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segunda-feira, 5 de julho de 2021
BATALHA DA SERRA GRANDE
A HISTÓRIA DE PAULO AFONSO E O CANGAÇO PRESERVADAS...
Por João de Sousa Lima
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" QUINCAS PEREIRA, O MENSAGEIRO DO PADRE CÍCERO ".
Por Luís Bento
Morava no então Distrito Macapá atual Jati - Ce, Joaquim Aureliano Pereira da Silva, Quincas Pereira irmão de Sebastião Pereira da Silva o afamado Cangaceiro do Pajeú, Senhor Pereira.
Quincas Pereira irmão do Sinhô Pereira
No ano de 1919, Quincas foi o mensageiro de uma carta enviada pelo Padre Cícero Romão Batista a seu irmão Senhor Pereira e o primo Luiz Padre.
Tinha a " carta " o seguinte teor, um pedido, uma ordem. Que abandonassem as armas, suspendessem as questões entre famílias, e forsem viver vidas diferentes em terras distante. Assim fez, Senhor Pereira e Luiz Padre, seguiram o concelho do velho Sacerdote.
Por LUÍS BENTO
JATI 05/07/21/.
Foto da casa, hoje modificada onde morou " Joaquim Aureliano Pereira da Silva- Quincas Pereira ". Rua Sabino Pereira JATI-Ce. Fonte, Tabelão - Wilton da Silva Brito.
Obs: na foto o Pesquisador Luís Bento.
Foto de: Joaquim Aureliano Pereira da Silva,Quincas Pereira.
A referida foto, foi cedida pelo " Poeta do Sertão - CÍCERO AGUIAR FERREIRA - foto acervo da família Pereira do Pajeú.
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O QUE É UMA OBRA DE ARTE?
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de julho de 2021
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.568
Qual é o pintor que você conhece capaz de pintar um quadro em tela com todo o esplendor como este acima? Obra-de-arte é aquela que me seduz. Por mais que os “revolucionários” botem um pedaço de lata na praça e queiram convencer que aquilo é arte, ficamos com pena dele e passamos ao largo. Pois Santana do Ipanema virou Garanhuns, com a neblina que chegou à Rua Antônio Tavares. Claro que chegou também em outras vias, mas o registro partiu dali. E se houvesse um prêmio fotográfico?
As pessoas estão assim tão preocupadas com as coisas mais superficiais da vida e deixam escaparem aa belezas na simplicidade cotidiana. Hoje em dia, todos podem registrar uma cena diária que de repente entra para a história daquela comunidade. Apenas um celular com boa resolução, pode ajudar para uma obra-de-arte, mas também para um elo histórico que aquela pessoa teve o privilégio de registrar e que vai refletir, repercutir, ser lembrado, muitos e muitos anos à frente. Temos como exemplos fotos antigas que publicamos representando Santana. Reproduzimos desde as fotos dos anos 40 em diante, inclusive fotografia de 1787, 1900, 1915 e 1920/30.
Como é bom amar a terra em que a gente nasceu.
É até um grande tributo ao nosso Criador.
Bom mesmo é fazer dos nossos corações verdadeiras obras naturais de artes.
RUA ANTONIO TAVARES EM JULHO DE 2021 (JEANE CHAGAS).
LUIZ DO RETIRO – MAIS LONGEVO DO BANDO DE LAMPIÃO
Por João Costa
Luiz Rodrigues de Siqueira, pernambucano de Serra da Baixa Verde(Triunfo), protagonizou a carreira mais longeva entre todos os cangaceiros do bando de Virgulino Ferreira; ficou famoso atendendo pela alcunha de Luiz Pedro, ou Luiz do Retiro ou de Salamanta e por protagonizar acontecimentos que até hoje deixam os estudiosos do cangaço estupefatos além de despertar polêmica entre os historiadores.
Sua trajetória no cangaço começa em 1924, após fugir de casa aos 16 anos, e se encerra em 28 de julho de 1938 na Grota do Angico; ao todo, 14 anos de guerra ininterrupta ao lado de Virgulino Ferreira, Lampião, de quem tornou-se lugar-tenente, confidente de muitos segredos; o único entre os demais bandoleiros a ter conhecimento da procedência das armas, fonte de proteção, recursos e negócios privados de Virgulino.
A biografia de Luiz Pedro não cabe num artigo.
Desde o ataque à cidade de Sousa, na Paraíba, em 1924, o mais rendoso realizado pelo bando, passando pela morte acidental de Antônio Ferreira, irmão mais velho de Virgulino e suas relações próximas ao casal Lampião e Maria Bonita até o gran finale do cangaço em Angico, sua personalidade e história estão ligadas à lealdade ao chefe.
Lealdade surgida de uma tragédia.
Reza a lenda que Luiz do Retiro matou acidentalmente Antônio Ferreira numa “brincadeira” de disputa por uma rede; sua arma disparou, acertou o Antônio, o segundo em comando do bando, Lampião compreendeu e relevou o fato, ganhando de Luiz Pedro lealdade eterna.
O capitão e Luiz Pedro estavam amarrados por um pacto de sangue, diziam os cangaceiros que sobreviveram a Angico.
Luiz Pedro esteve presente em todos as grandes razias e combates de Lampião, essencialmente os travados entre 1924 até o início de 1930, em que Lampião e seu bando não tiveram sossego por conta da caçada movida pelas volantes paraibanas e nazarenas.
Luiz do Retiro, sempre na sombra ou no coice de proteção do capitão Virgulino Lampião, se destacou em todos os combates importantes do bando no enfrentamento de volantes famosas comandadas por Higino Belarmino ou Optato Gueiros.
Esteve nos encarniçados e sangrentos enfrentamentos com as volantes nazarenas que eram formadas por inimigos figadais de Lampião como Manoel Flor, Davi Jurubeba, Manoel Jurubeba, Inocêncio Nogueira, Elói Jurubeba, Euclides Flor.
Também esteve presente em combates icônicos contra as volantes paraibanas lideradas por Clementino Quelé, tenente Zé Guedes e Raimundo Quirino, o subdelegado de Princesa Isabel(PB).
Na famosa estadia de Lampião e seu bando em Juazeiro do Norte, em 1926, oportunidade em que Virgulino visitou familiares ali protegidos pelo padre Cícero Romão e onde recebeu a patente de capitão do Exército para combater a Coluna Prestes, Luiz Pedro também recebeu a patente de 1º Sargento do Exército Patriótico.
Quando Lampião deixou para trás Pernambuco e Paraíba, passando a atuar na Bahia, Sergipe e Alagoas, lá estava também Luiz Pedro nos combates contra a volante de Manoel Neto.
Sua cabeça também foi colocada a prêmio e quem a entregasse decapitada receberia a recompensa de 10 contos de réis, segundo matéria do jornal “A Batalha”, editado no Rio de Janeiro, em 1933.
Quando a cortina se fechou para o cangaço em 1938, Luiz Pedro estava no palco de guerra, foi exitoso em deixar o palco sob fogo cerrado e voltar para ele e acabar morto com tiro de fuzil nos peitos.
- Ele tinha um pacto de sangue com o capitão; jurou morrer ao lado de Lampião, e acho que foi por isso que voltou para o coito, mesmo já estando a salvo, foi a avaliação de Ilda Ribeiro, a ex-cangaceira Sila.
- Num momento desse, de vida ou morte, ninguém volta a um lugar para abraçar a morte, ele voltou ao coito porque era ganancioso; sabia de todos os segredos do capitão e acho que voltou para resgatar o que era valioso do capitão Virgulino, opinou Zé Sereno, cangaceiro que também sobreviveu a Angico.
Já fora do cerco e do alcance dos tiros das volantes que atacavam o coito de Angico, Luiz do Retiro resolveu voltar para o exato local onde Virgulino Ferreira tombara, momento este em que recebeu um tiro nos peitos disparado pelo volante Antônio Jacó, mais conhecido por Mané Véio.
Reza a lenda que Luiz Pedro fora o cangaceiro mais abastado em dinheiro e joias e coube a Mané Véio se apoderar dos despojos de guerra.
Insatisfeito, amputou os braços de Luiz do Retiro para depois cortar os dedos do cangaceiro e se apoderar dos anéis de ouro.
Depois do cangaço e com o fim das campanhas das volantes, Mané Véio deixou a polícia, se mudou para Goiania, trocou de nome assumindo a identidade de um irmão já falecido, tornou-se ourives em decorrência de tanto ouro que se apoderara em Angico, casou e constituiu família.
Relatam que esse Mané Véio morreu na prisão, em São Paulo, condenado por ser o mandante do assassinato da própria esposa e filha, pelo fato de não aceitar o fim da relação e pela recusa em pagar pensão alimentícia.
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Foto. Luiz do Retiro, ou Luiz Pedro.
Fonte: Cangaceiros de Lampião – de A à Z, de Bismarck Martins de Oliveira.
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