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terça-feira, 12 de setembro de 2023
FILHO E PAI
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PROGRAMAÇÃO OFICIAL CARIRI CANGAÇO PERSONALIDADE: CÂMARA CASCUDO
Por Manoel Severo
CARIRI CANGAÇO "PERSONALIDADE"
22 de setembro de 2023- Sexta-Feira
SEU MANÉ
Clerisvaldo B. Chagas, 13 de setembro de 2923
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.961
Já fizemos vários trabalhos sobre figuras populares do dia a dia em nosso interior. Talvez já tenha falado de Seu Mané, mas um pedido forte na mente pede crônica. Os tipos populares interioranos, servem de diversão em lugares onde ela não é muito presente. Seu Mané era um homem alto, aspecto agradável e folclórico. Não temos certeza se trabalhava em padaria. A atração estava no seu caminhado, quando descia as ladeiras do Bairro Camoxinga. Não tinha, mas parecia ter uma perna mais comprida de que a outra por causa do balanço que proporcionava parecendo subir e descer no solo. Os seus braços eram desengonçados, soltos, que se agitavam para todos os lados na sua caminhada normal. Usava um chapéu de abas curtas que completava o seu perfil caricaturesco. Um boneco de Olinda
A figura do homem era tão querida e popular que aonde ele passava sempre tinha gente para gritar, carinhosamente: “Seu, Mané!” Esse chamamento alegre do povo era seguido de uma expressão que parecia ter vindo do próprio personagem e adotado pelos seus fãs: SEU MANÉ! HIM!, HIM! Nunca procuramos saber de verdade as origens do him, him, mas que divertia o povo, divertia.
Outro personagem marcante e popular era o índio Moreira, da tribo Fulni-ô de Águas Belas. Trabalhava na padaria de Raimundo (Padaria Royal), no Comércio. O índio padeiro era alto e forte e fugia de todo padrão da sua tribo. Era parecidíssimo com o ator francês, Victor Mature, pareciam gêmeos. E eu que era fã do francês, não parava de encarar, discretamente, a semelhança de ambos. Mas o índio bebia muito, principalmente nas madrugadas fazendo pão com os companheiros. Ouvi de um deles que o vício era tanto que quando faltava cachaça, eles desdobravam o álcool até o amanhecer do dia.
E por fim, o bedel do Ginásio Santana, numa época do auge cenecista. Quase sempre vivia embriagado e morava na Rua Prof. Enéas. Muitas e muitas passagens de Duda Bagnani já foram contadas. Mas de vez em quando, numa necessidade, eu o chamo de “grande filósofo Duda Bagnani” que costumava dizer quando se sentia humilhado: “Quem se abaixa demais, o cu aparece”. E se a expressão é chula, a interpretação é a mais pura verdade. Não se humilhar para ninguém! “Lembre-se do grande filósofo Duda Bagnani”
PARCIAL DO COMÉRCIO SANTANENSE.
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COMENDO E ROENDO
Clerisvaldo B. Chagas, 12 de setembro de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.960
Pessoa
importante da capital pede que arranjemos duas coisas da culinária sertaneja e
que às vezes ficam adormecidas. Mas é sempre que exaltamos o semiárido em todos
os seus aspectos. O que para nós é rotina, para os de fora significa tesouro
ainda não descoberto. Assim as coisas simples da culinária, do artesanato, do
cenário sertão, imantam um turismo que se inicia aos poucos, acelera e ganha
dimensão nunca vista. Tudo baseado no singelo que encanta o viver e cobre a
alma de harmonia e paz do campo que apenas o interiorano tem a ofertar. Seja
capaz de adivinhar o que a criatura riquíssima, magnata, nos encomendou.
Será que houve
acerto? Pois bem, uma das coisas encomendadas foi “rapa de queijo”, proveniente
dos tachos de queijos de manteiga das fabriquetas. Encontramos esta iguaria no
final das tachadas, principalmente na grande região do leite: Major Izidoro,
Jacaré dos Homens, Monteirópolis, Batalha e Cacimbinhas, como os mais
conhecidos lugares. É de se comer com farinha até quebrar o bucho de tanta
gostosura! Por outro lado, a outra coisa da encomenda, foi o “beiju” original,
parente da tapioca e feito no forno da casa-de-farinha. O beiju é encorpado,
grosseiro e que se come roendo igual rato catita. Uma delícia com o parceiro
café. Quem nunca provou ambas as coisas, precisa viver mais para descobrir e
provar a qualquer preço.
Nesta manhã de domingo quando a peça literária vai se alinhavando, o tempo se apresenta nublado, frio e convidativo para um “banquete” de rapa de queijo com beiju e café verdadeiro. Ah! Bem que nos chega outras delícias do Sertão, mas para que falar, se a boca já está cheia d’água com as duas acima! E mesmo outras não foram encomendadas. Assim vamos lembrando de um beiju colhido na hora da farinhada em casa-de-farinha do povoado santanense Areias Brancas. Atualmente, com a tapioca em alta em todos os estados nordestinos, o beiju, mais demorado para o feitio, perdeu muito terreno para a versátil e rápida tapioca, mas quem é rei, nunca perde a majestade.
CANGAÇO - A MORTE DOS COITEIROS, POR PEDRO DE TERCILA
Por Aderbal Nogueira
Cangaço - A morte dos
coiteiros, por Pedro de Tercila Pedro de Tercila narra a morte dos coiteiros e
o gado morto por Lampião. Link desse vídeo: • Cangaço - A morte dos coiteiros, por ...
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A MORTE DE PEDRO DE CÂNDIDO | O CANGAÇO NA LITERATURA #79
Por Cangaço na Literatura
CASA DO COITEIRO DE LAMPIÃO PEDRO DE CÂNDIDO.
Por José Mendes PereiraEscombros da casa da mãe do coiteiro Pedro de Cândido dona Guilhermina.
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VALDIR JOSÉ NOGUEIRA
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SÃO JOSÉ DA TAPERA
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de setembro de 2023
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.959
IGREJA EM SÃO JOSÉ (FOTO: PARÓQUIA).,
Como já fizemos um arco pelo extremo Oeste, Poço das Trincheiras – Piranhas, vamos agora voltar de Piranhas a Maceió via Arapiraca, mas focando somente as cidades sertanejas do trecho: São José da Tapera, Olho d’Água das Flores, Palestina, Pão de Açúcar, Monteirópolis, Jacaré dos Homens, Batalha, Major Izidoro, Jaramataia.
São José da Tapera – Saindo de Piranhas, Olho D’Água do Casado, entramos numa excelente reta e encontramos São José da Tapera. Cidade sertaneja com um pouco mais de 30.000 mil habitantes. É servida pela rodovia Al-220, entre Olho d’Água das Flores e Olho D’Água do Casado. Comemora sua Emancipação de Pão de açúcar no dia 24 de dezembro. São José da Tapera fica a uma altitude de 308 metros, é plana, simpática, típica do semiárido e distante da capital, cerca de 181 quilômetros. Celebra o seu Padroeiro São José no dia 19 de março e seus habitantes são chamados de taperenses. De casa pobre (tapera) e de uma capelinha perto, permaneceu até o presente momento a denominação oficial de São José da Tapera.
Já houve muita pobreza e violência política no município, mas essa fase parece ter sido superada. Sua população é uma das maiores daquelas redondezas e o seu comércio, serviços, e agropecuária cada vez mais robustece a concorrência com cidades como Olho d’Água das Flores e Batalha. Possui um forte intercâmbio com a cidade mais próxima, Olho d’Água das Flores, nas áreas educacional, comercial e social, principalmente e muitos investimentos feitos no seu território, impulsionou seu desenvolvimento e expansão. Tem como atrativos geográficos a bela serra do Xitroá, em sua periferia, avistada da AL-220 e um açude tipo lago de minação localizado na entrada da cidade. Geralmente a urbe de São José da Tapera, é utilizada como ponto de apoio para os que querem chegar até Piranhas e mesmo Delmiro Gouveia, em busca do rio São Francisco e suas inúmeras atrações. Para quem aprecia os aspectos urbanos, vai encontrar um Centro Comercial retilíneo e longo com as ruas principais em paralelos. A impressão que sempre nos deu a cidade, é como se fosse uma divisória entre o Sertão e o Alto Sertão.
Tapera apela muito para São José, o seu santo padroeiro, justamente no seu dia 19 de março que representa um marco importantíssimo para o sertanejo. É o último dia para um sinal forte de bom inverno ou não. Cantado e imortalizado pelo cantor Luís Gonzaga, o mês de março destaca o dia do santo como se fosse uma chave que solta ou tranca as águas do céu na terra.
A tapera é pobre, mas o santo é rico.
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