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terça-feira, 10 de novembro de 2015

"A FESTA NA CASA DE JOÃOZINHO DE DONANA REGO"


O capitão Aníbal Vicente Ferreira, comandante das Forças de Operação na Bahia, comando esse regionalizado no nordeste do Estado envia uma carta ao cangaceiro Zé Sereno, conscientizando o mesmo, de que o Governo Federal perdoaria os atos de todos os cangaceiros restantes. 

Cangaceiro Zé Sereno

Isso logo depois do dia 28 de julho de 1938 data em que foram mortos, Lampião, Maria de Déa, Enedina e mais oito cangaceiro e um volante, o soldado Adrião, na grota do riacho Angico, a margem direita do “Velho Chico”, em terras sergipanas.

Cangaceira Sila esposa de Zé Sereno

Etelvino Mendonça, fazendeiro de posses natural de Itabaiana, SE, amigo de Sereno, é solicitado pelo mesmo que desse um jeito numa dor de dente que maltratava muito sua companheira Cila. A propriedade do amigo ricaço ficava próxima a Pinhão. Outro amigo do cangaceiro, Napoleão Emídio, da fazenda Lagoa Comprida, ordena que um de seus vaqueiros, o cabra Gringo, leve a cangaceira, disfarçada, na garupa da montaria e, na cidade, procurasse um dentista para a mesma.

O amigo Etelvino, hospeda a companheira de seus amigos cangaceiro, em sua casa, em Itabaiana. A vizinhança começa logo com um mi mi mi sobre a hóspede e, essa, é retirada daquela casa e ‘colocada’ na casa do delegado Fonseca, que também era amigo de Zé Sereno.

Enquanto a companheira fazia aquela viagem, Sereno recebe mais três missivas do comandante Aníbal, o capitão baiano.


Foto do capitão Aníbal Ferreira gentilmente cedida para o nosso blog pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio.

Havia um cidadão em Pinhão chamado Joãozinho de Donana Rego, que sendo muito amigo do cangaceiro Corisco, permite que ele, Labareda e Zé Sereno façam uma reunião em sua casa. Essa reunião seria para discutir como seria a entrega deles, segundo a proposta do capitão, e de seus comandados.

Chegam a conclusão que realmente chegou a hora de todos entregarem-se. Essa decisão mexeu com todos os homens que faziam parte daqueles subgrupos, tanto que resolveram comemorar fazendo um forró.

Não só aqueles que participaram do lado dos cangaceiros, festejaram a notícia. Alguns volantes, também sofridos da terrível e duradoura campanha, que no local estavam, alegraram-se e fizeram questão de participarem da festança. Eles eram do destacamento da cidade de Bebedouro, e seu comandante, na ocasião, era o cabo Raimundo. Tinha dentre os policiais, apenas um que destacava em Pilão, era o soldado José Paes da Costa. Esse soldado tinha uma admiração muito forte pelo “Diabo Louro”, e não escondia de ninguém.

 Cangaceiro Corisco

Lá pras tantas, com todos já suados de tanto dançarem e terem bebido bastante, tem uma surpresa.

Ex-cangaceiro Balão

O cangaceiro Balão, adentra feito louco e, junto dos chefes, relata que ele e mais três companheiro foram entregarem-se ao sargento Zé Luis, na cidade de Cariri. Lá chegando, em vez de qualquer outra coisa, levaram foi muito bala. Diz Balão que não sabe como escapou com vida, mas, que seus companheiros, Cruzeiro, Amoroso e Bom Deveras, tinham tombado na senda da guerra.

Como é de se imaginar, a festa teve fim naquele momento.

O amigo de Corisco, o dono da casa em que estavam, chama-o e lhe diz:
“-Cumpade, parece qui vai tê confusão. O cabo João Grande, chefe do distacamento daqui, ta cercando mia casa. Mandou chamá o sordado Zé Paes, qui ta me perguntando se vai ou se fica.

Corisco estranhou:

-Mais cumpade Joãozim, o cabo João Grande nun nos trata tão bem? Quano nós chegou, ele apertou a mão de todo mundo... Ele devia tê vindo pra fsta tamém, cumo fez o cabo Raimundo...

- Pois é...- considerou Joãozinho. – João Grande é puxa saco do Tenente Ananiais.

O soldado José Paes perguntou:

- Capitão Curisco, eu vou, ou nun atendo o cabo?

- Você deve cumpri as orde do seu superior – respondeu corisco.”(livro “Lampião – a Raposa das Caatinga”, IRMÃO, José Bezerra Lima. Pg 650. JM Gráfica e Editora Ltda, 2ª edição, Salvador. 20140).

Corre pra lá, corre pra cá, e naquele corre corre, o soldado Paes vai, mas volta e declara que ficará para lutar ao lado dos cangaceiros. Interessante é que o cabo Raimundo prontifica-se de, junto com seus soldados, lutarem ao lado do “Diabo Louro’.

O mundo fechou com tamanho tiroteio. A fumaça, junto com o cheiro da pólvora queimada incensa o lugar. Cangaceiros e soldados, usando outras casa,pulam nas matas e dão no pé sem que ninguém se ferisse.

Todos estão quase sem fôlego, e, param um instante, para recuperarem o mesmo.

Zé Sereno, sem explicar por que, mata o soldado que tanto admirava Corisco, em seguida vai em direção ao cabo Raimundo, com a nítida intenção de tirar-lhe a vida, no que é impedido por Corisco.

“- Você tá doido Sereno? Eles tavam nos ajudando, home! Eu vou até pagá as balas qui eles gastaro pra nos defendê!...” (Ob. Ct.)

Fonte Ob Ct.
Foto livro citado
Benjamin Abrahão Botto

2ª fonte: facebook
Página: OFÍCO DAS ESPINGARDAS - Sálvio Siqueira Luiz Pedro da Ingazeira


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TÚMULO DO NAZARENO JOÃO GOMES DE LIRA


João Gomes de Lira foi um dos integrantes da Força Policial Volante, oriunda de Nazaré do Pico/PE (Carqueja).

Os Nazarenos, como assim eram conhecidos os combatentes dessa localidade, ficaram conhecidos e tiveram posição de destaque na luta contra o cangaço e em especial a Lampião e seu bando, pela força, destreza e coragem com que seus membros combatiam os destemidos inimigos.

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2015/04/joao-gomes-de-lira-porjose-bezerra-lima.html - Fotografia: Rubelvan Lira

O Lendário Tenente João Gomes de Lira nasceu no dia 03 de julho de 1913, e faleceu no dia 03 de agosto de 2011.

Seu corpo está sepultado no Cemitério da pequena Nazaré do Pico, localidade que foi palco de sua história e de suas lutas passadas.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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EPITÁCIO ANDRADE COM 16 ANOS ESTAVA APROVADO NO VESTIBULAR DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA.

Por José Mendes Pereira
Foto do seu acervo pessoal

Ao centro desta foto, está o médico e pesquisador do cangaço Dr. Epitácio Andrade, que recebeu a notícia em primeiro de janeiro de 1983, com 16 anos, que estava aprovado no vestibular de medicina da Universidade Federal da Paraíba. 


Os anos que passou na Universidade Federal da Paraíba, no curso de medicina, não foi tão fácil assim, porque quem cursa medicina, não tem tempo para quase nada, somente para os estudos, mas os anos se passaram, e aqui está o Dr. Epitácio Andrade, aos 48 anos cumprindo o que ele mais almejava, um dia ser médico dos enfermos.


Dr. Epitácio Andrade está muito ligado ao estudo sobre o cangaceiro Jesuíno Brilhante, e a família Limão, e é autor do livro "A Saga dos Limões". 

Parabéns Dr. Epitácio Andrade, cursar medicina não é para qualquer um.

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Lançamento do livro CHARGES COM LAMPEÃO

Autor Luiz Ruben Bonfim

Introdução

Lendo e pesquisando tantos jornais e revistas da época em que Lampião atuava, isto é, anos 20 e 30 do século passado, não passou despercebido, de vez em quando aparecia caricaturas e charges de Lampião, mas, o que me chamou a atenção foi a utilização do personagem com a política e os políticos do poder naquele período.

Contextualizar cada charge ou caricatura seria por demais maçante, pois creio que elas não perderam o caráter atemporal.

As codificações visuais que os chargistas queriam passar ao retratar Lampião eram afetadas de acordo com a região do artista, o que determinava, até pela falta de conhecimento que tinham do caricaturado, a representação de formas tão dispares na fisionomia desenhada. 

As charges com Lampião, nessa pesquisa, abrangem o período de 1926 a 1939, porém acrescentei duas de 1969, sendo a última apresentada, uma propaganda com alusão ao desenvolvimento industrial através de incentivos fiscais, citando Sudam-Sudene onde Lampeão é usado como referência de uma região. Ao todo o livro mostra 83 charges e caricaturas.

A charge tem como finalidade satirizar, descrever ou relatar fatos do momento por meio de caricaturas, com um ou mais personagens de destaque, nas áreas da política com maior frequência.

As apresentadas nesse livro abrangem personagens de prestígio nacional como o Padre Cícero, Antônio Carlos, governador de Minas, Capitão Chevalier, com a famosa tentativa de uma expedição contra Lampião no início dos anos 30, Getúlio Vargas como presidente do governo provisório após a revolução de 1930.

Após sua morte, cartazes foram utilizados como propaganda de filme da Warner, com James Cagney “substituindo o famoso cangaceiro nordestino”.

A propaganda comercial também utilizou com frequência o nome de Lampião. Como curiosidade inseri no trabalho as da Casa Mathias e O Mandarim, que apresentavam nos seus comerciais um conteúdo humorístico.

Até o conhecido compositor Noel Rosa, como Lampeão foi caricaturado. Como se fossem dois personagens ao mesmo tempo é mostrado características de identificação de Lampião com o rosto de Noel Rosa. Mesmo nas capas de famosas revistas, Careta em 1926 e 1931, O Cruzeiro em 1932, Lampeão é caricaturado.

Na contracapa desse livro, consta a foto original muito popular de Lampeão e seu irmão Antônio Ferreira, já nesta época, famigerado cangaceiro, perseguido em Pernambuco, Paraíba, Ceará e Alagoas. Foi tirada em Juazeiro do Norte, no estado do Ceará, onde Lampeão foi convocado pelo Padre Cícero a pedido do deputado federal Floro Bartolomeu, para combater os inimigos do governo de Artur Bernardes, a Coluna Prestes, em 1926. Na capa, usando a foto da contra capa, foram introduzidas as faces de Getúlio Vargas como Lampeão e Osvaldo Aranha como Antônio Ferreira. Foi publicada pelo Estado de São Paulo em 24 de setembro de 1933, sendo Getúlio já vitorioso da revolta de 1932 em São Paulo. 

O desenho era utilizado, isto é, a charge, como uma crítica político social onde as situações cotidianas são exploradas com humor e sátira. Lampião foi personagem principal dos chargistas, mas o objetivo era atacar os poderosos da época, geralmente vítima dos jornais da oposição.

Coloquei tudo numa ordem cronológica para facilitar a sequência histórica, pois, no futuro com a leitura das diversas obras publicadas sobre Lampião e o cangaço em geral, teremos uma visão não contextualizada das sátiras contra os personagens vítimas dos chargistas.

Luiz Ruben F. de A. Bonfim
Economista e Turismólogo
Pesquisador do Cangaço e Ferrovia

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A VOLTA DO REI DO CANGAÇO


O livro custa 45,00 Reais, e basta clicar no link abaixo e pedir o seu.

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MAIS PONTOS DE VENDA EM CAPOEIRAS

Amigos, nosso trabalho, A VOLTA DO REI DO CANGAÇO, além vendido direto por mim, no MERCADO ALMEIDA JUNIOR, também pode ser encontrado na PAPELARIA AQUARELA, ao lado do Correio, também na PANIFICADORA MODELO, com Ariselmo e Alessilda e no MERCADO POPULAR, de Daniel Claudino Daniel Claudino e Gicele Santos.

Também pode ser encontrado com o Francisco Pereira Lima, especialista em livros sobre cangaço.

franpelima@bol.com.br

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REVISTA LITERAMAR

Por Eduardo Jorge Soares Costa

Olá amantes da cultura,

Espero que curtam os eventos literários em nossos  Goiás e Distrito Federal  seguindo a revista LITERAMAR, em anexo.

Viva a literatura!   viva Brasília!  viva Goiás!  viva o Brasil! – em 10 a 14.11


Técnico judiciário do STJ, em Brasília,  busca redistribuição para secionais do Rio ou Alagoas (TRT, TRF E TRE).


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LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS


Se você ainda não comprou este fantástico trabalho do escritor José Bezerra Lima Irmão, só restam poucos livros. Então procura adquiri-lo o quanto antes, pois os colecionadores poderão comprar os poucos que restam. Seja mais um conhecedor das histórias sobre cangaço, para ter firmeza em determinadas reuniões quando o assunto é "cangaço". 

São 736 páginas.
29 centímetros de tamanho. 
19,5 de largura. 
4 centímetros de altura.
Foram 11 anos de pesquisas feitas pelo autor 

É o maior livro escrito até hoje sobre "Cangaço". Fala desde a juventude  e namoro dos pais de Lampião. Quem comprou, sabe muito bem a razão do "Sucesso a nível nacional do Raposa das Caatingas". 

O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:

Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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RASO DA CATARINA ESCONDERIJO DO REI LAMPIÃO


Nas trilhas do Cangaço

O Raso da Catarina localizado no norte da Bahia, entre os municípios de Paulo Afonso, Jeremoabo, Canudos e Macururé, considerado o esconderijo predileto de Lampião, viveu no Raso um pedaço de sua história. Foi nesse local onde ele enterrou muitas armas e tesouros, além de confrontar os combates sangrentos com as volantes.

Fonte: facebook

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NO COITO DE MORENO

Por Geraldo Júnior

Quem diria que o antigo cangaceiro se tornaria um homem elegante de negócios e entregue às vaidades e boêmias da vida noturna, deixando para trás o rótulo de bandoleiro e adotando o de "Senhor das Noites", ao comandar suas casas noturnas, carinhosamente chamadas de “Campo das flores”.

Moreno viu nesse negócio uma forma “fácil” de ganhar dinheiro e permaneceu atuando nesse ramo de atividade até pouco tempo antes de sua morte, ocorrida em 2010 na cidade de Belo Horizonte/MG.

A vaidade sempre foi uma das marcas registradas do antiga “cabra” de Lampião. Um chapéu Panamá, uma bengala e seus óculos escuros foram seus acessórios indispensáveis durante toda sua vida.

Na fotografia abaixo vemos o "artista" se preparando para entrar em cena.

Fotografia gentilmente cedida por Neli Conceição, filha do casal cangaceiro Moreno e Durvinha.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)


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