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segunda-feira, 2 de março de 2015

Mossoró na Trilha da História - Anotações


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MOSSORÓ NA TRILHA DA HISTÓRIA
ANOTAÇÕES


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JOÃO PESSOA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE


João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque (Umbuzeiro24 de janeiro de 1878 — Recife26 de julho de 1930) foi um advogado e político brasileiro.1 Era sobrinho de Epitácio Pessoapresidente da República (1919-1922). Foi auditor-geral da Marinha, ministro da Junta de Justiça Militar, ministro do Superior Tribunal Militar e presidente da Paraíba(1928-1930). Foi candidato em 1930 a vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas, mas perderam para à chapa governista, encabeçada por Júlio Prestes.

João Duarte Dantas assassino de João Pessoa - http://tokdehistoria.com.br/2014/08/02/o-pai-de-ariano-suassuna-quem-foi-joao-suassuna-como-se-deu-a-sua-morte-e-como-este-fato-influenciou-a-vida-e-a-obra-do-seu-filho-ariano/

Seu assassinato, na Confeitaria Glória, no Recife, por João Dantas, enquanto ainda era governador, é considerado uma das causas da Revolução de 1930, que depôs o presidente Washington Luís e levou ao poder Getúlio Vargas.2

Foi em sua homenagem que a partir do dia 4 de setembro de 1930, a capital do estado da Paraíba, antes denominada de "Parahyba", passou a se chamar João Pessoa.3

Filho de Cândido Clementino Cavalcanti de Albuquerque e Maria de Lucena Pessoa (irmã do ex-presidente da República Epitácio Pessoa), fez seus primeiros estudos em Umbuzeiro. Em 1889 foi levado para a cidade deGuarabira, no brejo paraibano, por sua tia paterna, Feliciana Cavalcanti de Albuquerque Paes Barreto casada com o capitão do exército Emílio Barreto. Com a transferência do tio para o Rio de Janeiro foi morar na capital federal, mudando em seguida para o estado da Bahia4 . Em 1894, João Pessoa volta a Paraíba, ingressa no Lyceu Paraibano e incorpora voluntariamente no 27º Batalhão de Infantaria. Após várias mudanças, chega ao Recife onde graduou-se como bacharel em Direito na Faculdade de Direito do Recife em 19041. Nessa mesma turma se formou Clodomir Cardoso (1879-1953), jurista e político maranhense. Passou algum tempo de sua vida nos estados do Rio de Janeiroe do Pará.

Em 1905 casa-se com Maria Luiza de Souza Leão Gonçalves, filha do senador, ex-governador e desembargador Sigismundo Antônio Gonçalves.

Foi Ministro civil do Superior Tribunal Militar, do qual aposentou para se candidatar a Presidente do estado da Paraíba.

Negou o seu apoio ao candidato oficial à presidência da República Júlio Prestes, em 29 de julho de 1929. Mais tarde compôs com Getúlio Vargas a chapa de oposição à presidência da República para as eleições de 1 de março de 1930.4

Quando ainda presidente do estado da Paraíba, já candidato a vice-presidente da República, foi assassinado no centro do Recife, na Rua Nova, precisamente na Confeitaria Glória, por João Duarte Dantas, seu adversário político, jornalista, cuja residência fora invadida por elementos da polícia, supostamente a mando de João Pessoa, que culminou com a publicação nos jornais da capital do estado de cartas íntimas trocadas com a professora Anaíde Beiriz.

Em seu governo (1928-1930) promoveu uma reforma na estrutura político-administrativa do estado e, para enfrentar as dificuldades financeiras, instituiu a tributação sobre o comércio realizado entre o interior paraibano e o porto de Recife, até então livre de impostos. Essa medida contribuiu para o saneamento financeiro do estado, mas gerou grande descontentamento entre os fazendeiros do interior, como o coronel José Pereira de Lima, chefe político do município de Princesa, na Paraíba, e com forte influência sobre a política estadual (João Dantas era seu aliado).1

O seu legado histórico desperta certa polêmica. Os defensores de João Pessoa alegam que ele foi um combatente dasoligarquias locais e se contrapunha a interesses de grupos tradicionais, embora ele mesmo proviesse de família de oligarcas.

João Pessoa - Foto colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

O fato é que a morte do presidente João Pessoa foi o estopim para a revolução de 1930. Seu corpo foi embalsamado no Recife e transportado para a capital paraibana por via férrea, onde chegou ao meio-dia do dia 28 de julho. O esquife ficou exposto à visitação pública na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves1 , até o dia 01 de agosto, quando foi transportado ao porto de Cabedelo para ser sepultado no Rio de Janeiro.

No ano de 1997 as cinzas do presidente João Pessoa e de sua esposa, Maria Luíza, foram transportadas para a capital paraibana e colocadas em um mausoléu construído entre o Palácio do Governo e a Faculdade de Direito da Universidade Federal da Paraíba.4

A cidade de João Pessoa é assim denominada em sua memória. Antes chamada "Parahyba", a capital teve o seu nome alterado, logo após o assassinato do presidente, fato histórico que levou Getúlio Vargas ao poder. Naquele período, foram perseguidos e mortos muitos opositores ao grupo político de que Pessoa fazia parte. O momento de exceção em que se deu a homenagem, entre outras razões, justificaria, segundo alguns pessoenses, a discussão sobre uma nova alteração na denominação da cidade4 .

O telegrama do "Nego"

"Paraíba, 29-julho-1929
Deputado Tavares Cavalcanti:

Reunido o diretório do partido, sob minha presidência política, resolveu unanimemente não apoiar a candidatura do eminente Sr. Júlio Prestes à sucessão presidencial da República. Peço comunicar essa solução ao líder da Maioria, em resposta à sua consulta sobre a atitude da Paraíba.
Queira transmitir aos demais membros da bancada essa deliberação do Partido, que conto, todos apoiarão, com a solidariedade sempre assegurada.

Saudações:
João Pessoa, Presidente do Estado da Paraíba."

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Pessoa_Cavalcanti_de_Albuquerque

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A última semana marcou mais um momento importante para realização do IV Congresso Nacional do Cangaço a se realizar no município de São Raimundo Nonato, no Piauí. Para ultimar os preparativos estiveram em Teresina, o Presidente da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço; Dr Benedito Vasconcelos e os Diretores da Entidade; Paulo Gastão, Aderbal Nogueira e Tomaz Cisne.
  
 Wilson Seraine recebe SBEC para reunião de trabalho: IV Congresso Nacional


O encontro aconteceu na residência do pesquisador e colecionador, Wilson Seraine, e contou com as presenças de Leandro Cardoso, Marcos Damasceno, Luciano Klaus, dentre outros colaboradores na capital piauiense. O tema do IV Congresso Nacional do Cangaço será "Caatinga: patrimônio natural e cultural". 

Fotos: Luciano Klaus

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2015/03/sbec-realiza-reuniao-em-teresina.html

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O Velho Guerreiro

 Por Marcos Dasmaceno
Paulo Gastão ao lado de Ingrid Alidiane e Mabell Sales, no Cariri Cangaço

Paulo Gastão, figura lendária da pesquisa do Brasil rural, da história do povo. Notável e relevante pesquisador da história do Cangaço; um dos ícones.

Indiscutivelmente, um monumental homem da pesquisa. Sua história é rica e longa, com larga lista de serviços prestados à sociedade. Uma trajetória incansável, desafiadora. Um missionário; todo missionário é um predestinado. Um iluminado. A história da pesquisa do Cangaço se confunde com sua história de pesquisador. Ele é uma legenda.

Construtor histórico. E, o mais admirável é que está sempre realizando novos projetos. Não aceita a imposição da vida, da natureza, de que idoso é - inevitavelmente - sinônimo de fragilidade, invalidez e sedentarismo. Está em pleno movimento e atuação, e a todo vapor. Vive a vida com a mesma intensidade de um jovem. Espiritualmente ele é um jovem. O vigor dele é admirável.
  
Paulo Gastão e a família Cariri Cangaço em Juazeiro do Norte

Paulo Gastão é um homem de causa. Um homem de história. Um homem de compromisso. Um homem de convicção. Atuante e exemplar. Exemplo de vida. Uma escola. Para nós, ele é uma escola. Essa figura mítica faz parte de nossas vidas, e fazemos parte da vida dele. Nossa grande bandeira; nosso mestre.

Ele não é uma pessoa; é uma plataforma, uma marca. Ele é único, incomparável e insubstituível. Vou além: pesquisador da magnitude dele, está em extinção. Não se pode considerar PAULO GASTÃO sem lhe reconhecer a experiência, a contribuição, a história.

Ele não é folha seca, que qualquer vento carrega. Ele é tronco de jatobá em beira de riacho, que suporta a força de qualquer enchente devastadora. Tronco bem enraizado e plantado no terreno de Deus.

Marcos Damasceno, pesquisador e escritor
Teresina - PI

E vem aí...

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2015/03/o-velho-guerreiro-pormarcos-dasmaceno.html

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JOÃO GAMBARRA E A LUTA PELA MEMÓRIA DOS QUE LUTARAM

Por Rostand Medeiros
O responsável pelo TOK DE HISTÓRIA, junto com o Sr. João Gambarra, no monumento aos combatentes brasileiros da Segunda Guerra Mundial em Santa Luzia, Paraíba-CLIQUE PARA AMPLIAR AS FOTOS.

Um ex-combatente de 96 anos, que mantém vivo no sertão a memória dos paraibanos que lutaram na Segunda Guerra Mundial. 

Junto a Rudolf Thales Diniz Lourenço e German Zaunseder, bons amigos que gostam de história, estivemos recentemente no sertão da Paraíba, mais precisamente na cidade de Santa Luzia, também conhecida tradicionalmente como Santa Luzia do Sabugy, onde conhecemos um ser humano muito especial.

Através da minha querida prima Fátima Cavalcanti, respeitada odontóloga que residente em João Pessoa, conseguimos chegar ao Senhor João Bezerra da Nóbrega Gambarra, um odontólogo aposentado, muito respeitado profissionalmente na sua terra e nascido no longínquo ano de 1919.

Rostand Medeiros, Seu João e Dona Dagmar

Verdadeira memória da viva da sua região, tivemos o privilégio e a honra de sermos muito bem recebidos em sua casa, onde ele e sua esposa, Dona Dagmar, foram de extrema cortesia e atenção.

Junto a Seu João conversamos algumas horas sobre a história do nosso sertão nordestino, o cangaço na Paraíba, as antigas revoluções ocorridas na primeira metade do século XX e a Segunda Guerra Mundial.
O interessante foi que descobri que seu pai, o vaqueiro José Alves Bezerra, no início do século XX negociava gado entre a Paraíba e a região do Seridó Potiguar (Santa Luzia é próxima a fronteira do Rio Grande do Norte). José Alves também trazia gado do distante Piauí, percorrendo antigos caminhos coloniais, aonde seus negócios chegavam a alcançar a região da Serra da Rajada, próximo ao Rio Carnaúba e da pequena vila homônima ao rio. Ali mantinha negócios e tinha amizade com o fazendeiro Joaquim Paulino de Medeiros, conhecido como coronel Quincó da Ramada e meu bisavô. Através de Seu João soube interessantes detalhes do ataque que a minha família sofreu de cangaceiros supostamente comandados por Chico Pereira, no dia 1 de fevereiro de 1927, na Fazenda Rajada, município de Acari. O papo rolou solto!

O amigo German Zaunseder, argentino de Buenos Aires e descendente de alemães, conhecendo o sertão potiguar. Ao fundo a Serra da Rajada.

Já em relação a segunda Guerra Mundial Seu João contou que foi o terceiro sargento Gambarra, lotado entre os anos de 1942 e 1945 no 20º Batalhão de Caçadores da cidade de Campina Grande. Ele não seguiu para a Itália com a FEB – Força Expedicionária Brasileira, mas vivenciou a partida de amigos e a tristeza da perda de alguns deles em combate. Esteve vigilante nas nossas praias, patrulhando extensas faixas do então praticamente deserto litoral paraibano.

Mas o fato mais intenso e relevante da nossa visita foi quando Seu João, com extremo orgulho e satisfação, levou os três amantes da história vindos de Natal até o monumento existente em sua cidade para honrar a memória dos ex-combatentes paraibanos que participaram da Segunda Guerra Mundial.

Localizado as margens da BR-230, que corta toda Paraíba de lesta a oeste, o monumento impressiona bela beleza e singeleza. Encimado por três grandes pilares retangulares que sustentam uma grande coluna, possui no alto uma estátua que representa um combatente brasileiro da Segunda Guerra. Nos três pilares que servem de base estão os nomes dos paraibanos que seguiram para a Itália e dos que protegeram nosso litoral, além dos símbolos da FEB e do 5º Exército dos Estados Unidos. Não faltam os nomes daqueles que participaram do conselho gestor para a existência deste monumento, entre eles está o nome de João Gambarra. Foi uma visita muito especial.

German, Rudolf e Seu João no monumento de Santa Luzia

Após o fim da guerra Seu João estudou em Recife, onde se formou em odontologia. Foi amigo de turma do respeitado odontólogo potiguar Sólon Galvão.
O Seu João Gambarra é sempre prestigiado pelo Exército Brasileiro

Seu João é um homem que possui uma lucidez, uma vitalidade e um prazer pela vida que são fantásticos!

Rijo, lúcido, ativo, seus olhos brilham ao relembrar o passado. Ao lembrar-se do velho sertão que não existe mais, da época da guerra e dos que partiram. Mas Seu João vive a vida cada momento intensamente, onde memorizar este passado não é um peso, mas uma satisfação. Uma satisfação que ele faz questão de dividir, principalmente com os mais jovens. Mas ele se entristece ao comentar que atualmente poucos se interessam pela história.

Rudolf junto ao AT-26 Xavante da FAB, espetado em Parelhas, Rio Grande do Norte, ao lado da Igreja de São Sebastião

Espero na minha vida poder encontrar outras pessoas como João Gambarra.

Um encontro destes não seria tão especial se não tivesse ao meu lado amigos que também gostam de história. Rudolf Lourenço é paraibano de Campina Grande, radicado em Natal, estudou economia na UFRN, é casado com a minha amiga Erika Leite e possui um grande interesse na história Segunda Guerra por influência de seu pai Josemar Lourenço da Silva, tenente da reserva da FAB.

Já German Zaunseder é argentino de Buenos Aires, estudou direito na Universadad Federal de Buenos Aires, reside em Natal há seis anos, é casado com uma potiguar, tem um filho de quatro anos e um grande interesse na história da Segunda Guerra Mundial por razões pessoais. Sua família é originária da Bavária, mas emigrou para a cidade de Duseldorff, onde nasceu seu tataravô Siegfredo.


Por uma razão que German desconhece, seu tataravô colocou em um dos seus filhos o nome muito pouco germânico de Antônio Zaunseder, avô do nosso amigo. Fugindo da crise que se abateu sobre a Alemanha após a Primeira Guerra Mundial, a família Zaunseder emigrou para a Argentina no início da década de 1920. Mas em 1939 os homens em idade de servirem as forças armadas de Hitler retornaram ao país de origem para lutar na guerra. Segundo German os irmãos do seu avô morreram em combate, mas Antônio sobreviveu, falecendo na Alemanha em 1954. Entretanto nosso amigo desconhece como foi a história do seu avô na Wehrmacht.  


CERTIDÃO DE BATISMO DO VIRGULINO FERREIRA DA SILVA


Para o seu acervo

Fonte: facebook
Página: Romao Olivera

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Depois do ataque frustrado à Mossoró-RN em 1927, Lampião visitou Limoeiro do Norte-CE e lá foi recebido pelo Juiz Municipal Custódio Saraiva. Segundo o Juiz, em certo momento Lampião foi com ele ao telégrafo da cidade e se comunicou com várias cidades vizinhas, inclusive Fortaleza-CE. Será que existe a voz do capitão Lampião gravada em algum lugar?

Fonte: facebook
Página: Eduardo Campbell

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