Seguidores

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Mossoró resistiu ao bando de Lampião.

Por: Elisonaldo Câmara

Mossoró é conhecida como a única cidade do Nordeste a expulsar Lampião com o seu bando sem a ajuda das forças militares e unicamente com a coragem e a participação do povo da cidade que se armaram e abateu um dos mais importantes bandos do cangaço do Nordeste, a cidade era uma das mais prósperas cidades do Rio Grande do Norte.

O coronel Rodolfo Fernandes, o prefeito, já havia alertado, nos últimos dias, sobre o perigo do ataque do rei do cangaço ao município, Lampião tinha 53 cangaceiros no seu bando. Não imaginava, porém, que iria enfrentar pelo menos 150 homens armados na defesa da cidade.

Dia 13 de Junho de 1927, após dizer não a Lampião, que cobrou 400 contos de reis  para não invadir a cidade, começava um tiroteio entre moradores da cidade e os cangaceiros, que se dividiram em 03, forçando a cidade a levantar várias trincheiras, sendo as principais: 

telescope.blog.uol.com.br

a Estação Ferroviária, hoje uma casa de cultura; 


a sede da prefeitura, hoje Palácio da Resistência e a trincheira no Campanário da Capela de São Vicente de Paula, que Lampião denominou de “Igreja da Bunda Redonda”.

http://telescope.blog.uol.com.br/arch2010-09-01_2010-09-30.html

No ataque, o bando perdeu importantes cabras, outros foram capturados e presos, Colchete teve parte do crânio esfacelado por balas, e Jararaca, depois de capturado, foi praticamente enterrado vivo. 
Adendo: 

"Apenas um cangaceiro foi morto no momento da tentativa de invasão à Mossoró pelos cangaceiros, e foi preso o cangaceiro Jararaca, mas a prisão foi feita no dia seguinte, e foi covardemente assassinado na noite do dia 19 de Junho de 1927, mais ou menos às 11horas". 
Acesse o site abaixo para você conhecer melhor a história 
sobre a morte do cangaceiro Jararaca - 
http://www.blogdogemaia.com/geral.php?id=665

Em menos de uma hora após o início da luta, o capitão do sertão como era conhecido,  sentiu que dominar a cidade seria praticamente impossível. Ordenou então a retirada da tropa, para evitar a perda de mais homens e não manchar ainda mais sua reputação. Deveria ter pensado duas vezes antes de tentar invadir e ser expulso de forma humilhante, assim historicamente a cidade ligou seu nome ao famoso personagem Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, a exemplo de Juazeiro do Norte, que jamais ousou invadir, pois temia Padre Cícero com seu poder religioso e político.


O mito do Lampião invencível caíra por terra, o que reanimou a força policial, que passou a enfrentar o rei do cangaço com menos temor. Era o começo do declínio da carreira de Virgulino. Por causa do desastre no Rio Grande do Norte, as deserções no grupo foram consideráveis. Mossoró, cidade conhecida por marcas pioneiras (como quando foi o primeiro município brasileiro a admitir o voto feminino, em 1934), passaria também à história por esse acontecimento que assombrou todo o Nordeste. Até hoje, os filhos daquela terra se orgulham do feito de braveza ao contar que seus antepassados “botaram Lampião para correr”. Os inimigos do cangaceiro, entretanto, ainda teriam que esperar mais 11 anos pela morte do capitão, assassinado somente em 1938, na chacina da gruta de Angicos, em Sergipe.

http://elisonaldohistoria.blogspot.com.br/2013/09/mossoro-restiu-ao-bando-de-lampiao.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Fotos do tempo do cangaço


Padre José Bulhões e seu filho adotivo Silvio Bulhões... gentilmente cedida por Corisco Dadá!

"- Queria ter conhecido a casa que Sílvio foi criado. Ele narrando a vez onde ouviu uma conversa entre o padre e outra pessoa falando sobre Corisco e fantástico. A sua surpresa, o seu nervosismo, o seu refugio na árvore no fim do enorme quintal. Uma narração simplesmente incrível". 

Ainda Aderbal NogueiraAdauto Silva, ele soube de Corisco quando era criança. É uma passagem interessante, qualquer hora posto seu depoimento emocionado falando disso. Emocionante também é ele falando do dia do encontro com Dadá show.



Com o amigo Narciso Dias em visita a escritora Marilourdes Ferraz, autora do livro "O Canto do Acauã". Memórias do seu pai, Manoel de Souza Ferraz (Manoel flor) Recife, 2013


Entrega de cangaceiros. Foto inédita do grupo de "pancada" Local...?... data:...1938.


Aderbal Nogueira disse: 

"- Acabei de agradecer a Rubens Antonio e agora a você, Volta Seca  por nos brindar com tantas fotos inéditas e raríssimas. Você a exemplo do amigo Ivanildo Silveira são fundamentais para quem estuda esse tema tão fascinante.
Robério Santos disse: 


"- Morria eu velhinho e não via essa foto".



" - É meu caro, tive o prazer de morar próximo ao ex-cangaceiro Vinte e Cinco. Mas  no mês passado ele faleceu".

Anja Maria disse:


"- Tivemos a honra de passar nossa infância e vida adulta na casa do Padre, realmente um lugar mágico, um verdadeiro Santuário, infelizmente não o conhecemos pessoalmente, mas sempre cativamos amor, muito amor e respeito por esse Santo padre que realizou o sonho de vovô Corisco, tornando seu filho um cidadão de respeito e um "doutor" (mesmo não sendo advogado). Infelizmente hoje não existe mais, mas sempre será nosso pedacinho do Céu".

Fonte: facebook

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Lampião tenta vencer Mossoró

Por José Mendes Pereira

Na tarde de 13 de Junho de 1927 do alto desta igreja de São Vicente de Paulo em Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte, Lampião e seus cabras foram expulsos com um cerrado tiroteio disparado pelos homens que nela estavam alojados.  


Quando Virgulino Ferreira da Silva (que na época já era capitão Lampião, patente sem registro) sentiu que a coisa não era de brincadeira, juntou seus homens e saiu de fininho em direção ao Estado do Ceará.


Nesta tentativa de invasão à Mossoró, o rei do cangaço perdeu dois elementos: um era o cangaceiro Colchete, que ficou estirado sobre o chão do local do combate. O outro foi o José Leite de Santana, pernambucano, lá de Buíque, que no cangaço era alcunhado "Jararaca". Mas este último foi covardemente assassinado no dia 19 de Junho de 1927, pelos policiais da época. 

Se o prefeito Rodolfo Fernandes de Oliveira Martins participou do acordo em assassinar o cangaceiro Jararaca, que era prefeito da cidade na época,  ninguém sabe. Mas venha cá e fique lá mesmo. Cidade pequena quem manda nela é o prefeito, que bate o martelo dizendo que é a maior autoridade da cidade.

Mas Quem assistiu o seriado "O Bem Amado" que a Globo apresentou nos anos oitenta, viu como funciona e caminha uma cidade pequena. O prefeito é mesmo o manda chuva. Se Rodolfo Fernandes foi o homem que organizou o ataque contra Lampião, provavelmente ele estava com a faca e o queijo na mão, todos os seus comandados obedeceriam sua opinião sem nenhum problema. Rodolfo Fernandes tinha força para dizer a todos assim: 

"- Levem o cangaceiro até ao cemitério São Sebastião. E lá, matem-no, antes que o Lampião venha novamente à cidade para resgatá-lo".

Nota: Não tem nenhum valor para a literatura lampiônica. Apenas é a minha opinião.

As fotos foram adquiridas no facebook
Página: Evandro Medeiros.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CARTA DE ALFORRIA

Por Rangel Alves da Costa*

Depois de tantos anos e de tantas alforrias supostamente concedidas, e somente Deus para saber acerca das reais intencionalidades nas concessões e das tramas forjadas para que as portas da liberdade fossem abertas, ainda precisamos de uma nova e verdadeira Carta de Alforria. Não bastou libertar do jugo, da dolorosa submissão e da chibata, eis que urgentemente necessitamos daquelas liberdades mais amplas que nos continuam sendo negadas.

No século XX, as cartas de alforria possibilitaram aos escravos a obtenção da liberdade, ainda que muitas vezes continuassem escravizados até que pagassem o preço total do documento libertador outorgado pelo seu senhor. Desse modo, alforria era o ato pelo qual o proprietário de escravos concedia-lhes a liberdade, por reconhecimento ou com exigência de contrapartida. E a Carta de Alforria o documento comprobatório da abdicação do direito de propriedade do senhor sobre seu escravo.

Neste mundo novo, de tantas e tão apregoadas democracias e quebra de grilhões, continuamos submetidos, escravizados e subjugados pelos senhores da vida e seus algozes, e que são todos aqueles que nos negam a certeza da ampla e irrestrita liberdade. E liberdade não apenas no direito de ir e vir, de manifestação do pensamento, de não temer expressar críticas e indignações, de não ter olhos e mãos para censurar as livres iniciativas.

E assim porque o conceito de liberdade é muito mais amplo que aquilo geralmente apregoado. Manifesta-se no direito que o indivíduo possui para agir segundo seu livre-arbítrio, em respeito aos próprios anseios. O desejo humano, como algo individual e intimista, deve sempre ser respeitado pelos demais. É preceito constitucional nas principais cartas políticas modernas e como tal se baseia na ideia de que a expressão humana deve estar livre de qualquer aparato inibidor. Contudo, um direito sempre relativo, eis que as leis também cuidam das limitações às liberdades.


De acordo com a Declaração Universal de Direitos Humanos, a liberdade é algo inato ao ser humano, não podendo ser separada da própria condição de existência, considerando-se principalmente que todos os indivíduos nascem livres e não podem nem devem ter suas ações antecipadamente julgadas. Assim, nenhum aspecto de sua existência pode ser determinado por outro. A liberdade é então a capacidade que tem o sujeito humano para decidir sobre si mesmo e livremente expressar suas crenças, valores, pensamentos e ideologias.

Contudo, por mais que se pretenda ter a liberdade como condição máxima do homem, verdadeiramente resta pouco espaço para que a mesma possa se manifestar de modo seguro. A expressão “desde que não ofenda direito de outro” é o primeiro balizamento restritivo, e daí converge uma séria de limitações e proibições que tornam o direito à liberdade numa camisa de força. Ter liberdade, porém sem ofender direito de outrem, implica em ação que pode ser censurada não só por outra pessoa, mas principalmente pelas instituições. E estas, no combate ao supostos exageros da liberdade, agem com mão de ferro e amparadas pela lei.

Na verdade, é a lei que macula a noção de liberdade. Logicamente que o indivíduo não possui livre-arbítrio ilimitado para expressar sua vocação de homem livre, e assim deve ser em respeito ao direito alheio, que também possui liberdade de não ser ofendido. Mas a lei interfere de tal modo que a ação humana torna-se circunscrita àquilo que não é proibido e não é ilegal. Quer dizer, a liberdade é sempre vigiada, combatida, pressionada, julgada e quase sempre proibida quando os manifestos de indignações confrontam os interesses do poder.

Não se defende aqui que a liberdade seja caminho para badernas, vandalismos, ataques gratuitos às honras alheias, ameaças aos poderes instituídos. Também não se defende aqui que a liberdade seja ilimitada sob a justificativa de ser um direito intrínseco ao ser humano. Ora, toda a sociedade precisa ser mantida na ordem e em obediência a um estado de direito, mas não se deve aceitar que o judiciário e os governantes, através de seus agentes repressores, pretendam se imiscuir de tal modo que o conceito de liberdade perca toda e qualquer eficácia social.

Daí precisarmos urgentemente de uma nova Carta de Alforria que não somente nos garanta que os retrocessos então verificados não signifiquem uma nova forma de escravização social, como também um salvo conduto para que o homem possa agir sem imposições de amarras. E possa livremente agir sem que as leis sejam intencionalmente transgredidas para lhe prejudicar.

E também uma Carta de Alforria que garanta uma liberdade com respeito dos governantes, que não seja proibido ao indivíduo ficar doente por falta de médico, que não seja proibido ao sujeito estudar em escola pública de qualidade e ter uma educação verdadeiramente para o alcance das grandes liberdades. Não adianta alforriar e manter o liberto no desemprego e na eterna submissão às esmolas governamentais. Alforria que conduza à plena libertação através do trabalho digno, não para manter a pobreza no jugo da escravização eleitoral.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com  

Lampião 1936

http://www.youtube.com/watch?v=A8RWSw25KKk




Fique com estes vídeos 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Escritor Antonio Vilela


Antonio Vilela, grande pesquisador e escritor de Garanhuns é o primeiro conferencista do Cariri Cangaço Piranhas 2014: 

SOLDADO ADRIÃO


 A Outra face do cangaço, IMPERDÍVEL, Veja toda programação em:



 Este é o mais novo livro do escritor Antonio Vilela


Se você tem interesse de adquiri-los entre em contato com o autor através deste e-mail: 

incrivelmundo@hotmail.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Antonio Galdino realiza palestra sobre a história de Paulo Afonso

Por João de Sousa Lima

Sexta-feira, dia 11 de julho de 2014, Antonio Galdino realizará uma palestra sobre a história de Paulo Afonso.

A palestra é uma realização do Hotel San Marino, através de Grayciane, que visa aprimorar os conhecimentos dos funcionários da empresa em relação aos fatos históricos, culturais e turísticos  da região.

A palestra acontecerá no auditório do hotel e estará aberta ao público.

Esse é um momento de conhecermos um pouco mais de nossas histórias, com um profissional qualificado.

Participem, divulguem!

Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima

http://www.joaodesousalima.com/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

NOVO LIVRO – TITANIC, DE RUPERT MATTHEWS

Publicado em 08/07/2014 por Rostand Medeiros

A VERDADEIRA E TRÁGICA HISTÓRIA E OS ATOS DE HEROÍSMO DE SEUS PASSAGEIROS 

O lançamento da M.books deste mês reúne relatos de testemunhas e provas examinadas nos inquéritos, além das mais recentes descobertas sobre o naufrágio do Titanic, cujo autor Rupert Matthews proporciona uma visão completa dos acontecimentos da noite fatídica de 1912.

Mais de 1.500 pessoas morreram no naufrágio do Titanic, muitas afogadas, mas a maioria de hipotermia numa das noites mais belas e frias do mês de Abril, como ninguém se lembrava ter visto no Atlântico Norte.

Os sobreviventes do desastre levaram para suas casas histórias de heroísmo e de covardia, de calma e de pânico, de honra e de desonra.

O livro abrange os seguintes temas: Os transatlânticos do Atlânticos Norte / O luxo foi uma prioridade / A viagem inaugural / Sinais de perigo / Em primeiro lugar, mulheres e crianças / A orquestra não para de tocar / O mergulho final / O resgate / Os inquéritos / O retorno ao Titanic / O navio que continua a afundar

SOBRE O AUTOR:  Rupert Matthews é um historiador renomado e autor de diversos livros, entre os quais Hitler: Military Command, e Age of the Gladiators, Usurpers and Kingmakers e 20th Century in Pictures,uma retrospectiva fotográfica do século XX.

NOTA DO BLOG TOK DE HISTÓRIA – Em 2012, quando se comemorou s 100 anos deste desastre publicamos um material descritivo e inédito, da época do afundamento. – 

Ver - http://tokdehistoria.com.br/2012/04/12/titanic-100-anos-a-noticia-em-terras-potiguares/


Extraído do blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros

http://tokdehistoria.com.br/2014/07/08/novo-livro-titanic-de-rupert-matthews/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Lampião venceu a polícia por mais de vinte anos

Por Capitão Bonessi

Lampião venceu a polícia por mais de vinte anos, fazendo-a de boba, driblando-a, mas a medida que as estradas estavam sendo abertas e a nova forma de comunicação, o radio, foi se estabelecendo em bases previamente estabelecidas de forma sistêmica no sertão, as possibilidades de sobrevivência do cangaço foi diminuindo cada vez mais. 


O fim do cangaço era uma questão de tempo, tão somente isso. O cangaceiro precisava sobreviver no sertão e dependia de tudo e de todos. A polícia dependia de seus chefes, dos políticos, dos governos. 

Além do mais caçar um cangaceiro e abatê-lo era sonho de todo policial, pois além da fama pelo feito havia a possibilidade de ficar rico - quem abatia um cangaceiro era dono do tesouro que o mesmo portava.

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2011/01/as-volantes-sob-o-olhar-de-alfredo.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

DIOGUINHO O “LAMPIÃO PAULISTA”

Publicado em 07/07/2014 por Rostand Medeiros


Nasceu Diogo da Rocha Figueira, o Dioguinho, em Botucatu dia nove de Outubro de 1863, aprendeu as primeiras letras na Escola Botucatuense. Era um garoto inteligente, mas, briguento, participava de muitas brigas na saída e fora da escola.

Dioguinho com 15 anos de idade foi trabalhar com engenheiro e mestres agrimensores que faziam serviços para a estrada de ferro sorocabana, que estava chegando a região de Botucatu, isso por volta de 1878, aprendeu a profissão de agrimensor.

Dioguinho com 18 anos, casou-se na cidade de Itatinga com a jovem Antônia de Mello, moça de boa formação. Dioguinho foi trabalhar com o seu concunhado Antônio Canrardelli, que na época tinha uma fábrica de candeias (lamparinas).Dioguinho era bom agrimensor, foi convidado para trabalhar para fazendeiros de café na região de Tatuí.

O Primeiro Crime

Com 20 anos Dioguinho mudou-se para Tatuí com a sua esposa e seu irmão mais novo João Dabney e Silva (Joãozinho); Um dia ao chegar do trabalho, encontrou Joãozinho chorando, Dioguinho perguntou ao irmão o que tinha acontecido, o garoto contou que o gerente de um circo estava na cidade; onde tinha assistido ao espetáculo, o tratou mal, dando-lhe ainda um tapa no rosto.


Ao saber disso, imediatamente Dioguinho foi acertar as contas com o gerente do circo, levando o garoto (Joãozinho), ao chegar lá, o gerente confirmou o que fizera; Dizendo que o garoto queria entrar de graça por meio ludibrioso, pois fora malcriado e atrevido havendo discussão. Dioguinho pegou o chicote que levara consigo e açoitou-o, este tentou pegar uma arma, não teve tempo; Dioguinho foi mais rápido e fincou-lhe uma faca no peito, matando-o na hora (este foi seu primeiro crime), foi processado e a justiça aceitou como legítima defesa.

O Segundo Crime

O segundo crime do Dioguinho, o pivô da história foi sua sobrinha, ela contou-lhe que era apaixonada por um rapaz, mas este depois de tê-la seduzida, não quis mais casar com ela e sumira. Ao ouvir a história, Dioguinho investigando o paradeiro do rapaz, descobriu que estava morando na casa de parentes, na vila denominada “Passe Três”, distrito de Tatuí, hoje a cidade chama-se Cesário Lange.

Dioguinho para lá se dirigiu, encontrando-o em um bar; Aguardou a saída do rapaz, já era noite. O rapaz caminhou sozinho na noite, num lugar mais escuro e ermo, Dioguinho montado a cavalo alcançou o rapaz, chegando próximo, agrediu-o com um porrete que levava para a ocasião. Deu-lhe uma cacetada na cabeça. O rapaz caiu desfalecido e recebeu outras tantas cacetadas.

São Simão no início do século XX, por onde andou Dioguinho-http://desmanipulador.blogspot.com.br/2012/07/dioguinho-o-bandoleiro-do-brasil.html

Montou em seu cavalo e foi embora, voltando para Tatuí. Por este processo também foi absolvido. Vaidoso e gênio explosivo era capaz de cometer atos de violência quando aborrecido.

O Terceiro Crime

O terceiro crime foi cometido por motivo fútil, ele comprara uma palheta (chapéu), que era a última moda na época. Foi estreá-la em um baile no clube localizado em Tatuí, deixando o bonito chapéu sobre uma cadeira e foi dançar.

Distraído um desconhecido não se deu conta e sentou-se sobre a palheta. Dioguinho observando a atitude do desconhecido abandonou o seu par e investiu para cima do moço, quando então teve uma pequena discussão e sem perguntar, com um só golpe cravou-lhe o punhal no peito até o cabo. O desconhecido morreu ali mesmo. Por este crime também não foi condenado. A sua absolvição foi muito discutida pela opinião pública, e sua fama de valente em Tatuí.

Como entendia bastante de agrimensura, resolveu mudar de cidade. São Simão naquela época já era o maior produtor de café, e seu campo de trabalho era especial, veio para cá, infiltrou-se com os coronéis e barões do café, veio sozinho e achou serviço dentre os mesmos. Era social, gostava de receber visitas, de ir a festas, sabendo agradar e apreciava fotografias. Vaidoso, julgava talvez que ser criminoso era glória.

Muito agregado aos coronéis, trouxe sua mulher, seus irmãos Theofilo, Afonso e Virgílio, homens corretos e de bem, José Olegário e Silva (conhecido por José Diogo) e Joãozinho, (este dois últimos) eram companheiros de crimes.


Teve também uma irmã “Constância”. A família montou o Hotel dos Viajantes, sito (na época) esquina da rua Marechal Deodoro, com Conselheiro Antônio Prado; Dioguinho foi residir com sua mulher na rua atual Rui Barbosa.

Dioguinho foi tão intimo dos coronéis do café, por incrível que pareça, apesar de sua vida agitada de criminoso com seu bando, foi em 1884 nomeado a exercer o cargo de Oficial de Justiça, apregoando os réus nas audiências, fazendo delinquências e intimações. Matava por sadismo ou a mando de coronéis para ganhar dinheiro e fama, fez muitos assassinatos, segundo pesquisa, mais de cem, em toda São Simão e região.

Em todo assassinato feito foi processado, saindo ileso, nunca condenado. Em um dos processos, quando perguntado pelo juiz quantas pessoas havia matado, respondia somente vinte e quatro pessoas.

O Desaparecimento

Todo Estado já tinha conhecimento do famoso bandido “Diogo da Rocha Figueira – Dioguinho”, mas nada de providência pelas autoridades. Sua última e de seu bando foi o caso da Balbina, mulher muito bonita, mandona, mulher que nunca foi sua, mudou-lhe talvez a sorte e o destino. Isso foi no mês de março 1887.

Balbina, namoradeira, tinha um caso com Marciliano Pereira Machado (Marciliano fogueteiro). O comerciante Manuel Ferreira, de ciúmes da mulher pediu ao famoso bandoleiro que resolvesse a questão. No dia seguinte Marciliano estava desembarcando na “Estação do Cerrado”; Ao sair da estação foi seguido pelos bandidos e Dioguinho, que deram tiros nas costas de Marciliano. Balbina, foi judiada pelos bandidos; No outro dia fugiu para Casa Branca, onde tinham parentes, que aconselharam-na a ir a São Paulo dar parte no departamento especializado.


Foram ordenados ao delegado de polícia, Dr. Antônio de Godoy Moreira Costa, que com sua equipe vieram para são Simão e Cravinhos atrás do bandido, assessorados pelo Coronel Pedro França Pinto.

Dioguinho procurado em São Simão e região, já estava escondido nas margens do rio Mogi Guaçu. A patrulha que já sabia onde o bandido escondia ficou de plantão ao entardecer, esperando Dioguinho e Joãozinho, buscar a correspondência.

A patrulha ficou escondida do outro lado do rio, em Santa Eudóxia (São Carlos), aguardando á chegada dos dois bandidos. Isso aconteceu dia 1 de Maio de 1897 ao entardecer.


Quando chegaram no local, “Joãozinho” estava remando a canoa, mas não chegaram muito perto do barranco, quando a patrulha atirou, matando só Joãozinho que caiu no rio e o Dioguinho pulou da canoa junto com seu cachorro caçador de perdiz, que sempre o acompanhava. Era noitinha do outro dia, quando acharam o corpo do Joãozinho que foi enterrado do lado de São Simão, e o Dioguinho ninguém teve mais noticias.

Historiadores atestam que ele continuou vivo aparecendo em diversos lugares do Brasil. Nos relatórios policiais atestam que também o Dioguinho morreu mas nunca encontraram o corpo.

Fonte: “FUNCUS” – Fundação Cultural Simonense –http://www.saosimao.net/historia/dioguinho.html
Luis Antonio Nogueira – Pesquisador 


Extraído do blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Mais notícias do passado. 28 de março de 1930. O Liberal (Aracaju-SE)

Lampeão em Joazeiro

Lampeão em Joazeiro

Enquanto os profissionaes e tecnicos da mentira com o cerimonioso apparato que emprestam a suas affirmações, assoaltam que o capitão Virgolino, o homem que foi vivado e bem recebido em Capella, está combatendo ao lado do inclito homem publico e valoroso brasileiro dr. João Pessoa, este a combater em Joazeiro.

João Pessoa

A opinião sensata repelle, de logo, a asticua.

Aattitude do intemerato presidente da gloriosa Parahyba é a de combate a bandoleiro e somente aos José Pereira é que cumpre fraternizar com os da marca de Lampeão.

José Pereira

São dos jornaes de Bahia notícias de que a duas horas da manhã de traz ante hontem 25, o temível bandoleiro procurava assaltar Joazeiro, a prospera cidade baihana, matando e ferindo soldados baihanos.

Avalie o publico o que é a verdade na bocca da gente no P.R.C.! Tmabém o publico não os leva a sério...


Fonte: facebook
Página: Robério Santos

Digitado por José Mendes Pereira
Não ignore o Português - 1930
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Corisco e Dadá






Fonte: facebook
Página:  Robério Santos

http://blogdomendesemendes.blogspot.com