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domingo, 5 de março de 2023

O CANGACEIRO ZÉ SERENO OUVIU POR AÍ QUE LAMPIÃO FOI ENVENENADO NA GROTA DO ANGICO, E ANOS DEPOIS, NUMA ENTREVISTA AO CORREIO DA MANHÃ, DO RIO DE JANEIRO, DO DIA 28 DE JULHO DE 1971, APARECEU COM A SUA INVENCIONICE.

 Por José Mendes Pereira

Muito foi falado sobre a morte do capitão Lampião, quando dizem até que ele fugiu do cerco policial, que o mataram envenenado e coisa e tal, fatos que nunca foram comprovados pelos pesquisadores, escritores e cineastas. 

Sobre o envenenamento de Lampião e de alguns facínoras, incluindo a sua bela rainha Maria Bonita, o cangaceiro Zé Sereno, que era um dos homens de confiança do capitão, em entrevista ao Correio da manhã, do Rio de Janeiro, do dia 28 de julho de 1971, caderno Anexo, recordando a tragédia de Angico, fala o seguinte::

"- O coiteiro Pedro de Cândido chegou com os alimentos envenenados a mando da volante (na literatura lampiônica não tem esta informação que foi a volante que mandou envenenar os cangaceiros), menos três litros de pinga que, normalmente, ele próprio, o coiteiro, deveria ingerir em pequenas doses para provar sua confiança (...) minha suspeita com Pedro de Cândido confirmou-se depois que ele se foi (...)  Apanhei um LITRO DE VERMUTE Cinzano e notei um pequeno buraco na rolha, provavelmente feito por uma seringa. Chamei Lampião e disse-lhe: o senhor é cego de um olho, mas pode ver que esta bebida está envenenada".

Lampião não precisava ser chamado a atenção por ninguém. tinha sua maneira de se defender contra qualquer eventualidade que lhe aparecesse. A desgraça aconteceu contra ele e seu bando, simplesmente, porque as volantes chegaram de mansinho, e era o trabalho delas, prepararem para o ataque, e perseguirem cangaceiros até encontrá-los para matá-los. Envenenados não foram de forma alguma.

Na minha pouca sapiência sobre o cangaço não tenho como acreditar no que disse o cangaceiro Zé Sereno, que o capitão Lampião e seus comparsas foram envenenados, e por que Lampião não fez vistoria na tampa do litro de vermute cinzano, quando ele chamou e lhe mostrou que a rolha tinha um pequeno buraco? Isto foi balela do depoente Zé Sereno.

 Sabendo que aquela suspeita que a bebida estava envenenada, e poderia ser verdade, Lampião não deixaria impune, e o Pedro tinha que pagar pelo que supostamente teria feito contra os cangaceiros. 

Como disse a cangaceira Dadá: 

"Lampião havia chegado a sua vez..."

Vejam bem:

O coiteiro Pedro de Cândido (na época) era muito jovem ainda, mas não seria maluco para tentar enganar uma fera humana como era Lampião. O próprio Zé Sereno disse que era obrigatório ele experimentar as bebidas, comidas etc, e por que Lampião não obrigou Pedro beber um pouco do vermute cinzano, como prova da sua confiança?

O amigo Zé Sereno criou esta história para aparecer diante dos jornalistas do Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, fundado pelo jornalista Edmundo Bittencourt. Foi um periódico brasileiro, que em sua primeira fase foi publicado entre 15 de junho de 1901, e seu término foi em 8 de julho de 1974. Como o jornal era famoso, melhor seria para Zé Sereno aparecer nas colunas de um jornal que era conhecido no Brasil inteiro.

Informação ao amigo leitor: 

Os meus trabalhos jamais prejudicarão os escritores, pesquisadores e nem tão pouco os cineastas que organizam a literatura cangaceira. 

Não tenho conhecimento suficiente sobre cangaço para duvidar dos que pesquisaram e continuam pesquisando nas fontes, isto é, onde aconteceram os conflitos cangaceiros.  

E tudo que eu tenho  aprendido sobre cangaço é fruto destes profissionais cangaceirólogos. 

As minhas inquietações (mas com exceções), são apenas sobre depoentes, porque mentiram em entrevistas. 

Como mentiram? 

Disseram que foi assim, assim assado, e depois desmentem a si mesmo, que não foi assim.. 

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PEDRO DE CÂNDIDO FOI ASSASSINADO EM 1940

 

Segundo alguns pesquisadores do cangaço afirmam que o jovem Pedro de Cândido foi assassinado no ano de 1941. Ele era considerado o traidor de Virgolino Ferreira da Silva o afamado e sanguinário cangaceiro capitão Lampião.

Pedro de Cândido tinha uma companheira em Piranhas de Baixo, e numa noite, ao retornar, ele foi atacado por um homem que findou a sua vida com uma faca. O homem foi preso, absorvido e desapareceu misteriosamente. Teria sido queima de arquivo?

VAMOS LER O QUE ESCREVEU O PESQUISADOR DO CANGAÇO JAIRO LUIS

O LOBISOMEM E O COITEIRO DE LAMPIÃO 
Por Jairo Luis 
Entremontes

Pedro Rodrigues Rosa, conhecido por Pedro de Cândido, era uma figura bastante conhecida quando o Capitão Virgolino Ferreira andava pela região do Baixo São Francisco nos anos de 1930 quando se conheceram por intermédio da famosa família Félix da cidade de Poço Redondo.

Pedro de Cândido era irmão de Augusta casada com Júlio Félix, um dos coiteiros de maior confiança de Lampião na região, daí surgiu uma relação de negócios que aos poucos es transformou em grande amizade entre o capitão cangaceiro e o fazendeiro coiteiro oriundo do belo povoado de Entremontes localizado ás margens do rio São Francisco.

Pedro Barbosa, Sonia Jaqueline e Manoel Severo na fazenda Remanso
Manoel Severo e Jairo Luiz em Piranhas

Por ironia do destino coube a Pedro de Cândido juntamente com seu irmão mais novo, Durval, levar as forças policiais até a Grota de Angico no fatídico dia 28 de julho de 1938 no que culminou na morte de Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros além do bravo soldado Adrião Pedro de Souza. Após a morte de Lampião, o ex-coiteiro Pedro de Cândido assumiu o posto de subdelegado de Piranhas destacando no Distrito de Entremontes  substituindo  o seu irmão José Rodrigues Rosa  conhecido por Zezé de Cândido.

Exatamente no dia 22 de agosto de 1941 após uma noite de farra no Centro Histórico de Piranhas, Pedro de Cândido decide visitar uma amante na localidade conhecida como Canto situada próxima a vila de pescadores, corria um boato que um lobisomem estava a aterrorizar a cidade e todos moradores estavam com muito medo da fera enigmática e até então invencível. 


Mas naquela noite de sexta-feira, 22 de agosto de 1941, um jovem de nome Sabino decidiu após uma conversa com amigos que estavam em um bar que acabaria de vez com o lobisomem, o encontro entre o jovem piranhense e o lobisomem se deu às escuras na localidade Canto, com apenas um golpe fatal no peito da fera o jovem Sabino o matou e saiu correndo gritando para todos “Matei o lobisomem, matei lobisomem!!!”.  

Todos moradores apavorados e bastante curiosos saíram de suas casas para ver in loco o fato ocorrido, coube ao telegrafista da Rede Ferroviária, Sr. Waldemar Damasceno, pegar uma lanterna e revelar a verdadeira identidade do terrível lobisomem para todos ali presentes, para surpresa geral o lobisomem revelado ali era o famoso coiteiro Pedro de Cândido.

Envolto numa capa preta de tecido jazia o corpo de um dos homens que levou para o túmulo um dos maiores segredos da história, a morte de Lampião.

Jairo Luiz Oliveira - Turismólogo, Pesquisador, Escritor
Conselheiro Cariri Cangaço
Idealizador da Rota do Cangaço
Piranhas / Alagoas

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2014/01/o-lobisomem-e-o-coiteiro-de-lampiao.html

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A IRMÃ DE LAMPIÃO

 Por Mulheres no Cangaço

Maria Ferreira de Queiroz era a sétima irmã de Virgolino  também nascida no Sítio Passagem das Pedras, zona rural de Serra Talhada, Pernambuco, às margens do Riacho São Domingos.  Recebeu o apelido de Mocinha e chegou aos 102 anos de idade, sendo chamada de Mocinha. Ela não viveu o Cangaço, mas acompanhava a vida perigosa do irmão famoso. Confessou, que só esteve com ele apenas uma única vez quando sua fama ultrapassava fronteiras. Para ela, Lampião “era tudo” e nunca se conformou com o seu assassinato. ” Mataram ele como se mata um bicho, e isso não se faz com ser humano”.

Como toda biografia dos cangaceiros é controvertida, a de Mocinha não foge à regra, mesmo sem ter entrado no bando, pois há contradições com relação a sua idade. Ela tinha dois documentos com datas diferentes no ano de nascimento. Um, de 1910 e outro de 1906. Assim, ela teria morrido com 106 anos e não aos 102 como foi divulgado.

Estava morando em São Paulo, no bairro de Santana na companhia de dois filhos: Expedito e Valdeci. Em 2009, dona Mocinha teve uma grande alegria, veio ao Recife conhecer parte dos descendentes dos Ferreira. Eram sobrinhos, primos, netos e bisnetos. Foram cinco dias de confraternização. Entre as netas, Sandra Queiroz, da Polícia Civil.

Dona Mocinha morreu em 2012 de insuficiência pulmonar.

https://www.mulheresdocangaco.com.br/project/a-irma-de-lampiao/

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DECLARAÇÃO DE JOÃO FERREIRA DA SILVA IRMÃO DE LAMPIÃO.

 

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2018/07/lampiao-e-nosso-sangue.html

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