Travado entre
Lampião e as forças volantes na quinta-feira dia 04 de fevereiro de 1926 às
margens do riacho da maravilha, afluente do riacho do navio - nas divisas entre
os municípios de Floresta e Betânia .
Participaram
as volantes comandadas pelo Tenente Higino José Belarmino e Optato Gueiros
contra o grupo de Lampião. Junto com Lampião encontrava-se entre outros o
conhecido Manoel Pequeno (da fazenda Saco – na ribeira do riacho do navio) e
seu grupo. Os cangaceiros se entrincheiraram no leito do riacho e em um serrote
à margem deste emboscando a força em campo aberto.
O confronto
teve a participação da força Nazaré composta por, Afonso de Sá Nogueira ,
Altino Gomes de Sá, Antônio Joaquim dos Santos (o famoso rastejador Batoque),
Aureliano de Souza Nogueira (Lero), Aureliano Francisco de Souza (Lero Chico),
Constantino Marcolino de Souza, David Gomes Jurubeba , Euclides de Souza Ferraz
(Euclides Flor) , João Cavalcanti, João Domingos Ferraz, João Gomes Jurubeba,
João Jurubeba de Sá Nogueira (João Gato), Joaquim Ferraz de Souza (Quinca Néo),
Joaquim Francisco de Souza (Quinca Chico), Manoel de Souza Ferraz, Manoel Neto
(Anspeçada), Pedro Gomes de Lira, Pedro Marcolino e Pedro Tomaz de Souza
Nogueira.
O tiroteio durou
até o final da tarde quando lampião se retirou do local levando seus mortos
(acredita-se que em número de cinco) sepultando-os na caatinga entre o local do
combate e o poço do ferro e deixando entre os volantes um saldo de pelo menos
três baixas fatais, os soldados Aristides Panta da Silva (Este de Floresta),
Benedito Bezerra de Vasconcelos e Antônio Benedito Mendes.
Os soldados
mortos foram sepultados na margem esquerda do riacho da maravilha próximo ao
local onde o riacho do Jacaré se une a este . O riacho da maravilha é a divisa
entre os municípios de Floresta e Betânia.
No combate saíram feridos o Tenente Higino no braço, Manoel Neto no braço direito, Antônio Joaquim dos Santos (Batoque) na perna, João Cavalcanti, Altino Gomes de Sá, João Pereira de Souza e João Pinheiro Costa.
No combate saíram feridos o Tenente Higino no braço, Manoel Neto no braço direito, Antônio Joaquim dos Santos (Batoque) na perna, João Cavalcanti, Altino Gomes de Sá, João Pereira de Souza e João Pinheiro Costa.
Em visita ao
local tomamos conhecimento que durante o combate o boiadeiro florestano Joaquim
de Alencar Jardim (Quinca Jardim) retornava a Floresta após a venda de uma
boiada. Antônio Ferreira, que brigava no serrote no momento, sabendo da
passagem deste pelo local o esperou com mais dois cangaceiros na sombra de um
umbuzeiro (conhecido como umbuzeiro do Marçá – ou Marçal) abordando-o para lhe
pedir dinheiro.
Quinca Jardim naquele momento se acompanhava de Joaquim Serafim (conhecido como Joaquim Grande do Rancho dos Homens) e mais duas ou três pessoas. Joaquim Grande então disse a Antônio Ferreira que Quinca Jardim não tinha a quantia pedida pois vendera a boiada mas não recebera o pagamento. Antônio Ferreira se contentou com a resposta sem saber que o dinheiro do pagamento da boiada estava no bornal que Joaquim Grande carregava a tiracolo.
Dois dos
outros acompanhantes de Quinca Jardim disseram a Antônio Ferreira que um dos
cangaceiros que o acompanhava tomara o pouco dinheiro que estes carregavam.
Antônio Ferreira então perguntou quem pegara o dinheiro e o mandou devolver. O
cangaceiro o fez embora queixando-se do trabalho ingrato onde era obrigado a
devolver o dinheiro ganho.
Menos de um
ano após, no final do ano de 1926 Lampião mataria 129 reses de Quinca Jardim no
Rancho dos Homens por não ter recebido dinheiro após um pedido (acredita-se que
um bilhete). Isso, provavelmente aconteceu ao descobrir que fora enganado cerca
de dez meses antes.
Comenta-se que
apenas uma rês escapou porque este fato se deu no dia da morte de Antônio
Ferreira no Poço do Ferro. Na ocasião lampião se encontrava na região (Poço do
Ferro – Pipocas – Rancho dos Homens) preparando-se para dar uma brigada com
Ildefonso Ferraz do Curral Novo. Com a morte de Antônio Ferreira Lampião teve
que ir às pressas ao Poço do Ferro para sepultar o irmão, morto pelo
companheiro Luiz Pedro (do retiro) em um disparo acidental.
Fonte: facebook
Página: Cristiano Ferraz
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