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sábado, 16 de junho de 2018

O RAPOSA DAS CAATINGAS É SUCESSO NACIONAL E JÁ ESTÁ NA 3ª. EDIÇÃO


Se você ainda não comprou este fantástico trabalho do escritor José Bezerra Lima Irmão adquira-o agora. Saiu a 3ª Edição. Lembre-se que quando lançam livros sobre cangaço os colecionadores arrebatam logo para suas estantes. Seja mais um conhecedor das histórias sobre cangaço, para ter firmeza em determinadas reuniões quando o assunto é "cangaço". 

São 736 páginas.
29 centímetros de tamanho. 
19,5 de largura. 
4 centímetros de altura.
Foram 11 anos de pesquisas feitas pelo autor 

É o maior livro escrito até hoje sobre "Cangaço". Fala desde a juventude  e namoro dos pais de Lampião. Quem comprou, sabe muito bem a razão do 
"Sucesso a nível nacional do Raposa das Caatingas" 
que já está na 3ª. edição. 

O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:

Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

franpeima@bo.com.br

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.

http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

PESQUISADOR DO CANGAÇO FALECE EM MOSSORÓ-RN JOSÉ ROMERO ARAÚJO CARDOSO

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

José Romero Araújo Cardoso nasceu em 28 de setembro de 1969, em Pombal (PB), filho de Maria de Lourdes Araújo(Lia) Cardoso e Severino Cruz Cardoso (Biró de Onofre).


Lia era minha tia. Ela chamava Romero de "Merim". Merim era um menino hiperativa , estava sempre inventando alguma coisa para riso ou desespero de Lia ou " das Coras". As "Coras" eram as "moças velhas " irmãs e tias de Biró, pai.

Biró e Lia eram primos. Mãe Lourdes nossa avó era mãe de Lia e sobrinha de Onofre, pai de BIRÓ, que pouco conviveu com Romero que era filho único do casal.

Na vida acadêmica Romero era um estudioso da geografia humana. Estudioso e entusiástica da obra do humanista do cientista brasileiro Josué Apolônio de Castro a qual era um grande conhecedor.

Romero Graduou-se em Licenciatura em Geografia pelo Departamento de Geociências do Centro de Ciências Exatas e da Natureza da Universidade Federal da Paraíba, Campus I, João Pessoa (PB).

Cursou especializações em Geografia e Gestão territorial e em Organização de Arquivos. Submeteu-se,em 1998, a concurso público para docente do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Campus Central, Mossoró (RN), obtendo primeiro lugar. Era professor Adjunto IV. Concluiu, em julho de 2002, mestrado em desenvolvimento e meio ambiente-PRODEMA-UERN, com dissertação versando sobre a importância da caprino-ovinocultura em assentamentos rurais de Mossoró (RN).

Assessorou a Fundação Vingt-un Rosado/Coleção Mossoroense, por onde lançou os seguintes livros: Nas Veredas da Terra do Sol (1996); Terra Verde, Chapéu de Couro e Outros Ensaios (1996);Aos Pés de São Sebastião –novela sertaneja (1998); Fragmentos de Reflexões –ensaios selecionados (1999); A Descendência de Jerônimo Ribeiro Rosado e Francisca Freire de Andrade – A Família de Menandro José da Cruz (2001); A Importância da Caprino-ovinocultura em Assentamentos Rurais de Mossoró-RN (2002); e Euclides da Cunha e as Secas (2005).

É autor de inúmeras plaquetas, a exemplo de Mossoró e a Resistência a Lampião (2002) e de Maria do Ingá a Maringá (2003). É sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, membro do Conselho Consultivo da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço e sócio da Associação Paraibana de Imprensa, além de sóciofundador do Grupo Benigno Ignácio Cardoso D’Arão. Era estudioso do semiárido nordestino e dos movimentos sociais desta região.

Eu fiz apresentações para livros de Romero e ele fez algumas outras para meus livros. 

A morte de Romero representa uma grande perda para a pesquisa humanística nordestina.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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VEM AÍ! CRÔNICAS DA TERRA DO SOL.

Por José Gonçalves do Nascimento

Tinha sido enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

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LIVRO PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO


Publicado em 10 de jun de 2018
LIVRO de Ruberval De Souza Silva. #dicadeleitura
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CORISCO - O VAQUEIRO QUE O DESTINO LEVOU AO CANGAÇO

https://www.youtube.com/watch?v=gQjJE-av5yU&t=274s

Cultura Popular Brasileira
Publicado em 12 de mar de 2018
A história de Corisco, o diabo louro, contada pelo pesquisador Múcio Procópio.
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MAIS LIVROS


Por Francisco Pereira Lima

Indicação Bibliográfica. Duas excelentes obras, organizadas pelos competentes pesquisadores: Renato Casimiro e Luitgarde Cavalcanti Barros. Obras indispensáveis. 

São 1.350 páginas do mais puro conteúdo. 

Preço 300,00

Solicite através deste e-mail:

franpelima@bol.com.br

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PALESTRA JOSÉ ROMERO

Por Aderbal Nogueira

Esta gravação foi feita pelo cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira da capital Fortaleza - Ceará.

https://www.youtube.com/watch?v=9Jsyw9jCCsw&feature=youtu.be

Enviado em 8 de jun de 2018
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Nota:
  
Este foi o último e-mail que o professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso  me enviou quando havia desaparecido do facebook, e eu perguntei por onde ele andava. Respondeu-me: 

Amigo Mendes, boa tarde!:

Estava novamente de "molho" no Hospital Wilson Rosado (Mossoró). Fui internado, cigarro demais que estou fumando, muito deprimido, muito triste. Estava com infecção pulmonar e pneumonia. Tive alta ontem. Passei 8 dias hospitalizado. 

Deus me proteja, Deus nos proteja!

Abraços!
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POÇO REDONDO E O TURISMO

Por Júnior Chagas

Valorizando nossa cultura e assumindo o compromisso feito, estamos realizando obras e reformas nos pontos turísticos do município. Compromisso esse que não é só com o evento "Cariri Cangaço Poço Redondo 2018", mas sim com a população de Poço Redondo. Essa é só uma prévia do que está por vir. E eu, Dr Júnior Chagas estou mostrando meu compromisso com a Cultura, juntamente com todos os envolvidos nessa causa que por muito tempo foi esquecida. 

Prefeito Junior Chagas e Fernandes Reis visitando os marcos historicos


Temos um município rico na sua história, cultura e turismo, mas infelizmente Poço Redondo esteve no anonimato por muito tempo, tendo suas riquezas exploradas por municípios vizinhos. Sabemos que ainda há muito que se fazer mas os primeiros passos estão sendo dados. Que o CARIRI CANGAÇO seja uma das portas para o desenvolvimento Cultural e Turístico do nosso município.


Junior Chagas
Prefeito Municipal
Poço Redondo, Sergipe
10 de junho de 2018

http://cariricangaco.blogspot.com/2018/06/poco-redondo-e-o-turismo-porjunior.html

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AO MESTRE JOSÉ ROMERO ARAÚJO CARDOSO


Por José Ribamar Alves
José Romero de Araújo Cardoso e o poeta José Ribamar Alves

O Sr. José Romero
de Araújo Cardoso,
É um Pombalense forte,
Letrado e estudioso;
Que defende a sapiência,
Que faz da inteligência
A lavoura do viver;
Um ser que inventa artigo,
Um ser humano e amigo,
Que nos ajuda a vencer.

Assim diria Plantão
Se conhecesse José
Se visse na sua alma
Tantos punhados de fé.
Tantas ações solidárias
E revisões literárias,
Feitas sem intuito sujo…
Feliz daquele escritor
Que tem como revisor,
José Romero Araújo!

Todo livro em sua mão
Vira bebê bem contemplado,
Pelas meninas dos olhos
Desse docente lidado…
Com tarefas exaustivas,
E lições indagativas
Como lecionador,
Tem saber de alto relevo
E eu como escritor, devo
Muito a esse professor.

Um caboco do passado,
Um filósofo do presente;
Uma alma que caminha
Abrindo alas pra gente.
Um órfão de mãe querida,
Que chegou ao fim da vida
Deixando-lhe grande saudade;
Mas, a vida continua
E ele continua a sua
Pelas trilhas da bondade.

Tem na Universidade do Estado
do Rio Grande do Norte,
Feito brilhar sua honra
E sei que até a morte…
Fará jus ao seu talento
Pelo reconhecimento,
Até então, merecido…
Prezado José Cardoso,
Meu abraço respeitoso,
Valeu, amigo querido!!!

https://www.facebook.com/jose.ribamar.39395

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PERDA IRREPARÁVEL!


A Coleção Mossoroense perdeu no dia de ontem, vítima de complicações cardiorrespiratórias, uma das figuras do seu quadro de escritores e mais importantes da nossa cultura: José Romero Araújo Cardoso.

José Romero era natural de Pombal, na Paraíba, nascido em 28 de setembro de 1969. Ele era geógrafo, especialista em Geografia e Gestão Territorial e em Organização de Arquivos, além de Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente.

O mesmo era professor do Departamento de Geografia da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) e escreveu diversos livros, dentre os quais “Nas Veredas da Terra do Sol”, “Notas para a História do Nordeste” e mais outros tantos pela Coleção Mossoroense.

Romero era membro do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP), da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC) e da Associação dos Escritores Mossoroenses (ASCRIM), além de ser colaborador incansável da Coleção Mossoroense.

Ele escreveu seu último artigo para o NOVO BOLETIM BIBLIOGRÁFICO, intitulado “Vingt-un Rosado e a Cultura Local”, lançado no dia de hoje.

Toda equipe da Fundação Vingt-un Rosado presta homenagem e externa uma imensa tristeza e condolências a toda cidade e familiares.

Seu corpo está no Centro de Velório Sempre, ao lado do Tiro de Guerra e o sepultamento será no Cemitério da BR 304, às 16:00 h.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1398338920310185&set=a.167257610084995.52215.100004022726234&type=3&theater

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NOTA DE FALECIMENTO ADEUS AO PROFESSOR, PESQUISADOR E ESCRITORJOSÉ ROMERO


É com pesar que informamos à comunidade 'Uerniana' e especialmente a de pesquisadores da Historiografia Nordestina o falecimento do Professor Mestre José Romero de Araújo Cardoso.O fato lamentável ocorreu no início da noite desta sexta-feira, 15 de junho de 2018.

Romero tinha 48 anos, e de acordo com informações foi vítima de complicações cardiorrespiratórias.

Nascido em 28 de setembro de 1969 em Pombal (PB), era geógrafo, especialista em Geografia e Gestão Territorial e em Organização de Arquivos, Mestre em desenvolvimento e Meio Ambiente.

Professor do Departamento de Geografia da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) escreveu diversos livros, dentre os quais "NAS VEREDAS DA TERRA DO SOL" e "NOTAS PARA A HISTÓRIA DO NORDESTE".


Membro do Instituto Cultural do Oeste potiguar (ICOP), da Sociedade Brasileiras de Estudos do Cangaço (SBEC) e da Academia dos Escritores Mossoroenses (ASCRIM), dedicava-se a estudos sobre a região Nordeste, Cultura Regional e cangaço.

O Departamento de Geografia da  UERN externa sua mais sinceras condolências à família e amigos por esta inestimável perda.

Créditos para esta nota Prof. Fábio Ricardo Silva Bezerra - Chefe do departamento de Geografia - Campus Mossoró - UERN.

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2018/06/nota-de-falecimento.html

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REPORTAGEM JUAZEIRO DO NORTE VISITA DE LAMPIÃO A PADRE CÍCERO E A PATENTE DA DISCÓRDIA



A casa onde Lampião se hospedou é ocupada hoje por um estacionamento para motos, cujo nome é Lampião Motos. Segundo o arrendatário do imóvel, a proprietária pretende fazer uma ampla reforma e ‘apagar’ o que resta da história

A visita de Lampião a Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, em março de 1926, é um dos mais polêmicos capítulos do cangaço. Na ocasião, foi concedida ao “fora da lei” a patente de capitão do Exército. O Estado queria recrutar seu bando para combater a Coluna Prestes,que estava nos arredores do Cariri, segundo informações de lideranças políticas locais

Juazeiro do Norte (CE). Doutoranda em História Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e professora de História da Universidade Regional do Cariri (Urca), Fátima Pinho, cuja tese de doutorado é “Padre Cícero na Imprensa Carioca”, conta que uma série de reportagens de Reis Vidal, na década de 30, deixa claro que o religioso recebeu Lampião para evitar desastre maior, se recusasse.

Na verdade, havia a ameaça iminente da presença da Coluna Prestes movimento comunista armado, que percorreu parte do Brasil no início do século passado no Cariri. O deputado federal Floro Bartolomeu, responsável por organizar o batalhão patriótico idealizado pelo presidente Artur Bernardes, na região, para enfrentar Prestes, resolveu convidar Lampião. Até hoje não se sabe se Padre Cícero assinou o documento-convite. Para complicar, Floro Bartolomeu adoeceu, foi se tratar no Rio de Janeiro, mas morreu. 

“Quando o cangaceiro chegou a Barbalha, Padre Cícero teria tentado demovê-lo da ideia de ir a Juazeiro, já que a visita não faria mais sentido após a morte de Floro Bartolomeu. Diante da insistência de Lampião e seu bando, o religioso o recepcionou e apelou para que ele deixasse a vida do cangaço”.


Ao chegar a Juazeiro do Norte, Lampião passou primeiramente na fazenda que pertencia ao deputado federal Floro Bartolomeu; hoje, no local, funciona o orfanato Jesus, Maria e José, no Centro da cidade.

O certo é que Lampião, após ser aconselhado por Padre Cícero a deixar a vida errante, comprometeu-se a combater a Coluna Prestes, recebendo armas e fardamentos, além da patente de capitão do Exército, assinada pela única autoridade federal que se encontrava em Juazeiro do Norte, um agrônomo do Ministério da Agricultura chamado Pedro Albuquerque Uchoa. Conta-se que, chamado a Recife para justificar o ato aos seus superiores, considerado um absurdo, o agrônomo teria dito que, “ante a presença de Lampião e o medo que sentia do cangaceiro, assinaria até mesmo a renúncia do presidente da República Artur Bernardes”.

Segundo Fátima, não se encontrou, até hoje, qualquer registro da participação do Padim no episódio. “A patente realmente foi dada. Entretanto, não tinha qualquer valor jurídico”.

Na edição do jornal “A Ordem”, do Partido Republicano Sobralense, de 6 de janeiro de 1927, há um relato sobre o episódio. “O Padre Cícero falou longamente por ocasião de suas bênçãos sobre Lampião, descrevendo os seus crimes e concitando as populações sertanejas a reagirem contra o perigoso bandido. Aproveitou a ocasião para explicar os motivos pelos quais Lampião já esteve em Juazeiro, protestando contra as acusações que lhe fazem os seus inimigos, afirmando ser ele protetor de Lampião”.


Relatos orais mostram que, ao chegar a Juazeiro, do alto do sobrado do poeta João Mendes, localizado atualmente no Centro, na Rua Vista Nova, 49, para angariar a simpatia do povo, Lampião jogou muitas cédulas de dinheiro. Uma das muitas estratégias usadas por Virgulino foi levar parte de seus homens no meio de muitas pessoas que foram recrutadas em Serra Talhada pelo cangaceiro Zabelê para ver de perto Padre Cícero.

A casa onde Lampião se hospedou é ocupada hoje por um estacionamento para motos, cujo nome é Lampião Motos. O imóvel seria tombado pelo Município. A parte de cima do antigo casarão que pertencia a João Mendes foi derrubada pelos herdeiros quando tomaram conhecimento que tramitava na Câmara Municipal o processo de tombamento. 

O espaço é hoje alugado ao dono do estacionamento, Roberto Wagner. Segundo ele, o local recebe visitação de turistas que fazem fotos. “As portas, janelas e essa parte debaixo que sobrou é toda original. Infelizmente, não vai durar muito tempo, porque a proprietária pretende fazer uma ampla reforma”, revela Wagner.

Já a Fazenda de Floro Bartolomeu, primeiro ponto visitado por Lampião em Juazeiro, é a sede do Orfanato Jesus Maria e José, localizado na Rua Coronel Antônio Pereira, 64, esquina com Avenida Padre Cícero, também no Centro. Apesar de algumas mudanças, o prédio se assemelha em muito ao original, edificado no início do século passado.

Candeeiro alertou para o perigo do esconderijo
  
Candeeiro conheceu Lampião por meio de outro cangaceiro, o Jararaca, a quem atribuiu a fama de ser um cachaceiro. - (Foto: Cid Barbosa) - 

Buíque (PE). Candeeiro, o último cangaceiro vivo, entre os que se encontravam junto a Lampião no fatídico 28 de julho de 1938, quando o bando do “Rei do Cangaço” foi dizimado, no sertão de Sergipe, concedeu sua última entrevista ao Diário do Nordeste, em agosto de 2011, aos 95 anos. Dois anos depois, no dia 24 de julho de 2013, morreu, no Hospital Memorial de Arcoverde (PE), após um derrame cerebral. 

A derradeira entrevista foi concedida em sua casa, na localidade de Guanumbi, distrito de Buíque (PE), município distante 258 Km de Recife. Mesmo com 95 anos, após um Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido em 2010, Candeeiro se mostrava lúcido e contou com detalhes suas aventuras e desventuras nos dois anos que passou ao lado de Lampião, descrito como “homem bom, que conversava com todos, mas se zangava facilmente” e de Maria Bonita, a quem reputa como “uma mulher mal criada”.

“Capitão, isso aqui não é lugar seguro para a gente ficar”. Essa advertência foi feita há 80 anos, por Manuel Dantas Loyola, o Candeeiro, ao seu chefe, Virgulino Ferreira da Silva, três dias antes da volante comandada pelo tenente João Bezerra invadir o acampamento do bando mais procurado do Brasil, numa gruta em Angicos (SE), e trucidar onze de seus componentes. 

Sobre o episódio de Angicos, Maria Bonita e a cangaceira Sila, na véspera do ocorrido, segundo Candeeiro, também alertaram Lampião. “Elas viram um ponto de luz em cima de um morro, o que podia representar a presença dos macacos”. Mais uma vez, o Rei do Cangaço desdenhou da informação. “Que lanterna que nada. São apenas vaga-lumes”, retrucou bastante zangado. O resultado foi o ataque.

“Deram uma rajada de metralhadora que pegou numa pedra debaixo dos meus pés. A minha sorte é que o sargento errou. Nesse instante, pensei: isso aqui não dá mais para mim. Consegui furar o primeiro cerco ileso. Porém, tinha outra volante esperando mais à frente. Atirei no meio dos macacos – como eram chamados os policiais à época – e, mesmo ferido, escapei”, conta. A fuga, no entanto, lhe marcou eternamente, não só pela lembrança, mas pela marca física deixada pelo tiro que dilacerou o seu braço direito, que passou por duas cirurgias para ser reconstituído. 

“Logo após fugir, encontrei um rebanho pelo caminho e, ferido, entreguei o mosquetão novinho que Lampião havia me dado a uma mulher. Quando levei o tiro, talvez pelo susto, não senti muita dor. Mas, quando olhei os ossos em banda, bateu a maior tristeza desse mundo”. Seu Né frisou que uma coisa lhe deixou intrigado: os cangaceiros criavam cachorros para acompanhá-los nas andanças e denunciar a presença de pessoas estranhas. “Não sabemos o que houve. Os cães não se manifestaram ante a presença das volantes. E é porque tinha cerca de 50 soldados”. 

Manuel Dantas saiu de casa cedo. Foi depois de levar uma surra da mãe que decidiu fugir. “Tinha de 15 para 16 anos. Era garoto muito perigoso”, relata aos risos. “Meu pai era carpinteiro e ferreiro e fez uma palmatória de cedro pesado. Um dia, minha mãe me deu, aqui mesmo nessa sala, uma pisa tão grande que quebrou a palmatória na minha cabeça. Aí ganhei o mundo”.

Cachaceiro

Depois de trabalhar seis anos no sertão pernambucano, foi para Alagoas. Trabalhou como vaqueiro em Matinha de Água Branca (hoje, Município de Água Branca). O dono da fazenda era um coiteiro e a Polícia descobriu. Ele fugiu para o Ceará. “Eu preferi ficar. Foi aí que conheci o cangaceiro Jararaca, um tremendo cachaceiro, que pegava uma garrafa de Pitu, colocava no colo e bebia. Passei dois meses na sua companhia, o suficiente para levar um tiro na perna. Até que Lampião nos encontrou e disse que eu iria ficar com ele, “pois esse nego não tem futuro, é um cachaceiro safado”. 

Seu Né foi casado com dona Lindinalva, 85, e deixou cinco filhos: Elisa, Elisabete, Cristina, Manuel e Apolônio. Depois que saiu da prisão, rodou o Brasil. Esteve em Manaus, onde foi seringueiro e soldado da borracha. Passou por todas as capitais brasileiras, exceto o Rio Grande do Sul, além de ter participado da construção de Brasília. Levou uma vida de aventuras.

"Adendo: blogdomendesemendes 

Um excelente trabalho, mas qual teria sido o cangaceiro Jararaca o 1, 2, 3... que fez com que Candeeiro conhecesse Lampião? O cangaceiro Jararaca José Leite de Santa foi assassinado em Mossoró em junho do ano de 1927. Candeeiro entrou para o cangaço em 1936. Não há como ter sido o Jararaca que foi assassinado em Mossoró."


LEIA AINDA:


http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/mobile/cadernos/doc/visita-de-lampiao-a-padre-cicero-e-a-patente-da-discordia-1.1955221

http://bogdomendesemendes.blogspot.com

NOTA DE PESAR!


Por José Mendes Pereira
José Romero de Araújo Cardoso está vizinho a Lampião

Faleceu ontem a noite o professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso, vítima de problemas respiratórios. 

Nas últimas semanas ele estava desaparecido nas páginas sociais, entrei em contato com ele e fui informado que estava internado no Hospital Wilson Rosado em Mossoró.

Este foi um e-mail que ele me enviou quando havia desaparecido do facebook, e eu perguntei por onde ele andava. Respondeu-me: 

"Amigo Mendes, boa tarde:

Estava novamente de "molho" no Hospital Wilson Rosado. Fui internado, cigarro demais que estou fumando, muito deprimido, muito triste. Estava com infecção pulmonar e pneumonia. Tive alta ontem. 

Passei 8 dias hospitalizado. Deus me proteja, Deus nos proteja!

Abraços!"


José Romero era um homem de inteligência apurada, professor adjunto da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, residente em Mossoró, deixa dois filhos e muitas saudades.

José Romero foi um dos que fez o "Blog do Mendes e Mendes" - http://blogdomendesemendes.blogspot.com tornar-se bem conhecido por este Brasil afora com os seus belos trabalhos sobre Cangaço, Padre Cícero, coronel Delmiro Gouveia, Pombal...

Vai com Deus, pesquisador, e muita falta irá fazer para nós amigos, e principalmente, para diversos blogs que você colaborou por muitos anos.

Ninguém tem certeza para onde você irá, mas a estrada poderá ser outra, mas o caminho que você seguirá será o mesmo para todos nós que aqui continuaremos até chegar o nosso dia. 

http://bogdomendesemendes.blogspot.com