Clerisvaldo B. Chagas, 9 de maio de 2024
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.042
Muito importante para os estudos da Arqueologia, da História, da Sociologia, primordialmente, as recentes descobertas dos vestígios de nossos ancestrais, à margem do rio São Francisco na cidade de Traipu. Sítio arqueológico é coisa que encanta tanto os estudiosos quanto o leigo humilde e curioso. Parece, no entanto, que é muito mais fácil achar do que conservar um sítio. Não são muitos os que se dedicam a esses tipos de descobertas. Até mesmo pela falta de oportunidades fartas para o exercício desses conhecimentos, muitos cérebros são desviados para outras atividades. Não restam dúvidas de que as margens do “Velho Chico”, sempre surpreendem a Ciência, tanto pelas belezas naturais quanto pelas descobertas. Com ocorrência mais raras, também são encontrados vestigios em lugares mais distante do rio e muitas vezes nem sequer são estudados.
Em Capelinha mesmo, povoado de Major Isidoro, apresentaram-me uma pedra polida, achada na região do rio Ipanema, por ali. Peça pequena, pesada, de pedra lisa proveniente da correnteza. Tudo indica que era u’a mão-de-pilão de macerar grãos ou folhas, mas não sendo especialista no ramo preferi encaminhar a peça para os entendidos. Bem assim fomos conhecer as inscrições rupestres do Sítio Pedra Rica, município de Santana do Ipanema. Depois de enfrentarmos o exército de maribondos guardiões do tesouro, reproduzimos os vários desenhos encontrados na barriga de um enorme lajeiro. Infelizmente na época a cúpula do Jornal de Alagoas, com Encarte Jornal do Sertão, resolveu não publicar o nosso trabalho. Cultura sempre foi tratada em último lugar.
A nossa admiração por esses profissionais estudiosos, pesquisadores de alto gabarito, sempre esteve em evidência, muito embora a nossa área Geografia, seja interligada, sempre procuramos complementá-la com Geologia, coisa que continua impossível para nós até os presentes dias.
E aqui em nossa região, mais afastada do rio São Francisco, temos apenas uma peça de bicho pré-histórico no Museu Darras Noya em Santana do Ipanema e um museu na cidade de Maravilha dedicado às descobertas de fósseis de bichos do município.
Viva o Sol e viva a Lua, embora falte uma banda.