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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O CARTAZ É UMA INVENÇÃO... MAS A RECOMPENSA ERA REAL.


AGORA PERGUNTO... ALGUMA DIFERENÇA ENTRE AS RECOMPENSAS TUPINIQUINS E AS FAMOSAS RECOMPENSAS QUE FORAM OFERECIDAS NO VELHO OESTE AMERICANO?

Esse era o valor (4:000$000) a ser pago ao civil ou militar que entregasse às autoridades o célebre cangaceiro Zé Baiano (Pantera Negra), de qualquer maneira, podendo ser entregue... vivo ou morto.

Em busca das recompensas, civis e militares se aventuraram na caçada aos cangaceiros procurados, alguns obtiveram êxito, mas muitos foram mortos e serviram de alimento às aves e animais da caatinga.

NAS QUEBRADAS DO SERTÃO...

Fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

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LAMPIÃO E SUAS LUTAS


Lampião fazendo parte do grupo de Porcino teve seu primeiro grande encontro com a polícia do estado em 22 de Junho de 1921 perto da cidade de Espírito Santo, na divisa de Alagoas e Pernambuco, houve feridos de parte a parte e pelo menos um policial (que foi baleado 12 vezes, por se pensar que era José Lucena) e um cangaceiro ficaram feridos.

A aliança dos Ferreira com os Porcino não durou mais do que algumas semanas, e talvez não tenha sido constante durante muito tempo, pois era comum a aliança com o intuito de fazerem determinado assalto, logo depois era desfeita a aliança. E logo após Antônio Porcino e seu irmão Pedro Porcino foram mortos num confronto com a polícia na Bahia em setembro de 1921.

Durante os meses que se seguiram aos assaltos feitos com Porcino, Lampião e seu pequeno bando 6 a 7 homens, trabalhou sempre com Sebastião Pereira e seus cangaceiros, o bando enfrentou a polícia por muitas vezes, as vezes em grandes lutas, por exemplo, numa dessas lutas o grupo composto de umas duas dúzias de cangaceiros, enfrentaram um grupo de policiais de mais ou menos o mesmo número, este combate durou 5 horas, muitos cangaceiros ficaram feridos inclusive Antônio Ferreira.

Pouco depois, Sebastião Pereira e Lampião, com somente nove homens foram cercados por 128 soldados, numa extraordinária demonstração de bravura, o bando furou o cerco e consegui escapar. Em um outro encontro com a polícia, alguns meses mais tarde Lampião foi ferido seriamente pela primeira vez. Segundo o depoimento de Sebastião Pereira, Lampião estava sob fogo cerrado, e ao pular de um lado a outro para evitar os tiros, deixou cair o chapéu, voltando para apanhá-lo foi atingido na virilha e no ombro, foi carregado por Levino e outro companheiro para a casa de um conhecido de Sebastião Pereira (Sinhô Pereira), o qual foi buscar um médico para tratá-lo, e levou três semanas para se recuperar. Lampião passou apenas alguns meses com Sinhô Pereira, pois em 1922, Sinhô Pereira resolveu abandonar a região e mudar-se para outro lugar, pois há muito tempo vinha sofrendo fortes dores reumáticas, outros fatores contribuíram para tomarem esta decisão, tais como, pressões de parentes, amigos, e até mesmo Padre Cícero, o qual deu uma carta de apresentação do Padre Cícero para o Vigário de uma cidadezinha do Sul do Piauí, e munidos dessa carta Partiram Sinhô Pereira e seu primo Luís Padre, mas já no Estado do Piauí foram atacados pela polícia, voltando assim para Pernambuco. Tornaram a tentar ainda em 1922 e consegue Sinhô Pereira junto com dois cangaceiros foram de encontro a Luís Padre no longínquo povoado de Goiás.

http://brasilfolclore.xpg.uol.com.br/cangaco3.htm

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DIZ A LENDA QUE QUANDO LAMPIÃO FOI MORTO EM 1938, EM ANGICOS (SE), UMA ORAÇÃO FOI ENCONTRADA EM SEUS PERTENCES.


Diz a lenda que quando Lampião foi morto em 1938, em Angicos (SE), uma oração foi encontrada em seus pertences. Era a oração da Pedra Cristalina, cuja origem é desconhecida. A oração da Pedra Cristalina deve ser rezada pelo menos uma vez por mês, em uma sexta-feira de lua cheia ou quando sentir que algum problema pode te prejudicar.

Oração da Pedra Cristalina para afastar o mal

"Minha Pedra Cristalina, que no mar fostes achadas, entre o Cálice Bento e a Hóstia Consagrada. Treme a terra, mas não treme nosso Senhor Jesus Cristo no altar sagrado.

Tremem, porém, os corações dos meus inimigos e dos que me desejam o mal. Eu te benzo em cruz e não tu a mim, entre o sol, a lua, as estrelas e as três pessoas distintas da santíssima trindade.

Deus! Na travessia avistei meus inimigos.

Meu Deus! Eles não me farão mal, pois com o manto da Virgem sou coberto e com o sangue de meu Senhor Jesus Cristo sou protegido. Eles tentarão me atingir, mas não atingirão. Suas setas de maldade se desfarão como o sal na água.

Se tentarem me cortar, não conseguirão. Suas lâminas se dissolverão aos raios do Sol. Se tentarem me amarrar, os nós se desatarão por si. Se me acorrentarem, os elos se quebrarão pelo poder de Deus. Se me trancarem, as portas da prisão ruirão para me dar passagem.

Sem ser visto, passarei por entre meus inimigos, como passou, no dia da ressurreição, Nosso Senhor Jesus Cristo por entre os guardas do sepulcro.

Salvo fui, salvo sou, salvo sempre serei. Contra mim nada valerá. Contra os meus  ninguém se levantará. E para proteger meu lar, com a chave do sacrário eu o fecharei."

Após rezar esta oração, rezar também três Pai Nosso, três Aves Maria e três Glória ao Pai. Algumas variações recomendam que se acendam três velas, em pires branco, pondo sal grosso ao redor de cada vela. Após elas terem queimado, lave os pires em água corrente e deixe-os pelo menos uma noite de boca para baixo sobre um móvel de madeira.

Fonte: facebook


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A REVISTA O CRUZEIRO DE 11 DE AGOSTO DE 1970, PUBLICOU:




Fonte: facebook

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GERALDO FERRAZ DE SÁ TORRES FILHO LANÇA LIVRO


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LIVROS DO ESCRITOR ANTONIO VILELA DE SOUZA


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LAMPIÃO FEZ TRATAMENTO DO OLHO NESTE ANTIGO HOSPITAL


Ruínas do hospital São João de Deus na cidade sergipana de Laranjeiras, onde o doutor Francisco Bragança tratou do olho direito de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.

Fonte: facebook

Página: Geraldo Antônio de Souza júnior (administrador)

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MILTON RIBEIRO...Ator do filme "O Cangaceiro"


MILTON RIBEIRO ator do filme "O Cangaceiro", Premiado no festival de Cannes/França... Até hoje, esse filme é considerado o de maior bilheteria do mundo, no gênero cangaço..

Fonte: O Cruzeiro


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FOTO HISTÓRICA...!...O EXÉRCITO DE FACÓ INTERVÉM EM PRINCESA-PB.

Foto: O Cruzeiro

A famosa Guerra de Princesa no início de 1930, foi um conflito armado entre as tropas do Coronel ZÉ PEREIRA x Presidente João Pessoa-PB que durou em torno de 06 meses....Com o assassinato de João Pessoa pelo advogado João Dantas na confeitaria Glória, em Recife, e, para serenar os ânimos, o Governo Federal decidiu pela intervenção militar no Estado da Paraíba, mas precisamente, na região do conflito, acima citado.


Na foto, acima, vemos o Capitão FACÓ e seus homens entrando tranquilamente e, assumindo o comando na cidade de Princesa-PB.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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CONSELHO PARA NINGUÉM "BOTAR" DEFEITO...

Por Manoel Severo
Elane Marques, Manoel Severo e Archimedes Marques em reunião do Conselho Alcino Alves Costa do Cariri Cangaço em Juazeiro do Norte. 

Quando era ainda bem menino lá na minha querida Maranguape, acostumei a ouvir um ditado popular que dizia: "Se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia!" O tempo passa, começamos a compreender as nuances da vida e hoje, com muita autoridade e gratidão sou obrigado a afirmar: "Conselho é não só é bom, como é excelente, espetacular, sem igual!"

Na manhã do último dia 26 de setembro, último dia de nosso Cariri Cangaço - Edição de Luxo, Ano V; nos salões do Ingra Premium Hotel em Juazeiro do Norte, tomou posse a nova composição do Conselho Consultivo Alcino Alves Costa, do Cariri Cangaço. Em clima de festa e harmonia, confrades de todo o Brasil, convidados do evento, testemunharam a entrega de Diplomas e as palavras dos Conselheiros, reconduzidos e novos, que assumem para uma gestão de três anos: setembro de 2015 a setembro de 2018. 


O Conselho Consultivo do Cariri Cangaço, em sua terceira formação para o triênio 2015/2018, nasceu como o grande e espetacular cérebro , cheio de talentosos e valorosos neurônios, que possui a missão de pensar todas as nossas ações. Sem dúvidas a Curadoria estabelece o "norte", mas esse mesmo norte é resultado das muitas conversas, reuniões, sugestões, impressões e principalmente; resultado do sentimento desse grande Conselho, formado por homens e mulheres que possuem dentre muitas outras afinidades, um bem comum: O amor e a devoção ao seu chão, às suas origens.

A esse Conselho demos um Patrono: Alcino Alves Costa, o inesquecível Caipira de Poço Redondo, que ocupou uma de nossas cadeiras desde nossa fundação, hoje, Alcino lá de cima continua a nos orientar com uma maestria e alegria inconfundíveis, consolidando a força do Conselho que leva seu nome. Antes em Crato em 2010, depois em Barbalha em 2013 e agora Juazeiro do Norte em 2015, confrades assumem novamente o desafio de manter viva a memória e história de nosso sertão.

E assim o Conselho Consultivo Cariri Cangaço Alcino Alves Costa, assume novamente o desafio de pensarmos juntos os próximos passos de nosso sonho, 2016, 2017...2018. O Ceará, como berço, continua mantendo o maior número de conselheiros, oito, sendo: Ângelo Osmiro e Aderbal Nogueira, dos lados do litoral representam a bela desposado pelo sol, Fortaleza. Do sertão central, da terra dos monólitos trouxemos uma menina valente pra peste: Juliana Pereira. Descendo para nosso amado cariri passando pelo vale do salgado, uma segunda representante feminina, poeta de fibra e arretada das Lavras da Mangabeira, Cristina Couto; de Aurora o grande José Cícero Silva, de ali pertinho: Barro, o sensacional Sousa Neto; do portal Missão Velha, reverendíssimo e inigualável Bosco André que ao lado do Mestre Napoleão Tavares Neves formam a seleção alencarina do Conselho.


VEJA OS CONSELHEIROS:

Conselho Alcino Alves Costa do Cariri Cangaço
Napoleão Tavares Neves, Barbalha CE
Juliana Pereira, Quixadá CE
Ivanildo Silveira, Natal RN
Ângelo Osmiro, Fortaleza CE
Honório de Medeiros, Natal RN
Narciso Dias, João Pessoa PB
Sousa Neto, Barro CE
Gerado Ferraz, Recife PE
Wescley Rodrigues, Sousa PB
Ana Lúcia Granja, Petrolina PE
Kiko Monteiro, Lagarto SE
João de Sousa Lima, Paulo Afonso BA
Archimedes Marques, Aracaju SE
Rostand Medeiros, Natal RN
Aderbal Nogueira, Fortaleza CE
José Cícero Silva, Aurora CE
Antônio Vilela, Garanhuns PE
Bosco André, Missão Velha CE
Múcio Procópio, Natal RN
Paulo Gastão, Mossoró RN
Kydelmir Dantas , Mossoró RN
Cristina Couto, Lavras da Mangabeira CE
Jorge Remígio, Custódia PE
Professor Pereira, Cajazeiras PB
Leandro Cardoso, Teresina PI

Teresina nos permitiu o talento inconfundível de Leandro Cardoso que abriu alas para outra seleção; o espetacular time potiguar, com seis nomes de peso: Honório de Medeiros, Paulo Gastão, Kydelmir Dantas, Ivanildo Silveira, Múcio Procópio e um dos dois novos conselheiros; Rostand Medeiros, haja folego !!! A querida Paraíba, segunda casa do Cariri Cangaço, nos presenteou com Narciso Dias e os incansáveis Wescley Rodrigues, verdadeira revelação; e professor Pereira, Mestre dos mestres em matéria de literatura do sertão!

A terra de Virgulino nos trouxe os Pernambucanos; o volante Geraldo Ferraz e o homem das sete colinas, Antonio Vilela, a doce Ana Lucia Granja e o segundo mais novo membro do conselho, de Custódia chega para ficar, Jorge Remígio. Cruzando o Velho Chico a trilogia final nordestina com Kiko Monteiro o fantástico Lampião Aceso de Lagarto e o bravo Archimedes Marques de Aracaju, fechando com chave dourada o "baiano" de São José do Egito, valente que só a gota, João de Sousa Lima, da bela Paulo Afonso...

Eita !!!! 25 conselheiros? ou seriam 25 mil? Certamente a ordem dos fatores não altera o resultado, o fato e que esses homens e mulheres se juntam não apenas em torno de um evento, de um projeto, mas em torno de um sentimento, o sentimento de profundo amor as coisas do sertão, do nordeste, amor esse que nasce do fundo de nossa alma, por isso chegamos até aqui... E vamos prosseguir !


JOÃO VIRGULINO DA SILVA (SOBRINHO DE LAMPIÃO)

https://www.youtube.com/watch?v=nosT4nnT7Qw

Adendo - http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

Pelo que diz este senhor não é nada da família de Virgulino Ferreira da Silva, muito menos sobrinho do velho guerreiro e rei do cangaço Lampião. Diz ele que o seu pai se chamava Manoel Virgulino da Silva e a mãe se chamava Maria Francisca da Conceição. Será que é só porque o nome do seu pai tem Virgulino, que não é sobrenome de Lampião, e sim o nome próprio? E ainda diz que é sobrinho de Lampião por parte de pai.

Lampião não tinha nenhum irmão com o nome de Manoel. Seus irmãos eram: Antonio Ferreira da Silva, Levino Ferreira da Silva, Ezequiel Ferreira da Silva e João Ferreira da Silva, este último nunca se envolveu com cangaço. 

Publicado em 15 de set de 2013
Categoria: Entretenimento

Licença: padrão do YouTube

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O GRANDE COMBATE DE SERRA GRANDE PARTE 1

Por Manoel Severo
Louro Teles, João de Sousa Lima, Manoel Severo e Afrânio Gomes; no Cariri Cangaço

Serra Grande sem dúvidas é um dos episódios mais marcantes de todo o ciclo do cangaço nordestino, o combate épico, que envolveu mais de 400 atores, entre volantes e cangaceiros, entrou para a história como o maior embate de todo o cangaço. A Serra Grande abrange os municípios de Calumbi, Flores e Serra Talhada, mas tem o cenário do combate localizado no atual município de Calumbi, antigamente pertencente a Flores. E é em Calumbi que vamos encontrar mais um valoroso vaqueiro e rastejador da história: Lourinaldo Teles.

Pesquisador zeloso e dedicado, o conhecido "Louro Teles" vem ao longo de sua vida se debruçado principalmente sobre os principais combates do cangaço, dentre eles: Serra Grande e Serrote Preto. Convidamos a todos a acompanhar a primeira parte da empreitada de Louro Teles e entender melhor esse que foi o maior combate do cangaço: O combate da Serra Grande.

"Lampião preparou a emboscada de Serra Grande cerca de 30 dias antes do combate..."

Louro Teles na Serra Grande - https://www.youtube.com/watch?v=A2_61Q51p8g

Em breve a segunda parte !!! - Fonte do Vídeo: Youtube

http://cariricangaco.blogspot.com

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Lampião e Maria Bonita


Como todas as lendas que tendem a se torna maiores que os fatos, a de Lampião e sua saga pelo nordeste brasileiro contém todos os elementos de aventura, romance, violência, amor e ódio das grandes histórias da humanidade. Virgulino Ferreira da Silva, ou simplesmente Lampião, nasceu em 7 de julho de 1897, na pequena fazenda dos seus pais em Vila Bela, atual município de Serra Talhada, em Pernambuco. Era o terceiro filho de uma família de oito irmãos. Desde criança, mostrou ser excelente vaqueiro. Mas um conflito com vizinho e jogou na clandestinidade após o assassinato de seus pais.

Lampião foi o maior cangaceiro – nome dado aos fora-da-lei, que viviam de forma organizada, no final do século XIX e início do século XX, na região do nordeste brasileiro – de todos os tempos. Existem duas versões para o seu apelido. Dizem que, ao matar uma pessoa, o cano de seu rifle, em brasa, lembrava a luz de um lampião. Outros garantem que ele iluminou um ambiente com tiros para que um companheiro achasse um cigarro perdido no escuro.

Percorreu sete estados da região nordeste durante as décadas de 1920 a 1930, levando sangue, morte e medo à população do sertão. Causou grandes transtornos à economia do interior e sua história é um misto de verdades mentiras. No início da década de 30, mais de 4 mil soldados estavam em seu encalço, em vários estados. Seu grupo contava então com 50 elementos entre homens e mulheres. Comparado a Robin Hood, Lampião roubava de comerciantes e fazendeiros, sempre distribuindo parte do dinheiro com os mais pobres. No entanto, seus atos de crueldade lhe valeram a alcunha de Rei do Cangaço. Para matar os inimigos, enfiava longos punhais entre a clavícula e o pescoço.

Seu bando sequestrava crianças, botava fogo nas fazendas, exterminava rebanhos de gado, estuprava coletivamente, torturava, marcava o rosto de mulheres com ferro quente. Antes de fuzilar um de seus próprios homens, obrigou-o a comer um quilo de sal. Assassinou um prisioneiro na frente da mulher, que implorava perdão. Lampião arrancou olhos, cortou orelhas e línguas, sem a menor piedade. Perseguido, viu três de seus irmãos morrerem em combate e foi ferido seis vezes. Em 1929, conheceu Maria Déa, a Maria Bonita, a linda mulher de um sapateiro chamado José Neném. Ela tinha 19 anos e se disse apaixonada pelo cangaceiro há muito tempo. Pediu para acompanhá-lo. Lampião concordou. Ela enrolou seu colchão e acenou um adeus para o incrédulo marido. Grande estrategista militar, Lampião sempre saía vencedor nas lutas com a polícia, pois atacava sempre de surpresa e fugia para esconderijos no meio da caatinga, onde acampavam por vários dias até o próximo ataque.

Tornou-se amigo de coronéis e grandes fazendeiros que lhe forneciam abrigo apoio material. O governo baiano ofereceu 50 contos de réis pela captura de Lampião em 1930. Era dinheiro suficiente para comprar seis carros de luxo. Lampião morreu no dia 28 de julho de 1938, na Fazenda Angico, em Sergipe. Os trinta homens e cinco mulheres estavam começando a se levantar, quando foram vítimas de uma emboscada de uma tropa de 48 policiais de Alagoas, comandada pelo tenente João Bezerra.

O combate durou somente 10 minutos. Os policiais tinham a vantagem de quatro metralhadoras Hotkiss. Lampião, Maria Bonita e nove cangaceiros foram mortos e tiveram suas cabeças cortadas. Maria foi degolada viva. Os outros conseguiram escapar. Mas o cangaço terminou em 1940, com a morte de Corisco, o Diabo Loiro, o último sobrevivente do grupo comandando por Lampião. Lampião é odiado e idolatrado com igual intensidade, estando sua imagem viva no imaginário popular mesmo após 60 anos de sua morte. Sua influência nas artes – música, pintura, literatura e cinema – é impressionante.

http://bahia.com.br/?item_viverbahia=lampiao-e-maria-bonita

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