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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

DÚVIDA SOBRE O LEUCOMA DE LAMPIÃO

 Por Cangaço em Foco

https://www.youtube.com/watch?v=iOI7lxQHpaA

Vídeo interessante sobre a análise dos registros no qual lampião aparece sem o leucoma. CANAL CANGAÇO EM FOCO Pesquisador: Getúlio Moura

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INVENCIONICE.

 Por José Mendes Pereira


Mentira tem perna curta. Este senhor passou a vida quase toda inventando que era Virgolino Ferreira da Silva, o capitão Lampião do Nordeste brasileiro. 


A começar pelo olho de Lampião que tem uma glaucoma e o Lampião de Buritis nem aparenta isso, apenas a pálpebra do olho permanece um pouco arreada. Este velho mentiu tanto que ninguém acreditou. Somente o saudoso fotógrafo José Geraldo Aguiar acreditou nas histórias que ele contava.

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NINHOS VAZIOS

 Por Artur Leite

(foto de artur leite, escrita minha.)

Os ninhos estão vazios.

Os pássaros abandonaram seus ninhos,

assim como as pessoas deixam pra trás suas conquistas.

A casa vazia, o ninho vazio,

onde já houve muita vida e alegrias.

Quanto custo para um pequeno pássaro

construir o ninho e depois esvazia-lo.

quanto custo para se construir uma casa e depois deixa-la.

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SEPULTURA DO CANGACEIRO SABINO

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=EyETeIrl7ss

https://www.facebook.com/luis.bento.39142

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EM UM DADO MOMENTO NA HISTÓRIA DO BRASIL

 Por Alfredo Bonessi


Incentivado  por Chico Pereira, o único cangaceiro cowboy do sertão, pois usava botas, chapéu de mocinho de cinema e rifle, Lampião enviou seus irmãos Antonio e Levino, com o bando de cangaceiros, para atacar a cidade de Sousa na Paraíba. Lampião não foi ao ataque – estava ferido no pé por bala da volante de Theofannes Torres.  

Theofannes Torres

Para Chico Pereira o ataque serviria como vingança contra os desafetos que tinham  feito atrocidades contra o seu pai naquela cidade. Nessa ocasião Lampião e o seu bando estavam a serviço do Coronel  José Pereira, de Princesa, na Paraíba.  Esse coronel não gostava de Lampião e nem dos cangaceiros – tinha em seus mandos  centenas de jagunços, pistoleiros e muita gente que não prestava – ele era o manda-chuva na região.

Coronel José Pereira de Lima

Com o ataque dos cangaceiros a cidade de Sousa o Coronel Pereira rompe em definitivo com Lampião e seu bando e os expulsa das suas fazendas, mas um cunhado de Pereira continua amigo de Lampião e  o recebe em sua casa, almoçam juntos e são amigos do peito. Essa amizade é do conhecimento do Coronel Pereira que não podendo fazer nada, apenas tenta aconselhar o cunhado a se desligar desse tipo de má gente. Mas ele continua amigo do Rei do Cangaço e é coiteiro dele.

O cangaceiro Chico Pereira

Essa amizade com Chico Pereira não dura, esse cangaceiro quando ferido, foi traído,  e abandonado pelos irmãos Ferreira em um canavial quando estava cercado pelas volantes, estava sem forças e quase moribundo e ainda, nessa ocasião, estava picado de cobra venenosa.

Surge a questão entre João Pessoa e João Dantas – dizem alguns por ciúmes e interesse na namorada de João Dantas. João Pessoa manda a polícia atacar e prender João Dantas na casa da namorada. Esta estaciona o automóvel nos fundos da casa e João Dantas escapole pela janela dos fundos. Mas a policia invade a casa e vasculha todos os aposentos e se apossa das cartas de namoro entre os dois. Essas cartas vão parar nos jornais e os ataques pela mídia da época fica acalorado entre os dois e como decorrente surgem  as ameaças entre ambos: João Dantas avisa: - Se você vier a Pernambuco, morre!

A política  brasileira na ocasião ferve no Sul do País e João Pessoa é o candidato  para a posse  política  – seu prestigio  e fama  estão em alta – todo o País sabe quem é ele.

João Pessoa decide ir ao Recife, mas é avisado pelas pessoas mais chegadas: - Não vá! Você está ameaçado de morte!

- Que nada! vou ao Recife!  e fez pouco caso dos avisos.

João Dantas vem de bonde – está em pé e uma pessoa está sentada  lê o jornal do dia. João Dantas dá uma brechada  na página principal do jornal e vê a noticia que João Pessoa está na cidade. No mesmo bonde ele volta para casa e apanha o revolver.  Procura por João Pessoa e o encontra na confeitaria – espera por ele. João Pessoa sai da confeitaria e João Dantas se aproxima pelas costas. Grita para ele: eu não te disse que não viesse ao Recife!!!! – João Pessoa se vira e investe contra ele de bengala em punho: - Ora seu! .................e leva três tiros.

A noticia se  espalha que nem fogo Brasil afora – João Dantas é considerado o Judas Nacional.  O  crime imediatamente serve de pretexto político e passa a ser considerado político e vira  motivo  principal para a sublevação nacional. Forças Getulistas  tomam o poder e João Dantas é preso com um parente seu que nada tinha a ver com o caso.

Ao lado da cela de João Dantas está o cangaceiro Antonio Silvino cumprindo pena. Tempos antes ele se oferece para pegar Lampião a unha, vivo ou morto e dá até um prazo para o feito:  20 dias.  Mas ninguém acredita nele e o deixa mofar atrás das grades. Você já pensou se houvesse esse encontro?

- quem mataria quem nesse embate?

Antonio Silvino fora um cangaceiro justiceiro, respeitador de lares e de mulheres, pedia antes de se apossar, se alguma mulher  o repreendesse ele até pedia desculpas e ia se embora. Praticava a justiça por onde andava e casou muita gente nesse sertão na marra, às vezes a coice de rifle, outras vezes a ponta de punhal. Não digo que era um homem corajoso, mas astucioso, esperto, muito precavido – andava sempre com pouca gente e se fazia obedecer pelos seus comandados.

Lampião

Lampião era aguerrido, ágil,  não fazia esse tipo justiça, não respeitava as mulheres, permitia que elas fossem estupradas e marcadas a ferro, ele mesmo forçou algumas delas,  não tinha dó de ninguém,  não ligava para a tortura que sofria as suas vitimas, desprezava a morte e sabia que um dia morreria por uma bala qualquer – sua estratégia maior era  não ser pego pela policia. Diversas vezes quis se entregar e seus irmãos não o deixaram.  Levino Ferreira, seu irmão, dizia para ele: você é um frouxo, um covarde – não serve para ser cangaceiro.  Lampião  sabia quando era a hora de lutar e a hora de escapar. E dizia sempre: - Não enfrente os macacos.  Lampião tinha a sua própria justiça, a justiça lampiônica, pois  a justiça era dele – a justiça era ele – ele fazia as suas  vinganças  a sua moda, muito  cruel. Lampião andava quase sempre com muita gente no bando e permitia que   chefes previamente designados mandassem nos seus grupos e decidisse a sorte daqueles cangaceiros  que por acaso fizesse algo que deveria  ser punido com a expulsão do bando ou até mesmo a morte.

- Ele sempre dizia:

“cangaceiro é para morrer no mato, de bala, feito bicho!”

Cumpriu-se essa profecia.

Antonio Silvino sempre afirmava: Lampião é um príncipe!

Lampião sempre dizia:

- Antonio Silvino é um covarde, pois se entregou!

A polícia invade a cela de João Dantas e a luta é ferrenha. Antonio Silvino escuta tudo – foi uma longa briga que acabou com a morte de João Dantas e do seu parente. A população fica sabendo do ocorrido e comemora o acontecido – a vingança fora feita.

Novamente  procura-se um responsável  pela ideia e autorização para a chacina de João Dantas: quem mandou?

A culpa cai em cima do Deputado  Suassuna que nada tem a ver com o caso. Ele mesmo decide ir ao Rio de Janeiro se explicar e  provar que não tem nada a ver com o assassinato de João Dantas. Seus familiares  o aconselham que não vá. Ele vai e é assassinado no Rio de Janeiro.  A questão esfria e a política continua – tudo abafado, mas não para os familiares do Deputado Suassuna que até hoje estão indignados por esse crime e procuram pelos mandantes. Na época o criminoso é mandado trabalhar  próximos as fazendas do Deputado assassinado - mas a viúva  não autoriza a vingança. Depois o criminoso vem trabalhar nas fazendas da  família do Deputado Suassuna, mas a viúva não deixa que o matem.

Final

Com a Revolução de 30 o Coronel Pereira  é derrotado e expulso de suas propriedades e vai se esconder no interior do Sertão  - errou de lado no apoio militar. Somente voltou as suas terras  muito  tempo depois do fato, mas nunca mais se recuperou no poder de mando e decisão, pois a revolução de 30 acabou com a poder dos coronéis e criou a classe política.

Chico Pereira, escapou das balas da polícia e do veneno da cobra mas acabou preso  e covardemente assassinado pela polícia.

Lampião reinou  absoluto no sertão durante o período da revolução de 30 – os militares e as volantes que o perseguiam foram brigar em outra praça de guerra. Por estar tudo calmo e bom demais arrastou  mulheres para o seu bando – Sinhô Pereira comentou; acabou-se a invencibilidade dele.

Dois irmãos Ferreira já estão mortos, Antonio e Levino e em breve morrerá o caçula da família, Ezequiel Ferreira e o cunhado Virginio, ferido em combate mas executado com um tiro no peito pelo cangaceiro Moreno que acabou ficando com a mulher  do “Juiz do Cangaço”.

Lampião sempre dizia; o cabra mais safado que eu conheci foi o Coroné Pereira de Princesa – mas Lampião nunca dizia o porque. Essa rusga começou por um erro de estratégia de Lampião em atacar a cidade de Sousa na Paraíba – como vimos – cidade protegida pelo Coronel Pereira que ali tinha vários amigos.

Hoje, se me perguntarem qual foi o principal fator que desencadeou a revolução de 30 – eu digo: foi um crime passional.

Se me perguntarem quem matou João Dantas na prisão ? – eu respondo que foi a policia a mando dos revolucionários de 30 – para  eliminar a dita causa que deflagrou o conflito. Se ouvissem João Dantas sobre os reais motivos do crime, a tese  inicial da morte política iria por águas abaixo e o caso poderia dar uma reviravolta.

Quem matou o Deputado Suassuna ? – também acredito que foi os revolucionários de 30 para eliminar todas as duvidas de quem mandou matar João Dantas na prisão – acredito que ele estava inocente do fato, até mesmo na morte de João Pessoa que como vimos a causa foi passional e não política.

Por fim veio a morte de Lampião e  o Estado Maior do Cangaço em Angico - Sergipe.


Estava certo Corisco, que na ocasião, com os olhos cheios de lágrimas e riscando o chão com a ponta do punhal profetizou:

-acabou-se a alegria do sertão.

https://blogdomendesemendes.blogspot.com/2012

SUMIU TUDO

 Clerisvaldo B. Chagas, 12 de novembro de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.145

Dez horas da manhã em minha rua, neste domingo de novembro. Céu limpo, Sol forte, nem gente, nem gato, nem passarinho, nem nada, absolutamente nada de animal ou gente na via. Rua completamente deserta como se o povo do mundo tivesse se evaporado. Nem chega coragem de calçar os tênis    e perambular pelos arredores. Os tênis porque a velocidade com que esse tipo de calçado chegou ao comércio, fez desaparecer quase de uma vez os sapatos de couro. Foi mais uma profissão extinta, a do engraxate ou engraxador como dizia ser o correto, o professor de Português e Matemática, bancário Antônio Dias. Os inúmeros engraxates que havia no sertão e que lutavam por alguns trocados contra a fome de tempos difíceis, representavam os jovens pobres da periferia.

O primeiro golpe nos jovens que tentavam sobreviver, foi o surgimento do sapato de verniz. Esse, não precisava graxa, tic-tac e nem outros cuidados oferecidos pelos engraxadores.  Aquele número grande desses profissionais que se acumulava na Praça Coronel Manoel Rodrigues da Rocha, muitas vezes ficava sufocado com tantos sapatos masculinos e femininos que faziam montes perto dos bancos de cimento. Porém, o tempo que tudo renova, fez chegar o sapato de tecido que foi ficando cada vez mais atraente e usado com a força da propaganda. Chegou para ficar tal o Jean, de origem americana. Golpeados engraxates, golpeados alfaiates. Tudo em extinção. Muitas classes procurando outras atividades que também logo serão extintas.

Essas extinções de engraxates, de alfaiate, fazem desparecer outros profissionais: retelhadores, tangedor de burro, a espanadador da casa, flandreleiro, quebra-queixo, puxa, comprador de cinzas, sola, curtumes e vigias de praça. E a medida que o tempo vai passando, vai desaparecendo outras profissões que mostravam ser atualizadas, mas não eram.  Tá ruim a coisa por que ninguém consegue se dedicar a uma profissão que dure toda vida. E as tecnologias numa velocidade incrível vai esmerilhando tudo.

Por que pensar tanto no futuro!

MINHA RUA (B. CHAGAS).


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QUANDO A CASA DOS AVÓS SE FECHA

Por Autor desconhecido

Acho que um dos momentos mais tristes da nossa vida é quando a porta da casa dos avós se fecha para sempre, ou seja, quando essa porta se fecha, encerramos os encontros com todos os membros da família, que em ocasiões especiais quando se reúnem, exaltam os sobrenomes, como se fosse uma família real, e, sempre carregados pelo amor dos avós, como uma bandeira, eles (os avós) são culpados e cúmplices de tudo.

Quando fechamos a casa dos avós, também terminamos as tardes felizes com tios, primos, netos, sobrinhos, pais, irmãos e até recém-casados que se apaixonam pelo ambiente que ali se respira.

Não precisa nem sair de casa, estar na casa dos avós é o que toda família precisa para ser feliz.

As reuniões de Natal, regadas com o cheiro a tinta fresca, que cada ano que chegam, pensamos “...e se essa for a última vez”? É difícil aceitar que isso tenha um prazo, que um dia tudo ficará coberto de poeira e o riso será uma lembrança longínqua de tempos talvez melhores.

O ano passa enquanto você espera por esses momentos, e sem perceber, passamos de crianças abrindo presentes, a sentarmos ao lado dos adultos na mesma mesa, brincando do almoço, e do aperitivo para o jantar, porque o tempo da família não passa e o aperitivo é sagrado.

A casa dos avós está sempre cheia de cadeiras, nunca se sabe se um primo vai trazer namorada, porque aqui todos são bem-vindos.

Sempre haverá uma garrafa térmica com café, ou alguém disposto a fazê-lo.

Você cumprimenta as pessoas que passam pela porta, mesmo que sejam estranhas, porque as pessoas na rua dos seus avós são o seu povo, eles são a sua cidade.

Fechar a casa dos avós é dizer adeus às canções com a avó e aos conselhos do avô, ao dinheiro que te dão secretamente dos teus pais como se fosse uma ilegalidade, chorar de rir por qualquer bobagem, ou chorar a dor daqueles que partiram cedo demais.

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REEDIÇÃO DESTE LIVRO

 Por Ângelo Osmiro Barreto

Agradeço ao Professor e editor Adriano Carvalho pelo trabalho de reedição do nosso primeiro livro, "Curiosidades do Cangaço", ampliado e revisado e com capa dura. 212 páginas.

ADENDO:

Linda capa deste livro. 

Parabéns pela escolha, pesquisador do cangaço Ângelo Ormiro Barreto! 

J. Mendes Pereira.

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