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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

COTIDIANO

*Rangel Alves da Costa

Foi à padaria e quase esbraveja pelo que encontrou. De um dia para o outro e aumentou o leite, aumentou a broa, aumentou o pão. Comprou a metade de tudo a comprar. E lhe faltou dinheiro para comprar cigarro.
Ligou a televisão para se acalmar. Então veio o jornal televisivo com a mesma notícia. Mais roubo, mais ladroeira, mais corrupção. Prova disso e daquilo, delação premiada. Puxou o botão da TV e jogou ao longe. Quase vomita pelo nojento poder.
Abriu a garrafa e trouxe um copo. Cerveja era cara e acostumava na pinga. Despejou uma dose e virou goela abaixo. Mordeu o limão depois do queimor. Seus olhos brilharam num vermelho esquisito. Depois outra dose e mais outra e mais outra.
Já na quinta dose escutou um esbravejo. A esposa dizia que coisa bonita, um marido de pinga e sem comida na mesa, um cachaceiro que se esquecia do lar. Então ele aprontou para o pão sobre a mesa, a manteiga e a metade de mortadela. Era assim todo dia e não havia do que reclamar.
Mas ela reclamou e partiu para o grito. Queria por que queria uma mobília nova, um freezer espaçoso, uma cama redonda. Queria um sofá de veludo e um jogo de cama, um mesa antiga para sala-de-estar. Tudo muito caro, mas que queria agora. Ou ele comprava ou ela já sabia o que ia fazer dali em diante.
E disse na cara. Vou arrumar outro que não beba cachaça, que me dê uma mansão e me chame de princesa. E para passar o dia sem nada fazer, a não ser servida dos pés à cabeça, com baby-doll dourado e unhas de seda. Uma vida que ela não tinha tido até aquele momento.
Então ele, já entremeado de raiva e bebida, puxou a gaveta e derramou sobre a mesa uma papelada. Contas e mais contas, boletos e boletos, faturas e faturas, tudo atrasado. E depois chamou a esposa para que visse aquilo e sentisse ela mesma a situação. Todo dinheiro que tinha não dava a metade para pagar as contas que ela mesma fazia.
E no caderno mais contas estranhas. Um sapato de salto alto sem uso algum. Um casaco de pele de onça num lugar onde só faz calor. Uma camisa masculina que ele nunca recebeu. Um relógio dourado desde muito sumido. Uma agenda de bolso que só vivia escondida.
Mas ela insistia em querer tudo novo, pois não suportava aquela vida de pobre. Disse que nunca mais mortadela, nunca mais pão nem manteiga da ruim. Nunca mais carne pouca, nunca mais a mesmice. Nem comida ia mais fazer. Ou uma empregada ou comida do melhor restaurante que houvesse por perto.
Ele lançou mão da garrafa e tomou outra dose. Uma dupla para aliviar. Mas o fogo subiu e que dizer besteira, achando melhor o silêncio forçado. Abriu a geladeira e mostrou comida, abriu o freezer e mostrou comida. E disse que não roubava para ter mais que aquilo e que ela se quisesse fosse ser princesa aonde quisesse.
Ela começou a cantar enquanto ele saía. Já saindo na porta ainda ouviu o deboche: Só volte aqui com o que lhe pedi, do contrário faça do bar sua casa e da cachaça a esposa. E já vai tarde mesmo, pois preciso tomar banho e me perfumar para dar uma voltinha.
Num banco de praça ele chorou e sorriu. Lamentou a sorte e gracejou sem motivo. Depois foi para um bar e pediu uma pinga. Voltou tarde da noite já bêbado e exausto, mas a chave de casa não estava no bolso. Chamou e chamou, bateu e bateu, mas nada de a porta ser aberta.
Dormiu na calçada o sono dos aflitos. Acordou com um cachorro lambendo sua boca. Deu um pulo assustado para logo encontrar, bem diante de si e bem sorridente, a mulher com a primeira palavra do dia: Entre cachorro, deixe ele aí.


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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A UERN PRESENTEADA, BANDEIRAS COM SUAS ROSETAS RENOVADAS.

 Por: Celestina Oliveira


A UERN presenteada, bandeiras com suas rosetas renovadas, arte de Tia Mundinha e Padre Charles Lamartine, demonstrando todo amor e respeito a nossa UERN, receberam recíproca mais que verdadeira do Reitor Pedro Fernandes Ribeiro, prof Fátima Raquel e servidores do Gabinete.





Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
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UM BANDIDO PRECOCE

Por Érico de Almeida

Passarinho preso em 24 de dezembro de 1923, foi recolhido à cadeia de Princeza sendo condemnado pelo jury dalli a 29 annos e 9 mezes de prisão. Assassinara no dia 17 de dezembro daquelle anno, no logar Caracol, do município de Conceição do Piancó, o infeliz Raymundo Nogueira, de quem roubara 4$000 e as vestes, deixando o cadáver em ceroulas.

Seis dias depois o boiadeiro Amara Nogueira,  irmão da victima, surprehende o bandido acompanhado do famigerado Jurity, nas adjacencias da povoação de Patos, município de Princeza.

Passarinho que estava vestido com as roupas que havia roubado a Raymundo, bota-se a punhal ao infeliz acima referido.

Aquelle sacando de uma pistola Mauser, criva por três vezes o corpo do bandido, quando traiçoeiramente  recebe uma bordoada de Jurity, cahindo por terra com um dos pés preso ao estribo da sella de sua montada, recebendo então 36 punhaladas!...

Consummado o barbaro assassinato trataram os faccínoras de perseguir uma pessoa que acompanhava Nogueira, chegando o Passarinho, sedento de sangue, a penetrar na povoação, gritando:

Pegue este bandido qui acaba de matá um home, ferindo eu também!
          
Já o fugitivo penetrava nos aposentos da residência do sub-delegado local, quando Passarinho, banhado em sangue, dos ferimentos que recebera, acceita voz de prisão, não por obediencia à lei, mas pelo terror que lhe impunha um respeitável 44, cuja bocca parecia localizar-lhe o coração, há poucos minutos tão empedernido.
          
O bandido tem uma das vistas perdida, orçando actualmente a sua idade pelos 21 annos.  

FONTE: ALMEIDA, Érico de. Lampeão, sua história. João Pessoa: Editora Universitária, 1996. 128 p. Edição fac-similar de 1926. P. 73-75.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
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2 ANOS JÁ SE PASSARAM DA MORTE DO FOTÓGRAFO JOSÉ RODRIGUES

Roberto Carlos e o fotógrafo José Rodrigues
Fotógrafo José Rodrigues, Frei Damião e Câmara Cascudo

José Rodrigues,com o Trio Mossoró: Hermelinda, Carlos André e João Mossoró

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PAULO SILVINO, ATOR E HUMORISTA, MORRE AOS 78 ANOS NO RIO

Por G1 Rio
Paulo Silvino posa com Serginho Groisman, Belo e Suzana Vieira durante gravação do programa Altas Horas em julho de 2014 (Foto: Zé Paulo Cardeal/Globo).

Silvino estreou na TV Globo em 1966, apresentando o Canal 0, programa humorístico que satirizava a programação das emissoras de TV. Ele morreu aos 78 anos e lutava contra um câncer no estômago.

Morreu, na manhã desta quinta-feira (17), aos 78 anos, o ator Paulo Silvino, que lutava contra um câncer no estômago. Segundo a Central Globo de Comunicação, o humorista morreu em casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no início da manhã. Em redes sociais, o filho mais novo do ator, João Paulo Silvino, lamentou a morte do pai. "Que Deus te receba de braços abertos meu pai amado".

“Ser comediante nasceu por acaso. Talvez seja pela minha desfaçatez, porque eu nunca tive inibição de máquina. Tenho tranquilidade com a câmera e tive vantagem em televisão por isso. O riso dos cinegrafistas é o meu termômetro”. Paulo Silvino.

Segundo a família, Silvino chegou a ser submetido a uma cirurgia no ano passado, mas o câncer se espalhou e a opção da família foi que ele fizesse o tratamento em casa. A filha do humorista, Isabela Silvino, também usou as redes sociais para falar sobre a morte do pai. "Amigos, obrigada por todas as mensagens. Ainda estou naquele processar isso tudo. Mas posso dizer que ele foi bem. Sem sofrer.", afirmou.

Os amigos também lamentaram a morte de Silvino. “Um dia triste. O Paulo Silvino é um super artista. A gente falando aqui nesses tempos de Pop Star (programa dominical da TV Globo), é bom lembrar que o Paulo Silvino foi um dos primeiros pop star do Brasil, um dos primeiros atores que cantava, teve disco gravado na época da Jovem Guarda, foi roqueiro, quer dizer, foi um homem de mil facetas. E pra mim, em especial, ele foi uma espécie de padrinho porque minha primeira aparição na TV foi junto dele no Balança Mais Não Cai e eu tinha só oito anos de idade. Quero mandar meus sentimentos para a família”, disse o amigo e também ator Lúcio Mauro Filho.

O artista estreou na TV Globo em 1966, apresentando o Canal 0, programa humorístico que satirizava a programação das emissoras de TV.


Paulo Ricardo Campos Silvino cresceu nas coxias do teatro e nos bastidores da rádio. Isso porque seu pai, o comediante Silvério Silvino Neto, conhecido por realizar paródias de figuras públicas no Brasil dos anos 1940 e 1950, levava o menino para acompanhar seu trabalho. Paulo Silvino também mostrava talento para a música, revelado durante as aulas que tinha com a mãe, a pianista e professora Noêmia Campos Silvino.

“Eu nasci nisso. Com seis, sete anos de idade, frequentava os teatros de revista nos quais o papai participava. Ele contracenava com pessoas que vieram a ser meus colegas depois, como o Costinha, a Dercy Gonçalves.”, disse o ator em entrevista ao Memória Globo.

Filho de Silvino lamentou a morte em redes sociais (Foto: Reprodução / Facebook)

Paulo Silvino no Zorra Total, em 2010 (Foto: Blenda Gomes / TV Globo / Arquivo)


Paulo Silvino, no papel de Severino, posa para foto com Thalita Carauta e Rodrigo Sant'anna durante gravações do programa Zorra Total em setembro de 2011 (Foto: Renato Rocha Miranda/Globo)

Vida artística

Autor de bordões que não saem da boca do povo, Paulo iniciou a carreira no rádio, mas já nos anos 1960 se juntou ao elenco da TV Rio. Entre idas e vindas na Globo, estrelou Balança Mas Não (1968) e teve destaque nos programas humorísticos Faça Humor, Não Faça Guerra (1970), Uau, a Companhia (1972), Satiricom (1973), Planeta dos Homens (1976), e Viva o Gordo (1981). Em Zorra Total (1999), seu personagem Severino (que analisa "cara e crachá") se tornou popular.

Silvino nasceu no Rio de Janeiro em 27 de julho de 1939 e pisou num palco pela primeira vez aos nove anos de idade, quando se atreveu a soprar as falas para um ator de uma peça que o pai participava. Na adolescência, ele se apresentava como crooner de um conjunto de rock, acompanhado por músicos como Eumir Deodato (acordeon), Durval Ferreira (guitarra) e Fernando Costa (bateria).

Seu lado cômico já se manifestava durante os números do quarteto. Quando cantava Singin' in the Rain, por exemplo, costumava abrir um guarda-chuva no palco. A primeira performance profissional aconteceu em 1956. Anunciado como Paulo Ricardo, para evitar associações com o pai, cantou dois sucessos de Little Richards para a platéia do Programa César de Alencar, na Rádio Nacional. Durante a apresentação, rasgou as próprias roupas e, apoteoticamente, comeu o medalhão de "ouro" que estava usando, na verdade, um biscoito pintado de amarelo.

Na década de 1970, o comediante trabalhou nos programas Faça Humor, Não Faça Guerra (1970), Uau, a Companhia (1972), Satiricom (1973) e Planeta dos Homens (1976). Deixou sua marca como intérprete de personagens lunáticos e criou bordões absurdos como "Ah, eu preciso tanto!", "Eu gosto muito dessas coisas!", "Guenta! Ele guenta!", "Ah, aí tem!" e "Dá uma pegadinha!".

Paulo Silvino fala sobre acidente de seu filho Flávio e como se tornou comediante.

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/morre-o-ator-paulo-silvino-no-rio.ghtml

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O ROSÁRIO DE OURO DA IRMANDADE DOS NEGROS DO ROSÁRIO DE POMBAL/PB.

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo
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Recebi ligações telefônicas de gente ligada a irmandade e depois de gente ligada à igreja que me garantiram que o Rosário de Ouro da Irmandade está muito bem guardado e bem cuidado.

Por conta do valor histórico imensurável para nosso povo, não pode dizer onde está.

Foi a mesma informação que eu já havia recebido de seu João Coremas.

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Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
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ANTONIO NONATO DE OLIVEIRA - "NONATINHO" - MORRE AOS 71 ANOS.

Por Lindomarcos Faustino

"NONATINHO" já não se encontra entre nós. Fez a sua passagem para o "Oriente Eterno", ontem, 16/08/2017, às 14h30.


Oficial de Justiça com marcante atuação na Comarca de Mossoró, escritor e pesquisador, deixa a dedicada esposa, Dona Laura Oliveira, os filhos André Luís e Alexandre Oliveira, os netos "Andrezinho" e Maria Cecília, e uma legião de amigos.


O Velório:

A partir das 19h00 de ontem, no Centro de velório Geraldo Xavier, localizado por trás do museu municipal).

O Sepultamento:

Hoje, 17/08, às 10h, no cemitério São Sebastião, em Mossoró, RN.

Fonte: Relembrando Mossoró: - https://www.facebook.com/groups/768856323197800/

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PARQUE CULTURAL DIVULGA VENCEDORES DOS CONCURSOS DENTRO DA PROGRAMAÇÃO DO X FESMUZA


O Parque Cultural O Rei do Baião, da Fazenda São Francisco, município de São João do Rio do Peixe (PB), divulga o nome dos vencedores dos respectivos concursos literários que compõem o X Festival de Músicas Gonzagueanas (FESMUZA), edição 2017:

I Concurso Homenagem ao Padre do Juazeiro
Campeão: Marcelo de Oliveira Souza, de Salvador (BA)
Com a obra “Nosso herói Padre Cícero”.
I Concurso Louvor ao Vaqueiro
Campeão: José Romero de Araújo Cardoso, residente em Mossoró (RN)
Com a obra “A valentia do autêntico vaqueiro sertanejo”.
III Lembrança do Ídolo
Campeão: Jairo Firmino Barreto, residente em Iguatu (CE)
Com a obra “Barros e Cecéu”.
VI CONPOZAGÃO
Campeã: Fran Oliveira, residente em Picos (PI)
Com a obra “A família do Baião”
III Prêmio A Carta
Campeã: Dávila Itauana, residente em Luiz Gomes (RN)
Vice-Campeã: Alana Silva, residente em Luiz Gomes (RN)
3º Lugar: Nicolas Antony, residente em Luiz Gomes (RN)
I Apologia ao Jumento
Campeão: Mário Azevedo Alexandre, residente em São Vicente (SP)
Com a obra “Jumento tem sentimento”.

Fonte Caldeirão Político

http://clemildo-brunet.blogspot.com.br/2017/08/parque-cultural-divulga-vencedores-dos.html

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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O LAMPIÃO CONTINUA VIVO, PASSOU EM LIMOEIRO DO NORTE DEPOIS DE SAIR DE MOSSORÓ-RIO GRANDE DO NORTE SEM SUCESSO.



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COMUNICADO

Por Benedito Vasconcelos Mendes

É com imensa alegria que comunico aos amigos que irei receber o honroso título de CIDADÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, outorgado pela Assembleia Legislativa, por proposição do Deputado Getúlio Rego.

Benedito Vasconcelos Mendes
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