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sexta-feira, 9 de junho de 2017

QUESTÕES SOBRE LIMITES INTERMUNICIPAIS E OUTRAS PICUINHAS

*Rangel Alves da Costa

Antigamente, quando as terras de eréu e os latifúndios se perdiam de vista, numa distância que nem os que se diziam proprietárias sabiam até onde verdadeiramente chegavam, os limites eram estabelecidos no olho, na conveniência ou, como mais geralmente se fazia, escolhendo-se um marco divisório qualquer. Daí que não raro tais possuidores afirmarem que suas terras ficavam numa distância até perto da curva de uma estrada ou da casa velha do finado Ambrosino.
Não havia definições exatas, fato que gerou e continua gerando controvérsias, disputas, até vinditas de sangue, pois os problemas nas limitações das terras, somado às espertezas de tantos, faz com cercados sejam derrubados na violência e arames cortados a facão. Muitas são as inimizades criadas assim, acrescentando-se a isso o fato de muitos pequenos proprietários serem forçados a abandonar seus cercadinhos debaixo das ordens ameaçadoras dos coronéis donos do mundo. Ora, nada possuíam que comprovasse os exatos limites daquelas dos poderosos.
A verdade é que por muito tempo perdurou a noção dos limites por meio de marcos geográficos, como serras, rios e riachos. É uma questão que vem desde a divisão do território brasileiro em capitanias hereditárias, passando às sesmarias, aos eréus e depois aos latifúndios. Até os dias atuais persistem os litígios acerca de limites entre estados, municípios, bem como propriedades particulares. O estado de Sergipe, por exemplo, até hoje reclama das terras usurpadas pela Bahia no seu território. Do mesmo modo, muitas dúvidas ainda prosseguem sobre os reais limites entre um estado e outro.
Quando a divisa entre um estado e outro é feita através de marcos geográficos, principalmente rios, não há que duvidar de sua certeza, como ocorre entre Sergipe e Alagoas. Contudo, nem sempre assim acontece. Noutros casos, somente através de registros precisos se torna possível ter a noção de onde terminam as terras de um estado e começam a de outro, como é o caso de Sergipe e Bahia. Noutras situações, a povoação territorial vai sendo de tal modo desordenada que habitantes de um estado acabam fixando residência além da divisa e com isso acabam agregando as propriedades às suas terras de origem.
Problemas de monta dizem respeito também aos limites intermunicipais. Muitos municipais mantêm acirradas disputas com seus vizinhos pelas divisas ora usurpadas ora estendidas. As incertezas ou as espertezas de muitos acabam gerando questões que afetam as próprias soberanias municipais. Situações existem onde os serviços e as obras de um município são estendidos além de suas fronteiras, o que é sempre visto como uma tentativa de invasão territorial, ainda que o município reclamante sempre negligencie o atendimento àquelas famílias atendidas.
Entre Canindé de São Francisco e Poço Redondo, por exemplo, por muito tempo ocorreram dúvidas acerca de suas reais limitações. Como se sabe, Poço Redondo é territorialmente o maior município de Sergipe, fazendo divisa com a Bahia, Alagoas e municípios sertanejos de Sergipe. E mesmo que Canindé de São Francisco também seja município de grande extensão, não faz muito tempo que um prefeito, de olho grande nalgumas riquezas turísticas de Poço Redondo, resolveu, por conta própria, estender seus limites, marcando a divisa com sinalização em placa. O objetivo era abarcar em Canindé a Gruta do Angico, localizada em Poço Redondo e onde foram chacinados Lampião e parte de seu bando.
A administração municipal de Poço Redondo não gostou da afronta e da atitude desrespeitosa do prefeito vizinho, então requisitou ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) um novo estudo para estabelecer os reais limites da divisa. Terminado o levantamento, em direção a Canindé o município de Poço Redondo teve acrescido uns poucos quilômetros, o que significou o aumento de sua extensão territorial e a diminuição do outro. Não obstante isso, os problemas continuaram, não mais com relação aos limites territoriais, e sim no que diz respeito aos limites administrativos.
E assim por que a ausência de Poço Redondo no atendimento a serviços básicos de sua população mais distante, fez com que, num passado recente, o administração de Canindé realizasse construção de escola, e talvez até de posto de saúde, além de sua divisa, de modo a atender uma população entremeada de canindeenses e poço-redondenses. Dessa vez Poço Redondo não reclamou, pois ciente de sua negligência perante aqueles moradores. Mas ainda hoje, já na região que vai além do Alto Bonito, acaso alguém pergunte a qual município pertence aquelas terras e moradias, todo mundo vai dizer que Poço Redondo, mas basicamente administrado por Canindé.
Por falar nisso, a Gruta do Angico é localidade turística da cobiça de tantos que até mesmo o município alagoano de Piranhas, no outro lado São Francisco, vende sua destinação como se lhe pertencesse. Propagandas existem onde se diz que a localidade onde teve fim o cangaço fica nas terras alagoanas de Piranhas. Assim acontece pela ausência do próprio município perante o seu patrimônio e suas riquezas. Como Poço Redondo nunca cuidou daquele destino turístico, então chegam Canindé, Piranhas e empresários querendo se arvorar de donos. E realmente exploram como se donos fossem.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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JURI POPULAR EM MOSSORÓ ABSORVE O CANGACEIRO JARARACA

Por Geraldo Júnior

JURI POPULAR ABSOLVE O CANGACEIRO JARARACA "JOSÉ LEITE DE SANTANA" QUE FOI PRESO E POSTERIORMENTE EXECUTADO APÓS A TENTATIVA FRUSTRADA DE INVASÃO DA CIDADE DE MOSSORÓ/RN POR PARTE DE LAMPIÃO E SEU BANDO, OCORRIDA NO DIA 13 DE JUNHO DE 1927.

Se o cangaceiro já era tido como santo por fiéis que fazem promessas em seu nome e visitam seu túmulo em busca de milagres, agora já podemos colocar sua imagem em um andor e fazer a "procissão do Jararaca".

A história diz e apresenta provas de que Jararaca II é culpado e eu tenho certeza que o Juri o absolveu dos crimes praticados por 6x1 por pura comoção e sentimentalismo.

Respeito a decisão embora não concorde com ela. Me perdoe os envolvidos nesse processo.

Leiam através do link abaixo a matéria completa sobre o assunto.

http://mossorohoje.com.br/noticias/17473/jararaca-e-absolvido-por-6-a-1-pelo-juri-popular-apos-julgamento-memoravel.htm

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

Fonte: facebook

https://www.facebook.com/groups/ocangaco/?multi_permalinks=1594078777271901%2C1594047100608402%2C1593746453971800%2C1592966854049760&notif_t=group_activity&notif_id=1496968112124527

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A RURAL DE TOINHO DA BODEGA. CARROS DAS RUAS DE POMBAL DÉCADA DE 1970.

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

Toinho comprou a rural ao seu sogro Luiz Barbosa, em meados da década de 1970. Quem cruzava a Rua do Comércio em Pombal, inevitavelmente se deparava com a velha rural estacionada de fronte a sua não menos tradicional Bodega.

A famosa Rural de Toinho da Bodega

Sempre pronto a servir, Toinho com a Rural prestou assistência a quem o procurava, já que era um homem que não sabia dizer "não" ao povo da cidade.

Toinho da Bodega em seu estabelecimento comercial localizado na rua do comércio

Assim, a rural de Toinho serviu transporte para os idosos quando solicitado, e até de ambulância aos doentes que batiam sua porta a qualquer hora do dia ou da noite, para serem conduzidos ao hospital, isso sem nunca cobrar pelo serviço.

Cantor Chico César e Luizinho de Toinho da Bodega

Os clientes da bodega e moradores das imediações ao ouvir o ronco da Rural ás 15 horas da tarde, sabiam que era chegado o pão quentinho que era servido com creme ou levado para ser consumido em casa.

A Rural de Toinho da Bodega contínua em posse da família, esperando uma oportunidade de continuar servindo a nova geração de pombalenses. O projeto da família é recuperar a rural e fazer dela uma biblioteca itinerante, para que a nova geração continue a usufruir desse patrimônio que, mesmo privado, tanto serviu ao nosso povo.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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TRILHANDO O MESMO CAMINHO DE LAMPIÃO NO RIO GRANDE DO NORTE

... e Rostand Medeiros

UMA MOSTRA FOTOGRÁFICA RELATIVA AOS LOCAIS E A MEMÓRIA SOBRE
A PASSAGEM DE LAMPIÃO POR TERRAS POTIGUARES 
Autor – Rostand Medeiros
Entre os meses de Agosto de 2009 a Fevereiro de 2010, estive percorrendo as áreas rurais por onde o bando de Lampião no Rio Grande do Norte, como parte de uma consultoria que prestei ao SEBRAE, dentro do projeto “Território Sertão do Apodi – Nas Pegadas de Lampião”(www.sertaodoapodi.com.brDesde a cidade de Luís Gomes, a Mossoró e finalizando em Baraúna, percorri o mesmo caminho originalmente palmilhado por estes cangaceiros.
Para traçar esta rota, além das obras escritas sobre a história da passagem do bando de Lampião pelo Rio Grande de Norte, fiz uso de materiais históricos existentes nos arquivos do Rio Grande do Norte, Paraíba e de Pernambuco.
Após seis meses, foram percorridos, entre idas e vindas, mais de 4.000 Km, onde visitamos 82 sítios, fazendas, comunidades e cidades. Foram entrevistadas 123 pessoas e obtidas mais de 2.000 fotos. Em grande parte deste trajeto, a motocicleta se mostrou um aliado muito mais eficiente para se alcançar estes distantes locais.
Compartilho com os leitores e rastejadores do Lampião Aceso alguns momentos dessa minha aventura!
Uma pausa para um café. Aqui junto ao mototaxista Moisés Pautilho, de Luís Gomes. Quem quiser sair da frente do computador e ir ver estes locais, contrate este sertanejo honesto e trabalhador e pode rodar pelos caminhos de Lampião com segurança e satisfação.
Com o Sr. Pedro Belo do Nascimento, Sítio Tigre, zona rural de Luís Gomes. Na época da passagem do bando, o Sr. Pedro percorreu as mesmas fazendas pouco tempo depois das depredações e sequestros e contou muita coisa interessante. Quem quiser ir lá não perde a viagem. Lúcido em seus 99 anos, conta muita coisa em detalhes e fumando um cigarrinho feito por ele mesmo.
Casa do Sítio Baixio (ou Baixio dos Leites), as margens da BR que liga Major Sales (RN) a Uiraúna (PB). Esta era a casa do pai de Massilon Leite, o cangaceiro que guiou o bando de Lampião no RN e o clima foi de tranquilidade. A data foi 10 de junho de 1927.
O que resta da fazenda Aroeira, de onde a Sra. Maria José Lopes foi sequestrada pelo bando. Zona rural da cidade de Paraná.
Segundo membros da comunidade, nesta antiga casa grande do Sítio Barro Preto, na zona rural do município de Tenente Ananias, que pertencia a família Paula, Lampião e seus homens passaram pelo local sem criar problemas, pois o proprietário era amigo de Massilon.
Segundo Dona Maria Emilia da Silva, estas marcas circulares foram deixadas pelos canos dos fuzis dos cangaceiros, no umbral da porta principal da casa do seu pai, no Sítio Panati. Para ela, a existência destas marcas é fator de orgulho.
Dona Terezinha Queiroz, Sítio Juazeiro, zona Rural de Marcelino Vieira. Ela reclama que os mais jovens da região não se interessam mais pelas histórias da passagem de Lampião.
Marcos simbólicos existentes as margens do Açude da Caiçara no distrito homônimo. Conhecido como “O Cruzeiro do soldado”, existe para recordar o “Fogo da Caiçara”.
Detalhe
Na capela da Comunidade do Junco, construída no local original onde foi rezada a primeira “missa do soldado”, em 1928. Todo os anos, sempre no dia 10 de junho, a comunidade local não esquece o sacrifício do soldado José Monteiro de Matos e realizam uma missa em sua homenagem.
Placa comemorativa do trigésimo aniversário do “Fogo da Caiçara”.
Da direita para esquerda vemos o professor de geografia da rede municipal de ensino da cidade de Marcelino Vieira, Ênio Almeida, o Secretário de Cultura desta cidade, professor Romualdo Antônio Carneiro Neto, o comerciante Francisco Asis da Silva e o autor deste trabalho. Com a ajuda destas pessoas foi possível levantar a história da memória em relação a passagem de Lampião e seu bando por Marcelino Vieira.
Aspecto atual da cidade de Marcelino Vieira.
Marcas de fuzis, mantidas preservadas na porta principal da casa da fazenda Lajes, zona rural de Marcelino Vieira.
Aspecto atual da abandonada casa do Sítio Cascavel, na zona rural do município de Pilões. Esta foi à primeira casa “visitada” pelo bando na manhã de 11 de junho de 1927.
Após o Sítio Cascavel, vemos o Interior da casa do Sítio São Bento, igualmente invadida pelos cangaceiros.
Pelos caminhos de Lampião, muita dor, sangue e lágrimas.
Segundo os moradores da região, esta ermida, em honra a Jesus, Maria e José, foi uma obra edificada para o pagamento de uma promessa feita pela família do coronel Marcelino Vieira da Costa, proprietário da fazenda Caricé.
Marcas da passagem do bando, na porta da antiga residência do morador José Nonato, na Fazenda Caricé.
Nesta residência, na Fazenda Nova, zona rural do município de Pau dos Ferros, até hoje é comum a apresentação de cantadores de viola afamados da região e até de outros estados, onde o público se acomoda nestas toras de carnaúba colocados em forquilhas. Sempre é solicitado aos cantadores que narrem à história do fazendeiro Antônio Januario de Aquino, que em 11 de junho de 1927, pediu a Lampião que não deixasse seus homens fazerem mau a suas três filhas e ele foi atendido. A fundo da fotografia vemos os contrafortes da Serra de Martins.
Vista da Serra da Veneza, a partir da estrada que liga as cidades de Pilões e Martins. O ponto branco, bastante distinto na foto, localizado praticamente no meio da serra, é uma capela dedicada a São Sebastião e construída como uma promessa pelo fato de três familiares terem escapados incólumes das garras de Lampião.
Casa da Fazenda Morcego. Abandonada e sem conservação.
Uma entrevista, um diálogo sobre o cangaço, ou sobre a passagem de Lampião e seu bando pela região, é sempre foi sempre bem aceito pelos sertanejos, que em nenhuma ocasião se negaram a receber este pesquisador.
A capela de Santo Antônio. Construída 1901, estava em festa quando da passagem dos cangaceiros pela vila de Boa Esperança, atual município de Antônio Martins.
A Prefeitura Municipal de Antônio Martins criou uma insígnia honorífica, no formato de ma pequena placa de acrílico, personalizada, em honra das vítimas da passagem do Bando de Lampião.
Na ocasião em que visitamos Antônio Martins, tivemos oportunidade de presenciar o nosso amigo, o Secretário Municipal de Turismo e Cultura, Chagas Cristovão, entregando uma das ordens honorificas a um dos familiares de uma das vítimas da passagem do Bando de Lampião.
No Sítio Cruz, na zona rural de Frutuoso Gomes, encontramos o agricultor Glicério Cruz e sua família. Aos 96 anos, seu Glicério continua altivo e memorioso, onde recordou o medo das pessoas da região quando da passagem de Lampião e seu bando. Este agricultor participava da manifestação folclórica conhecida como Rei Congo, ou Rei do Congo, onde atuava no papel do monarca. Último remanescente deste grupo folclórico lamenta que a atual juventude não se interesse mais por este tipo de manifestação cultural.
Marcas deixadas pelos cangaceiros em uma das janelas da casa do Sítio Serrota.
Placa onde a comunidade de Lucrécia homenageia as vítimas do bando de Lampião.
Na zona rural desta cidade temos a casa do Sítio Serrota e os membros da família Leite na atualidade. Na noite de 11 de junho de 1927, o fazendeiro Egidio Dias da Cunha foi seqüestrado pelos cangaceiros e sua esposa, Donatila Leite Dias passou por sérios apuros.
Após o seqüestro de Egidio Dias, um grupo de parentes e amigos tentou buscar seu resgate na antiga vila de Gavião, atual município de Umarizal. No trajeto o grupo encontrou o bando de cangaceiros e três homens foram mortos. As margens da RN-072, este monumento, conhecido como “A cruz dos três heróis” marca o local do combate.
Na comunidade rural do sítio Caboré atua uma organização denominada Grupo Juventude Unida de Caboré, que atua no desenvolvimento da cultura local, utilizando principalmente o teatro como ferramenta e meio de expressão, através de um grupo de teatro denominado “Tribo da Terra”. Conhecemos o grupo e ficamos sabendo que eles desenvolveram uma peça teatral denominada “Na boca do povo e das almas”, onde tratam exclusivamente dos trágicos episódios vividos pela incipiente comunidade em junho de 1927. Este grupo de teatro, liderados pela estudante de pedagogia Adriane Maia Dias.
Na zona rural do município de Umarizal visitamos uma das mais belas e bem preservadas propriedades rurais existentes no trajeto, a Fazenda Campos, que foi invadida na manhã de 12 de junho de 1927.
O agricultor Pedro Regalado da Costa, memória viva da passagem do bando na comunidade Traíras, zona rural do município de Apodi.
O agricultor Pedro Regalado da Costa, memória viva da passagem do bando na comunidade Traíras, zona rural do município de Apodi.
Antiga casa grande da Fazenda Santana, atualmente prestes a desabar por falta de conservação. Aqui o prisioneiro Antônio Gurgel do Amaral teve o primeiro contato com Lampião.
Antonio Gurgel, neto e esposa.
Marcas do projeto em várias localidades do Rio Grande do Norte, como aqui em Itaú.
O agricultor João de Deus de Oliveira no caminho que segue para a Ladeira do Mato Verde, onde o bando de cangaceiros galgou a Chapada do Apodi.
No alto da Chapada do Apodi, com meu “Cavalo de aço”, atrás do rastro dos cangaceiros 83 anos depois.
No Sítio Arapuá, zona rural de Felipe Guerra, conhecendo um pouco dos fatos relativos à passagem do bando junto ao agricultor Edmundo Paulino da Silva (de óculos escuros) e seus familiares.
Na região do Sítio Carnaubinha, onde existia uma pousada conhecida como “pouso de Pregmácio”, atacada pelos cangaceiros, o senhor Francisco Barbosa de Lima, de 87 anos, conhecido em toda a região como “Caiolin”, aponta o caminho que seu pai afirmava ter sido originalmente percorrido pelo bando.
No Sítio Camurim, zona rural da cidade de Governador Dix Sept Rosado, junto a José Euzébio de Freitas, filho de Cícero Secundino, onde narrou como o bando levou um bom cavalo de seu pai.
Às margens da rodovia estadual RN-117, na atual zona rural do município de Mossoró, no Sítio Lagoa dos Paus, encontramos o agricultor Expedito Evangelista de Oliveira, que narrou as agruras que seu sogro, João Abdias de Araujo, passou junto ao bando.
Deitado na rede de uma das casas do Sítio Cajueiro, Lucas José da Silveira, nascido em 1924, narra os episódios que envolveram o seqüestro do seu parente Pedro José da Silveira, proprietário do lugar em 1927.
À direita vemos o amigo da cidade de Governador Dix Sept Rosado, Jonathan Halyson, que muito ajudou neste projeto. Ao seu lado este senhor conduz tropas de jumentos e burros entre as cidades da região.
Luís Ferreira da Silva, morador do Sítio Bonito, zona rural da cidade de Governador Dix Sept Rosado. Nascido em 19 de agosto de 1910, de aspecto frágil, possui, entretanto uma impressionante memória, onde ainda declama versos sobre lendas locais e a passagem dos cangaceiros pela região.
Feliz por estar a apenas sete quilômetros de Mossoró, na casa do Sítio Picada, invadida na manhã de 13 de junho de 1927, onde foi seqüestrado o fazendeiro Azarias Januario de Oliveira.
Seguindo pelas estradas existentes nas margens do Rio Apodi, os cangaceiros seguiram em direção a Mossoró.
Final do trajeto e uma pausa para uma última conversa.
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