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Por José Mendes Pereira
Por Osvaldo Abreu (Abreu) Aracaju, 16 de janeiro de 2021
Por João Filho de Paula Pessoa
Na história do Cangaço Lampiônico houve a presença e participação de muitas mulheres sertanejas, cada uma com sua própria história, algumas delas tiveram destaques especiais, como a Maria do Capitão, a rainha do cangaço, Dadá de Corisco, a amazonas do cangaço, Lidia de Zé Baiano, a mais bela de todas, Sila de Zé Sereno, Nênem de Luiz Pedro, Durvinha de Moderno e Moreno, a menina Dulce de Criança a última cangaceira, dentre outras. No entanto, houve uma que também merece destaque e que a história não a concedeu, mas que agora o fazemos, trata-se de Mariquinha de Labareda, a segunda mulher a entrar no cangaço e, depois de Dadá, a que mais nele viveu, nove anos anos, superando Maria Bonita, sua prima e cunhada, que viveu no cangaço por oito anos, Mariquinha era irmã de Zé de Neném, ex-marido de Maria Bonita que era seu primo. Seu nome verdadeiro era Maria Miguel da Silva, conhecida por Mariquinha, por ser pequenininha e magrinha, mas de grande simpatia e determinação. Mariquinha, assim como sua prima Maria de Déa, abandonou seu casamento infeliz e juntas, em 1930, abraçaram um novo estilo de vida e novos amores, intensos, aventurosos, bandoleiros e ariscados. Maria Bonita seguiu com Lampião e Mariquinha com Labareda, dois valentes, mas de estilos e temperamentos diferentes, e até conflitantes, aos quais cada uma se adaptou. Maria Bonita viveu a vaidade glamorosa e exibicionista de Lampião, Mariquinha viveu a discrição rustica e isolada de Labareda, em bando pequeno, solitário, arredio e sempre imerso nas caatingas. Viveu fielmente o Cangaço, superando todos os desafios, dificuldades, provações e riscos, como uma exímia cangaceira, ao lado de seu introspecto Labareda, até sua morte em abril de 1939 em Sergipe, num feroz combate com as volantes de Odilon Flor, quando morreu junto com mais dois cangaceiros de seu bando, Pé de Peba e Xofreu, tendo suas cabeças decepadas e expostas como troféu a populares.
João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 13/01/2021.
Assista o filme deste Conto - https://youtu.be/SL3AsmpukLY
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Sobre as mulheres que seguiram maridos, amantes ou namorados no cangaço, muitos são os relatos de raptos, endogamia; pouco sabemos sobre mulheres que, cortejadas, puderam escolher.
Jovina Maria da Conceição Souto, pseudônimo de Durvalina Gomes de Sá, conhecida também como Durvinha, foi uma que pode; sobreviveu aos tempos de guerra e chegou ao fim da vida dominando a arte das poucas pessoas que viveram mundos paralelos; na mais absoluta clandestinidade.
Baiana, de Paulo Afonso, filha de proprietário rural, vivia num universo de homens afeitos às armas, maduros e jovens bandoleiros; e sua beleza logo não passou despercebida.
Contam que foi cortejada por um cangaceiro importante, Luiz Pedro; descrito por muitos como um “boa pinta”, galanteador. A moça recusou.
Depois foi assediada por Virgínio Fortunato, um homem mais maduro, cangaceiro viúvo, mas importante também. Virgínio tinha sido casado com Anália Ferreira (Angélica), simplesmente uma irmã de Lampião.
Com ele, Durvinha viveu um tórrido caso de amor, desses que nem a morte do amado ou a imposição de um novo amor, faz esquecer.
- Era o homem mais bonito entre todos, carinhoso, elegante e costurava muito bem[m1] ; ele perguntou se eu queira seguir com ele, eu disse sim, revelou Durvinha sobre sua relação com Virgínio, um dos mais cruéis cangaceiros do bando de Lampião.
Os segredos dessa baiana que agitou corações de homens sanguinários nos famosos “Bailes Perfumados”, foram revelados com o decorrer do tempo, já na velhice, quando mais nada importava.
-Mamãe nunca deixou de amar o Virgínio, ela sempre falava, inclusive na cara de papai, ela relembrava esse amor por Virgínio, relata Neli Conceição, uma das filhas da famosa cangaceira, em um excelente documentário no canal YouTube, realizado por Adauto Silva.
Ao lado de Virgínio, engravidou duas vezes, doou os bebês, que não sobreviveram. Virgínio Ferreira morreu em combate; em circunstâncias nebulosas, e pelo código de conduta do cangaço, mulher de cangaceiro que ficasse viúva, nessa condição social, não podia permanecer nem sair. A sentença de morte era uma certeza cristalina.
Encontrar um novo companheiro no próprio bando era a melhor solução. Se não encontrasse ninguém, se por infortúnio fosse rejeitada, a sentença de morte estava na mesa.
Moreno foi a tábua de salvação para Durvinha e com este cangaceiro viveu até os últimos dias de sua vida. Por que Moreno?
Moreno era a alcunha de Antônio Inácio da Silva, que entrou no cangaço a convite do próprio Virgínio. Historiadores narram que Moreno se destacava no bando por fazer os serviços mais “pesados”.
Sicário profissional. Ele mesmo, já na velhice, se gabava de mais de 20 assassinatos.
As circunstâncias da morte de Virgínio levanta controvérsias entre pesquisadores. Em relatos para estudiosos do cangaço, a própria Neli Conceição defende a hipótese de que seu pai tenha matado Virgínio.
"Eu acho que ele o matou para ficar com minha mãe”, declarou.
- O Virgínio era chefe de um grupo e, após a morte dele, meu pai assumiu o lugar de chefia e ficou com Durvalina. Até hoje, ninguém sabe se aquele tiro que vitimou Virgínio partiu da polícia ou de algum cangaceiro. Eu acredito que esse tiro tenha sido do mosquete do meu pai", afirma Neli Conceição.
Estaria Neli fantasiando ou convicção formada ao longo dos anos observando comportamentos de pai e mãe?
Longe das caatingas e mesmo com a página do cangaço virada, a relação entre Durvinha e Moreno, sempre deixou transparecer turbulenta, do tipo: “vivendo com o inimigo”.
Apesar da clandestinidade radical, em que esconderam suas identidades até para os filhos, percebia-se que as feridas do cangaço nunca foram cicatrizadas.
Pós-cangaço, Moreno chegou a ser dono de bordéis e por muito tempo se comportou como rufião. Mas aí é outra história.
Em toda essa aventura do cangaço, o affairVirgínio-Durvinha-Moreno, é uma história de amor, vida, velhice e morte das mais arrebatadoras.
Foto1. Durvinha e Virgínio Fortunato.
João Costa. @joaosousacosta (Instagram) blogdojoaocosta.com,br
Fonte: “Amantes Guerreiras, de Geraldo Maia do Nascimento.
Imagens: Benjamim Abraão.
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Por Nas Pegadas da História
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