado apelando para o pitoresco, mas ganhou uma profundidade rara em nossa literatura.

Diz a autora que em sua peça “procurou acompanhar o mais perto possível a lenda, o anedotário, o noticiário de jornal”. Não sei se o episódio da tentativa de sedução de Maria Bonita pelo cangaceiro Ponto Fino se encontra na tradição oral ou escrita relativa ao “capitão” Virgulino. Se está na tradição, foi muito bem dramatizado. Se não está, foi um achado, pois se justifica perfeitamente, assinalando, pela sua naturalidade e sua penetração, um dos pontos altos do drama. Aliás, não vejo pontos fracos na peça, a não ser, talvez, no início, o diálogo de Maria de Déa e seu marido, o sapateiro Lauro, com a cena da cobra e a confissão de ter enviado recado a Lampião para que viesse busca-la. Ainda assim, logo que o bandido chega, a ação se precipita e se condensa.

Não sou homem de teatro. Não posso, por isso, julgar se a peça se sustentaria à luz da ribalta. Mas acredito no seu êxito porque tem o que exige o teatro, isto é, um certo número de “clímax” que prepara e valoriza o momento final mais intenso, o momento que fica com referência elucidativa do todo na memória do espectador. A peça de Raquel de Queiroz toda inteira se constrói para a cena da morte e degola de Lampião e Maria Bonita. E o fim comovente surge quando já o sentimos necessário, tanto pela situação criada como pelo próprio estado de espírito dos heróis. É o que dá ao argumento, que também poderia ser cinematográfico, a homogeneidade e a solidez sem as quais não se mantem de pé um drama.
S. M.

Fonte: facebook
Grupo: Cangaçofilia

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MUSEU DO SERTAO - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=igna8hjzX9Q&feature=youtu.be&app=desktop

BENEDITO VASCONCELOS MENDES É O CRIADOR E PROPRIETÁRIO DO MUSEU DO SERTÃO EM MOSSORÓ

BENEDITO VASCONCELOS MENDES Formação & Titulação Engenheiro-agrônomo pela Universidade Federal do Ceará (CE), graduado em 1969. 

Mestrado: Universidade Federal de Viçosa (MG) - Dissertação: Histopatologia de raízes do cafeeiro parasitadas por Meloidogyne exigua. Ano de Obtenção: 1975. 

Doutorado: ESALQ/USP-Piracicaba (SP) – Tese: Histologia de galhas da coroa de chuchu (Sechium edule) induzidas por Agrobacterium tumefaciens e infestadas por Meloidogyne incognita e desenvolvimento de dois sistemas de cultivo in vitro para Meloidogyne javanica. Ano de Obtenção: 1980. 

Vínculos institucionais & Atuação profissional 

1) Docente (Prof. Titular) e Diretor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, antiga ESAM/Escola Superior de Agricultura de Mossoró, RN (1970-1994).

2) Pesquisador/Dirigente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – CPA do Meio Norte (1997-1999). 

3) Docente (Prof. Adjunto IV) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – Mossoró, RN (1999-). 

Endereço: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte 

Centro de Estudos e Pesquisas do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável 

Departamento de Geografia Fafic 

Caixa Postal 70 59600-970 - Mossoró, RN - Brasil 

Telefone: (84) 3152 2197 Ramal: 197 Fax: (84) 3152 2197 

E-mail: beneditovasconcelos@uern.br 

Posições ocupadas na SBN 

Presidente (1980-1983) e Vice-Presidente (1977-1978 e 1985-1986), organizando as 3ª e 10ª Reunião Brasileira de Nematologia, ambas em Mossoró (RN), em 1978 e 1986. 

Acesso ao Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/1770891942535885

http://docentes.esalq.usp.br/sbn/perfisbn/1half/benemendes.pdf
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

QUEM DISSE QUE O PIAUÍ NÃO FOI VISITADO POR CANGACEIROS?

Por José Mendes Pereira

Em breve, mais um livro sobre "Cangaço" será lançado do escritor, pesquisador e fundador da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço Paulo Medeiros Gastão.

Escritor Paulo Medeiros Gastão

Será que o Maranhão também teve cangaceiros por lá? Se o Piauí recebeu visitas de cangaceiros, possivelmente o Estado do Maranhão também acoitou em suas terras uma porção de facínoras.

Mas isso será outra história para ser estudada, que com a continuação do tempo, os pesquisadores dirão que Virgulino Ferreira da Silva, o afamado e sanguinário cangaceiro Lampião visitou todos os Estados do Nordeste.

http://sednemmendes.blogspot.com
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com
http://mendespereira.blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LIVRO DO RUBINHO LIMA


Para adquirir este livro entre em contato com o autor Rubervânio Rubinho Lima através deste e-mail.

rubinholim@hotmail.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

RUBELVAN, JOÃO GOMES DE LIRA E BEZERRA...


Pedro Barbosa, Manoel Severo e Rubelvan Lira em Festa do Cariri Cangaço em Nazaré na Casa de Netinho Flor...

Caro amigo Manoel Severo, na primeira vez em que estive em Nazaré, entrei num bar para me informar onde era a casa de João Gomes de Lira. O dono do bar disse: "Esse rapaz aí é filho dele". O rapaz, chamava Rubelvan Lira que me disse: "Se quer ver meu pai, vamos agora, porque daqui a pouco ele vai dormir". E me levou à casa de seu pai. 

Isso faz um bocado de anos. A partir de então, toda vez que ia a Nazaré, eu já sabia onde era a casa do saudoso João Gomes. Nunca mais vi Rubelvan. Avise a ele, Manoel Severo, que em maio em nosso Cariri Cangaço Floresta 2016 ele vai receber, devidamente autografado, o meu "Lampião - a Raposa das Caatingas", onde tem tantas referências ao pai dele. Rubelvan com certeza vai cobrar direitos autorais. E eu pago! Se não tiver dinheiro, o Cariri Cangaço me empresta...

José Bezerra Lima Irmão
Pesquisador, escritor
Aracaju, Sergipe

http://cariricangaco.blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MULHER NORDESTINA!


Fonte: facebook
‎Página: Vilane Silva

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

QUEM MATOU O SOLDADO ADRIÃO PEDRO DE SOUZA NA GROTA DO ANGICO NO DIA 28/07/1938?


Se você quer saber a verdade quem matou o soldado Adrião Pedro de Souza na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota de Angico no Estado de Sergipe, leia o livro:


  "A Outra Face do Cangaço", do professor e escritor e pesquisador do cangaço Antonio Vilela de Souza. Adquira-o através deste e-mail: 
incrivelmundo@hotmail.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

JOÃO GOMES DE LIRA E SUA IRMÃ MARIA GOMES.


Fonte: facebook

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ENTREVISTA DO CANGACEIRO “COBRA VERDE“.


ENTREVISTA DO CANGACEIRO “COBRA VERDE “.

ENTROU NO CANGAÇO PARA GANHAR UNS “ COBRES “, E, NA MADRUGADA DO TIROTEIO EM ANGICO, FOI BUSCAR O LEITE...!
Fonte: A Noite (edição ..14/11/ 1938)

COBRA VERDE tem apenas 21 anos de idade , segundo nos declarou... Há dois anos e 10 meses que é cangaceiro. Natural de Piranhas-AL, fazia parte do grupo de Moreno. O primeiro combate que teve foi no povoado Navio, com a força do sargento Negrinho.

Perguntamos a ele por que abandonou a vida pacata da cidade para viver como bicho na caatinga, ao que ele respondeu, em sua própria linguagem: 

“- Eu era operário da Fábrica da Pedra e ganhava de dez a quatorze mil réis por semana. Era um aperreio para mim, rapaz novo e que queria viver limpo como os outros. Era muito injustiçado na vida. Por isso resolvi ser bandido para ver se arranja uns cobres. Achei boa a vida. Cheguei a possuir dois contos de réis, fora o “ouro“. 

Conta que nunca maltratou alguém, e que vivia no cangaço só para arranjar “uns cobres“. Disse que fez diversos saques, alguns com Luiz Pedro. No último apresentou aos bandidos, apenas nove contos de réis, escondendo o resto. O chefe era muito bom, mas era muito sabido. 

Declarou-nos, ainda, que esteve no Combate de Angico (quando morreu Lampião). Não dentro do cerco, mas fora porque fora buscar LEITE muito cedo para a tropa, a mandado do Capitão. Quando foi chegando no coito viu a bagaceira (tiroteio) de longe, saiu correndo para a Fazenda Cuiabá, onde encontrou Balão e outros que, igualmente, haviam fugido do tiroteio. – O Grupo – continua - era composto de 42 homens e 07 mulheres. Com a morte de Lampião esfacelou-se o cangaceirismo no nordeste, porque era o “chefe“ que fornecia e dava ordens a todos os grupos de cangaceiros.

O desejo de COBRA VERDE é trabalhar honestamente. Não quer voltar para o sertão.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

EXU DE GONZAGÃO, DE TODOS NÓS


Publicado em 20 de janeiro de 2013
O Vidarretada esteve em Exu, em Pernambuco, nas comemorações dos 100 anos de Gonzagão.

No programa tem entrevista e show de Dominguinhos e Elba Ramalho, Gilberto Gil, Taíssa Nogueira, Trio Nordestino e muitas outras novidades sobre o rei do Baião. Adoramos fazer esse programa, partilhe conosco essa alegria e assista.
Categoria
Licença
Licença padrão do YouTube
Música
"Numa Sala de Reboco/O Cheiro Da Carolina/O Xote Das Meninas" por Luiz Gonzaga ()

http://blogdomendesemendes.blogspot.com