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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

"MATAR A PERFESSORA DE TRACUPÁ!"

Por Rubens Antonio
Professora Mariana Borges Cabral

"No vilarejo de Tracupá lecionava a professora Mariana, um dos alvos de Lampião. Momentos sofridos vivenciou ali a dedicada professora Mariana Borges Cabral...

Encontrava-se a professora no oitavo mês de gestação, quando foi avisada pelo então prefeito doutor Theotônio Martins que Lampião se aproximava de Tucano... E, dentre os objetivos do cangaceiro, um deles era matar a professora responsável pela escola de Tracupá... Imaginemos o medo, o pavor sentido pela professora! Na ausência de seguranças, fez dos alunos seus protetores e, como a escola estava localizada no alto, os alunos ficavam observando quem entrava no lugarejo... Como o grupo dos cangaceiros tinha características próprias, foi fácil a identificação e o aviso imediato à professora, que, ao narrar este dia, costumava dizer:

- Que dia de agonia! Eu grávida, quase na hora de dar à luz, tendo que correr e me esconder em uma caatinga tão castigada pela seca, com poucas folhagens... Como ficar escondida? Onde me abrigar? Andei mais rápido que podia e caí junto aos paus-de-rato... Fiquei ali. Rezei muito. 
Pedi a Deus que eles não me enxergassem. 


Momentos depois, todo o bando chegava ao local que eu estava. As patas dos animais estavam em minha frente e eles não me enxergavam... Agradeci a Deus. Minha oração foi forte. Ao retornar à escola, com todo o mobiliário destruído, encontrei o recado que o rei do Cangaço havia escrito na parede, usando como caneta o dedo sujo de sangue:

"PERFESSORA FOI QUE VIU QUE CORREU! NÃO FOI DESTA VEZ, MAS VAI SER DE OUTRA"

Escolinha de Tercupá, construída em 1926, conservada como era à época do ataque de Lampião.

Dias depois, meu bebê nasceu, mas nasceu morto, em consequência de tudo que passei. Fiquei com uma perna inchada, arroxeada, durante toda minha vida... O tempo passou. Pensei que estava livre do ódio de Lampião. Grande engano! Voltei a enfrentar a mesma situação pavorosa. Tudo se repetiu. Recebo novamente aviso de doutor Theotônio. Meus alunos voltam a ser meus seguranças e Lampião invade Tracupá pela segunda e última vez... Deixo a escola em disparada. Corro muito, pois, desta vez, não estava grávida.... Tinha mais forças... Encontrei um casebre com uma senhora bem idosa, vestida de preto, sentada nos degraus... Pedi ajuda e falei:

- Estou perseguida por Lampião! Não tenho onde me esconder! Preciso me disfarçar!

Ela me ajudou. Vesti um vestido preto. Enrolei um pano preto na cabeça. Peguei o cachimbo e esperei Lampião chegar sentada no degrau da casinha, em companhia da outra senhora.

Aparentemente, éramos duas viúvas na casinha de caatinga, fumando seus cachimbos e pensando na vida.

Ele chegou e perguntou:

- Minhas véia, viu o diabo da perfessora passar por aqui?

- Não, senhor... Não vimo...
... E, assim, enganei Lampião...

Estes fatos sobre a perseguição de Lampião à professora Mariana me foram narrados por sua neta, Maria Miriam de Miranda Prado... Ela jamais esquece...

Contado por Rubens Rocha, de Tucano, em seu livro "Caminhos de Lampião", de 2009.

Professor Rubens Rocha mostrando o lugar em que caiu morto o tenente Geminiano, em Tucano. 

PS - Tracupá deve seu nome, segundo a tradição popular local, à existência de uma tribo antiga, dos "tracupã", no local.

Esta localidade já foi também conhecida pejorativamente por "Brejo".

http://cangaconabahia.blogspot.com.br/2012/06/matar-perfessora-de-tracupa.html

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MAIS UMA FOTO INÉDITA DA CANGACEIRA DADÁ

Do acervo do pesquisador Corisco Dadá

Mais uma foto INÉDITA no grupo em comemoração ao Centenário da Dadá. Quem são os personagens na foto acima? Segundo Indanaia Santos os personagens são: O cangaceiro Deus-te-guie e ao seu lado esquerdo aparece a  sua esposa. Lá atrás é o escritor e pesquisador do cangaço Antonio Amaury, e a cangaceira Dadá

Fonte: facebook
Página: Corisco Dadá

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MAIS UMA FOTO DA JARDELINA NÓBREGA ESPOSA DO CANGACEIRO CHICO PEREIRA


Jardelina Nóbrega (Dona Jarda), esposa do cangaceiro Chico Pereira. Creio que esta fotografia é inédita, pois eu digitalizei a partir de um álbum de família, que me foi repassada por uma sobrinha de Dona Jarda.

Fonte: facebook

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Como todos nós sabemos Jardelina Nóbrega era a esposa do cangaceiro Chico Pereira, que foi covardemente assassinado nas terras de Currais novos, crime praticado pelos policiais que se diziam ser seus próprios protetores.

LEIA UM POUCO SOBRE O ASSASSINATO DO CANGACEIRO CHICO PEREIRA

NOTAS HISTÓRICAS SOBRE O OUSADO ATAQUE CANGACEIRO DE 27 DE JULHO DE 1924 À CIDADE DE SOUSA (PB)

(*) José Romero Araújo Cardoso

Provavelmente houve um conluio entre Juvenal Lamartine e seu colega João Suassuna para eliminar Chico Pereira (foto artificialmente colorida).

Quando dos festejos do réveillon do ano de 1923, em Triunfo (PE), acalorada discussão envolvendo Marcolino Pereira Diniz e o magistrado local, de nome Dr. Ulisses Wanderley, resultou em tragédia, pois o primeiro, filho do poderoso "Coronel" Marçal Florentino Diniz, também sobrinho e cunhado do "Coronel" José Pereira Lima, chefe político de Princesa, alvejou o juiz, seguindo-se ainda disparo efetuado por homem da confiança do caboclo Marcolino, conhecido por Tocha. O magistrado ainda conseguiu reagir, atirando em Marcolino.

Raciocinando sobre a dimensão do fato, não restou outra alternativa ao guarda-costa de Marcolino a não ser escapar da grande enrascada em que se meteram. Marcolino foi preso, sendo constantemente ameaçado pelos familiares e amigos do magistrado assassinado.

Pressentindo o imenso perigo que o filho corria, o "Coronel" Marçal Florentino Diniz recorreu aos préstimos de Virgulino Ferreira Lampião para retirar Marcolino da cadeia em Triunfo. Lampião e seu séqüito composto de oitenta homens cercaram Triunfo e exigiram a imediata libertação do prisioneiro, o que foi prontamente atendido pelas autoridades locais.

Levado a Princesa, Marcolino recuperou-se do tiro que sofreu. Recrudescia a antiga amizade entre Lampião e Marcolino. Fotos históricas retrataram Lampião e seus "cabras", no ano de 1922, na Fazenda da Pedra, propriedade de Laurindo Diniz, irmão do "Coronel" Marçal Florentino Diniz. Portanto, era bem firmada a relação de coiterismo que foi estabelecida na região serrana, fronteira do Estado da Paraíba com o Estado de Pernambuco.

Nos meses seguintes, já no ano de 1924, houve combates intensos entre cangaceiros e volantes pernambucanas. Entre Conceição do Piancó (PB) e São José do Belmonte (PE) Lampião foi ferido no tornozelo, passando péssimos momentos em razão da gravidade do estrago que o projétil provocou.

Dias se passaram até que chegou ao conhecimento de Marcolino a situação que o importante aliado estava passando. Foi enviado grupo de resgate, comandado por Sabino Gório, para resgatar o cangaceiro.

Lampião foi levado para o reduto de Marcolino, o lugarejo de Patos de Irerê, localizado a cerca de 18 km de Princesa (PB), no sopé da serra do Pau Ferrado. Duas propriedades de Marcolino " a Manga e o Saco dos Caçulas " eram antigos valhacoutos de Lampião e seu bando, há tempos imemoriais.

O cangaceiro-mor, substituto de Sinhô Pereira no comando do grupo que liderava antes da retirada para o Estado do Goiás, foi tratado por dois médicos contratados por Marcolino. Chamavam-se Dr. José Cordeiro e Dr. Severiano Diniz, sendo este último parente próximo do homem que foi imortalizado com a esposa por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira em belíssimo baião por título"Xanduzinha".

Distante de princesa, a cidade de Sousa vivia clima de ebulição. Disputas políticas resultaram em tragédias, como a que envolveu o embate no barracão do "Coronel" João Pereira, em Nazarezinho (PB), então distrito sousense.

O cangaceiro Chico Pereira

Filho do "Coronel" João Pereira, de nome Francisco Pereira Dantas, sentiu o peso da moral sertaneja, desprezando conselhos do pai, o qual faleceu exigindo que não se vingassem. Assassinou o único sobrevivente dos que atacaram o velho patriarca em seu estabelecimento comercial.

Conversas a boca miúda diziam que os mandantes da morte do "Coronel" João Pereira eram pessoas importantes da sociedadesousense, como o destacado e influente cidadão de nome Otávio Mariz.

Em um dia de feira em Sousa, Otávio Mariz notou animada conversa entre um bodegueiro de Nazarezinho (PB), de nome Chico Lopes, e "cabra" da inteira confiança de Chico Pereira, de nome Chico Américo. A duração da conversa despertou a desconfiança de Otávio Mariz.

Nas bancas da feira procurou uma chibata para comprar, indo ao encontro dos dois palestrantes. Encontrou apenas Chico Lopes. Aplicou-lhe surra magistral e pediu-lhe para ir à fazenda Jacu, reduto dos Pereira Dantas, em Nazarezinho (PB), avisar a Chico Pereira que tinha outra prometida para ele.

No Jacu, Chico Lopes detalhou todo acontecido. A família do "Coronel" assassinado perguntou-lhe o que ia fazer, tendo Chico Lopes respondido estar decidido ir até Princesa, conversar com Lampião sobre o melindroso e humilhante assunto. Havia um irmão de Chico Lopes que integrava o bando de Lampião há alguns anos. Isso facilitou a decisão do chefe supremo do cangaço em enviar dezessete homens de sua confiança para Nazarezinho. Antônio e Levino Ferreira, bem como Meia-Noite e Sabino Gório, também integravam o grupo que iria se responsabilizar pela mais aviltante ação cangaceira no Estado da Paraíba.

Notícias corriam céleres, dando conta da aproximação do grupo cangaceiro. Em Sousa alguns aventavam a hipótese de organizar defesa, mas como não acreditaram na possibilidade de tamanha ousadia, relaxaram completamente.

Ao chegar ao Jacu, os dezessete homens foram recepcionados efusivamente. O número final de bandidos prontos a atacar Sousa, aumentado com muitos da região, somava oitenta e quatro quadrilheiros dispostos.

Antes do amanhecer do dia 27 de julho de 1924, os bandidos cortaram a linha do telégrafo e invadiram Sousa, cuja maioria da população foi pega totalmente desprevenida. Pequena resistência partiu da residência de Otávio Mariz, principal alvo dos atacantes. Experiente e tarimbado sertanejo, Otávio Mariz escapuliu quando viu que não poderia resistir ao implacável ataque.

Tudo em Sousa virou alvo de saque, os cangaceiros roubaram o comércio, residências, tudo, prejuízo incalculável que marcou indelevelmente a história sousense.Feras endiabradas davam vazão a todos os instintos selvagens possíveis e imagináveis. O destacamento local, comandado pelo então Tenente Salgado, não conseguiu realizar qualquer ação de defesa em Sousa, verdadeiro suicídio se tivesse havido consumação.

Grupo composto de quase duas dezenas de bandidos, liderados por cangaceiro conhecido por "Paizinho", teve como alvo principal a residência do juiz local, de nome Dr. Archimedes Soutto Mayor. "Paizinho" tinha queixas pessoais contra o magistrado, a quem acusava de tê-lo condenando injustamente. Retirado ainda com roupas de dormir, o Juiz foi submetido a todo tipo de suplicia e humilhação, sendo forçado a andar de cangalha e em posição vexatória pelas ruas de Sousa. O ato final seria o assassinato do magistrado, mas Chico Pereira interveio e evitou a consumação do ato extremo.

O magistrado, depois de tudo, no ensejo dos desdobramentos do audacioso ataque cangaceiro à cidade de Sousa, assumiu a responsabilidade de fazer merecida justiça contra àquelas feras que o atacaram.

A rede de informações montada por Lampião era impecável e precisa. Logo ele ficou sabendo dos estragos em Sousa e, principalmente, do que fizeram com o juiz. Rodopiava nos calcanhares, ainda sentindo dores terríveis, empunhando Parabellum e raciocinando sobre o futuro dali para frente. Homem de raciocínio rápido, Lampião sabia que em breve enfrentariam duras batalhas contra as forças volantes paraibanas, extremamente tolerantes devido ao respeito ao "Coronel" José Pereira Lima e a Marcolino Pereira Diniz.

Lampião estava certo. A providência inicial do recém instalado governo de João Suassuna foi a instalação do segundo batalhão da Polícia Militar Paraibana na cidade de Patos das Espinharas, com absoluto aval para dar caça ininterrupta aos cangaceiros. A responsabilidade pela iniciativa maior de efetivar a campanha paraibana contra o cangaço liderado por Lampião coube, naturalmente, ao "Coronel" José Pereira Lima.

Não obstante a proteção que Lampião desfrutou em Princesa, seria inadmissível que o chefe político das terras da lagoa da perdição tolerasse tamanha afronta, principalmente em razão da forma como o magistrado sousense foi humilhado pelos cangaceiros.

No ensejo da caçada movida contra os bandoleiros, há fato digno de registro, referente à resistência efetivada pelo cangaceiro Meia-Noite em uma casa de farinha no sítio Tataíra, fronteira entre os estados da Paraíba e de Pernambuco. Na companhia da esposa, Meia-Noite, embora a mulher não tenha participado do combate, enfrentou combinado de volantes, comandados pelo então Tenente Manuel Benício, e tropa de cachimbos (civis em armas) contratada pelo "Coronel" José Pereira. Meia-Noite lutou contra oitenta e dois homens, ferindo dezoito. Escapuliu do tiroteio, mas a esposa ficou no local em que se entrincheirara, sendo depois conduzida à cadeia de Princesa. No local, conforme Érico de Almeida, primeiro biógrafo de Lampião, autor do livro "Lampeão, sua história" (1926(1ª ed.), 1996( 2ª ed.), 1998(3ª ed) ), foram encontradas quatrocentas e noventa e duas balas de fuzil mauser DWN, modelo 1912.

Em seguida, devido às volantes paraibanas estarem assanhadas com a ordem capital de darem combates violentos aos cangaceiros, inúmeros enfrentamentos foram registrados, como a batalha do Tenório, no ano de 1925, quando Levino Ferreira foi assassinado pelo volante Belarmino Morais, comandado pelo então cabo José Guedes. Como forma de se vingar do "Coronel" José Pereira, a quem culpava pela morte do irmão, Lampião e seu bando invadiram humildes propriedades em princesa, como a do Caboré, assassinando diversas pessoas, incluindo entre essas um ancião de provecta idade de noventa e dois anos e um garoto de apenas doze anos.

O governo paraibano invocou o convênio anti-banditismo, firmado no ano de 1922 em Recife (PE), obtendo permissão para que suas forças de segurança pública em perseguição aos bandoleiros adentrassem os territórios de outros estados nordestinos.

O grupo cangaceiro, em certa ocasião no ano de 1925, foi localizado na região de Serrote Preto. Desprezando as mais elementares táticas militares, os volantes paraibanos atacaram irresponsavelmente o valhacouto de Lampião. As estratégias guerrilheiras foram implementadas impecavelmente pelos cangaceiros, resultando em horrível carnificina, na qual pereceram os comandantes Tenentes Joaquim Adauto e Francisco de Oliveira, além de mais de uma dezena de soldados.

Abalado com a perseguição tenaz que as volantes paraibanas realizavam, Lampião evitou a Paraíba, pois seus antigos protetores não estavam mais propensos a desafiar as ordens do governo paraibano, bem como a decisão irredutível do "Coronel" José Pereira Lima em buscar erradicar o cangaço liderado por Lampião, pelo menos em terras paraibanas.

Para Chico Pereira não houve outra saída, em razão da gravidade dos fatos ocorridos em Sousa, a não ser acompanhar o grupo de Lampião pelas adustas plagas sertanejas. Travou combate em Areias do Pelo Sinal, entre Princesa e o distrito de Alagoa Nova (Hoje Manaíra), depois, vítima de picada de cascavel, em território pernambucano, amargou provações inenarráveis.

O extenso processo elaborado pelo Dr. Archimedes Soutto Mayor mostrou-se simpático a Chico Pereira, eximindo-o de algumas culpas e louvando diversas interferências realizadas quando do ataque cangaceiro do dia 27 de julho de 1924 à cidade de Sousa.

Perseguido, embora tolerado discretamente, Chico Pereira era, no entanto, alvo de olhares vingativos, sobretudo em razão de suas práticas donjuanescas. Sedutor, Chico Pereira desafiava importante elemento da moral sertaneja. Ao que tudo indica, houve a sedução de uma sobrinha do governador norte-riograndense Juvenal Lamartine, em Serra Negra (RN).

Provavelmente houve um conluio entre Juvenal Lamartine e seu colega João Suassuna para eliminar Chico Pereira. João Suassuna, através de irmão de nome Antônio, empenhou a palavra sobre a total liberdade do homem que foi obrigado a se tornar cangaceiro devido à morte do pai, motivada pela política acirrada dos turbulentos anos da década de vinte do século passado.

Na festa da padroeira de Cajazeiras, no ano de 1928, Chico Pereira foi detido por oficiais da polícia militar paraibana. Manuel Arruda de Assis foi o responsável pela prisão. Conduzido a Pombal, onde tinha praticado crime, quando do cerco ao velho casarão de Antônio Mamede no sítio Pau Ferrado, Chico Pereira ia ser transferido para Princesa, onde havia assassinado soldado de nome Pierre.

A escolta que o conduzia rumou em direção a Santa Luzia. Havia um crime atribuído a ele em Acari (RN), referente a um roubo praticado contra o velho "Coronel" Quincó da Ramada.

Era parte do esquema estruturado por Juvenal Lamartine para liquidá-lo. Joaquim de Moura, famanaz executor de bandoleiros, foi o responsável pela morte de Chico Pereira.

O ataque do bando de Lampião à cidade de Sousa foi um dos mais ousado ato praticado pelos bandoleiros das caatingas, cuja marca indelével permaneceu por tempos e ainda resiste na memória de poucos que tiveram a infelicidade de presenciar a verdadeira baderna que os cangaceiros fizeram na simpática cidade sorriso no longínquo dia 27 de julho de 1924.

(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor Adjunto do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Especialista em Geografia e Gestão Territorial (UFPB) e em Organização de Arquivos (UFPB). Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA " UERN). Contatos: E-mails: romerocardoso@uol.com.br. romero.cardoso@gmail.com. Endereço Residencial: Rua Raimundo Guilherme, 117 " Quadra 34 " Lote 32 " Conjunto Vingt Rosado " Mossoró " RN " CEP: 59.626-630 " Fone: 084-3312-0239. 
Autor:   José Romero Araújo Cardoso

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ENQUANTO OS CANGACEIROS PULAM O CARNAVAL - 7 CASOS SURPREENDENTES DE ROUBOS DE OBRAS DE ARTE - PARTE III


3. O caso dos dribles

Ano: 2000
Valor: 30 milhões de dólares

Danny Ocean e seus 10 amigos certamente invejariam a engenhosidade do plano armado pelos responsáveis por este crime. Em 2000, três homens adentraram o Museu Nacional da Suécia, em Estocolmo, empunhando uma metralhadora – nada muito sutil, é verdade. 

Enquanto um deles guardava a entrada os outros dois ficaram encarregados de pegar um autorretrato de Rembrandt e dois quadros de Pierre-Auguste Renoir. Antes de a polícia chegar, os ladrões conseguiram fugir do museu beira-mar em uma lancha, levando as obras avaliadas em mais de 30 milhões de dólares. Dá até para imaginar a trilha sonora.

Mas, o que torna o evento inusitado não é apenas a saída de mestre. Enquanto o trio estava no local, distrações coordenadas aconteciam em outros pontos da cidade: dois carros foram incendiados (para desviar a atenção das autoridades), e spikes foram colocados nas estradas ao redor do museu para furar os pneus das viaturas.

A sagacidade dos ladrões não durou tanto tempo – menos de duas semanas depois, oito homens envolvidos no crime foram presos. Até 2006, todos os quadros já haviam sido recuperados.
  
CONTINUA...


http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/7-casos-surpreendentes-de-roubos-de-obras-de-arte

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:

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“O GLOBO”- 25/11/1958 - PARTE XVIII

Material do acervo do pesquisador Antonio Corrêa Sobrinho

COMO SE FORJA UM CANGACEIRO

TRAÍDO E CAPTURADO

Volta-Seca Escapa de um Cerco de Vinte Homens – À Procura de Honorina – Refúgio na Fazenda Dos Irmãos Roxo – Traição dos Coiteiros.

EU estava numa situação bem desagradável, cercado por mais de vinte soldados dispostos a dar cabo de mim. Comandava o destacamento o tenente José Joaquim, um militar valente e cumpridor de suas obrigações, coisa rara em se tratando de polícia estadual. Eu me entrincheirei atrás de uma pedra e resisti ao tiroteio, com Maria Honorina ao meu lado, assustadíssima. A mocinha estava acostumada às refregas do bando, mas aquela situação não era nada boa, tipo de “fim de carreira” para quem anda fora da lei. Eu mesmo tinha pouca esperança de me salvar, mas não desanimei; pelo contrário, pus-me a matutar um meio de sair daquela situação. A minha sorte era os soldados serem covardes. Valentia, ali, só a do comandante, que logo a pôs à mostra. Mandou que eu me entregasse, isso a uns cinquenta metros de mim. Respondi que viesse buscar-me, e o tenente José Joaquim levantou-se, empunhando um parabélum, e gritou aos comandados: “Avança!” Mas não deu um passo, pois eu já o tinha sob a mira do meu fuzil e fiz fogo. Atingi-o no peito e ele caiu ensanguentado. Eu gritei de cá: “Levanta pra levar outro tiro, macaco!...” Mas ele não levantou, e seus comandados não quiseram imitá-lo, preferindo atirar de onde estavam.

ESCAPO

ENQUANTO as balas passavam por cima ou batiam nas pedras, fazendo um ruído irritante, eu continuava a estudar um meio de fugir. Eu me encontrava no limite das terras dos irmãos Roxo e havia uma cerca de arame farpado. Do outro lado, o mato era alto. Se conseguisse atravessar a cerca, sem que os soldados percebessem, estaria salvo. Rastejando como cobras, eu e Honorina chegamos até à cerca e, cavando rente ao último fio de arame, conseguimos passar sem que os soldados dessem pela fuga. Uma hora depois estávamos longe. Tenho a impressão de que a covardia dos soldados era tanta que eles ficaram lá, atirando de longe, o dia inteiro...

Resolvi então tomar um rumo para enganar a volante. Arranjei dois cavalos e mandei que Honorina fosse para a casa da avó e que não saísse, pois depois eu iria busca-la. Ela me obedeceu e eu rumei para o outro lado, para Salgadinho.

Nesse lugar passei vários dias, até que resolvi buscar Honorina, já supondo estar tudo mais calmo. Vim pelo mesmo caminho da ida e passei pelo ponto onde Leobino fora morto. Os soldados haviam enterrado o rapaz numa cova rasa e nem uma cruz puseram. Algumas pedras em cima, para indicar que era uma sepultura, e nada mais. Leobino era um bom menino, um futuro Volta-Seca, iniciando-se na carreira do crime. Era dócil e obediente como todos nós quando estávamos praticando para cangaceiro. Não tardaria, porém, a assimilar nossa ferocidade com a convivência que teria e, então, para o futuro, estaria à altura de ser “cabra” de Lampião. Pobre Leobino... Talvez fosse melhor morrer assim no início, pois o fim de todo cangaceiro é triste.

CILADA

PROSSEGUINDO, porém, fui para a casa da avó de Maria Honorina e não a encontrei. Informaram-me que ela se encontrava na casa de uma tia, e para lá me encaminhei, mas qual não foi minha surpresa ao me informarem que Honorina estava na casa da avó... Compreendi então que os parentes da moça queriam afastá-la de mim.

Com essas andanças, eu não me afastava das proximidades da fazenda dos irmãos Roxo. Como já disse, esses irmãos sempre acoitaram o bando de Lampião, mas, sem eu saber, após o combate que travei com o tenente José Joaquim, os irmãos foram apertados pela Polícia para dizerem onde eu estava ou, pelo menos, me delatarem, caso eu voltasse ao lugar.

Sem saber do que se passava, dirigi-me para a fazenda e fui pedir comida. A família Roxo estava reunida, justamente estudando a possibilidade de me apanhar... Quando apareci, ficaram surpreendidos, mas fizeram tudo para ocultar e eu, ingenuamente, nem desconfiei. Quem me atendeu foi Adão Roxo, com quem eu tinha muita intimidade. O cínico fingiu-se de contente:

- Então o tiroteio com a tropa do tenente José Joaquim foi forte, hein?

- É, foi brabo mesmo, respondi.

E ele com sorriso:

- Você feriu o tenente e ele quase morreu, sabia?

- Que pena não morrer – lamentei eu, preparando-me para beber água.

- Você chegou a fazer calo na mão de tanto atirar, Volta Seca? – perguntou-me ele, querendo ver minha mão. Deixei que ele me pegasse a mão e então, segurando-a firmemente, seu semblante passou de alegre a zangado, dizendo:

- Você está preso, Volta-Seca!

Olhei para ele, intrigado, e arrisquei:

- Não brinque, Adão...

Mas ele, mais sério ainda, retornou:

- Está preso, mesmo¹

Com um sorriso de ironia eu disse: 

- Adão, pra brigar com você não preciso nem da ajuda de Deus... e, dizendo isso, dei-lhe uma rasteira e puxei o parabélum.

Mal Adão saíra, surgiram várias pessoas, que pude depois contar serem quinze. Compreendi logo a cilada, apontei a arma para Adão e dei no gatilho. Pela primeira vez um parabélum falhou na minha mão! Adão Roxo respirou aliviado, enquanto sua família me agarrava.

ENTRE A VIDA E A MORTE

NÃO foi difícil para tanta gente me dominar e em seguida me amarrar. Um deles propôs que me matassem e cobrassem o prêmio de minha captura. Os irmãos Roxo logo toparam a ideia, incentivados pela mãe, uma velhota ruim como cascavel. Essa velha, por dinheiro, fazia tudo, e, aliás, tudo que aquela família possuía era à custa dos cangaceiros, pois ser coiteiro, para eles, era uma profissão rendosa. Só me denunciaram porque, não só eu estava sem dinheiro, como pela pressão que o tenente José Joaquim fizera contra eles. Felizmente, entre tanta gente ruim, havia duas mocinhas boas que não concordaram com a ideia de me matarem, e tanto se opuseram, que seu ponto de vista prevaleceu.

Fui levado então para o arraial Duas Barras, do município de Santo Antônio da Glória, amarrado e tratado como bicho. Quando cheguei, os soldados, ao me verem, quiseram logo dar cabo de mim, e tê-lo-iam feito se não surgisse o tenente José Joaquim, o mesmo que eu baleara. Esse militar estava enfaixado e ainda enfraquecido pela perda de sangue, mas, ao me fitar, não se alterou. Com serenidade, falou: 

"Ninguém toca neste homem. Ele está preso e garantido pela lei! Quem tocar num fio de cabelo dele, terá que se ver comigo! Tratem ele bem, e o que tocar nele, ponho na cadeia. Estamos entendidos?” 

Todos entenderam, e o tenente mandou que me desamarrassem e me pusessem na cadeia. Em seguida, telegrafou ao chefe de Polícia do município, capitão Facó, que mandou me transferissem imediatamente, recomendando também que não me maltratassem.

FERA ACUADA

DAÍ por diante fui sempre transferido de local, mas sempre bem tratado. Do arraial de Duas Barras fui para Santo Antônio da Glória, levado pelo tenente Douradinho, e em seguida, sempre demorando pouco nesses locais, mandaram-me para Jeremoabo. Até aí eu fui sempre livre, mas daí por diante me levaram com as mãos amarradas. Em todo lugar aonde eu chegava era alvo de curiosidade, e todos me fitavam como se eu fosse uma fera. É possível que fosse mesmo... Lembro-me de que, desde que fui preso até um ano depois, mais ou menos, não conversei com ninguém! Só respondia por monossílabos, e queria estar sempre só. A solidão me atraia, e a presença de qualquer pessoa me irritava.

Tão zangado eu era que, quando entrava num trem, amarrado e bem guardado por soldados, estes pediam aos passageiros que não me olhassem, pois eu não gostava e ficava furioso... De fato, revoltava-me ver alguém me fitando muito. Um homem não quis respeitar essa observação e, sentado em frente a mim, não parava de me fitar. Aqueles olhares tão penetrantes me incomodaram tanto que, na impossibilidade de agredi-lo, dei-lhe uma cusparada na cara!... Isso causou um mal estar terrível no trem, e daí por diante ninguém mais olhou para mim, pelo menos que eu percebesse. Eu devia ser mesmo uma fera...

CONTINUA...

Fonte: facebook
Página: Antônio Corrêa Sobrinho

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CHEIA DE BALAS MIL


Revista Veja de 18 de setembro de 1991. Vejam a parte sobre Bandidagem que fala de um "Rouxinol" do bando de Lampião. O que seria exatamente isso?

Fonte: facebook
Página: Robério Santos

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FOTO DOS CANGACEIROS FEITA NO LIMOEIRO DO NORTE


O cangaceiro do Rio Grande do Norte Massilon Leite que já tinha ligações com o fazendeiro chefe político coronel Isaías Arruda (filho natural de Aurora) do Estado do Ceará, forneceu material bélico (armas munição e mantimentos) para Massilon Leite, pois já mantinha ligações. Quando fez amizades com Lampião, juntou os dois grupos para o ataque à Mossoró, e todo interesse do ataque, foi a fortuna que ela possuía. No acordo, Lampião teria sua parte, fortalecendo assim o bando com seus homens.

Fonte: facebook

CONHEÇA UM POUCO SOBRE ISAÍAS ARRUDA

CONSIDERAÇÕES SOBRE ISAÍAS ARRUDA, O MENINO CORONEL DOS SERTÕES.

Por: João Tavares Calixto Jr.
Isaías Arruda de Figueiredo

Nasceu Isaías Arruda de Figueiredo (Cel. Isaías Arruda) aos 6 de julho de 1899 na Vila d'Aurora. Era filho de Manoel Antônio de Figueiredo de Arruda e Maria Josefa da Conceição (naturais de Aurora, casados aos 30 de junho de 1896). (Livro de Registro de Matrimônios da Paróquia Menino Deus, 1896-1911, p.33).
     
Foi batizado aos 30 de julho do mesmo ano pelo Pe. João Carlos Augusto, tendo como padrinhos Antônio Leite de Oliveira (solteiro) e Maria Joaquina da Conceição (casada). (Livro de Registro de Batismos da Paróquia do Menino Deus de Aurora, 1897-1904, p. 80),
     
Convolou núpcias no primeiro dia de setembro de 1920 na Igreja Paroquial da Vila d’Aurora com Estelita Silva, natural de Fortaleza, tendo como testemunhos a Raimundo Antônio de Macêdo e Manoel Gonçalves de Araújo. (Livro de Registro de Matrimônios, Paróquia do Senhor Menino Deus de Aurora, 1909-1922, p. 177).
     
Em seu registro de habilitação de casamento civil, anotado pelo Tabelião José do Valle Júnior aos 15 de agosto de 1920, observam-se informações sobre sua esposa: Era filha adotiva do Tenente Manoel Gonçalves de Araújo, e estava sob sua guarda a seis anos. Era, entretanto, filha natural de Francisco Saturnino da Silva, residente em Fortaleza, e Idalina Silva, já falecida. Casaram-se civilmente os contranubentes, igualmente ao matrimônio da Igreja, no dia primeiro de setembro de 1920, às dezessete horas, na casa de Zabulon da Silva Câmara Filho (CALIXTO JÚNIOR, J. T. Venda Grande d'Aurora, Fortaleza, 2012).

Autos dos proclames do casamento civil de Isaías Arruda de Figueiredo e Estelita Silva (Cartório da Vila d'Aurora, 1920. Fonte: Arquivo Público do Estado do Ceará)
     
Em perfeita consonância com a práxis vigente de sua época de existência, inseriu-se Isaías Arruda na prepotente atuação sociopolítica regional, marcada pela incursão do poder privado dos coronéis. Eram estes os senhores supremos dos feudos nordestinos, detentores do voto do cabresto e responsáveis pelas famosas eleições a bico de pena, onde até defuntos votavam. Trapaças e moléstias sociais que hoje ainda remanescem, apesar de diminuídas as proporções, são oriundas deste famigerado tempo da República dos Coronéis ou Coronelismo, a chamada República Velha.  

Bosquejando sobre as passagens deste notável personagem do cenário coronelístico nordestino, delegado de polícia em Aurora, assim como Prefeito municipal de Missão Velha, transcrevemos o que exara Joaryvar Macêdo em Império do Bacamarte (Fortaleza, 1990, p. 225): "Improvisado o coronel Isaías Arruda em poderoso chefe político de Missão Velha, se o juiz não se submetesse às suas ordens, ele o escorraçava, e ao oficial de polícia, intolerante com os desregramentos, mandava assassinar".

 Casa de Isaías Arruda em Missão Velha, CE (Foto: lampiaoaceso.blogspot.com)
     
Algo depois de funestos episódios que lhe marcaram a curta vida, polêmica e tumultuada, ocorreu-lhe o assassinato aos 4 de agosto de 1928, na pedra da Estação de Trem de Aurora, vindo a falecer 4 dias depois. No Livro de Registros de Óbitos da Paróquia de São José de Missão Velha (1926-1930, p.136), deparamo-nos com o assento referente ao seu falecimento:
  
"Aos oito dias do mês de agosto de mil novecentos e vinte e oito, na sede da Freguesia de Aurora, foi assassinado Isaías Arruda com vinte e oito anos de idade, casado com Estelita Arruda. Seu corpo foi sepultado nesta Villa. Para constar mandei lavrar este assento que assino. O Vigário Horácio Teixeira". 
     
Da calçada, onde caíra baleado, Isaías foi transportado para a residência de Augusto Jucá. No dia seguinte foi assistido pelos médicos Antenor Cavalcante e Sérgio Banhos, mas estes pouco puderam fazer no sentido de salvar a vida de Isaías, que terminou falecendo no dia 8 de agosto, pelas 6 horas da manhã (...). (GONÇALVES, Amarílio Tavares. Aurora, História e Folclore, Fortaleza, 1993, p.131). 

Estação Ferroviária de Aurora, onde Isaías foi assassinado pelos irmãos Paulinos em 1928

Salienta-se que no dia 12 de agosto do mesmo ano, regressava de Aurora a Fortaleza, o Delegado Virgílio Gomes, que havia sido incumbido de instaurar inquérito sobre o assassinato de Isaías. A respeito, foi provocado por vingança à morte de João Paulino, o chefe dos irmãos Paulinos, família de espírito de luta aguerrido, que, por anos consecutivos, fizeram do município de Aurora, assim como de suas cercanias, aterrorizado. Era estrondosa a rixa entre os seus integrantes e os "Arrudas", de Isaías Arruda de Figueiredo.

Grupo armado de Isaías Arruda (Foto: cariricangaco.blogspot.com) 

Referências Bibliográficas:
CALIXTO JÚNIOR, J. T. Venda Grande d'Aurora. Expressão Gráfica, Fortaleza, 2012.
FATOS HISTÓRICOS - Portal da História do Ceará, IN: www.ceara.pro.br-menuhistoriaverbete,php
GONÇALVES, A. T. Aurora, História e Folclore. IOCE, Fortaleza, 1993.
MACEDO, J. Império do Bacamarte. Casa José de Alencar, UFC. Fortaleza, 1990. 
  
http://lavrasce.blogspot.com.br/2013/05/consideracoes-sobre-isaias-arruda-o.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com