Para os homens que dirigem os Estados e municípios brasileiros a cultura não é considerada de grande importância. Ou eles se enganam ou não têm nenhum interesse para cuidar dela. Mas eles precisam saber que a cultura é o conjunto de conhecimentos, tradições, ideias, símbolos, valores, costumes e práticas de um Estado, município ou país que se torna característica de um grupo, seja social, familiar, étnico, religioso e assim por diante. A cultura não pode faltar em uma nação. A cultura faz bem a uma nação e não pode viver sem ela.
A cultura brasileira, ainda permanece no meio de nós, porque existe uma porção de estudiosos que a sustenta viva com todo esforço, correndo atrás e registrando em livros, jornais e revistas os acontecimentos que se tornam históricos, e que muitas vezes, abandona o lar por alguns dias, e vai pesquisar e entrevistar pessoas que têm um pouco de conhecimento sobre o assunto escolhido.
Muitos escritores e pesquisadores fazem estes trabalhos simplesmente pelo o prazer de pesquisar, registrar os fatos que serão históricos para as gerações de hoje, e para as futuras, sem imaginarem o que irão ganhar, porque, a publicação de livros é caríssima no Brasil, devido os custos tipograficamente. Eu fui tipógrafo e não estou mais atualizado sobre gráfica, mas eu via o quanto era altíssima a publicação de um livro na Editora que eu trabalhava.
Mas se dependesse dos governantes, a cultura não existiria. Eles alegam a falta de dinheiro para mantê-la viva, mas recursos existem, e existem muitos, o que não existe é vergonha na cara desses malandros, porque misturam os recursos públicos com os seus, e depois não sabem separar o que é público do seu, aliás, saber, sabem, é porque são raposas velhas mesmas. Roubam e quando são comprovadas as suas desonestidades, ninguém devolve nada. E assim continua um país sem segurança no que diz respeito a cultura.
5 ossadas que devem ser feitas os (DNAs) para estudos, e saber se realmente têm procedências o que afirmam alguns estudiosos do cangaço.
Cabeça de Lampião
E qual seria a finalidade dos "DNAs"?
Uma das razões é ter a certeza a quem pertence aquela cabeça que está guardada no Cemitério Quinta dos Lázaros em Salvador. Sabemos que os escritores e pesquisadores não têm dúvidas que Lampião morreu na Grota do Angico, mas como eles são responsáveis por este trabalho de juntar todas as peças do dominó da literatura lampiônica, é muito importante o esclarecimento para desmascarar quem anda mentindo, dizendo que não é a cabeça do capitão Lampião.
A cabeça de Lampião que antes permanecia no Instituto Nina Rodrigues, e ficou 30 anos, seis meses e nove dias insepulta, aguardando pronunciamento da Justiça, e só foi enterrada em fevereiro de 1969, no cemitério Quinta dos Lázaros, em Salvador, no Estado da Bahia, depois que a Presidência da República (governo Costa e Silva) o indultou.
Colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio - BA.
E também, para tirar dúvidas que permanecem no meio de muitos brasileiros, os quais não acreditam que o capitão Lampião e Maria Bonita tenham sido assassinados na madrugada de 28 de julho de 1938, na "Grota do Angico", em Porto da Folha, atualmente pertencente à cidade de Poço Redondo, no Estado de Sergipe. Lógico que a sua morte aconteceu lá mesmo em Sergipe, no Nordeste do Brasil, e não em Minas Gerais, mas esta dúvida permanece diante de muitos, e faz uma porção de anos que já deveria ter sido esclarecida ao povo brasileiro através do "DNA".
Lampião de Buritis
A outra dúvida que continua viva no seio dos estudiosos do cangaço, é sobre a ossada de um fazendeiro que viveu em Buritis, no Estado de Minas Gerais, e esse senhor, segundo o escritor José Geraldo Aguiarjá falecido; se dizia ser o próprio Lampião do nordeste brasileiro. O Aguiar detalhou tudo em seu livro "Lampião, o Invencível. Duas Vidas, Duas Mortes. O Outro Lado da Moeda"sobre o mesmo, a cidade onde faleceu, o cemitério que foi enterrado, o local do seu túmulo, o nome da esposa etc, e principalmente nomes de alguns filhos do suposto Lampião que residem por lá. Para isso, não será difícil encontrar os seus restos mortais. E o "DNA" tem que ser feito urgente, para que o tempo não dê fim ao seu túmulo.
Lamentável! José Geraldo Aguiar faleceu ainda moço.
Mas vejam leitores, a mentira do depoente (vale lembrar que eu não me refiro ao pesquisador José Geraldo Aguiar, porque ele fez baseado nas informações do Lampião de Buritis), que se ver logo na sua fotografia; o olho direito de Lampião do nordeste é branco, isto é com glaucoma, e o olho direito do suposto Lampião de Buritis, nem aparenta cegueira. Sem sombras de dúvidas, o homem mentiu mais do que deveria ao pesquisador José Geraldo Aguiar.'
Dúvidas não só minhas, mas tenho certeza que muitos que estudam o cangaço têm.
1 - Para que Lampião tivesse renunciado o cangaço, como disseram alguns que não têm compromisso com a verdade sobre os estudos cangaceiros, que ele teria feito acordo com o tenente João Bezerra da Silva, chefe alagoano das volantes policiais que atacou a "Grota do Angico", para fugir do coito, teria sido um dia antes da véspera da chacina, isto é, no dia 26, e na madrugada de 28 de julho de 1938, seria a vez do ataque com segurança aos cangaceiros, porque, os reis do cangaço capitão Lampião e Maria Bonita já não mais estavam lá.
Tenente João Bezerra está sentado à esquerda
A suposta e mentirosa fugida da "Grota do Angico" seria fácil Lampião enganar aos seus cangaceiros, coisa que ele jamais faria covardia com o(s) (as) seu(s) sua(as) amado(a)(as) amigo(a)(as). Se Lampião tivesse essa ridícula intenção de colocar os seus comandados na mira de uma metralhadora, bastaria ele ter comunicado ao seu bando que iria fazer visita a um amigo, juntamente com Maria Bonita, e desapareceriam de uma vez por toda. Mas jamais isso aconteceu. Lampião estava no coito na madrugada do ataque aos facínoras, e ele era bandido mesmo e perigoso e assumido, mas jamais faria tamanha covardia com os seus companheiros de crime. O cangaço era uma família e construído de amigos de verdade.
Ao centro Sila e à direita Zé Sereno
A noite que se passara lá na "Grota do Angico" a "Sila" que era companheira do ex-cangaceiro Zé Sereno, esteve sentada em uma pedra fumando com Maria Bonita. E enquanto isso, ela percebeu luzes um pouco distantes em sua frente, como se fossem lanternas. Mas a Maria disse a ela que não se preocupasse, aquilo que ela estava vendo, não assustava, era vaga-lume.
Grota do Angico onde foram assassinados Lampião, Maria Bonita e mais 9 cangaceiros.
Uns falam que tudo foi combinado entre o tenente João Bezerra da Silva e o capitão Lampião, para que ele e sua Maria Bonita fossem embora, e depois que partissem, as volantes fariam a chacina aos cangaceiros que haviam ficado. Mas isso não tem procedência e muito menos credibilidade, porque, o desejo de todos policiais que procuravam os cangaceiros nas caatingas, principalmente os reis do cangaço, era eliminá-los do sertão sertanejo, e que com certeza, receberiam troféus, e que na história cangaceira, ficasse registrado eternamente quem teria sido o homem responsável pelas mortes dos reis do cangaço.
2 - Nada existe para dizer que Lampião não morreu na "Grota do Angico", Isto é indiscutível e fantasia de quem escreveu e saiu espalhando. Ele morreu naquela madrugada. Mas é preciso ser realizado com urgência o teste do "DNA", com os restos mortais do fazendeiro Lampião de Buritis, para colocar um ponto final nesta história tão sem graça e sem fundamento, que é do fazendeiro que se fazia ser o próprio Lampião do nordeste brasileiro.
Cabeça de Lampião
3 - Por que o suposto Lampião de Buritis afirmou ao escritor José Geraldo Aguiar que não poderia aparecerer, e só permitia a publicação da sua entrevista quando ele morresse, aí sim, o pesquisador podia publicar o seu trabalho sobre ele?
Ora! Após cinquenta anos que havia sido feita a chacina aos cangaceiros de Lampião, inclusive ele e a Maria Bonita foram assassinados, todos os marginais que escaparam do ataque, estavam libertos pelo indulto do então Presidente da República Getúlio Vargas, e ainda temia algo? O certo é que ele não era o Lampião do Nordeste do Brasil, e sabia demais que, se fizesse exposições das suas invencionices, os escritores e pesquisadores do nordeste os pegariam de imediado na mentira. Então, o melhor mesmo era ser rei do cangaço ocultamente na região Sudeste do Brasil.
4 - "Vou morrer no ano que vem!"
O que eu sei e aprendi bem direitinho a lição, através dos escritores e pesquisadores, que o capitão Lampião era um grande estrategista, mas evidente, aquele que adivinha o que irá acontecer com ele, e anunciar até o ano da sua morte, nunca ouvi falar isso dele em lugar nenhum.
5 - "O óbito foi registrado em nome de Antônio Maria da Conceição". Por que o suposto Lampião de Buritis tinha tanto medo de ser lembrado no meio do povo brasileiro? A verdade era porque ele soltava uma mentira atrás da outra. Ou então, estava se escondendo de outros problemas dele até mesmo contra a justiça de um Estado qualquer do Brasil. Lampião de verdade não temia autoridade nenhuma quando estava no cangaço, e muito menos depois que foram indultados todos os cangaceiros
6 - O suposto Lampião de Buritis, disse ao escritor José Geraldo Aguiar, que fugiu da chacina, porque recebeu ajuda de algumas pessoas amigas, inclusive o seu padim pade Cíço Romão Batista, de Juazeiro do Norte, que teria o ajudado também para se ocultar do nordeste.
Incrível! Quando aconteceu a chacina da "Grota do Angico" aos cangaceiros, o padre Cícero Romão Batista, da cidade de Crato e radicado em Juazeiro do Norte, já fazia 4 anos e 8 dias que estava tranquilamente repousando em seu belo túmulo. O religioso morreu no dia 20 de julho de 1934, e ajudado ao "Lampião de Buritis" na madrugada de 28 de julho de 1938, para desaparecer do nordeste através de milagres, e principalmente depois de morto, com certeza, o padre não lhe fizera de forma alguma. O Buritis criava coisa com coisa e o amigo Aguiar acreditava. Não quero aqui dizer que o cineasta inventou.
Túmulo do padre Cícero Romão Batista
Observe amigo leitor, de Virgulino Ferreira da Silva, o suposto Lampião de Buritis passou a ser chamado João Teixeira Lima, e foi sepultado com o nome Antonio Maria da Conceição. Que medo ele tinha ainda da polícia, hein! Mentiroso o depoente! O José Geraldo Aguiar não criou. Escreveu o que o depoente informou.
Mas esta de padre Cícero Romão Batista ter ajudado o suposto cangaceiro para fugir da "Grota do Angico", irá ficar na história como uma grande falha por parte do escritor, por não ter percebido que o religioso morreu no ano de 1934, e o que aconteceu com o fujão suposto "Lampião de Buritis" foi em julho de 1938. Que falha do escritor, e jamais será consertada! Mas o erro pertence a nós mesmos racionais. Os animais irracionais jamais erraram e nem errarão algum dia desse.
Meu grande amigo escritor José Geraldo Aguiar, por onde estiver, nada tenho contra o que você escreveu, apenas um erro grave sobre o padre Cícero, o resto você repassou o que lhe informaram, mas tudo fantasiado pelos seus depoentes.
Ezequiel Ferreira
Também existem as dúvidas até hoje sobre o ex-cangaceiro Ezequiel Ferreira da Silva, o irmão mais novo do capitão Lampião, que a sua morte indiscutível, aconteceu no dia 24 de abril de 1931, em Paulo Afonso, Bahia, no povoado chamado Baixa do Boi, terras pertencentes na época a Santo Antonio da Glória do Curral dos Bois. O tenente Arsênio que conseguiu efetuar uma rajada de metralhadora, e acabou acertando a barriga de Ezequiel Ferreira.
Cruz fixada nas proximidades da Lagoa do Mel (Povoado Baixa do Boi - Paulo Afonso/BA). Local onde ocorreu o combate entre o bando de Lampião e a Volante baiana comandada pelo Tenente Arsênio Alves de Souza. Pesquisadores Sandro Lee e João de Sousa Lima ladeando a cruz do Ezequiel Ferreira da Silva fixada nas mediações onde aconteceu o confronto entre o bando cangaceiro e a Volante baiana. - http://cangacologia.blogspot.com/2018/07/cruzes-do-cangaco.html
"A arma depois emperrou e o tenente conseguiu retirar o percussor (ferrolho) e fugiu, levando a peça que deixaria a matadora inutilizável. Nesse dia, Lampião chorou amargamente a morte do irmão caçula, e teve que enterrá-lo, com a ajuda de Antonio Chiquinho, próximo a Lagoa do Mel. Era a vida dos que viviam pelo poder das armas, que tombavam no dia a dia, pelo aço lacerante do pipocar das artilharias dos diversos grupos que traçaram as páginas do cangaço no nordeste brasileiro". (J. de Sousa Lima).
Ângelo Osmiro e João de Sousa Lima - http://joaodesousalima.blogspot.com/2014/08/cariri-cangaco-em-sousa-paraiba-os.html
Muitos estudiosos do cangaço já escreveram sobre a morte do Ezequiel Ferreira da Silva, inclusive os escritores e pesquisadores João de Sousa Lima e Ângelo Osmiro Barreto. O João fez trabalho sobre o fim do ex-cangaceiro Ponto Fino juntamente com o pesquisador e cineasta de Fortaleza Aderbal Nogueira.
Mas aí não termina a história. No ano de 1984, apareceu em Serra Talhada um homem de idade avançada, e foi hospedado na casa do Sr. Genésio Ferreira, primo de Lampião verdadeiro, e segundo ele, dizendo ser Ezequiel Ferreira da Silva, irmão mais novo dos Ferreiras, que precisava tirar documentos e cuidar de uma possível aposentadoria. Ele disse que ficou no grupo do irmão até julho de 1938, quando Lampião fez uma reunião para comunicar aos companheiros que abandonaria o cangaço, e com ele, fugiram disfarçados: Lampião, Luiz Pedro Cordeiro ou do Retiro, Félix da Mata Redonda e ele, tendo ficado no Estado do Piauí, mas Luiz Pedro e Lampião tomaram o destino de Goiás, onde o rei do cangaço teria morrido no ano de 1981.
Cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira
O mais interessante é que na lista dos que estavam no coito, lá na Grota do Angico, organizada por pesquisadores, o Ezequiel Ferreira não aparece, e nenhum que sobrou da saga do capitão Lampião, nunca relatou que ele estava lá. Para alguns que acreditam nesta hipótese, é porque ainda não viu a lista e nem tem interesse de vê-la. O mais correto para eles é acreditar no que foi dito por pessoas que nem pesquisaram, apenas acompanharam o disse me disse de rodas de amigos.
O cangaceiro Luiz Pedro
O suposto Ezequiel Ferreira da Silva, falou ao Genésio Ferreira, que o ex-cangaceiro Félix da Mata Redonda, também teria fugido com eles, antes dos policiais iniciarem a chacina aos cangaceiros. Mas em nenhum momento ele fez referência sobre o cangaceiro Félix da Mata, isto é, onde teria ficado depois que se separaram.
Sobre os documentos que ele não tinha ainda, não dá para a gente acreditar, porque o senhor José Ferreira dos Santos não deixou nenhum dos seus filhos sem serem registrados, e por que somente ele não fora escrito em cartório nenhum em Vila Bela, ou em outra cidade de Pernambuco, atualmente Serra Talhada?
O cangaceiro Félix da Mata Redonda
A história da morte do Virgolino Ferreira da Silva, o capitão Lampião - o suposto Ezequiel disse que ele morreu em 1981. Já o José Geraldo Aguiar diz em seu livro "Lampião, o Invencível. Duas Vidas, Duas Mortes. O Outro Lado da Moeda" que o perverso e sanguinário Lampião morreu com o nome de Antônio Maria da Conceição, em 3 de agosto de 1993, em Buritis, no Estado de Minas Gerais. De ambas as partes, são histórias que a gente não tem como acreditar. Ezequiel informa uma data, já o José Geraldo Aguiar esclarece outra.
Suposta Maria - https://manoelhiginoconsultor.wordpress.com/tag/o-livro-de-jose-geraldo-aguiar/
O fotógrafo José Geraldo Aguiar diz que a Maria Bonita (oficialmente Maria Gomes de Oliveira) viveu por lá com o nome de Maria Teixeira Lima, e teria morrido aos 67 anos em 3 de agosto de 1978, na cidade de Montes Claros, no Estado de Minas Gerais.
Mas o suposto Ezequiel Ferreira, não falou que Maria Bonita os acompanhou quando fugiram da "Grota do Angico". Tanto o suposto Lampião de Buritis, como o que se dizia ser o próprio Ezequiel Ferreira, criaram datas sem fundamentos para os falecimentos da Maria Bonita e do capitão Lampião. Sendo assim, nós que estudamos o cangaço de modo geral, notamos que as histórias dos dois depoentes, tanto o Lampião de Buritis como a de Genésio Ferreira não têm fundamentos de forma alguma.
Agora aparecem as sepulturas das cangaceiras Rosinha Soares, filha do vaqueiro Lê Soares, e também da ex-cangaceira Lídia Pereira, companheira do ex-cangaceiro Zé Baiano, que foi morta a pauladas por ele mesmo.
Pesquisador Robério Santos
Esta novidade é muito importante para os que estudam o cangaço de modo geral. Ela foi descoberta pelo jornalista, escritor e pesquisador do cangaço Robério Santos, que desde alguns anos vem fazendo um excelente trabalho sobre a literatura lampiônica. E além do que ele escreveu para o nosso aprendizado, fez belas gravações das covas das duas ex-cangaceiras. Parabéns para o escritor.
https://www.youtube.com/watch?v=d6nPz8Jjbms
E agora, será que isso irá ficar como as outras ossadas que estão até hoje sem uma comprovação, que são ou não dos verdadeiros Ferreiras? O Brasil quer saber, principalmente o nordeste brasileiro.
Quem tomaria de conta disto? As cidades que pariram estes cangaceiros e cangaceiras. Dizem que para ser feito um "DNA" de cadáver histórico, é uma burocracia assutadora. Mas se todos governantes quiserem, nada será difícil.
OS "DNAs" do suposto Lampião de Buritis e do Ezequiel Ferreira da Silva ficariam por conta da cidade de Serra Talhada, no Estado de Pernambuco, já que foi ela quem os pariu.
A ossada da ex-cangaceira Rosinha do facínora Mariano Laurindo Granja quem pagaria as despesas do "DNA", seria a cidade de Poço Redondo, porque o seu berçário de nascimento, foi em terras poçoredondense. Tenho certeza que se isso for pedido por alguém ao prefeito em exercício, ele mandará realizar o "DNA" da sua famosa cangaceira.
Acho que se o escritor Alcino Alves Costa estivesse vivo, batalharia com a prefeitura de Poço Redondo para que o "DNA" da suposta Rosinha Soares acontecesse.
Escritor e ex-prefeito de Poço Redondo Alcino Alves Costa autor do livro Lampião Além da versão Mentiras e Mistérios de Angico.
Já a ossada da ex-cangaceira Lídia Pereira de Souza, que era lá de Salgadinho, em Paulo Afonso, no Estado da Bahia, ficaria aos cuidados desta cidade para realizar o "DNA" da sua filha, e mostrar a toda população que na verdade, que aqueles restos mortais, são (não) da ex-cangaceira Lídia, considerada a mulher mais bonita de todo o bando, do afamado e sanguinário capitão Lampião.
Adquira-o através deste e-mail: franpelima@blo.com.br
Tenho plena certeza que todos os escritores e pesquisadores do cangaço brasileiro, que organizam a literatura lampiônica merecem ser reconhecidos pelos seus trabalhos. E tenho certeza, quantos deles estão esperando que seja feito, pelo menos o "DNA" do Lampião de Buritis, lá do Estado de Minas Gerais?
Mas parece que as cidades que são as verdadeiras mães destes e destas facínoras, temem a verdade, e se isolam por total dos que tentam com responsabilidades completarem o dominó do cangaço, principalmente da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia".
O cordelista e cantor Pedro Motta Popoff
Se você quiser saber mais sobre Rosinha de Lé Soares que era companheira do cangaceiro Mariano Laurindo Granja, e de Lídia Pereira de Sousa, do ex-cangaceiro Zé Baiano, adquira com urgência este livro. O autor passou 11 anos pesquisando para nos entregar uma grande obra sobre o cangaço. O livro tem 740 páginas, 4 centímetros de altura e é do tamanho de folha ofício.
Informação ao leitor:
O que eu escrevi não tem nenhum valor para a literatura lampiônica. E nada irá prejudicar o que os cineastas do cangaço gravaram e nem o que os escritores e pesquisadores já escreveram. São apenas as minhas inquietações sobre o que informaram os depoentes.
Muito gostoso falar sobre essa pequena abelha da nossa terra que não tem ferrão, mas bota para correr até cabra valente. Pode ser chamada de arapuá aqui no sertão, mas o seu nome indígena – que significa mel redondo – possui uma grande variação conforme as regiões, como irapuã, arapuã, aripuã, aripuá, arapu, axupé, cupira, urupuca e várias outras. Referindo-se à abelha no masculino como falam os sertanejos, o Arapuá faz a sua colmei na parte externa dos galhos de árvores, que se tornam um monte arredondado, daí o “mel redondo”, formato do seu enxu ou inxu também assim denominado no sertão, toda colmeia grande ou pequena. Essa minúscula danadinha gosta muito de árvores frutíferas e seus galhos mais altos, como a mangueira, por exemplo.
Nem precisa ir diretamente atrás do inxu, tirar o mel, basta chegar por perto, subir na árvore para pegar uma fruta nas proximidades das abelhas. Isso chega a ser muito divertido por quem assiste a cena de uma perseguição em massa por conta das pequeninas. O bando ataca, principalmente, o cabelo, onde se enrosca e morde por todos os lugares, com risco de penetração nos ouvidos, e nariz. Enquanto isso, a vítima parece louca, apavorada, tentando descer da árvore e se livrar da arapuá nos cabelos. Imita um boneco de mola enlouquecido, ligado na tomada. Muitos e muitos risos pelos arredores. “Corra, cabra velho, que o que elas querem é distância entre você e o inxu”. Geralmente, tudo acaba bem e o sujeito sai de cara feia olhando para trás e que mais a frente ele próprio estará rindo e contando a presepada.
O tamanho de um inxu de arapuá é visto de longe, chama muita atenção até para os acostumados sertanejos. Poderíamos aqui falar em detalhes sobre a abelha arapuá (Trigona spinipes) mas o amigo ou amiga talvez não estejam interessados (as) em minúncias, sendo o foco do tema as brincadeiras que essas simpáticas abelhas pretas pequenas e lustrosas fazem para botar o cabra para correr quando se sentem ameaçadas. Representam mais um encanto e coisas engraçadas do sertão nordestino. Mas existe também uma abelha chamada inxuí, que por ser muito pequena, bem como sua colmeia, foi até motivo de nome de lanchonete minúscula na cidade de Arapiraca, com ideia do escritor Zezito Guedes.
Antônio Alexandre da Cunha Filho - Tota - cantor do conjunto musical João de Mocinha.
Meus amigos que foram adeptos das inesquecíveis Casa de Menores Mário Negócio e a famosa Editora Comercial, Railton Melo, Jorge Braz, Pedro Nascimento, Manoel Flor de Melo e João Augusto Braz, sei que vocês
não foram festeiros daquele clube “Forró do João de Mocinha” estabelecido à Rua
da Harmonia em Mossoró, no grande Alto de São Manoel, fundado entre os anos de
1966 a 1967, por Francisco de Assis Lemos (o Chico), filho do homem que o forró
recebera o seu nome, mas sabem que durante muitos anos, aos sábados e aos
domingos à noite, algumas vezes, uma matinê no sábado, animou os festeiros do
São Manoel e de outros bairros com o som da amada sanfona, triângulo e zabumba,
onde lá, o cavalheiro pegava a sua dama, e só no bico do sapato, divertia a si
mesmo e a sua morena, ali, aconchegado, e de ponta a ponta, o casal rodopiava o
salão do ambiente.
O forró não
tinha regras para se participar da festa, podia entrar quem quisesse, mulheres de
bons modos, mulheres de vida livre, desde que pagassem a entrada de acordo com o
preço estabelecido na portaria, e rigorosamente, os festeiros respeitassem o ambiente. Nada
grátis, afinal, o dono fazia gastos e mais gastos com instrumentos musicais, e
procurava manter o conjunto com bons músicos, para que o forró funcionasse nos
finais de semanas, e fizesse mais ainda sucesso, e divertisse os festeiros.
O nome do
conjunto era “Os Diamantinos” de propriedade do Chico, que começou com
instrumentos improvisados, e aos poucos, foi se aperfeiçoando, e era
administrado por seu pai João de Mocinha, tendo como componentes: Crooner
Antônio Alexandre da Cunha Filho (vulgo Tota), cujo, foi meu colega de trabalho da empresa do Governo Estadual, na Educação. No triângulo, João Batista (vulgo
Doidelo), este é meu primo de 2º grau, porque, as nossas avós eram irmãs. Ainda
no triângulo e bateria o Antonio Aírton de Carvalho (já falecido) e no baixo o
Edilson de Teotônio, irmão de Alcimar dos Teclados, nosso grande amigo e primo dos meus primos.
Alcimar dos Teclados e sua esposa - também é cantora. Grandes artistas musicais.
Quando Edilson
saiu do grupo, quem assumiu o contrabaixo foi o Geniel, também meu primo de 2º
grau, filho do Olegário Ismael Jácome e de Francisca de tia Adelaide Maria da
Conceição. Na guitarra, era responsável pelo som um jovem com o vulgo de Chico
Cascudo.
Com este nome, o conjunto musical “Os Diamantinos” permaneceu durante 13 anos, e foi uma
homenagem a uma freira do Ceará, amiga do padre Sales, que por aqui vivia, e
sugeriu aos proprietários este nome de fantasia, o qual foi muito bem escolhido
e abençoado por Deus.
O proprietário
do clube acreditou e com muito sacrifício, investiu, chegando a ser uma das
casas de shows melhores da periferia de Mossoró. O forró do João de Mocinha era
tradição na cidade, e conquistou a população fazendo grande sucesso. Esta foi a
primeira fase do conjunto musical “Os Diamantinos” que durou de 1966 a 1979.
A segunda fase
do ”Forró do João de Mocinha”, teve início logo a seguir, em 1979, quando o conjunto “Os
Diamantinos”deixou de existir, recebendo o nome de “The Black Som” considerada
a fase de “ouro” do grupo, tendo sido comprado mais instrumentos com maiores
potências no que diz respeito a decibéis. Nesse período, alguns componentes
deixaram de fazer parte do conjunto, como por exemplo: Geniel, que deixou o
grupo, e que a sua vaga de baixista foi preenchida por um jovem chamado Neto. O
crooner de “Os Diamantinos” o “Tota” permaneceu até dois anos no “The Black
Som”, mas posteriormente, ele deixou a banda, e a vaga foi preenchida pelos
cantores Sales de Aleixo e uma jovem com o nome de Aledir.
A fama do
forró fez com que o Chico investisse mais ainda, comprando instrumentos como
teclado, caixas de som de alta potência, além de baterias e tumbas de alto
curto.
O forró andava
bem, obrigado, mas quando o proprietário resolveu colocar um empresário, que
havia mudado o nome para “The Balack Som”, e por ironia do destino, não se sabe
se foi afastamento dos festeiros, porque já existiam outros clubes nas
periferias de Mossoró, ou se foi administração do empresário que não chegou a
satisfazer aos frequentadores, e a partir daí, o conjunto caminhou para a
decadência.
E para ver se
recuperava o sucesso que fez o conjunto antes, pai e filho resolveram convidar
os antigos componentes, como o Tota, o Geniel, o Airton, o João Batista
(Doidelo), o Edilson..., e como ninguém quis mais fazer parte do grupo, ele foi
fracassando, sem mais ter casa cheia no ambiente, e assim foi de água abaixo,
chegando a falência.
Se o grupo “Os
Diamantinos” fez bastante sucesso, mais ainda fez o “The Black Som”, e com a
entrada do empresário, o conjunto perdeu o rumo, chegando o proprietário
encaixar os seus instrumentos, guardando-os, esperando por uma outra
oportunidade, a qual, nunca mais existiu.
Que pena! Um
clube que fez muito sucesso só restou a saudade a quem nele frequentou, e o
prédio todo desmoronado que ainda tenta resistir em pé.