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quinta-feira, 4 de julho de 2019
UM SOUVENIR QUE VEIO DA FAZENDA GUARIBAS (PORTEIRAS/CE) DO DESTEMIDO CHICO CHICOTE. APONTADO COMO UM DOS CORONÉIS MAIS VALENTES QUE SE TEM NOTÍCIA NA HISTÓRIA.
Essa pedra
(Foto) contendo um fóssil foi encontrada nos escombros da casa localizada na
Fazenda Guaribas, que no passado pertenceu ao famoso coronel Chico Chicote e
foi a mim gentilmente presenteada pelo amigo José Francisco Gomes de Lima.
Para vocês terem uma melhor ideia sobre o que aconteceu no local onde a pedra foi encontrada leiam o texto abaixo. (Geraldo Antônio de Souza Júnior).
Texto: Jaqueline Aragão Cordeiro.
O FOGO DAS GUARIBAS.
Texto: Jaqueline Aragão Cordeiro.
“O Fogo das Guaribas” refere-se à mais violenta batalha ocorrida no Ceará, no município de Porteiras, tendo como protagonista o considerado mais valente de todos os coronéis do sertão do Cariri, Francisco Lucena, conhecido por “Chico Chicote”, que não era propriamente um cangaceiro, mas um daqueles valentões típicos da sociedade sertaneja de 1920, no sul do Ceará.
“Nascido em 7 de Janeiro de 1879, filho mais jovem do Capitão Francisco Pereira de Lucena, se destacava dos demais irmãos pela rebeldia e total desapego á autoridade constituída. De cor alva, olhos castanhos claros, cabelos pretos, esbelto, espadaúdo, estatura regular, usava bigodes e só falava gritando. Nada o atemorizava. Desafiava oficiais e soldados de “volantes” policiais. Certa vez, em casa de João Anselmo e Silva, investia de chibata em punho contra o Padre Raimundo Nonato Pita, pelo simples fato de o sacerdote haver convidado, em sua presença, o dono da casa para uma conversa em particular. No dia seguinte, porém, mandava pedir desculpas ao Padre Nonato. Algumas vezes, costumava deitar-se numa rede e mandava dois “cabras” cortarem as cordas. Saltava, então, com a agilidade felina e caia em pé”. Chicote era, como se vê, um verdadeiro gato, um felino. Implacável para os inimigos, mostrava-se de uma lealdade a toda prova com os amigos.
Confundiam-se, é claro, pela insolência e coragem com os bandoleiros encouraçados que infestavam o vale do Cariri e o alto sertão de Pernambuco e Paraíba, que faz fronteira com o Ceará. Pertencia Chico Chicote a uma das mais antigas e tradicionais famílias de Brejo dos Santos, terra do grande historiador cearense Padre Antônio Gomes de Araújo.
Mas, acabou enfrentando uma das paradas mais duras da história sangrenta do Nordeste. O Coronel José Amaro, um potentado local, deu prazo a um inimigo para sair de Brejo dos Santos. Tomando as dores do escorraçado, foi o próprio Chicote quem acabou intimidando o coronel a abandonar o município. O coronel foi para o sertão de Pernambuco, lá morreu sem pôr mais os pés em Brejo dos Santos. A família de Amaro não perdoou essa de Chicote e começou a luta entre Amaros e Lucenas.
O irmão de Chico Chicote, era o prefeito de Brejo Santo, Quinco Chicote, e por muitas vezes precisou usar toda a força política e ainda amargar alguns dessabores em função da ação truculenta do irmão rebelde. Em determinado momento lideranças de Brejo Santo enviaram telegrama ao Presidente do Ceará; Moreira da Rocha; com queixas contra Chico Chicote, e pediam providências às forças do estado. Ato contínuo o mandatário maior do estado designou a volante do tenente José Bezerra, estacionada em Jardim, para atender ao pleito lhe enviado. O Tenente José Bezerra havia partido de Brejo Santo dizendo aos quatro ventos que iria em perseguição a Lampião, que de fato se encontrava ali perto, também na Serra do Araripe; Entretanto naquela madrugada do dia 1 de fevereiro de 1927, a volante seguiu direto para o sítio Salvaterra, com o intuito de efetivar o primeiro “acerto” daquela empreitada: Matar Antônio Gomes Granjeiro; crime encomendado pela família Salviano, inimiga de Chico Chicote e que se encontrava sob a proteção do poderoso Zé Pereira de Princesa.
Depois seguiram para a casa de Chicote, que trabalhava no campo, quando sua casa foi cercada pela “volante” do tenente José Gonçalves Bezerra. Um amigo de Chicote, de nome Joaquim Morais, o primeiro a tentar resistir, foi logo morto. Duas outras “volantes”, uma pernambucana e outra paraibana, que se achavam próximas, inclusive reforçadas por cangaceiros da família Salviano, inimiga de Chicote, vieram reforçar o cerco. Foi uma das brigas mais “feias” daqueles tempos do cangaço. Mais de quatrocentos soldados e cangaceiros investiam furiosamente contra a residência de Chico. Combate furioso. Lampião, que se achava nas imediações com seu bando, num lugar chamado Malhada Funda, no cinto do Chapadão Araripano, assistiu e se deliciou com a resistência oposta por Chico e seus poucos “cabras” aos soldados e cangaceiros de três estados. E comentou: “Se Chicote fosse meu amigo eu estava lá…”
Quando a polícia penetrou na casa de Chicote, que já brigava sozinho, pois tinha perdido seus “cabras”, encontrou o valente de joelho em terra, amparado à parede, na posição de atirar, com o derradeiro cartucho na culatra do rifle. A pele do seu corpo inteiramente negra e o rosto, as mãos e os braços ainda sujos da fumaça da pólvora, constatam a prova das 36 horas de fogo intenso.
O cerco da casa de Chico Chicote, um dos episódios mais famosos da crônica cangaceira do Nordeste, deu-se no sítio Guaribas, propriedade do atacado. No auge do combate, um “cabra” de Chicote, de nome Caipora, a quem o valente aconselhara a abandonar a refrega e salvar-se, mostrou-lhe sua lealdade com essas palavras: “Eu sempre lhe disse que no lugar onde lhe matassem o meu cadáver seria encontrado a duas braças do seu. Agora, chegou a hora de cumprir a minha palavra.”E continuou, ao lado do amigo, a mandar bala contra os quatrocentos homens das “volantes” de 3 estados até serem mortos naquele dia.
Fontes de pesquisas:
- Portal da história do ceará
- Blog Cariri Cangaço
Para vocês terem uma melhor ideia sobre o que aconteceu no local onde a pedra foi encontrada leiam o texto abaixo. (Geraldo Antônio de Souza Júnior).
Texto: Jaqueline Aragão Cordeiro.
O FOGO DAS GUARIBAS.
Texto: Jaqueline Aragão Cordeiro.
“O Fogo das Guaribas” refere-se à mais violenta batalha ocorrida no Ceará, no município de Porteiras, tendo como protagonista o considerado mais valente de todos os coronéis do sertão do Cariri, Francisco Lucena, conhecido por “Chico Chicote”, que não era propriamente um cangaceiro, mas um daqueles valentões típicos da sociedade sertaneja de 1920, no sul do Ceará.
“Nascido em 7 de Janeiro de 1879, filho mais jovem do Capitão Francisco Pereira de Lucena, se destacava dos demais irmãos pela rebeldia e total desapego á autoridade constituída. De cor alva, olhos castanhos claros, cabelos pretos, esbelto, espadaúdo, estatura regular, usava bigodes e só falava gritando. Nada o atemorizava. Desafiava oficiais e soldados de “volantes” policiais. Certa vez, em casa de João Anselmo e Silva, investia de chibata em punho contra o Padre Raimundo Nonato Pita, pelo simples fato de o sacerdote haver convidado, em sua presença, o dono da casa para uma conversa em particular. No dia seguinte, porém, mandava pedir desculpas ao Padre Nonato. Algumas vezes, costumava deitar-se numa rede e mandava dois “cabras” cortarem as cordas. Saltava, então, com a agilidade felina e caia em pé”. Chicote era, como se vê, um verdadeiro gato, um felino. Implacável para os inimigos, mostrava-se de uma lealdade a toda prova com os amigos.
Confundiam-se, é claro, pela insolência e coragem com os bandoleiros encouraçados que infestavam o vale do Cariri e o alto sertão de Pernambuco e Paraíba, que faz fronteira com o Ceará. Pertencia Chico Chicote a uma das mais antigas e tradicionais famílias de Brejo dos Santos, terra do grande historiador cearense Padre Antônio Gomes de Araújo.
Mas, acabou enfrentando uma das paradas mais duras da história sangrenta do Nordeste. O Coronel José Amaro, um potentado local, deu prazo a um inimigo para sair de Brejo dos Santos. Tomando as dores do escorraçado, foi o próprio Chicote quem acabou intimidando o coronel a abandonar o município. O coronel foi para o sertão de Pernambuco, lá morreu sem pôr mais os pés em Brejo dos Santos. A família de Amaro não perdoou essa de Chicote e começou a luta entre Amaros e Lucenas.
O irmão de Chico Chicote, era o prefeito de Brejo Santo, Quinco Chicote, e por muitas vezes precisou usar toda a força política e ainda amargar alguns dessabores em função da ação truculenta do irmão rebelde. Em determinado momento lideranças de Brejo Santo enviaram telegrama ao Presidente do Ceará; Moreira da Rocha; com queixas contra Chico Chicote, e pediam providências às forças do estado. Ato contínuo o mandatário maior do estado designou a volante do tenente José Bezerra, estacionada em Jardim, para atender ao pleito lhe enviado. O Tenente José Bezerra havia partido de Brejo Santo dizendo aos quatro ventos que iria em perseguição a Lampião, que de fato se encontrava ali perto, também na Serra do Araripe; Entretanto naquela madrugada do dia 1 de fevereiro de 1927, a volante seguiu direto para o sítio Salvaterra, com o intuito de efetivar o primeiro “acerto” daquela empreitada: Matar Antônio Gomes Granjeiro; crime encomendado pela família Salviano, inimiga de Chico Chicote e que se encontrava sob a proteção do poderoso Zé Pereira de Princesa.
Depois seguiram para a casa de Chicote, que trabalhava no campo, quando sua casa foi cercada pela “volante” do tenente José Gonçalves Bezerra. Um amigo de Chicote, de nome Joaquim Morais, o primeiro a tentar resistir, foi logo morto. Duas outras “volantes”, uma pernambucana e outra paraibana, que se achavam próximas, inclusive reforçadas por cangaceiros da família Salviano, inimiga de Chicote, vieram reforçar o cerco. Foi uma das brigas mais “feias” daqueles tempos do cangaço. Mais de quatrocentos soldados e cangaceiros investiam furiosamente contra a residência de Chico. Combate furioso. Lampião, que se achava nas imediações com seu bando, num lugar chamado Malhada Funda, no cinto do Chapadão Araripano, assistiu e se deliciou com a resistência oposta por Chico e seus poucos “cabras” aos soldados e cangaceiros de três estados. E comentou: “Se Chicote fosse meu amigo eu estava lá…”
Quando a polícia penetrou na casa de Chicote, que já brigava sozinho, pois tinha perdido seus “cabras”, encontrou o valente de joelho em terra, amparado à parede, na posição de atirar, com o derradeiro cartucho na culatra do rifle. A pele do seu corpo inteiramente negra e o rosto, as mãos e os braços ainda sujos da fumaça da pólvora, constatam a prova das 36 horas de fogo intenso.
O cerco da casa de Chico Chicote, um dos episódios mais famosos da crônica cangaceira do Nordeste, deu-se no sítio Guaribas, propriedade do atacado. No auge do combate, um “cabra” de Chicote, de nome Caipora, a quem o valente aconselhara a abandonar a refrega e salvar-se, mostrou-lhe sua lealdade com essas palavras: “Eu sempre lhe disse que no lugar onde lhe matassem o meu cadáver seria encontrado a duas braças do seu. Agora, chegou a hora de cumprir a minha palavra.”E continuou, ao lado do amigo, a mandar bala contra os quatrocentos homens das “volantes” de 3 estados até serem mortos naquele dia.
Fontes de pesquisas:
- Portal da história do ceará
- Blog Cariri Cangaço
PAVILHÃO DO MUSEU DO SERTÃO SOBRE AS ATIVIDADES PROFISSIONAIS – PARTE 1
Por Benedito Vasconcelos Mendes
Nas fazendas, vilas e cidades primitivas do sertão, os
habitantes poderiam ser divididos em artesãos; trabalhadores braçais, que executavam serviços
gerais, principalmente nas agroindústrias; vaqueiros; jangadeiros; pescadores; coletores de mel;
lenhadores; prestadores de serviços específicos à comunidade; profissionais da área da saúde e
os que desenvolviam atividades religiosas.
Os principais artesãos eram os ferreiros, flandreiros,
cuteleiros, armeiros, carpinteiros, marceneiros, santeiros, tanoeiros, louceiras, cesteiros,
seleiros, pedreiros, oleiros, sapateiros, costureiras, bordadeiras, rendeiras, crocheteiras,
labirinteiras, fiandeiras e tecelãs. Com exceção das louceiras e dos cesteiros, que herdaram suas técnicas de
fazer artesanatos dos indígenas, os demais artesãos vieram com os colonizadores portugueses.
Os profissionais que prestavam serviços específicos à
sociedade eram os que exerciam as atividades de mestre-escola (professor para ensinar a ler,
escrever e contar), bodequeiro, barbeiro,
alfaiate e coveiro.
Dos profissionais da área da saúde, somente os médicos
possuíam nível superior e eram raros, apenas as cidades maiores possuíam médicos. Os outros
profissionais da saúde, como a parteira, enfermeiro, curandeiro, raizeiro, tiradentes e
encanadores de braço, eram práticos, sem nenhum estudo formal.
Os artistas populares, como os rabequeiros, violeiros,
tocadores de pífanos de taboca, escultores, pintores, cancioneiros e repentistas, eram
amadores, geralmente exerciam outras profissões e nas horas vagas, por diletantismo, se tornavam
cancioneiros, músicos, poetas, pintores ou escultores.
Os trabalhadores braçais que trabalhavam nas agroindústrias,
geralmente, eram diaristas ou trabalhavam no sistema de mutirão. Estas indústrias tinham
época certa para entrarem em funcionamento, não funcionavam continuamente, mas somente
após o período chuvoso, no segundo semestre do ano. Somente a produção de queijo de coalho e de
manteiga do sertão era desenvolvida, principalmente, no período das chuvas. As principais
agroindústrias sertanejas eram a casa de farinha, engenho de rapadura, alambique de cachaça,
descaroçador de algodão, oficina de carne de charque, cozinha de queijo de coalho e de manteiga da terra,
casa de beneficiamento de cera de carnaúba, usina de beneficiamento de óleo de oiticica,
galpão de beneficiamento de borracha demaniçoba, galpão de beneficiamento de fibra de caroá e sala
de fiar e tecer.
As atividades domésticas ou desenvolvidas para o lar,
visando a manutenção da família, como as atividades de caçador, pescador, agricultor de subsistência,
coletor de mel, lenhador, apanhador de frutos silvestres, botador d’água, cozinheira e
outras, eram desenvolvidas por qualquer um dos membros da família. Eram tarefas aprendidas
por todos e passadas de pai para filho, pela tradição oral.
A vida espiritual da população era orientada por padres,
catequistas, sacristãos, beatos, penitentes e carpideiras. Destes, os que chamavam mais a
atenção eram os penitentes e as carpideiras. Os penitentes são fiéis da Igreja Católica que
com seus capuzes, bandeira e
indumentária própria, sob a liderança do Decurião (líder
espiritual da ordem dos Penitentes), percorriam as Igrejas, Cruzeiros e Cemitérios sertanejos
durante a Quaresma, entre a Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira da Paixão, rezando para as almas
dos mortos e se martirizando com chicotes providos de lâminas de ferro na ponta, provocando
ferimentos nas costas, com a finalidade de apagar os pecados.
As carpideiras eram mulheres que choravam, rezavam e
cantavam as incelências nos velórios sertanejos. Elas mostravam seus prantos e suas
lágrimas sem nenhum sentimento, apenas por dinheiro.
COMENTÁRIOS SOBRE ALGUNS DESTES PROFISSIONAIS
1. Ferreiros, Armeiros e Cuteleiros
Praticamente, em todas as vilas e cidades nordestinas havia,
no mínimo, uma tenda de ferreiro, onde eram produzidos ou afiados fações, facas,
foices, roçadeiras, alavancas, machados,picaretas, chibancas e muitas outras ferramentas de uso
comum na zona rural.
Os ferreiros manufaturavam e consertavam tudo que fosse
feito de ferro, aço ou metal, desde delicadas peças de uma espingarda ou de um cabo de punhal de
prata e marfim, de fino acabamento, até os grandes equipamentos e máquinas para as
agroindústrias primitivas do sertão.
Às vezes, os mestres ferreiros se especializavam na feitura de
determinados objetos. Surgiram, assim, os armeiros e os cuteleiros. Os armeiros faziam espingardas,
garruchas e outras armas de fogo.
Os cuteleiros idealizavam e produziam facas de ponta, punhais,
trinchetes, cutelos, quicés e facões. As facas de ponta e punhais constituíam-se verdadeiras obras de
arte, com seus cabos de rodelas de
chifre, osso ou marfim e carretéis de alpaca ou latão, de
fino acabamento. As facas de ponta maiores mediam 12 polegadas e serviam, ao mesmo tempo, de
instrumento utilitário e de arma. As facas
bem amoladas eram úteis tanto na lida diária, para cortar um
galho de árvore, sangrar uma rês ou tirar o couro de uma ovelha, quanto como arma de proteção.
Os cuteleiros, malhando o aço incendido, limando e polindo, faziam punhais e facas de
ponta que eram verdadeiras jóias.
Enquanto a lâmina era feita de aço, comprado em sucata de
trem ou confeccionada de ponta de espada, o cabo trabalhado era produzido de chifre de boi,
osso, marfim, ouro, prata, latão ou alpaca.
Alguns ferreiros se especializavam em produzir chocalhos
para animais.
Dos apetrechos tradicionais de uma tenda de ferreiro, sobressaíam a safra
ou bigorna, o torno manual de ferro (morsa), a fornalha, atiçada por um fole de couro e as
ferramentas pequenas, como marretas, marrões, martelos, tenazes, alicates, talhadeiras, punções,
escalas, lima triângulo, lima chata e limatão. Na tenda do ferreiro, não podia faltar a tina com
água, para arrefecer o ferro incandescente e a tina com óleo, para temperar o ferro. As principais
matérias-primas do ferreiro eram as barras de ferro, chapas, cantoneiras, canos, trilho de trem,
parafusos, porcas e arruelas.
2. Flandreiros
Com o surgimento da folha de flandres, da folha de cobre e
da folha de zinco, no comércio regional, muitos utensílios domésticos passaram a ser feitos
com estas matérias-primas. As folhas de flandres são folhas de ferro estanhadas e as folhas de
zinco são folhas de ferro galvanizadas com zinco. As folhas de cobre são de metal puro.
Flandreiro era o profissional que manufaturava os mais
diversos objetos com estas folhas metálicas, sobretudo funis, lamparinas, candeias,
candeeiros, baldes, panelas, bacias, alguidares, ralos de ralar milho verde, canecos de beber água, litros
para medir leite, canadas para medir cachaça, fogareiros, bocas de jacaré, biqueiras e calhas
para escorrer água da chuva nos beirais e outros inúmeros produtos. A principal ferramenta do
flandreiro era um tipo de bigorna de pontas muito compridas, utilizadas para dobrar as folhas metálicas,
fazer tubos, canaletas, vincos e outras coisas. Ele utilizava também um outro tipo de dobradeira,
feita de chapa espessa de ferro, para conseguir realizar vários tipos de dobra. Outras ferramentas
usadas por este profissional era a tesoura de gume curvo, em forma de meia lua, usada para
cortar as folhas metálicas; o martelo e o ferro para solda branca. Quando começaram a ser
comercializados na região, os produtos de ferro esmaltado (ágata), como panelas, chaleiras, canecas, bacias,
penicos e outros recipientes, o flandreiro passou a consertar estes utensílios com solda
branca, especialmente as aselhas, que se
desprendiam ou remendando partes estragadas. A substituição
de fundos de tachos de cobre e deutensílios de Ágata, como panelas e bacias, era feita com
solda branca ou apenas malhetado.
Enviado pelo autor
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
VAMOS AO PERU
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de julho de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.139
Um dos vizinhos do Brasil, o Peru é um país com cerca de 31 milhões de habitantes. Suas atividades econômicas incluem agricultura e pesca, exploração mineral e a manufatura de produtos têxteis. Suas terras podem ser divididas em planícies áridas na região do Pacífico, montanhas nevadas, como os Andes e florestas como a Amazônica. A população peruana é de origem multiétnica com alto grau de mestiçagem. Isso inclui ameríndios, europeus, africanos e asiáticos. A nação é considerada em desenvolvimento com um nível de pobreza de 34%. “O idioma oficial é principalmente o castelhano, ainda que um número significativo de peruanos fale quíchua e outras línguas nativas. A mistura de tradições culturais produziu uma diversidade de expressões nas artes, na culinária, na literatura e na música”.
E se você pensa que o nome Peru veio da proliferação dessa ave, está muito enganado. “A palavra Peru é, provavelmente, derivada de Birú, o nome de um governante local que morava perto da Baía de São Miguel, no Panamá, no início do século XVI. Quando os seus domínios foram visitados por exploradores espanhóis em 1522, eles eram a parte mais meridional do ‘Novo Mundo’ conhecida pelos europeus. Assim, quando Francisco Pizarroexplorou as regiões mais ao sul, as designou de Birú ou Peru”. Antes não tínhamos muita aproximação com esse país, mas está havendo uma maior integração na América do Sul.
Quanto ao futebol, o Peru continua crescendo, coisa que antes não acontecia. Mesmo tendo sido derrotado anteriormente pelo Brasil, virou fera ferida e derrotou o Chile, atual campeão. Portanto, o país que atualmente atrai turistas do mundo inteiro, deve vir querendo vingança e acreditando em vitória. O Brasil que se cuide.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
ZÉ LEOBINO E OS LADRÕES DE ORIGENS
*Rangel Alves da Costa
Vivemos cercados de espertalhões, eis a verdade. Gente dizendo que a Gruta de Angico pertence a Piranhas, gente dizendo que a mesma gruta está fincada nas terras de Canindé de São Francisco. Gente dizendo que o forró do Sávio é do outro lado rio e também vendendo os grupos de xaxado como se fossem do lado alagoano. Já ouvi alguém falando que muito filme rodando em Poço Redondo havia sido filmado do lado de lá. Assim mesmo, na cara de pau. Gente se apossando, “e na tora”, como se diz, do que é de Poço Redondo. Até com gente fazem assim. Pelo fato de um velho vaqueiro, poeta, contador de histórias, incentivador de cavalhadas e cultivador de muitas outras tradições culturais, haver se tornado verdadeiro símbolo sertanejo, então tentaram até mudar seu berço de nascimento. Logicamente que foi Canindé que deu maior visibilidade a José Ventura Lins, o Zé Leobino, hoje já passado dos 95 anos, e o tornou nacionalmente conhecido (há até uma estátua em sua homenagem, ao lado de Lampião e Maria Bonita, e simbolizando “O Vaqueiro Nacional”), mas o homem nasceu e se fez vaqueiro em Poço Redondo. Sua família é poço-redondense, alguns de seus filhos estão por aqui. Após sair de suas terras de origem e ir ser vaqueiro na Fazenda Cuiabá, então por lá foi ficando e ficando. Mas é um autêntico filho de Poço Redondo.
A verdade é que há ladrões de origens por todo lugar. Um integrante de um grupo de xaxado de Poço Redondo, mas que se apresenta em Piranhas, afirmou que já pediram até que ele dissesse que eram da cidade alagoana. Ele se negou a levar adiante tal mentira, vez que sabedor que se assim agisse estaria desvalorizando a cultura de se berço de nascimento e alavancando outra. O caso de Zé Leobino é até compreensível, pois já desde muito tempo que o mesmo reside pelas bandas de Canindé, ainda que grande parte de sua família continue em Poço Redondo. Contudo, outras situações existem que são realmente vergonhosas. Em muita propaganda turística há até inversões geográficas. A Gruta do Angico, mesmo ficando do lado de cá do Rio São Francisco, dentro do território de Poço Redondo, ainda assim é vendido como destino turístico pertencente ao outro lado do rio, ou seja, a Piranhas. Não se contentam em explorar como se fosse seu o local onde em 1938 Lampião e mais dez cangaceiros foram mortos, simplesmente fazem com que a geografia mude a localidade dos marcos históricos. É como se, num passe de mágica, transportassem a gruta para o outro lado. E assim acontece em muitas situações. Mas também com a permissão de Poço Redondo. Tudo contextualizado naquele velho exemplo: se você não cuida do pomar no seu quintal, não deve se espantar se o vizinho pula a cerca e vai colher os seus frutos.
Os ladrões de origens só se afastam quando os verdadeiros donos aparecem. Se Poço Redondo deixa tudo pra lá, não cuida de sua história, de sua memória nem de suas tradições, então tem que suportar as usurpações que são feitas. E não é só dizendo que isso aqui é meu, que não meta a mão, mas através de ações que mostrem que realmente cuida e preserva do que possui.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
PAVILHÃO DO MUSEU DO SERTÃO SOBRE AS ATIVIDADES PROFISSIONAIS
Por Benedito
Vasconcelos Mendes - (Continuação)
Benedito Vasconcelos Mendes e sua esposa professor Susana Goretti
5. Seleiro
O seleiro era
o artesão que trabalhava com couro para a confecção de arreios, selas e seus acessórios
(gibão, carona, chicotes, esteiras de forrar sela, bruacas, peias, mochilas e
outros objetos de couro),
quase todos utilizados no trabalho do vaqueiro. Para se defender dos espinhos
das plantas da caatinga, o
vaqueiro nordestino usava uma vestimenta especial de couro, como se fosse uma armadura,
conhecida por véstia ou gibão. É o único vaqueiro, do Brasil e do mundo, que
teve a necessidade de
se proteger da vegetação garranchenta e espinhenta na lida com o gado. Uma das principais
características da cobertura vegetal do sertão do Nordeste é ser esgalhada e
ter muitos espinhos, daí
a necessidade do vaqueiro desta região ter uma indumentária própria (véstia de
couro).
As peças de
couro feitas pelos mestres seleiros do passado eram bonitas, bem acabadas e resistentes. A
sela de montaria e seus apetrechos (chicote, alforje, carona, bandoleira e
manta), às vezes, eram
feitos com muita arte, bem trabalhados, com belos bordados. Dizia-se que pela
riqueza de detalhes da
carona se sabia se o cavalheiro era rico ou não.
A véstia de
couro curtido de veado catingueiro, de couro de bode ou de vaqueta era formada pelo gibão
(casaco), peitoral (guarda-peito), perneiras com joelheiras de sola, luvas,
guarda-pés e chapéu de
couro. A véstia tinha a coloração amarronzada, de cor uniforme e fosca (sem
brilho).
Além desses
trabalhos, o mestre seleiro fazia e consertava peças de montaria e
confeccionava arreios para
animais de sela e de carga (cabeção, cabresto, cilha etc). Não raramente, o
próprio seleiro também
curtia o couro, usando a casca de angico como fonte de tanino.
Dependendo do trabalho a ser
executado, ele usava couro curtido com ou sem pelos.
6. Oleiros de
tijolo e telha de barro.
A olaria de
tijolo e telha de barro fabricava, artesanalmente, estes produtos, que eram conhecidos por
tijolos e telhas comuns. Localizavam-se nas margens dos rios e riachos intermitentes,
onde existiam barreiro, água e madeira para lenha, usada para a queima destes produtos
cerâmicos. Depois de aguado e amassado com os pés, o barro era colocado nas
formas de madeira, para
formar os tijolos e as telhas, que eram secos ao sol e depois queimados no
forno à lenha. Tijolos
crus, às vezes, eram utilizados nas construções, mas eram considerados de
péssima qualidade,
pois a queima petrifica o barro e dá-lhe alta resistência e durabilidade.
Quanto ao tamanho das
telhas e dos tijolos, este variava conforme o tipo da forma de madeira (grade),
mas a preferência
era por tamanho grande.
Para piso de
residências e de outras construções, usava-se um tipo especial de tijolo conhecido por
ladrilho, de formato quadrado, de superfície muito lisa, de cor avermelhada,
bem queimado e de
bom acabamento. Além do modelo quadrado, existiam outros formatos de tijolo
para piso: retangular,
triangular e sextavado. Para a construção das grandes lajotas quadradas (50 cm
x 50 cm), usadas
no piso dos fornos das casas de farinha, utilizava-se barro de boa qualidade e
bem cozido. As
telhas, as lajotas e os tijolos crus possuíam coloração esbranquiçada mas, após
serem queimados,
tomavam a coloração vermelha viva. O barro era molhado e pisoteado e, depois de
bem amassado,
colocava-se areia lavada para dar mais consistência, diminuir a liga e não
rachar. A argamassa de
barro usada para levantar paredes de tijolos comuns era de grande durabilidade.
O reboco das
paredes era feito de cal, batida no cacete e curtida. Misturava-se a cal com
areia lavada e batia-se a
mistura com um cacete de madeira pesada e resistente, de mais ou menos um metro
e meio de
comprimento e da espessura de uma garrafa de cerveja. Depois de batida, a
mistura de cal era deixada em
repouso por alguns dias para curtir.
Enviado pelo autor
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
PARA MILHÕES DE FIÉIS, PADIM CIÇO NUNCA PRECISOU DE PERDÃO
Clerisvaldo B.
Chagas, 1º de setembro de 2014
Crônica Nº
1.251
Livro lançado
em 2012 (467 páginas)
Nem sempre o
brilho do Sol forte de Piranhas, Alagoas, esquentava o heroísmo. Um delegado de
polícia em debandada com seus comandados, mancha com o ridículo/cômico as ruas
inclinadas da cidade. Nas águas velozes do “Velho Chico”, o terror de um juiz
aciona uma reles canoa numa retirada febril que desonra a toga autoritária.
Corisco e Dadá
Lá vem ele, o
diabo louro chefiando sua legião com dezesseis demônios. Vão entrando na rua
trazendo o rastro incompleto de chacina na trilha do horror: riacho Pau de
Arara a Piranhas. Corisco e seus asseclas encontram o primeiro da estrada. E o
cidadão Lelinho é logo esquartejado vivo pelo bando. Cem metros adiante o agricultor
Antônio Tirana, também é esquartejado a machado. É o raivoso Corisco cometendo
os mais horrendos absurdos, apenas porque uma cangaceira fora presa.
Mais a frente,
ainda não conformados com a sede de matar, Corisco, Gato e a turba de
cangaceiros eliminam uma família completa que nem sabia por que estava
morrendo, como os dois cidadãos anteriores.
Avançam no
terreno. Dois rapazes são feitos prisioneiros e sangrados, também sem motivos
já dentro da rua de Piranhas.
Gato quer a
invasão da urbe para sequestrar dona Cyra, a esposa do tenente João Bezerra ─ o
responsável pela captura da sua mulher (dele, Gato) Inacinha.
A cidade não
tem um só policial. Mas alguns cidadãos formam uma improvisada resistência e
quatro minúsculas frentes se defendem distribuídas pelo cemitério, um sobrado,
a prefeitura e a casa de dona Cyra, a esposa de João Bezerra.
Estamos em
1936. A tropa do tenente está a 18 quilômetros da cidade, após capturar
Inacinha, em ferrenho tiroteio com o grupo de Gato. Mas Bezerra não retorna
logo a Piranhas onde a população e até sua esposa encontram-se em perigo.
Enche-se de desculpas esfarrapadas para não enfrentar os bandoleiros. Os
habitantes do lugar sentem a fraqueza do volante. Não importa, porém. O que o
tenente deixou de fazer, sua esposa fez de sobra.
E dona Cyra
Brito, que recebia em casa os feridos da campanha e deles tomava conta, virou
heroína do sertão, enfrentando valentemente a Corisco e seus bestiais asseclas,
à bala.
O tiroteio
quadrado de Piranhas eliminou o bandido Gato, amarelou Virgínio, ex-cunhado de
Lampião, esquentou o couro de Jacaré e botou para correr o famoso Diabo Louro.
As balas mandadas por dona Cyra, bem assobiaram no pé do ouvido de Corisco,
furando seus arreios.
Um combate
para ninguém botar defeito e o dia em que o Corisco perdeu o fogo.
* Baseado no
livro ”Lampião em Alagoas”. Encontrado na Livraria Toque Mágico, Santana do
Ipanema – AL.
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A CADA RETOQUE...
Por Geraldo Junior
...dona Maria
vai ganhando vida através das mãos do artista Dinho Gomes. Um trabalho perfeito
que merecidamente merece os nossos reconhecimentos.
Que dona Maria, que ainda se encontra em fase de acabamento, surja logo diante dos nossos olhos.
Que dona Maria, que ainda se encontra em fase de acabamento, surja logo diante dos nossos olhos.
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UMA FOTOGRAFIA INÉDITA...
Por Geraldo Júnior
... que acaba de chegar lá do norte baiano e que foi enviada
pelo nosso camarada de "guerra", Sandro Leite Cavalcanti "Sandro
Lee".
Na fotografia que foi registrada nas imediações do Povoado Salgadinho (Paulo
Afonso/BA) na década de sessenta do século passado, vemos Osmar Pereira de
Souza filho de Francelina Pereira de Souza irmã da cangaceira Lídia P. de Souza
que foi assassinada pelo seu companheiro, Zé Baiano.
Apesar da imagem não se encontrar em estado perfeito de conservação é possível
notar que Osmar P. de Souza porta um Fuzil 7mm (1908), segundo informações.
Para efeito de curiosidade.
HÁ DOIS ANOS, A SBEC COMEMOROU, COM MUITO ESMERO, OS 90 ANOS DA INVASÃO DE LAMPIÃO A MOSSORÓ
Por Benedito
Vasconcelos Mendes
No mês de
junho de 2017, a SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço comemorou, com
muita pompa, os 90 anos da invasão à cidade de Mossoró, pelo bando de cangaceiros
chefiado pelo temido Lampião. O Presidente da SBEC, Professor Benedito
Vasconcelos Mendes,
conseguiu que fossem realizadas uma Sessão Magna na Câmara Municipal de
Mossoró, um Júri
Simulado do Cangaceiro Jararaca e uma Sessão Solene da SBEC.
As
festividades foram abertas, com chave de ouro, com a realização do Júri
Simulado do Jararaca, ocorrido na
manhã do dia 9 de junho de 2017, no Salão do Júri do Fórum Silveira Martins, em Mossoró. A
maneira como o júri foi realizado obteve o elogio unânime dos presentes. O organizador e
presidente do Júri, Juiz Breno Valério Fausto de Medeiros, foi altamente
técnico e didático na
condução dos trabalhos. Embora fosse um júri simulado, o Dr Breno Valério
primou pela normas
jurídicas, de modo que ele deu uma excelente demonstração de como se realiza um júri, o que
fez com que os estudantes dos diversos cursos de Direito existentes em Mossoró
e presentes ao
evento a este evento aproveitassem muito esta verdadeira aula prática de
Direito Processual
Penal. Outros dois momentos altos do referido júri foram as falas dos Advogados
de Acusação e de
Defesa, respectivamente, Dr Diógenes da Cunha Lima e Dr Francisco Honório de Medeiros Filho,
que brilharam na eloquência, no conteúdo histórico e na ampla e profunda
cultura regional, que
ambos são possuidores. Foram momentos de esbanjamento cultural ofertados aos presentes
pelos dois oradores. O Conselho de Sentença, formado por 7 legítimos representantes
de Mossoró
(Professora Inessa Linhares Vasconcelos, Professora Ludimilla Carvalho Serafim,
Padre Manoel Vieira
Guimarães Neto, Escritor Armando Negreiros, Advogado Clóvis Vieira, Advogado Lúcio Ney e
Jornalista Rubens Coelho ), valorizou, com os seus votos, o resultado da
sentença. A SBEC e Mossoró
ficaram orgulhosas pela realização deste evento jurídico, histórico e cultural,
feito com muito
esmero técnico e refinamento jurídico. O Presidente da SBEC, Prof. Benedito Vasconcelos
Mendes, e o Presidente da Comissão Organizadora das Festividades dos 90 Anos da Resistência,
Dr Francisco Marcos de Araújo, agradeceram na ocasião a brilhante atuação de
todos que
participaram deste excelente júri simulado. Agradeceram também ao Diretor do
Fórum Desembargador
Silveira Martins, Juiz de Direito Herval Sampaio, por ter cedido o Salão do
Júri, com todos os
equipamentos necessários para a realização deste evento. Os servidores do Fórum Silveira
Martins, que com muita dedicação e boa vontade contribuíram para o êxito do
referido júri também
receberam os devidos agradecimentos da presidência da SBEC.
A Sessão Magna
da Câmara Municipal, presidida pela Vereadora Izabel Montenegro, em parceria com a
SBEC, foi realizada na tarde do dia 12 de Junho, em homenagem aos HERÓIS DA RESISTÊNCIA,
dentro das comemorações dos 90 anos da resistência de Mossoró ao bando de Lampião. Este
foi o segundo evento programado pela SBEC para festejar os 90 anos da
Resistência de Mossoró aos
cangaceiros. A Sessão Magna da Câmara também obteve sucesso total. Esta Sessão para
homenagear os Heróis de 1927 foi altamente prestigiada pelas autoridades
constituídas e pelo povo em geral.
Além das presenças da Prefeita Rosalba Ciarline e da Deputada Estadual Larissa Rosado, muitos
representantes de Universidades, Instituições Culturais, Entidades de Classe,
Clubes de Serviço,
professores e estudantes se fizeram presentes no Plenário da Câmara, para
cultuar nossos 150
heróis, que, com coragem e amor à nossa terra, arriscaram suas vidas para defender Mossoró da
sanha sanguinária do maior bandido brasileiro de todos os tempos, o famigerado Lampião. A
Sessão Magna da Câmara foi uma proposição do dinâmico Vereador Francisco Carlos Carvalho de
Melo.
No dia 13 de junho, foi realizada a Sessão Solene da SBEC, que ocorreu no Fórum das Artes (antigo Fórum Silveira Martins, na Av. Rio Branco), quando foi lançada a Revista do ICOP, contendo artigos e entrevistas sobre cangaço.
É importante ressaltar que todos os oradores da Sessão Magna da Câmara Municipal (Vereador Francisco Carlos, Prof. Benedito Vasconcelos Mendes, Dr Marcos Araújo, Prefeita Rosalba Ciarline e a Presidente da Câmara Izabel Montenegro ) reconheceram a importância da SBEC na liderança das festividades dos 90 anos da Resistência.
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