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sábado, 27 de janeiro de 2018

A HISTÓRIA DISTORCIDA



A História do Cangaço, Fenômeno Social criado e vivido dentro de outro Fenômeno Social, o Coronelismo, na Região Nordeste onde chega a estender-se em sete dos nove Estados é, desde seus primeiros escritos, destorcida por pessoas, escritores e repórteres.

Já em sua ‘reta final’, por volta de 1918/19, surge o cangaceiro Virgolino Ferreira, pernambucano do Vale do Pajeú das Flores, micro região semiárida denominada Sertão, e passa a assombrar por quase vinte anos.

A saga de Virgolino, apesar de ser a mais recente, é bastante destorcida, invertida e publicada meramente com intuito de ‘venda’. Não vemos outra razão devido os meios de comunicação em massa, na época o Jornal escrito e a Revista, publicarem tantos ‘desencontros históricos’.

Em 30 de outubro de 1966, o ‘Jornal Diário de Pernambuco’, fonte de pesquisa de inúmeros escritores, publicou em seu terceiro caderno, página 3 a seguinte manchete na matéria: “ CANGAÇO NORDESTINO TEVE EM MARIA BONITA SUA RAINHA”, mais abaixo traz como subtítulo a manchete “POR AMOR DE LAMPIÃO, DERRAMOU SEU PRÓPRIO SANGUE EM FEROZES COMBATES TRAVADOS COM A POLÍCIA”.

Abaixo transcrevo uma citação do próprio Jornal, blog do Diario de Pernambuco.com, com os seguintes dizeres sobre a reportagem do jornalista Severino Barbosa em 1966:

“Quando, em 1926, o agora capitão Virgulino desceu do Juazeiro do Padre Cícero, mais de 20 mulheres acompanhavam os bandoleiros. Agora o Rei do Cangaço tinha sua rainha”.

Há 50 anos, o repórter Severino Barbosa publicava no Diario de Pernambuco um longo texto sobre a entrada das mulheres no cangaço, destacando o papel de Maria Déa, a baiana da Fazenda Malhada do Caiçara, em Jeremoabo (terras hoje pertencentes ao município de Paulo Afonso), que enfeitiçou o pernambucano de Serra Talhada.

Tornou-se a rainha de um Sertão violento até cair junto com o companheiro no dia 28 de julho de 1938, na grota de Angicos, em Sergipe. A relação de 12 anos gerou uma filha – criada em segurança à distância – e ferimentos.

Num ataque de Lampião à Vila Serrinha, hoje pertencente ao município de Paranatama (Agreste de Pernambuco), Maria Bonita foi baleada na perna. Saiu do local da luta nas costas de Virgulino, dentes cerrados para não gemer.

Imortalizada nas imagens de Benjamin Abrahão, o sírio destemido que fez fotos e filmes com o casal posando com cachorros, jornais e armas, Maria Bonita personificou a presença feminina no cangaço. Outras sofreram tanto como ela, vivendo na caatinga, a morte como ameaça constante.

O texto de Severino Barbosa lembra outras cangaceiras e usa o recurso da poesia de cordel para pontuar uma história fabulosa, registrada desde o início pelo Diario de Pernambuco. Como o repórter destaca quase no final: “É o amor vivido nas matas cheias de espinho do Nordeste”.

Republicando a matéria em fevereiro de 2016 o jornalista Paulo Goethe, no http://blogs.diariodepernambuco.com.br, intitula: “A princesa encantada que Lampião encontrou”. (diariodepernambuco.com)

Realmente Virgolino Ferreira, o Lampião, em março de 1926, esteve a convite escrito em Juazeiro do Norte, CE, junto com seu bando para serem integrados ao contingente do Batalhão Patriótico instalado naquela cidade e darem combate aos ‘Revoltosos’, a Coluna Prestes.

A coisa engrossa, entorta completamente os vieses históricos, quando cita que de lá Lampião retornou com Maria de Déa, como companheira e ‘sua rainha’, juntamente com mais vinte mulheres fazendo parte do bando de cangaceiros.

Na verdade Virgolino e Maria só se conhecem depois da sua ida em definitivo para a Bahia. O chefe cangaceiro faz a travessia no Rio São Francisco no segundo meado de 1928. Lampião só enamora-se com a cabocla baiana em 1929. Só há adesão de mulheres no bando a partir de 1930. E os pesquisadores/historiadores nos revelam, através de suas obras literárias, que, apesar de Maria de Déa ter sido baleada na região glútea, a única cangaceira a usar arma em combate foi a companheira de Corisco, a cangaceira Dadá, defendendo seu companheiro contra o soldado volante João Torquato usando uma arma curta, não um fuzil.

Dentre nós estudantes, alguns amigos dão total valor, credibilidade, o que há nas publicações dos meios de comunicação da época, Jornais e Revistas. Particularmente prefiro analisar o conteúdo da imprensa com os das literaturas e depoimentos de remanescentes. Como jornal e revista são ‘produtos’ de venda, infelizmente, suas matérias foram parciais, ou para um lado, o das Forças Militares ou para o lado dos bandos como vemos nessa acima transcrita. Com isso, com esse ‘tratamento’ inadequado aos fatos, quem perdeu muito foi a História, consequentemente a perda recai sobre nós estudantes.

Essa de distorcer os fatos históricos não é exclusividade da imprensa da época, os escritores também contribuíram bastante colocando em suas entrelinhas coisas descabidas, distorcidas e inventadas.

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LAMPIÃO O CANGACEIRO!


Para solicitação deste: 

joao.sousalima@bol.com.br

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LIVROS PARA QUEM DESEJÁ-LOS


Por Francisco Pereira Lima

Três livros importantes para quem estuda e pesquisa sobre Ferros de ferrar gado. Ariano Suassuna com seu raríssimo livro, uma obra Armorial: "Ferros do Cariri: Uma Heráldica Sertaneja"; Oswaldo Lamartine de Farias com seu trabalho: "Ferros de Ribeiras do Rio Grande do Norte" e Virgílio Maria com seu livro: "Rudes Brasões: Ferro e Fogo das Marcas Avoengas", que trata dos Ferros de Ribeiras do Ceará. 


Quem desejar adquirir estes e outros livros: franpelima@bol.com.br e whatsapp 83 9 9911 8286.

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DA SÉRIE ENCONTREI NA BAHIA.


Por Batista Cavalcanti.

Este foi em Petrolina Pernambuco... Seu Eloi Rabequeiro O Rabequeiro de Lampião como ele se denominava... Músico autodidata que foi descoberto pelo Padre Bianchi nos estúdios da Emissora Rural AM 730khz. Ainda nos anos 70 na zona rural de Petrolina... Seu Eloi animava o programa Clube do ouvinte nas tardes da Rádio Rural no Comando do Padre Bianchi.

Tocador de RABECA.
Arquivo 730! Foto da EMISSORA RURAL-Petrolina-PE.
RABECA.

De tom mais baixo que o do violino, tem um timbre fanhoso e percebido, geralmente, como tristonho. Existem rabecas de três, quatro, e mais raramente de cinco cordas. Podem ser de tripa ou aproveitadas de outros instrumentos como o cavaquinho, bandolim ou violão. Suas afinações variam de acordo com o rabequeiro. Podem ser afinadas em quartas (ré, sol, do, fá -D,G,C,F) ou afinadas, por quintas, em sol-ré-lá-mi,como o violino e o bandolim.

O tocador encosta a rabeca no braço e no peito, friccionando suas cordas com arco de crina, untado no breu. Juntamente com a viola, é um instrumento tradicional dos cantadores nordestinos. Muitas pessoas confundem a rabeca com o violino, apesar de não terem o mesmo som e timbre.

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CANGAÇO NO PIAUÍ: O CANGACEIRO QUE SE ESCONDIA NA FURNA DAS BROTAS


Material do acervo do Ruy Lima

Pouco se sabe de histórias de cangaceiros no Estado do Piauí. Por ser uma região limítrofe com o estado do Ceará, em Castelo do Piauí os cangaceiros por ali passavam, porque era corredor migratório, até o Maranhão e também lugar de vegetação seca, lugar onde eles costumavam se esconder.

Na década de 1930 na localidade Brotas que dista 12 km da sede de Castelo do Piauí, uma furna (caverna) serviu de abrigo e moradia para um cangaceiro de nome Joaquim Francisco. Sua origem é desconhecida, sabe-se apenas que ele desertou de um bando que passou por estas bandas e teria ficado na região das Brotas.


Contam alguns moradores mais antigos do lugar que o cangaceiro usava uma das furnas da localidade Brotas para se esconder da polícia e que no local existia um tesouro. Seria parte dos roubos que o cangaceiro guardava?

Certo dia Joaquim Francisco estava sentado tranquilo no interior da furna assando um pedaço de carne seca em uma trempe montada, quando foi surpreendido por policiais que achegaram atirando sem tempo de reação. O cangaceiro morreu sem se quer tentar reagir e segundo se fala, ele teria sido traído por um ex-companheiro de bando que voltou para procurá-lo.


Ruy Lima – em homenagem à profª Noádia Costa, Historiadora piauiense e administradora do “Historiografia do Cangaço”, aniversariante neste mês de janeiro/2018.

Fonte: Portal CDP
Texto original: Augusto
Imagens da caverna extraídas do vídeo publicado no Youtube por Wessley Sales, em 11/04/2014
Imagem de um cangaceiro (desenho): pinterest

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ENCONTRO IMPORTANTE

Por Guilherme Machado

Encontrei na Bahia...!!! Um ex- Combatente das forças aéreas Brasileira. Que foi candidato a embarcar para a Itália em 1944... Para por ponto final na segunda guerra Mundial, Este Cidadão Nasceu em Santa Luz Bahia no dia 12 de abril de 1925. O senhor José Pereira de Oliveira Filho, o Popular Zezitinho. Posteriormente foi caçado pelo Estado Novo de Getúlio Vargas e teve que trocar o seu nome para José Costa de Oliveira, com ajuda do deputado Estadual pelo Partido Arena! Aliança Renovadora Nacional, Ângelo Calmon de Sá. Zezitinho foi muito amigo do Sargento Evaristo Carlos Costa! A quem o Cangaceiro Lampião lhe poupou a vida depois de matar os 7 soldados que se encontrava no quartel da polícia militar de Queimadas Bahia em 1928. Zezitinho aos 91 anos de idade gozando de muita saúde e recentemente se casou e o seu filho caçula está com 4 anos de idade.

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DULCE MENEZES DOS SANTOS – A ÚLTIMA CANGACEIRA DO BANDO DE LAMPIÃO... AINDA VIVA.


Por Geraldo Júnior

Dulce Menezes dos Santos a última cangaceira do bando de Lampião e por sua vez a última sobrevivente de Angico. Lúcida e saudável aos 94 anos de vida.

Dulce entrou para o cangaço contra sua vontade após ter sido levada pelo cangaceiro Criança III (Vitor Rodrigues Lima / João Alves da Silva) também conhecido como Velho João. Após o cangaço Dulce abandonou o cangaceiro Criança III com quem convivia contra sua vontade e reconstruiu sua vida ao seu modo e de acordo com a vontade de seu coração.

Atualmente Dulce Menezes é a última testemunha ocular do episódio que envolveu a morte de Lampião, Maria Bonita e outros nove cangaceiros e do início da derrocada do cangaço. Apesar de ter passado pouco tempo na lida cangaceira, algo em torno de seis a sete meses, hoje é uma “peça” importante da história brasileira por ser a última remanescente viva pertencente ao cangaço lampiônico.

Em breve estará sendo lançado um livro de autoria de Tião Ruas (Genro de Dulce) em que trará além da biografia da ex-cangaceira do bando de Lampião, novos fatos e elementos ainda desconhecidos da grande maioria dos estudiosos do assunto.

Tive a oportunidade e a grata satisfação de conhecê-la pessoalmente e de certa forma se sentir um pouco mais próximo da história que tanto tenho perseguido e estudado ao longo de minha vida.

Vida longa guerreira das caatingas.
Geraldo Antônio de Souza Júnior

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