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domingo, 18 de dezembro de 2011

Arquivo da tag: Alto do Moura - O CANGACEIRO LAMPIÃO, SEGUNDO MESTRE VITALINO

By Rostand Medeiros
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A peça aqui apresentada foi realizada pelo grande mestre ceramista Vitalino Pereira dos Santos (1909 – 1963), mais conhecido popularmente como Mestre Vitalino.
Foto obtida a partir do exemplar do jornal "A Gazeta", edição de sábado, 6 de janeiro de 1962, São Paulo-SP - Fonte - Coleção do autor
Filho de humildes lavradores, Vitalino passou a desenvolver a partir dos 6 anos de idade a modelagem de bonecos de barro de pequenos animais para servirem como seus brinquedos. Utilizava como matéria prima as sobras do barro usado por sua mãe na produção de utensílios domésticos como panelas, recipientes e pratos, que eram vendidos na feira de Caruaru.
Com o tempo passou a representar o meio em que vivia, o modo de vida do nordestino que vivia no interior de  Pernambuco e as suas manifestações folclóricas. Este tipo de retratação é conhecida como arte figurativa.
Outra figura comprovadamente de Mestre Vitalino, mostrando Lampião - Fonte - http://www.ceramicanorio.com/

Certamente o jovem Vitalino ouviu muitas histórias de acontecimentos relativos a passagens dos bandos pela sua região, principalmente as ligadas a figura de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.
Não sei se vivendo próximo a Caruaru, ouve alguma oportunidade de Vitalino ficar  frente a frente de algum grupo cangaceiro, ou se teve oportunidade de conhecer o “Rei do Cangaço”.  Mas como Lampião adorava ser fotografado, certamente Vitalino teve oportunidade de visualizar a sinistra figura e criar um boneco deste cangaceiro através de sua peculiar arte, como o apresentado aqui nesta foto.
Mestre Vitalino - Fonte - http://www.nordesteweb.com/
Não sei maiores detalhes da peça apresentada na primeira foto do artigo, nem onde a mesma se encontra, mas percebo que ela é bem distinta de outras peças do Mestre Vitalino que retratam o cangaceiro Lampião.
Mas Vitalino não era apenas ceramista, na década de 1920, a banda Zabumba Vitalino, da qual é o tocador de pífano principal.
Depois muda-se para o povoado Alto do Moura, para ficar mais próximo ao centro de Caruaru. Ele mesmo ensinava as técnicas aos seus amigos “bonequeiros”, como se auto denominavam. Mostrava como escolher o barro, socar, peneirar, secar , queimar no fogo à lenha e a como modelar.
Vitalino fotografado pelo francês Pierre Verger - Fonte - http://www.hak.com.br/
Oferecendo seu trabalho na feira de Caruaru, sua atividade como ceramista permanece desconhecida do grande público até 1947, quando o desenhista e educador Augusto Rodrigues (1913 – 1993) organiza no Rio de Janeiro a 1ª Exposição de Cerâmica Pernambucana, com diversas obras suas. Segue-se uma série de eventos que contribuem para torná-lo conhecido nacionalmente e são publicadas diversas reportagens sobre o artista, como a editada pelo Jornal de Letras em 1953, com textos de José Condé, e na Revista Esso, em 1959.
Em 1955, integra a exposição Arte Primitiva e Moderna Brasileiras, em Neuchatel, Suíça. O Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais e a Prefeitura de Caruaru editam o livroVitalino, com texto do antropólogo René Ribeiro e fotografias de Marcel Gautherot (1910-1996) e Cecil Ayres. Nessa época, conhece Abelardo Rodrigues, arquiteto e colecionador, que forma um significativo acervo de peças do artista, mais tarde doadas para o Museu de Arte Popular, atual Museu do Barro de Caruaru.
Mestre Vitalino, em 1960, realiza viagem ao Rio de Janeiro e participa da Noite de Caruaru, organizada por intelectuais como os irmãos João Condé e José Condé, ocasião em que suas peças são leiloadas em benefício da construção do Museu de Arte Popular de Caruaru. Participa de programas de televisão e exibições musicais, comparece a eventos e recebe diversas homenagens, como Medalha Sílvio Romero. Nessa ocasião, a Rádio MEC realiza a gravação de seis músicas da banda de Vitalino, lançadas em disco pela Companhia de Defesa do Folclore Brasileiro na década de 1970. Em 1961, atendendo a pedido da Prefeitura de Caruaru, doa cerca de 250 peças ao Museu de Arte Popular, inaugurado nesse ano.
Lampião de Mestre Vitalino, exposta no Museu de História e Artes do Estado do Rio de Janeiro - Fonte - http://www.hak.com.br/
Sua obra principal compreende mais de cem peças de diversos tamanhos feitas de massapé, extraído do rio Ipojuca, que se encontram nos principais museus do país. Destacam-se Casa de Farinha, Zabumba, Lampião e Vaquejada. Assina, a partir de 1949, peças marcadas com o carimbo VPS.
Em 1971, é inaugurada no Alto do Moura, no local onde o artista residiu, a Casa Museu Mestre Vitalino. No espaço, administrado pela família, estão expostas suas principais obras, além de objetos de uso pessoal, ferramentas de trabalho e o rústico forno a lenha em que fazia suas queimas.
Algumas  de suas  peças  estão expostas no Museu de Arte Popular de Caruaru, Casa Museu Mestre Vitalino, no Alto do Moura, na casa  onde  viveu, no acervo do Museu  do Homem  do  Nordeste  da  Fundação  Joaquim  Nabuco, em Recife  e  até no  Museu do Louvre,  em Paris.
Outra de Lampião a cavalo, exposta nos Museus Castro Maya, Rio de Janeiro - Fonte - http://www.itaucultural.org.br/

Após  sua  morte,  em  20  de  Janeiro  de 1963, suas peças continuaram sendo produzidas pelos filhos, netos e outros ceramistas da  região.  
FONTE DE PARTE DO TEXTO AQUI APRESENTADO - http://www.itaucultural.org.br

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Extraído do blog: Tok de História do historiógrafo Rostand Medeiros

Comentário

do escritor e pesquisador do cangaço

 

João de Sousa Lima, sobre o artigo do pesquisador e colecionador do cangaço Ângelo Osmiro Barreto.


Clique no Link para ler o artigo:


Meu caro amigo Ângelo,

Sem que eu tivesse lido essas mentiras já fiz um comentário, agora imagina lendo essas imbecilidades ditas por esse dublezinho de escritor!!!!
Parabéns pelo texto e por tomar uma titude diante de uma análise tão mentirosa e de estudos infundados.

abraço
joão de sousa lima

Antiga fotografia da família Ferreira em Juazeiro do Norte - Ceará.

Por: Guilherme Machado
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Lampião e seus irmãos em 1920.


Antiga fotografia da família de Lampião, em Juazeiro do Norte, no Ceará, em 1920. Virgulino é o do centro usando Óculos. Os  que estão de pé, à esquerda é: Ezequiel, e o do meio é João Ferreira. O da extrema direita é Antonio Ferreira, e  as quatro moças são irmãs dos Ferreiras.

Extraído do blog: Portal do Cangaço de Serrinha - BA,
do amigo Guilherme Machado.

Baluartes da Nossa História - 12 de Junho de 2009

Por: Geraldo Maia do Nascimento

A história de Mossoró está fundamentada no trabalho de seis grandes pesquisadores que são: Francisco Fausto de Souza, Luís da Câmara Cascudo, Vingt-un Rosado Maia, Raimundo Nonato da Silva, Lauro da Escóssia e Raimundo Soares de Brito. Não se pode escrever nada sobre a história de Mossoró sem citar um ou mais dos estudiosos acima. Cada um com seu estilo próprio, cada um com suas interpretações dos fatos, interpretações essas que são sempre apoiadas por vasta documentação, cada um com suas verdades. E nós, que ousamos recontar a cada semana um pouco da nossa história, resolvemos dedicar esse primeiro estudo de 2003 a esses mestres, verdadeiros baluartes da história de Mossoró: 
Francisco Fausto de Souza – nasceu em Mossoró/RN no dia 19 de maio de 1861. Foi Intendente de Areia Branca de 1911 a 1928 (6 legislatura consecutivas). Presidente da Intendência de 1914 a 1928 e Prefeito Constitucional de 1929 a 8 de outubro de 1930. Era funcionário público e industrial. Maçom e abolicionista, tendo participado da memorável campanha de 1883. Foi Deputado Estadual por várias vezes. Ninguém conhecia mais a história de Mossoró do que ele. Foi memorialista, genealogista e pesquisador. Faleceu na cidade de Areia Branca no dia 14 de janeiro de 1931. 
Luís da Câmara Cascudo – nasceu em Natal/RN a 30 de dezembro de 1898. Estudou humanidades no Ateneu norte-rio-grandense, cursando posteriormente Medicina na Bahia e no Rio de Janeiro até o 4º ano quando desistiu da carreira, ingressando na Faculdade de Direito do Recife, onde formou-se em 1928. Publicou mais de 140 livros no Brasil e exterior, sendo o nosso expoente cultural de maior expressão. Era historiador, etnógrafo, folclorista, antropologista, sociólogo, ensaísta, jornalista, memorialista, cronista e romancista de costumes. Faleceu em Natal no dia 30 de julho de 1986. 
Vingt-un Rosado Maia – nasceu em Mossoró/RN a 25 de setembro de 1920. Engenheiro Agrônomo, fundador da ESAM – Escola Superior de Agronomia de Mossoró e membro de várias sociedades culturais e científicas do país. Foi um grande estudioso da história de Mossoró. Seus estudos vão da Zootecnia, Botânica, Paleontologia, Estatística, Geografia, Malacologia, Geologia, Arqueologia até a história. É a maior expressão cultural de Mossoró. Falecei a caminho de Natal em 21 de dezembro de 2005.
Raimundo Nonato da Silva – nasceu em Martins/RN no dia 18 de agosto de 1907. Formado em Direito pela Faculdade de Alagoas, ingressou no Ministério Público, sendo nomeado Juiz de Direito da Comarca de Apodi, em cuja função se aposentou. Foi professor, magistrado, jornalista, cronista, historiador, escritor e poeta. Faleceu no Rio de Janeiro em 22 de agosto de 1993. 
  
Lauro da Escóssia – nasceu em Mossoró/RN em 14 de março de 1905. Iniciou-se no jornalismo por volta de 1922, neste centenário jornal “O Mossoroense”, do qual mais tarde seria seu Diretor. Foi memorialista, genealogista e historiador. Faleceu em 19 de julho de 1988. 
Raimundo Soares de Brito – nasceu em Caraúbas/RN em 23 de abril de 1920. Foi comerciário, comerciante, agente municipal de estatística, agente postal telegráfico e gerente telegráfico, função na qual se aposentou por tempo de serviço. Desde então vem se dedicando ao estudo da histórica do oeste potiguar. Raibrito, como é chamado pelos que desfrutam da sua amizade, já chegando aos 83 anos de idade, continua com a disposição de quem está iniciando, quando o assunto é pesquisa. É um incansável trabalhador da cultura e guardião do maior acervo sobre a história do oeste potiguar. 
Sobre estes seis historiadores se apoia a cultura de Mossoró. Francisco Fausto, Câmara Cascudo, Raimundo Nonato, Lauro da Escóssia e Vingt-un Rosado já não estão entre nós; vivem através de suas obras. Raimundo Brito continua, graças a Deus, no divino ofício de publicar livros, com o único objetivo de deixar para as gerações futuras inesgotáveis e preciosas fontes de pesquisas. E nesse momento, em que o historiador Raibrito se encontra enfermo, só nos resta pedir a Deus que sua recuperação seja breve, para que possamos desfrutar ainda por muito tempo, da companhia deste verdadeiro guardião da cultura de Mossoró.

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Autor:
Geraldo Maia do Nascimento

COMO ERA DESCONFORTÁVEL ESTUDAR NO PASSADO

By: Rostand Medeiros
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Aqui vemos uma típica cadeira, ou carteira escolar do Brasil na década de 20 do século passado, mostrando quando era desconfortável estudar naquele tempo.
Em compensação a educação era levada a sério, a profissão de professor era paga com um salário digno, haviam pessoas que trabalhavam satisfeitas, a classe política parecia ter um maior engajamento a favor da educação.
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Extraído do blog: Tok de História - do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros

Severos castigos aplicados por Lampião e seu Grupo

Por: Guilherme Machado
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Severos castigos aplicados por Lampião e seu Grupo, a traidores e a macacos de volantes. Castração e ferraduras e até mesmo a decaptação da lingua, do traidor linguarudo!



O cidadão que aparece mostrando suas partes íntimas é Pedro José dos Santos (Pedro Batatinha), de 22 anos, que foi capado por dois cangaceiros de Lampião, os irmãos: Fortaleza e Cajueiro no Estado de  Sergipe. 

  Ainda não temos a data e o motivo para tão duro castigo,  neste pobre miserável. A pesquisa não para por aqui.
 
Extraído do blog: Portal do Cangaço de Serrinha - BA,
do amigo Guilherme Machado.

JOÃO CAFÉ, O ADVOGADO CHEGOU A PRESIDENTE DO BRASIL

By Rostand Medeiros
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Nesta propaganda de junho de 1921, vemos o advogado João Café Filho apresentando seus serviços profissionais nas páginas do jornal “A Republica”.
Advogado dos sindicatos

Em entrevistas com pessoas mais idosas, descobri que em Natal ele era conhecido socialmente como “João Café”.
Foi o único presidente brasileiro oriundo do Rio Grande do Norte, teve durante a sua vida política uma aproximação muito forte com o operariado, como podemos ver na sua carteira de clientes, que ele fazia questão de anunciar.
Além do fato dele ter sido o primeiro potiguar a chegar ao cargo máximo do executivo federal, acho que no nosso estado a trajetória de vida de Café Filho é lembrada por basicamente dois fatos; por ele ter sido um péssimo goleiro do Alecrim Futebol Clube. E o segundo é o porquê dele não ter conseguido chegar ao cargo de governador do Rio Grande do Norte e de como as forças políticas conservadoras agiram para impedir que ele alcançasse  este cargo na década de 1930.
Interessante existir uma terra que lembra de um dos seus maiores expoentes políticos através de uma falta de categoria futebolística e de uma derrota política.
João Café Filho nasceu em Natal (RN) no dia 3 de fevereiro de 1899, filho de João Fernandes Campos Café e de Florência Amélia Campos Café. Mudou-se para Recife em 1917, passando a trabalhar como comerciário para custear os estudos na Academia de Ciências Jurídicas e Comerciais. Retornou a Natal sem concluir seus estudos superiores mas, mesmo assim, baseado na sua experiência prática junto aos tribunais, prestou concurso para advogado do Tribunal de Justiça, obtendo êxito.
Capa da revista norte-americana Time - Fonte -
http://terceiroband.blogspot.com/
A atividade regular de Café Filho no campo do jornalismo começou em 1921, quando fundou oJornal do Norte, impresso nas oficinas de A Opinião, órgão oposicionista. Disputou, sem êxito, uma cadeira de vereador em Natal no ano de 1923. Mudou-se para Recife em 1925, tornando-se diretor do jornal A Noite, onde passou a escrever reportagens e propaganda política. Viajou para a Bahia e, durante o ano de 1927, viveu nas cidades de Campo Formoso e ltabuna.
Mudou-se para o Rio de Janeiro no início de 1929, tornando-se redator do jornal A Manhã. Durante a Revolução de 1930 Café Filho transferiu-se para o Rio Grande do Norte, onde foi nomeado chefe de polícia. Fundou em abril de 1933 o Partido Social Nacionalista (PSN) do Rio Grande do Norte, organizado para concorrer às eleições de maio seguinte para a Assembléia Nacional Constituinte. Afastado da chefia de polícia, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como inspetor no Ministério do Trabalho até julho de 1934.
Com o fim dos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte e a fixação da data de 14 de outubro para a realização de eleições para a Câmara Federal e as assembléias constituintes estaduais, Café retornou ao Rio Grande do Norte e foi eleito deputado federal para a legislatura iniciada em 3 de maio de 1935.
Com o desgaste do Estado Novo, Getúlio Vargas adotou no início desse ano uma estratégia reformista que visava garantir para o próprio governo o controle da transição em curso na política nacional. Decidido a concorrer ao parlamento em dezembro, Café Filho viajou para o Rio Grande do Norte a fim de reagrupar seus antigos correligionários em uma nova agremiação. Suspeito de realizar manobras continuístas, Vargas foi deposto por um golpe militar em 29 de outubro de 1945. José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), assumiu temporariamente a chefia do governo e as eleições de 2 de dezembro foram mantidas, resultando na vitória de Dutra. O Partido Republicano Progressista (PRP) teve um desempenho muito fraco, elegendo apenas Café Filho e Romeu dos Santos Vergal para a Assembléia Nacional Constituinte, que se reuniria a partir de 5 de fevereiro de 1946.
Quando Vargas foi reeleito em outubro de 1950, Café Filho obteve a vice-presidência. Além disso, também foi reeleito deputado federal pelo Rio Grande do Norte. Em 22 de agosto de 1954 um grupo de oficiais da Aeronáutica liderados pelo brigadeiro Eduardo Gomes, lançou um manifesto, assinado também por oficiais do Exército, exigindo a renúncia do presidente que, mesmo assim, manteve sua posição de permanecer no cargo. No dia seguinte Café Filho discursou no Senado comunicando a negativa de Vargas em aceitar a renúncia conjunta, e seu pronunciamento foi considerado um rompimento público com o presidente.
A situação se agravou com a divulgação, no dia 23, de um manifesto assinado por 27 generais exigindo a renúncia de Vargas. Na madrugada seguinte, Café deixou clara sua disposição de assumir a presidência, ao mesmo tempo que Vargas comunicava a seu ministério a decisão de licenciar-se. Procurado por jornalistas e líderes políticos, Café mostrou-se disposto a organizar um governo de coalizão nacional caso o presidente se afastasse em caráter definitivo. Nas primeiras horas do dia 24, depois de receber um ultimato dos militares para que renunciasse, Vargas suicidou-se. A grande mobilização popular então ocorrida desarmou a ofensiva golpista e inviabilizou a intervenção militar direta no governo, garantindo a posse de Café Filho no mesmo dia.
Procurando diminuir o impacto produzido pela divulgação da Carta Testamento de Vargas, Café Filho emitiu logo sua primeira nota oficial, afirmando seu compromisso com a proteção dos humildes, “preocupação máxima do presidente Getúlio Vargas”.
No início de 1955 recebeu do ministro da Marinha um documento sigiloso assinado pelos ministros militares e por destacados oficiais das três armas, defendendo que a sucessão presidencial fosse tratada “em um nível de colaboração interpartidária” que resultasse em um candidato único, civil e apoiado pelas forças armadas. Tratava-se, indiretamente, de uma crítica à candidatura de Juscelino Kubitschek. O presidente apoiou o teor do documento e, diante dos comentários da imprensa sobre sua existência, obteve a aprovação dos signatários para divulgá-lo na íntegra pelo programa veiculado em cadeia radiofônica nacional A Voz do Brasil. Apesar dessa demonstração da oposição militar à sua candidatura, Kubitschek prosseguiu em campanha e seu nome foi homologado pela convenção nacional do Partido Social Democrático (PSD) em 10 de fevereiro.
Juscelino Kubitschek foi eleito e, com a divulgação dos resultados oficiais do pleito, a União Democrática Nacional (UDN) deflagrou uma campanha contra a posse dos candidatos eleitos, voltando a sustentar a tese da necessidade de maioria absoluta. Os setores mais extremados do partido, liderados por Carlos Lacerda, intensificaram sua pregação favorável à deflagração de um golpe militar. Entretanto, Café Filho e o general Lott reafirmaram seu compromisso com a legalidade.
Na manhã do dia 3 de novembro de 1955, Café Filho foi internado no Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, acometido de um distúrbio cardiovascular que forçou seu afastamento das atividades políticas. No decorrer do dia 11 o Congresso Nacional, reunido em sessão extraordinária, aprovou o impedimento de Carlos Luz para assumir o cargo, empossando Nereu Ramos, vice-presidente do Senado em exercício, na presidência da República.
No dia 13, Nereu Ramos visitou Café Filho no hospital, afirmando que permaneceria no governo apenas até sua recuperação. Entretanto, Lott e outros generais decidiram vetar o retorno do presidente por considerá-lo suspeito de envolvimento na conspiração contra a posse dos candidatos eleitos. Mesmo assim, no dia 21 Café Filho enviou a Nereu Ramos e aos presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF) uma declaração de que pretendia reassumir imediatamente seu cargo, o que provocou nova movimentação de tropas fiéis a Lott em direção ao Palácio do Catete e a outros pontos da capital. Café Filho dirigiu-se então à sua residência, também cercada por forte aparato militar, que incluía grande número de veículos blindados.
Na madrugada de 22 de novembro, o Congresso aprovou o impedimento de Café, confirmando Nereu Ramos como presidente até a posse de Juscelino em janeiro seguinte. Em 14 de dezembro essa decisão foi confirmada pelo STF, que recusou o mandado de segurança impetrado por Prado Kelly em favor da posse de Café.
Afastado da presidência, trabalhou entre 1957 e 1959 em uma empresa imobiliária no Rio de Janeiro. Em 1961, foi nomeado pelo governador Carlos Lacerda ministro do Tribunal de Contas do Estado da Guanabara, onde permaneceu até aposentar-se em 1969.
Casou-se com Jandira Fernandes de Oliveira Café, com quem teve um filho. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 20 de fevereiro de 1970.
Parte do material aqui utilizado teve como fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001]

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Extraído do blog:
Tok de História do historiógrafo Rostand Medeiros

SOBRE O LIVRO LAMPIÃO O MATA SETE.

Por: Ângelo Osmiro

Até o momento não havia feito qualquer comentário público sobre o livro Lampião O Mata Sete do escritor Pedro de Morais. Entretanto, apesar de não ter ainda terminado de ler todo o conteúdo do referido trabalho, (parei na página 169). Devidos às aberrações que esse trabalho contém não pude esperar terminar a leitura.

Como a maioria dos colegas que estudam o cangaço sabe, procuro adquirir tudo que sai sobre o cangaço, livros, revistas, jornais, qualquer coisa que o assunto esteja relacionado ao cangaço, com esse livro em questão não poderia ser diferente, apesar de ter ocorrido até uma campanha para que não se adquirisse o livro, como colecionador, não poderia aderir a essa campanha.
Tenho em minha biblioteca, relativo ao cangaço, exatos 588 livros, assim distribuídos, 388 livros que classifico como História do cangaço propriamente dita, 170 (livros com um ou mais capítulos relacionado ao cangaço) e 30 romances que tem o cangaço como cenário. Fora dessa relação temos ainda 106 livros sobre o
padre Cícero que também trata de cangaço, mas por haver classificado separadamente, não incluo nessa relação. Dentre todos esses livros não encontrei aberrações maiores do que nos traz o livro Lampião, O Mata Sete.
Fala-se muito que o autor diz que Lampião e


Luiz Pedro eram homossexuais, mas ele também diz a mesma coisa de Antônio Rosa, (segundo ele, parceiro de Virgulino na mocidade), Afora o “corrompido e afeminado fascínio por


Zé Saturnino” por parte de Virgulino e mais tantas outras que ficaria enfadonho citar aqui.

Meus amigos; não quero me alongar nesse comentário, somente deixar registrada minha indignação pelas informações distorcidas que trazem o livro em questão. Não se trata de qualquer tipo de preconceito, trata-se de valorizar a história, valorizar o trabalho que vários pesquisadores tiveram e ainda tem, nesses longos anos em busca de se aproximar da verdade, percorrendo milhares de quilômetros por amor a história e de uma hora para outra ver todo esse trabalho comprometido por causas de informações infundas, sem o mínimo de alicerce histórico. O pior de tudo é que sabemos que uma boa parte da imprensa valoriza esse tipo de coisa, levando que algumas pessoas, pouco ou mal informadas acabem por querer ridicularizar o trabalho de quem realmente estuda com seriedade o tema, já tão discriminado.
Relutei em postar esse comentário, estaria dando mais “corda” a esse trabalho? Mas resolvi postar em respeito e admiração aos pesquisadores que levam seus estudos a sério.

Ângelo Osmiro Barreto
Fortaleza-CE

Enviado pelo Delegado de Polícia Civil no Estado de Sergipe, Dr. Archimedes Marques.

José Lourenço


O beato José Lourenço foi um dos mais importantes dos seguidores de padre Cícero. Em uma terra doada pelo padre Cícero quando ainda vivo, o beato José Lourenço, movido por suas crenças religiosas, fundou a Comunidade do Caldeirão. Organizada em moldes socialistas, a comunidade logo atraiu contra si o ódio de todas as forças conservadoras do Nordeste. Era considerada perigosa pelos grandes proprietàrios de terra e pelo clero do Cariri. Deixava os fazendeiros sem a mão-de-obra barata e podia significar, na grotesca visão dos poderosos, um embrião do comunismo no senão. Na época do Caldeirão, o Brasil já vivia o Estado Novo.


Getúlio Vargas era o ditador. A comunidade do Caldeirão não poderia continuar. Uma ação militar é planejada. Mas quando os soldados chegam ao Caldeirão não encontram resistência dos camponeses.

Ao contrário do que se dizia, os camponeses seguidores do beato José Lourenço não estavam armados. No entanto, Caldeirão é destruída e os lavradores expulsos.

Tempos mais tarde, o beato José Lourenço, que havia conseguido fugir de Caldeirão, funda outra comunidade na serra do Araripe. Embora fosse pacífica, alguns dos seus seguidores, como o beato Severino Tavares, pregam a luta armada de resistência. Um grupo termina enfrentando um pelotão da policia. O capitão José Bezerra, odiado pelos camponeses por ter comandado a invasão e as violências no Caldeirão, é morto com mais 18 soldados, numa emboscada. A reação é imediata. Aviões do Ministério da Guerra metralham e bombardeiam a nova aldeia do beato Lourenço. O saldo do ataque: a vila incendiada e mais de mil camponeses mortos.

O site não apresenta autor do texto

Coronelismo e Messianismo

Brasil República 
Em 1934 morria em Juazeiro do Norte um "messias", também perseguido pela Igreja Católica, porém, ao contrário de
Antonio Conselheiro, o Padre Cícero Romão Batista era um aliado dos coronéis do Vale do Cariri, que a partir de 1912 lutaram contra a política de intervenções do governo federal e derrubaram o governador Franco Rabelo.
O MESSIANISMO

Considera-se como movimento messiânico, aquele que é comandado por um líder espiritual, um "messias", que a partir de suas pregações religiosas passa a arregimentar um grande número de fiéis, numa nova forma de organização popular, que foge as regras tradicionais e por isso é vista como uma ameaça a ordem constituída.
Esses movimentos tiveram importância em diversas regiões do país; no interir da Bahia, liderado pelo Conselheiro, em Juazeiro do Ceará, liderado pelo Padre Cícero, no interior de Santa Catarina e Paraná, liderado pelo beato João Maria e novamente no Ceará, sob comando do beato José Lourenço; somente foi possível devido a algumas condições objetivas como a concentração fundiária, a miséria dos camponeses e a prática do coronelismo, e por condições subjetivas como a forte religiosidade popular e a ignorância. Os grandes grupos sociais que acreditaram nos messias e os seguiram, procuravam satisfazer suas necessidades espirituais e ao mesmo tempo materiais.
O CONFLITO NO CEARÁ

A Guerra que tomou conta do Ceará entre dezembro de 1913 e março do ano seguinte refletiu a situação da política interna do país, caracterizada pela disputa das oligarquias pelo poder. A vida política brasileira era marcada pelo predomínio de poucas famílias no comando dos estados; as oligarquias utilizavam-se da prática do coronelismo para manter o poder político e econômico.

No início de 1912, a "Política de Salvações" do presidente Hermes da Fonseca atingiu o Ceará. A prática intervencionista acompanhada de um discurso moralizador serviu para derrubar a governador Nogueira Acciolly, representante das oligarquias tradicionais do estado, em especial da região do Cariri, no poder a quase 25 anos.
Em abril do mesmo ano, foi eleito o coronel Franco Rabelo como novo governador do Ceará, representando os grupos intervencionistas e os interesses dos comerciantes. Rabelo procurou diminuir a interferência do governo federal no estado e demitiu o prefeito de Juazeiro do Norte, o Padre Cícero.
O conflito envolveu, de um lado, o novo governador eleito, Franco Rabelo e as tropas legalistas, e de outro as tropas de jagunços comandadas por Floro Bartolomeu, apoiadas pelo padre Cícero e pelos coronéis da região do Cariri, contando ainda com o apoio do senador Pinheiro Machado (RS), desde a capital.
Floro Bartolomeu e Padre Cícero
O movimento armado iniciou-se em 9 de dezembro de 1913, quando os jagunços invadiram o quartel da força pública e tomaram as armas. Nos dias que se seguiram à população da cidade organizou-se e armou-se, construindo uma grande vala ao redor da cidade, como forma de evitar uma possível invasão.
A reação do governo federal demorou alguns dias, com o deslocamento de tropas da capital, que se somariam aos soldados legalistas no Crato. Apesar de estarem em maior número e melhor armados, não conheciam a região e nem as posições dos jagunços e por isso a primeira investida em direção a Juazeiro foi um grande fracasso, responsável por abater os ânimos dos soldados.
Os reforços demoraram a chega e as condições do tempo dificultaram as ações para um segundo ataque, realizado somente em 22 de janeiro e que não teve melhor sorte do que o anterior. Com novo fracasso, parte das tropas se retirou da região, possibilitando que os jagunços e remeiros invadissem e saqueassem as cidades da região, a começar pelo Crato, completamente desguarnecida. Os saques tinham por objetivo obter armas e alimentos e foram caracterizados por grande violência.
A última investida legalista ocorreu em fevereiro sob o comando de José da Penha, que acabou morto em combate.
Tropas de jagunços comandadas por Floro Bartolomeu
A partir de então, Floro Bartolomeu começa a organizar uma grande tropa de jagunços com o objetivo de ocupar a capital Fortaleza. Durante os primeiros dias de março, os jagunços ocuparam diversas cidades e as estradas do interior e se aproximavam da capital, forçando Franco Rabelo à renúncia no dia 14 de março.
Desse maneira terminava a Política das Salvações e a família Acciolly retomava o poder. Floro Bartolomeu foi eleito deputado estadual e posteriormente deputado federal. A influência política do Padre Cícero manteve-se forte até o final da República Velha.

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Celina Guimarães Viana - 09 de Abril de 2009

Por: Geraldo Maia do Nascimento



Em 25 de novembro de 1927, era concedido, pela primeira vez na América do Sul, o direito de voto a uma mulher. A Lei de nº 660, de 25 de outubro de 1927, sancionada pelo Governador
José Augusto Bezerra de Medeiros regulamentando o Serviço Eleitoral no Estado do Rio Grande do Norte, estabelecia não mais haver “distinção de sexo” para o exercício do sufrágio eleitoral e condições de elegibilidade. O projeto que alterava a lei ordinária foi de autoria do deputado mossoroense Adauto Câmara, que o apresentou na Assembléia Legislativa com aprovação unânime. E foi com base nessa Lei que a 25 de novembro do mesmo ano, a professora


Celina Guimarães Viana requereu sua inclusão no alistamento eleitoral. Seu requerimento preencheu todas as exigências da Lei e nesse mesmo dia, verificados os documentos que o acompanhavam, exarou o Juiz Israel Ferreira Nunes, então Juiz Eleitoral de Mossoró, em substituição ao Dr. Eufrásio de Oliveira, seu jurídico despacho, mandando incluir o nome da requerente na lista geral de eleitores deste município. Coube, portanto, a D. Celina Guimarães Viana a condição de primeira eleitora não só deste Estado como do país e de toda América Latina. 

Celina de Amorim Guimarães nasceu em Natal/RN, a 15 de novembro de 1890. Era filha de José Eustáquio de Amorim Guimarães e Eliza de Amorim Guimarães. 

Estudou na Escola Normal de Natal, onde concluiu o curso de formação de professores. E foi nessa mesma Escola que conheceu aquele que seria o seu companheiro por toda vida: Elyseu de Oliveira Viana, um jovem estudante vindo de Pirpirituba/PB, com quem se casou em dezembro de 1911. 

Em janeiro de 1912 foi designada para ensinar a cadeira de Ensino Misto Infantil do Grupo Escolar Tomás Araújo, Em Acari, juntamente com o seu marido, onde permaneceram até 1913. 

E foi assim que a 13 de janeiro de 1914, atendendo convite do Dr. Manuel Dantas, então diretor de Instrução Pública do Estado, foi transferida para Mossoró, onde assumiu a cadeira infantil do Grupo Escolar 30 de setembro. 

Dona Celina era uma mulher muito dinâmica, inteligente e assídua no trabalho. Essas qualidades fizeram com que ela fosse merecedora de elogio individual registrado no relatório elaborado em setembro de 1914 pelo Inspetor de Ensino, professor Anfilóquio Câmara, e inscrito no Livro de Registro Profissional. 

Quanto à questão do primeiro voto feminino, vale salientar que não foi D. Celina a primeira mulher a requerer a sua inclusão no alistamento eleitoral. Quem o fez foi a professora Júlia Alves Barbosa, que era catedrática da Escola Normal de Natal, em 24 de novembro de 1927. “Teve todavia, deferimento retardado pelo Juiz Manuel Xavier da Cunha Montenegro, da 1ª vara da capital, dada a condição de solteira da requerente, somente despachado e publicado pelo Diário Oficial do Estado em data de 1º de dezembro”. Dessa forma, coube a D. Celina o pioneirismo. 

Na foto que ilustra este artigo que foi gentilmente cedida por Maria Lúcia Escóssia, diretora do Museu Histórico “Lauro da Escóssia”, vemos o exato momento em que D. Celina depositava o seu voto na urna eleitoral, numa mesa formada pelos senhores José Ribeiro Dantas, Augusto da Escóssia, Bonifácio Queiroz, assistida pelo Deputado Federal Rafael Fernandes Gurjão e Dr. João Marcelino de Oliveira, delegados de partido. Vemos ainda na foto as senhoras Beatriz Leite Morais e D. Elisa da Rocha Gurgel, que obtiveram também o direito de votar na mesma eleição de 5 de abril de 1928, onde o Dr. José Augusto Bezerra de Medeiros concorria a vaga deixada no Senado por Juvenal Lamartine, que havia sido eleito para o Governo do Estado do Rio Grande do Norte. 

Quando falamos da professora Celina Guimarães, lembramos apenas que ela foi a primeira mulher da América Latina a conquistar o direito de voto. Esquecemos, muitas vezes, de lembrar a grande profissional que ela foi no campo da educação de jovens, qualidade essa que fez com que o seu nome fosse inscrito no Livro de Honra da Instrução Pública, o que significava, na época, o reconhecimento pelos bons serviços prestados ao Estado do Rio Grande do Norte.
          
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Autor:
Geraldo Maia do Nascimento

Únicos Sobreviventes da Batalha da Fazenda Maranduba em Pedro Alexandre Bahia de Propiedade do Coronel João Maria de Carvalho. Situada Entre Cipó de Leite e Serra negra em 1932.

Por: Guilherme Machado
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Os dois sobreviventes da Batalha da Fazenda Maranduba em Pedro Alexandre Bahia, fazenda de Propriedade do Coronel João Maria de Carvalho. Grande amigo e coiteiro de Lampião e outros Cangaceiros.


Cel. João Maria tinha um exército de Jagunços em suas fazendas, na Bahia e Sergipe. Nesta batalha vitoriosa de Lampião e seus cabras, só restaram os dois macacos acima, São Eles: Aureliano de Souza Nogueira e seu irmão Hercílio de Souza Nogueira, no combate também morreu um terceiro irmão dos Nogueiras com apenas 16 anos de idade. Pedro Alexandre -  Bahia,  1932.

Extraído do blog: Portal do Cangaço de Serrinha - BA,
do amigo Guilherme Machado.