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sexta-feira, 29 de março de 2019

A DESMORALIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO DIANTE DO CANGAÇO


Por Sálvio Siqueira

MANCHETE NO 'DIÁRIO DE PERNAMBUCO' DO DIA DE DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 1936.


VEJAM MEUS AMIGOS QUE, DESDE DEZEMBRO DE 1936, O DIÁRIO DE PERNAMBUCO JÁ USAVA DAS FOTOGRAFIAS CAPTURADAS POR BENJAMIN ABRAHÃO PARA DAR DESTAQUE EM SUAS MATÉRIAS.


ALÉM DE TUDO, DE TODOS OS CRIMES QUE OCORRIAM E/OU OCORRERAM, DURANTE O FAMIGERADO FENÔMENO SOCIAL, SENDO LAMPIÃO NAQUELA ATUALIDADE SEU MAIOR 'NOME', LOGICAMENTE QUE O GOVERNO FEDERAL TINHA QUE DAR UM BASTA DE VEZ NAQUELA 'FERIDA BRABA' QUE TANTO, HÁ TANTO TEMPO, DESDE 1756/76, ATERRORIZAVA OS SERTÕES NORDESTINOS.












O GOVERNO FEDERAL NÃO TINHA OUTRA SAÍDA SE NÃO MANDAR ACABAR DE VEZ COM O CANGAÇO, NEUTRALIZANDO SEU MAIOR 'DESTAQUE', VIRGOLINO FERREIRA, O CHEFE CANGACEIRO LAMPIÃO


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SERÁ POSSÍVEL DESVENDAR?


Por Francisco Carlos Jorge de Oliveira



No coito de Lampião na grota de Angico quando seu bando foi surpreendido na fatídica manhã de 28 de junho de 1938, onde morreram onze cangaceiros do seu bando e um soldado em confronto com as forças volantes da polícia militar alagoana, sob o comando do intrépido Tenente João Bezerra, aconteceu algo muito estranho que até hoje não houve uma explicação convincente para esclarecer o tal fato. 


Sabemos que o Rei do Cangaço possuía dois cães o Guarani e o Ligeiro, sabe-se também que esses animais além de ótimos rastreadores e caçadores e excelentes guardiões. Então eu pergunto a todos do grupo: 

O que pode ter acontecido com os cangaceiros sentinelas que faziam a segurança do acampamento, e porque os cães permitiram sem dar alarme, a chegada da polícia próximo ao acampamento onde pernoitava o bando de Lampião? 


Eu sou caboclo que nasci e cresci nas selvas do interior do Paraná, fui caçador, adestrei cães de caça, conheço muito bem a fauna e a flora enfim, “sou um sertanejo da gema sou matuto do sertão” mote Mandacaru Verde. 


Bem amigos, por mais que eu matutei e estudei os mínimos detalhes deste episódio; só achei uma explicação para o supracitado fato. Agora Geraldo Junior, Sálvio Siqueira, Franci Mary, Liminha, Zé Mendes, Zé Gonçalves, Volta Seca volta e outros companheiros do grupo, quero saber a opinião de vocês, se alguém tem alguma explicação para desvendar o mistério que possa ter ocorrido para o sucesso e desfecho desta ação quase perfeita do aguerrido tenente João Bezerra.


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FAZENDO SABÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 29 de março de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.081

PENEDO. IDENTIFICAÇÃO NA FOTO.
Onde tem sabão não pode haver sujeira. E num mergulho em nossa história interiorana, descobrimos que esse produto é bastante antigo por essas bandas. O primeiro padre de Santana do Ipanema era penedense. Mesmo tendo nascido em bairro pobre, conseguiu estudar na Europa até que veio para o nosso sertão e sertão pernambucano como evangelizador. Descobrimos que o seu bairro  de nascimento, em Penedo, chamava-se Seboeiro. Também não sabemos se ele ainda existe com o mesmo nome. Seboeiro era o homem que fabricava sabão. Ignoramos que tipo de sabão era fabricado no Penedo, mas lembramo-nos dos mais velhos falando em tal sabão-da-terra.  Não importa se o sabão já vem sendo usado desde os tempos da Babilônia.
Bem essa era a terra do padre Francisco José Correia de Albuquerque. Mas em Santana do Ipanema, também havia a Rua do Sebo. Nada provado, mas a dedução era que havia fábrica de sabão nessa rua, cujo sebo de boi (matéria-prima) ficava exposto na frente da fábrica. Deduzimos assim que o sabão era um produto importante para os primórdios da civilização em Alagoas, desde seus primeiro núcleo habitacional. Como havia o Seboeiro, havia o marceneiro, pedreiro, sapateiro, alafaiate, ourives e outros profissionais que muito contribuíram para a expansão das cidades do São Francisco e do sertão das Alagoas. Hoje o sabão é fabricado das mais diferentes formas e até o nome mudou para detergente.
Em nosso Sertão de 1960, fazer sabão era coisa pejorativa e nem sempre à frase era pronunciada em todos os ambientes. Significava xumbregar (namoro bolinando nas partes Íntimas). Em Santana do Ipanema, mesmo, havia o Hotel Central, de dona Maria Sabão. Naquele último quarto de século XX, ainda havia certo ar de riso, ao se ouvir pela primeira vez: hotel de Maria Sabão. Mas esse caso particular não nos interessa, apenas o produto de limpeza, propriamente dito, que fazia parte da economia de 1.700, de 1.800... E por aí vai. Tudo indica que o valor doméstico do produto, equivalia ao sabão moderno.
Mas o sabão dos anos 60 ainda está em voga nas esquinas das cidades.


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NO SERTÃO TAMBÉM É ASSIM

*Rangel Alves da Costa

O sertão é também um tanto atravessado. Certamente que Euclides da Cunha não se referiu a todo filho da terra quando disse que o sertanejo é antes de tudo um forte.
Ora, tem cabra frouxo que só a moléstia, tem gente preguiçosa que só a gota, tem gente que não tá nem aí pro cantar do galo.
O sol bate na cumeeira, desce por riba da cama, espalha seu fogo por todo lugar, e o cabra não tá nem aí. Vira-se pro outro lado e começa a roncar novamente.
Acorda, levanta, fi da peste preguiçoso. Deixa de moleza, seu fi da preguiça. Levanta, levanta que já tá na hora de jogar milho pros pintos.
Enquanto Zequinha nem espera o dia amanhecer para começar os afazeres do dia, um e outro roncam até perto do meio-dia. E não é de espantar se passar disso.
Zequinha abre as portas do fundo com tudo ainda escurecido. Até o galo reclama: “Esse fiu da peste não espera nem eu levantar pra cantar e vem logo acordando o poleiro todo”.
Mas Zequinha é assim mesmo, tem tino de sertanejo. Levanta na madrugada, acende o fogão de lenha, prepara um café, chama pra si o punhado de farinha seca com um naco de toucinho, e só depois vai abrir a porta da frente.
O dia ainda não vai ser de chuva, entristece um pouco, mas nada a fazer. Remexe num canto e noutro, junta seus instrumentos de trabalho do dia, depois segue em direção à malhada.


Não há muito no curral. Mas tem que deixar o leite pra derramar sobre o cuscuz da meninada. Antes mesmo de retornar do curral e sua Bastiana já está na cozinha.
Todo dia é assim. Levanta logo cedinho, faz suas preces ao pé do oratório, em seguida começa a fazer da cozinha seu lar e do quintal sua sala de visita.
Lava, enxagua, estende no varal. Vai catar feixe de lenha, faz arrumação de graveto, molha o pé de mastruz e de manjericão, joga na malhada um punhado de milho.
Logo as galinhas acorrem esfomeadas. Pouco, mas assim mesmo. Mas enquanto isso ainda muita gente sequer pensa em levantar.
Uma preguiça que engorda, afrouxa e vai secando o prato e o bolso. E depois vai reclamar que a vida tá ruim, que não consegue somar nem vintém.
Nem chega a metade do dia e Zequinha e Bastiana já fizeram mais que uma multidão. Incansáveis, cientes de que somente através do trabalho o pão vai chegar à mesa, então fazem e fazem mais.
Mesmo na dor e no sofrimento, estes abraçam seus dias como se estivessem construindo - a cada dia - o melhor da vida.
E sob o sol, sob o chão quente e esturricado por falta de chuva, o melhor da vida é poder acordar e deitar com a certeza de que o trabalho do dia foi feita e que a barriga dos meninos não está roncando de fome.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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AÇUDE DA PRATA PRONTO PARA SANGRAR


Por Dr. Lima

Cruz. O Açude Aranaú ou Açude da Prata, como é chamado, está com o seu volume máximo de armazenamento de água podendo sangrar a qualquer momento. Situado na divisa entre os municípios de Cruz e Bela Cruz, Litoral Norte do Ceará, o Açude da Prata fica localizado na CE-085, distante 16 Km de Cruz e 17 Km de Jijoca de Jericoacoara. o Açude da Prata teve sua construção iniciada na década de trinta, mas, seu término só aconteceu no final da década de 50. Com águas cristalinas, livre de contaminação e poluição, é o local preferido pelos banhistas que residem nas proximidades do açude. Muitas casas de veraneio foram construídas no entorno do açude. Um lugar aconchegante, calmo, cujo silêncio é quebrado, somente, ao amanhecer do dia, com o gorjeio dos pássaros ou nos períodos de chuvas ou com o rebombei do trovão.


É o único lago artificial existente no Município de Cruz, contrastando com uma dezena de lagoas que ponteio pelo município: Lagoa de Jijoca, onde banhava-se Iracema, a Virgem dos Lábios d Mel, narrado por José de Alencar em seu livro indianista Iracema, Lagoa da Formosa, Lagoa dos Monteiro, Lagoa Salgada, Lagoa de Baixo, Lagoa do Mato, Lagoa dos Caboclo, Lagoa do Belém, Lagoa do Jenipapeiro, Lagoa da Cruz, Lagamar e Lagoa de João Francisco.


Fazia dez anos que não se presenciava a sangria deste açude, devido aos sucessivos anos de escassez de chuva e também pela construção de outros açudes em suas cabeceiras. O açude é dotado de uma ilha, na qual existe um centro religioso de igreja evangélica. Balneários e churrascarias completam um cenário de rara beleza.

Dr. Lima


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ENTREVISTA (REAL) COM VOLTA SECA | O CANGAÇO NA LITERATURA #103


Publicado em 30 de nov de 2017

Um raro arquivo nosso canal compartilha com seus membros, um bate papo de 50 minutos com o cangaceiro mais falastrão da história: Volta Seca. Entrevista realizada pelo empresário José Ribeiro Farage "Zé Turquinho" e pelo professor e artista plástico Luiz Raphael Domingues Rosa e levada ao ar pela extinta TV Cidade de Leopoldina-MG.

Categoria
Música neste vídeo
Música
Artista
Quinteto Violado
Licenciado para o YouTube

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MANOEL SEVERO TOMA POSSE NA ACLA - ACADEMIA DE CIÊNCIAS, LETRAS E ARTES DE COLUMINJUBA


Acontece na tarde deste próximo sábado, dia 30 de março de 2019, as 16 horas nos salões da Academia Cearense de Letras no Palácio da Luz, em Fortaleza, a posse do Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Barbosa, como membro da ACLA - Academia de Ciências, Letras e Artes de Columinjuba. A solenidade marca também a posse da nova diretoria do prestigiado sodalício que tem como patrono o "Príncipe dos Historiadores do Brasil" , Capistrano de Abreu, na ocasião assume a presidência da ACLA o intelectual Paulo Roberto Neves.

A ACLA - Academia de Ciências, Letras e Artes de Columinjuba foi criada em 21 de junho de 1992, no Sítio Columinjuba, na cidade de Maranguape, na região metropolitana de Fortaleza. A data de sua inauguração homenageia o nascimento de Antonio de Abreu, primeiro dentre os Patronos a ter um livro publicado. Seu primeiro presidente foi o intelectual Américo de Abreu, escolhido por suas virtudes, raras qualidades e reconhecido saber cultural. Por ocasião de criação deu-se a solenidade de posse da primeira Diretoria Executiva e do seu Conselho Fiscal, além da posse dos primeiros Membros Titulares da ACLA, assim, plantada a semente de um sodalício em um aprazível local, berço de figuras exponenciais cujas principais virtudes sempre foram a honra, a disposição para o trabalho e, principalmente, o sentimento de fraternidade.
A ACLA tem como seu Presidente de Honra , João Capistrano Honório de Abreu; o Príncipe dos Historiadores Brasileiros;  que nasceu neste mesmo sítio Colominjuba, sede da ACLA, na  cidade de Maranguape no Ceará em 23 de outubro de 1853. Capistrano de Abreu realizou seus primeiros estudos em rápidas passagens por várias escolas para em 1869, viajar para Recife, onde cursou humanidades e retornando ao Ceará dois anos depois fundou a Academia Francesa, órgão de cultura e debates, progressista e anticlerical, que durou de 1872 a 1875. Mudando para o Rio de Janeiro foi aprovado em concurso público para a Biblioteca Nacional. Em 1879, foi nomeado oficial desta mesma Biblioteca, lecionou Corografia e História do Brasil no Colégio Pedro II e foi nomeado por concurso em que apresentou tese sobre O descobrimento do Brasil e o seu desenvolvimento no século XVI.
Capistrano de Abreu, Príncipe dos Historiadores do Brasil, Presidente de Honra da ACLA
Dedicou-se ao estudo da história colonial brasileira, elaborando uma teoria da literatura nacional, tendo por base os conceitos de clima, terra e raça, que reproduzia os clichês típicos do colonialismo europeu acerca dos trópicos, invertendo, todavia, o mito pré-romântico do «bom selvagem». Morreu no Rio de Janeiro, aos 73 anos, em 13 de agosto . 
Capistrano de Abreu mudou o cenário da historiografia brasileira, no final do século XIX e começo do século XX. Ele é considerado um dos primeiros grandes historiadores do Brasil e o responsável pela entrada do nosso país no mundo da historiografia moderna. Uma de suas grandes obras foi o livro Capítulos da História Colonial (1500 – 1800), que foi publicado em 1907 atuou também nas áreas de Etnografia (método antropológico de coleta de dados) e Linguística (estudo científico da linguagem) , hoje, as obras do historiador são vistas como grandes fontes de fatos e informações, que fizeram parte da História brasileira.
Posse na ACLA
Dia 30 de Março de 2019, ás 16 horas
Salões da Academia Cearense de Letras
Palácio da Luz, Fortaleza Ceara


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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.

franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: anarquicolampiao@gmail.com.

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

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