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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

PEÇAS DIVERSAS QUE FAZEM PARTE DO ACERVO DO MUSEU DO SERTÃO DA FAZENDA RANCHO VERDE (MOSSORÓ-RN).

Por Benedito Vasconcelos Mendes

PEÇAS DIVERSAS QUE FAZEM PARTE DO ACERVO DO MUSEU DO SERTÃO DA FAZENDA RANCHO VERDE (MOSSORÓ-RN).





Informação do blogdomendesemendes: O Museu do Sertão na Fazenda Rancho Verde em Mossoró, não pertence a nenhum órgão público, é de propriedade do seu criador professor Benedito Vasconcelos Mendes.

Quando vier à Mossoró, procure visitá-lo, pois são mais de 5 mil peças para os seus olhos verem.

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FELIZ ANIVERSÁRIO, AMIGO ROMERO CARDOSO POR MARCOS PINTO DO APODY


Feliz aniversário, amigo Romero Cardoso

Que neste dia tão especial
o Senhor esteja na tua frente
para te mostrar o caminho certo...

Que o Senhor esteja ao teu lado,
para te abraçar e proteger...

Que o Senhor esteja atrás de ti,
para te salvar de pessoas falsas...

Que o Senhor esteja debaixo de ti,
para te amparar quando caíres
e que te tire das armadilhas...

Que o Senhor esteja dentro de ti,
para te consolar quando estiveres triste...

Que o Senhor esteja ao redor de ti,
para te defender quando outros te atacarem...

Que o Senhor esteja sobre ti
abençoando-te sempre...

Que seus caminhos permaneçam sempre
iluminados, para que você possa
continuar a iluminar também
aqueles que têm a oportunidade de
trilhar com você, um trechinho desta 
longa jornada!

Muita saúde, paz, felicidade e alegria...
Tudo de melhor para você...
neste dia tão especial. PARABÉNS !!!.


Marcos Pinto do Apody

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A PRISÃO DE UM INOCENTE

João Ferreira da Silva irmão de Lampião

João Ferreira da Silva irmão de Lampião, foi o único dos irmãos Ferreira que não seguiu pelas veredas do cangaço. Quando Virgulino e seus irmãos Antônio e Levino resolveram definitivamente optar pela vida das armas, João Ferreira ficou encarregado de cuidar de seus irmãos menores.

João Ferreira, segundo sua própria e legítima biografia, é apontado como sendo um sujeito pacato e cumpridor de seus deveres, nunca tendo se envolvido com grupo de cangaceiros ou com qualquer outro tipo de crime.

Obs: Matéria acima do Jornal "Correio da Manhã).

Mesmo diante de seus bons antecedentes, João Ferreira não escapou da prisão e da tortura por parte de policiais, que buscavam a todo custo prender ou matar seus irmãos cangaceiros. A prisão "arbitrária" não surtiu o efeito esperado e pouco tempo depois João Ferreira teve sua liberdade restabelecida e voltou para sua vida pacata e honesta, onde na qual permaneceu até seus últimos dias de vida.

"Um tempo que o tempo não esquece"
Fonte: facebook
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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CHICO PEREIRA (FRANCISCO PEREIRA DANTAS)


Paraibano de Sousa (Nazarezinho). Era filho do Coronel João Pereira, importante comerciante daquela região paraibana, que foi assassinado no dia 11 de setembro de 1922, na localidade de Nazarezinho, na época município de Sousa/PB, a mando de importantes políticos de Sousa, segundo afirmava sempre que podia.

Coronel João Pereira pai do cangaceiro Chico Pereira

Entrou para o cangaço após matar um dos matadores de seu pai, que havia sido absolvido pelo Júri popular.

Integrou e foi comandante do bando de Lampião, quando da ocasião do ataque à Sousa em 24 de Julho de 1924, juntamente com Antônio Ferreira, Levino Ferreira e Sabino Gomes. No dia do ataque à Sousa, como vingança, arrasou as propriedades de seus inimigos pessoais e políticos.

Participou de vários combates junto com o grupo de Lampião.

No dia 08 de Agosto de 1928, foi preso durante a festa da padroeira, na cidade de Cajazeiras/PB, não resistindo à prisão, pois havia recebido a promessa de que teria um julgamento justo. Sem nenhuma explicação, a polícia paraibana o entregou à polícia do Rio Grande do Norte, em 24 de agosto de 1928, quando se achava preso na cidade de Pombal/PB, sendo transferido para Acari/RN.

No dia 18 de outubro de 1928, é transferido para a Casa de Detenção de Natal/RN, sob a alegação que era para garantir-lhe a vida, já que antigos inimigos seus estavam tramando para assassiná-lo. No fim do mês quando o transportavam de Natal para a cidade de Acari/RN, onde seria julgado por um de seus crimes, a polícia potiguar o assassinou a “coices de fuzil”.

Para ocultar o assassinato, a escolta policial que o conduzia (Tenente Joaquim de Moura e os Sargentos Luis Auspício e Feliciano Tertulino) forjou um acidente automobilístico, virando a viatura sobre o seu cadáver.

Fonte: Livro CANGACEIROS DE LAMPIÃO DE A a Z de Bismarck Martins de Oliveira
Foto: Acervo da família Pereira
Segunda fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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LAMPIÃO... DURO DE MATAR.


A caçada era incessante, implacável e impiedosa, procurado em sete Estados do nordeste do Brasil, por crimes praticados, a ordem para matar Lampião era clara e direta, não importando o método utilizado para alcançar o objetivo. Veneno foi uma das alternativas utilizadas para alcançarem a meta, que não foi alcançada.

Nas quebradas do sertão...
Fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza júnior (administrador)

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PRISÃO DE UM COMPARSA DE LAMPIÃO


SALVADOR, 10 (“Estado”) – Noticiamos ontem a chegada a esta capital do bandido José Soares Santos, vulgo “Campinas”, um dos componentes do grupo de facínoras chefiados por Lampião. Recolhido ao xadrez da Piedade negou em suas declarações haver praticado atrocidades, no decorrer da sua malsinada carreira de bandoleiro do Nordeste. É o que dizem todos eles ao caírem nas malhas da polícia. “Campinas” diz até que foi obrigado, sob ameaça de morte, a acompanhar o grupo de malfeitores. Só por medo de ser sangrado por Lampião é que se resolveu a acompanhá-lo. As três mulheres que integram o bando sinistro, segundo afirma José Soares dos Santos, são hábeis amazonas e manejam o rifle com incrível destreza. Algumas são tão cruéis quanto os homens. Tomam parte nos assaltos e combates ao lado dos bandoleiros, mostrando-se tão destemerosas como eles.

“O Estado de S. Paulo” – 13/01/1937

Fonte: facebook

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OS ÚLTIMOS CANGACEIROS ABREM CARIRI CANGAÇO - EDIÇÃO DE LUXO

Por Manoel Severo

A noite da última quarta-feira, 23 de setembro de 2015 marcou a abertura do Cariri Cangaço - Edição de Luxo - Ano V tendo como palco principal o Auditório do Largo da RFFSA em Crato, no cariri cearense. 

Para uma plateia de pesquisadores de todo o Brasil foi apresentado em primeira mão no cariri cearense o festejado e premiado  filme de Wolney Oliveira, cineasta cearense de reconhecimento internacional; Os Últimos Cangaceiros. A solenidade teve seu inicio com as boas vindas por Pedro Barbosa, presidente do Instituto Cariri do Brasil, entidade realizadora do evento, fazendo um balanço das atividades do Cariri Cangaço nos seus seis anos de existência para logo em seguida convidar a todos para a apresentação da película.

 
Abertura da Noite com Pedro Barbosa
Boas Vindas com Manoel Severo

O filme documentário conta a saga dos ex-cangaceiros do bando de Lampião, Moreno e Durvinha; a entrada no cangaço, o encontro com Lampião, as primeiras mortes, os medos, os desafios, a fuga para Minas Gerais, os filhos, a vida secreta de ex-cangaceiros, o reencontro com a vida passada, a descoberta do segredo, a fama, o mito; mostradas na tela com a sensibilidade de poucos, confirmando "Os Últimos Cangaceiros" como um dos melhores documentários sobre a temática já realizados.

Logo após a apresentação do filme aconteceu um debate coordenado pelo Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo que reuniu o diretor, Wolney Oliveira, o pesquisador João de Sousa Lima e a filha dos principais protagonistas do filme, cangaceiros Moreno e Durvinha; Neli Conceição. Wolney Oliveira revela: "Sempre fui apaixonado pela temática, meu primeiro filme foi Milagre de Juazeiro e meu mais recente foi Os Últimos Cangaceiros em junho de 2016 estarei envolvido nas filmagens de Lampião o Governador do Sertão." Para João de Sousa Lima, pesquisador e escritor de Paulo Afonso, responsável pela "descoberta" do casal de ex-cangaceiros e consultor do filme "foi uma grande emoção ter conhecido Moreno e Durvinha e especialmente Durvinha marcaria minha vida para sempre, ela era um anjo".
  
Mesa de Debates da Noite de Abertura; Manoel Severo, Neli Conceição, João de Sousa Lima e Wolney Oliveira.

Wolney Oliveira
Aderbal Nogueira  
Ulisses Germano 
 
José Bezerra Lima Irmão 

Neli Conceição, em trajes típicos cangaceiros, de mescla azul, bordados coloridos e bornal e cartucheiras, falou de todo o tempo que viveu ao lado dos pais sem saber de suas vidas no passado e do orgulho de sua criação: "Meu pai era muito rigoroso, exigente, reto, educou com mão de ferro todos os filhos, minha mãe era uma santa, trabalhou muito e sofreu muito para nos criar. Quando descobri que meu pai foi ex-cangaceiro de Lampião, que havia matado muitas pessoas e que tinha deixado um filho pequeno; meu irmão Inacinho; para trás, tive medo, mas depois foi muita emoção com o reencontro deles com sua própria história".

A noite de abertura contou com a presença dos principais grupos de estudos do cangaço do Brasil. O documentarista Aderbal Nogueira representou a SBEC - Sociedades Brasileiras de Estudos do Cangaço também estiveram presentes os presidentes do GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará, Ângelo Osmiro e Narciso Dias, do GPEC - Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço, além de pesquisadores e escritores do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, numa autêntica integração da alma nordestina.
  
 Neli Conceição e Aderbal Nogueira
 
Rosane e Geraldo Ferraz

Para o Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, "estar realizando em nossa casa, onde tudo começou, em Crato, a abertura do Edição de Luxo, nos enche de alegria e entusiasmo e vendo o auditório completamente lotado de companheiros de todo o Brasil, só aumenta nossa satisfação, mas também nossa responsabilidade. Gostaríamos de agradecer aos amigos da secretaria da cultura de Crato, parceiros nesta apresentação; Dane de Jade, Dada Petrole, Alan, Luciana Melo e principalmente Gisele Teixeira, a toda a equipe de Crato, nosso muito obrigado". Para o pesquisador potiguar, Ivanildo Silveira, "testemunhamos mais uma vez o grande trabalho do Cariri Cangaço na direção da promoção da discussão séria e responsável sobre esse tema que é tão rico e tão cheio de polêmica como o cangaço, essa noite de abertura e todo o evento estão de parabéns".

Para o pesquisador sergipano José Bezerra Lima Irmão, "talvez o Cariri Cangaço não saiba de sua extraordinária importância para o estudo e aprofundamento do tema cangaço no Brasil, suas edições responsáveis e ricas se traduzem em um bem precioso para a história da temática".

Francimary Oliveira, Neli Conceição e Fátima Cruz
Manoel Severo e Felipe Mimoy

A noite contou ainda com os lançamentos da nova edição da Revista de Artigos do GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará e também da mais nova obra do escritor pernambucano, radicado em Paulo Afonso, João de Sousa Lima - Lampião e os Coronéis das Bahia.

 Neli Conceição, Luiz Antônio, Manoel Severo, Padre Agostinho 
 Mabell Sales, João Paulo, Pedro Barbosa e Marcus Vinícius
Manoel Severo, Ulisses Germano e Neli Conceição
Elane Marques, Neli Conceição, Ingrid Rebouças e Ana Lucia
Elane Marques, Manoel Severo e Neli Gonçalves
João de Sousa Lima, Manoel Severo e Ivanildo Silveira no lançamento de Lampião e os Coroneis da Bahia

A noite contou ainda com presença de inúmeros artistas e personalidades das áreas da cultura, da comunicação e das artes do Cariri, com destaque para o jornalista e radialista Antônio Vicelmo, os pesquisadores Emerson Monteiro, Heitor Feitosa Macedo e Lailson Feitosa, as escritoras Célia Magalhães e Vilma Maciel, o músico Ulisses Germano e os poetas Miguel e Josenir Lacerda e ainda o memorialista Huberto Cabral. Ao final da noite os convidados foram recepcionados pela municipalidade de Crato, com um jantar no Largo da RFFSA. A programação seguiu na quinta-feira, dia 24, com visitas a Juazeiro do Norte e Lavras da Mangabeira,

Cariri Cangaço - Edição de Luxo - Ano V
23 de Setembro de 2015
Largo da RFFSA

Crato, Ceará
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DE MARCELA LOPES PARA JOSÉ ROMERO ARAÚJO CARDOSO - VOTOS DE FELIZ ANIVERSÁRIO - DIA 28 DE SETEMBRO DE 2015


Meu amor, estou muito feliz hoje, cheia de alegria por saber que você está fazendo mais um aniversário, eu quero desejar tudo de bom pra você, que continue sendo esse encanto de pessoa que me conquistou e me faz sempre feliz, quero dizer-lhe que me sinto muito bem por estar ao seu lado. 

Que você seja sempre feliz, realizando seus sonhos... Estarei sempre aplaudindo de pé diante de todas as suas vitórias!!! Pois você merece!!! 

Parabéns! O aniversário é seu, mas eu estou roubando um pouco dessa felicidade através do seu carinho, dessa sensação gostosa que você faz brotar em mim.

Que esta data lhe traga alegrias, satisfação e sonhos realizados, obrigada por estar comigo sempre!!! 

Te Amo Muito, te peço que sempre me olhe e me veja na direção dos seus caminhos e da sua felicidade. 

Feliz Aniversário, meu amado...!

Marcela Lopes

O blog do Mendes e Mendes juntamente com os seus leitores, parabenizam o seu colaborador, escritor, professor e pesquisador do cangaço José Romero de Araújo Cardoso,  pela passagem de mais um aniversário, e que a sua saúde volte logo, para que o professor continue conosco em prol da cultura brasileira. 

Parabéns!!!

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A BOLANDEIRA DE RELHO DO MUSEU DO SERTÃO DA FAZENDA RANCHO VERDE( MOSSORÓ-RN)

Por Benedito Vasconcelos Mendes

A Bolandeira de Relho do Museu do Sertão da Fazenda Rancho Verde (Mossoró-RN) é toda de cedro maciço e ocupa uma área aproximada de 80 metros quadrados. É a maior máquina que foi utilizada nas agroindústrias de antigamente. 


Era usada nas Casas de Farinha para ralar mandioca e era tracionada por burros. Os três segmentos da máquina eram interligados por relho grosso de couro de boi cru. O primeiro segmento, formado pela gigantesca roda horizontal, onde se localizavam as duas almanjarras que recebiam os  animais, se conectava também por relho, com a roda menor que girava na vertical (segundo segmento), que por sua vez era ligado por relho com a roldana do caititu(ralador). 


Quando a roda grande horizontal dava uma volta, a roda intermediária vertical dava várias voltas e a roldana do caititu girava ainda mais veloz. Quanto maior for a roda horizontal mais velocidade é transmitida no ralador (caititu). 


O cedro por ser leve e resistente era a madeira ideal para a confecção das duas rodas (horizontal e vertical). Enquanto a Bolandeira Dentada, usada na moagem de cana-de-açúcar era feita de madeira pesada e resistente (miolo de Aroeira), a Bolandeira  de Relho era confeccionada de madeira leve (Cedro).

Informação do blogdomendesemendes: O Museu do Sertão na Fazenda Rancho Verde em Mossoró, não pertence a nenhum órgão público, é de propriedade do seu criador professor Benedito Vasconcelos Mendes.

Quando vier à Mossoró, procure visitá-lo, pois são mais de 5 mil peças para os seus olhos verem.

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O BANQUEIRO DE MOSSORÓ - SEBASTIÃO FERNANDES GURGEL - PARTE FINAL

Por Mariana Gadelha

Memórias imortalizadas

Aos 11 anos de idade, o ainda menino Sebastião começou a escrever acontecimentos do dia a dia em um diário pessoal. Os anos passaram e o hábiro coninuou, às vezes com um longo tempo de pausa, mas sempre que encontrava tempo,e coragem lá estava ele escrevendo as ocorrências das mais simples, as mais graves, desde um tratamento dentário até a ameaça dos cangaceiros em Mossoró. Além de narrar fatos históricos do Brasil e do mundo, Sebastião registrava os detalhes da sua vida, como a mudança para Mossoró, o casamento com Elisa, o nascimento dos filhos e a criação da Casa Bancária S. Gurgel. Cada anotação revelava uma nova página de histórias, questionamentos, conquistas e costumes sociais.

Durante a pesquisa de informações para o livro que escrevia, sobre o Banco do Brasil, o pesquisador e ex-bancário Obery Rodrigues tomou conhecimento desse precioso diário, que estava em posse de Ronald Gurgel, neto de Sebastião. As anotações chamaram a sua atenção pela riqueza de detalhes que faziam desses relatos "um documento valioso para a história de Mossoró", afirma. Obery informou a existência dos escritos a VIngt-un Rosado, que tinha uma fundação com seu nome em Mossoró e transformou o diário de Sebastião Gurgel em seis livros  divididos por ano, abrangendo de 1900 até 1966. 

Obery Rodrigues, secretário de Planejamento do RN (Foto: Ricardo Araújo/G1) - oparalelocampestre.blogspot.com

O historiador Marcos Oliveira foi o responsável pela digitação dos manuscritos juntamente com o tio Raimundo Soares, e compartilha que o trabalho foi bem árduo. "Recebemos uma cópia com algumas partes difíceis de ler, além disso, tivemos que decifrar a letra de Sebastião e a ortografia da época", compartilha. Entre as anotações que mais lhe chamaram atenção, Marcos cita as relativas a preços de mercado, além de informações sobre as chuvas no interior potiguar que revelam a situação sócio econômica da população em cada época. 

Sobre a vida pessoal ele destaca o carinho que Sebastião demonstra pela família, com registros anotados na contracapa do diário de todos os nascimentos dos filhos e netos.

Para Marcos a obra possui dados que envolvem cultura, sociologia e economia, principalmente das cidades de Caraúbas e Mossoró. "Esse material está disponível para sociólogos, antropólogos e historiadores entenderem o contexto de um indivíduo em determinadas circunstâncias, além dos hábitos sociais e os fatos históricos de Mossoró em diferentes épocas, desde a Primeira República até a era de Getúlio Vargas", ressalta.

FIM!

Fonte: Revista BZZZ
Digitado por José Mendes Pereira

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SERÁ VERDADE QUE LAMPIÃO DE BURITIS ERA LAMPIÃO VERDADEIRO DE PERNAMBUCO DO NORDESTE BRASILEIRO?

Por José Mendes Pereira

É de se estranhar e não querer acreditar que este senhor à direita era Virgulino Ferreira da Silva, o afamado Lampião. A morte do mais famoso cangaceiro brasileiro conhecido mundialmente pela alcunha de Lampião causou e tem causado encontros de estudiosos do cangaço, que tentam desvendar o mistério da não acontecida morte do cangaceiro. O certo é que os que estavam lá na Grota de Angico, no Estado de Sergipe, em terras da cidade de Poço Redondo, na madrugada de 28 de julho de 1938, afirmam com convicção, que Lampião e Maria Bonita foram ali assassinados pelas armas comandadas pelo tenente João Bezerra da Silva.

Foto feita na Grota de Angico 28-07-1938 após à chacina aos cangaceiros

Mas esta dúvida já deveria ter sido esclarecida, pois a Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco, tem obrigação de provar através de  exame de“DNA”, feito com a ossada do fazendeiro Lampião de Buritis, e depois de tudo pronto, entregar aos brasileiros e ao mundo, a verdade sobre o que dois ou três estudiosos afirmam a não acontecida morte do rei do cangaço no Estado de Sergipe.
  

O livro do fotógrafo e escritor José Geraldo Aguiar (já falecido), comprova a fuga do rei Lampião naquela madrugada, e foi residir no Norte de Minas Gerais. O livro ainda indica o cemitério onde o suposto cangaceiro foi sepultado, dia, mês e ano. Então, para isto, não há mais dúvidas de uma possível comprovação (sim ou não), é só a Secretaria de Cultura de Pernambuco querer fazer o exame de "DNA" com a ossada do Lampião de Buritis.

Sinhô Pereira e seu primo Luiz Padre

Veja bem! Quando o Sinhô Pereira tentou fugir do Nordeste pela primeira vez, com intensões de desistir da vida que levava, esta tentativa não deu certo, só em 1922 que conseguiu, acompanhado do primo Luiz Padre, e foi muito difícil sair do nordeste, rumo ao Estado de Goiás, porque as perseguições das volantes policiais eram tantas (clique no link abaixo), - http://www.piracuruca.com/index.php/historia/169-chefe-de-lampiao-foi-expulso-do-piaui - e naquela época,  o sertão nordestino era quase sem estradas, imagine 16 anos depois, como foi que o rei Lampião, um bandido afamado e perseguido por 7 Estados do nordeste brasileiro, conseguiu sair dessas terras, sem ser visto pelos perseguidores, quando os Estados já estavam totalmente traçados por estradas, construídas pelos governos Estaduais e Federal. 


Eu, mesmo sendo apenas um estudante do cangaço, não tenho dúvida, Lampião e sua rainha Maria Bonita foram assassinados lá na Grota de Angico, na madrugada de 28 de julho de 1938.

Manoel Dantas Loyola o cangaceiro Candeeiro

Manoel Dantas Loyola o cangaceiro Candeeiro afirmou ao cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira que: O rei do cangaço Lampião e Maria Bonita morreram lá na Grota de Angico naquela madrugada triste. 

E por que nós que não estávamos lá, queremos duvidar de quem lá estava? É apenas questão de querermos contrariar a história sobre "Cangaço". 

Aqueles que são funcionários e estudiosos da Secretaria de Cultura de Pernambuco, deveriam solicitar da Secretaria o apoio para este fim, desvendar a morte ou não dos cangaceiros Lampião e Maria Bonita, rumando à Minas Gerais para retirarem materiais da ossada do Lampião de Buritis, para serem usados no exame de "DNA", e confirmar, sim ou não o Lampião verdadeiro. 

A Secretaria tem tempo para isso, antes que o túmulo do fazendeiro de Buritis seja deteriorado no cemitério.

O certo é que, quando se fala gastar com cultura, parece que o dinheiro tem vergonha e se esconde. 

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A VIDA NEM SEMPRE BELA DE MARIA BONITA

Por Ronaldo Pelli

No ano de seu centenário, pesquisador lança segunda edição de biografia da pioneira do cangaço.

Maria Gomes de Oliveira foi uma mulher polêmica. De temperamento forte, foi pioneira no seu métier. Isso lhe trouxe fama e uma série de histórias controversas, além de um apelido que assustava as pessoas: Maria Bonita.

Neste ano, a mulher de Lampião teria completado cem anos, se viva, no dia da mulher, 8 de março. Aproveitando a data, João de Sousa Lima, pesquisador do cangaço, já organizou um evento sobre a primeira mulher a ser cangaceira, e agora lança a segunda edição de seu “A trajetória guerreira de Maria Bonita, a rainha do cangaço”.

João, que tem outros livros sobre o assunto, diz que o livro “narra a vida de Maria Bonita, desde seu nascimento até a morte na Grota do Angico”. Segundo o escritor, a obra passa “por histórias acontecidas na infância, no casamento atribulado com o sapateiro José Miguel, ‘o Zé de Nenê’, os bailes na juventude e a apresentação pelo um tio ao Rei do cangaço”.

O pesquisador afirma que Maria Bonita entrou no cangaço com 18 anos, “no finalzinho de 29” e morreu menos de nove anos depois, em 28 de julho de 1938, junto com Lampião e mais nove cangaceiros na Grota do Angico, em Poço Redondo, Sergipe.

Durante esse período, ela, junto com o grupo de cangaceiros, é associada a situações escabrosas, como assassinatos e torturas cheias de crueldade, como sepode ver na reportagem da RHBN de maio, “Fascinantes facínoras”. Por outro lado, há muita gente que a considera um ícone. João tenta fugir da polêmica ao explicar que o mais importante é recontar a história, independentemente dos julgamentos: “Maria Bonita e por consequência a história do cangaço tem que ser passada pelo contexto histórico acontecido no Nordeste brasileiro.”

Leia abaixo uma entrevista com o autor:

Revista de História: Como Maria Bonita conheceu Lampião?


João de Sousa Lima: Ela conheceu Lampião em 1929. Foi apresentada pelo tio Odilon Café e estava separada do antigo marido havia 15 dias. Com o cangaceiro, teve quatro filhos: dois abortos, a Expedita e o Ananias, o qual morreu no ano passado tentando provar esta paternidade - o resultado do DNA corre em segredo de justiça.

Adendo: blogdomendesemendes.blogspot.com

"Não tenho muita certeza, mas parece que o resultado do "DNA" feito para saber se Ananias era filho de Maria Bonita deu negativo".

Capa do livro sobre Maria Bonita escrito por João de Sousa Lima.

RHBN: Heroína ou bandida? É possível responder a essa questão?

JSL: Maria Bonita se tornou um nome mais conhecido por ser a mulher do comandante supremo do cangaço. Maria Bonita, e por consequência a história do cangaço, tem que ser passada pelo contexto histórico acontecido no Nordeste brasileiro. A questão de bandido ou herói tem dividido opiniões, porém o mais importante é o registro dos fatos acontecidos, não podemos julgar a história de um povo, de uma raça, de uma comunidade. Toda a história desde a criação é repleta de momentos sangrentos, de guerras e de lutas. Precisamos levar para as gerações vindouras esses fatos, sem nada alterar ou modificar como fazem os historiadores irresponsáveis. A polícia, que era quem devia proteger a população, o sertanejo, foi muito pior que os homens e mulheres que viviam à margem da lei. A polícia matou mais, estuprou mais, roubou mais. Muitos desses crimes foram creditados aos cangaceiros. É importante que escritores e estudiosos do tema saibam manter a imparcialidade na hora de retratar os casos e deixem que a história e o tempo decidam essas questões polêmicas e que não cabem no olhar individual de algum analista.

RHBN: Por que a rainha do cangaço se transformou em uma espécie de ícone do movimento feminista brasileiro?

JSL: Ela não se tornou símbolo do feminismo brasileiro, ela se tornou sinônimo de mulher corajosa, decidida, que rompeu parâmetros de uma época para seguir um grupo comandado por um homem que vivia à margem da lei. Pode ter se tornado exemplo para algumas outras mulheres, porém não foi intencional, ela foi para o cangaço apenas por ter se apaixonado por Lampião.

RHBN: Você poderia descrever, em poucas palavras, a personalidade de Maria Bonita?

JSL: Maria Bonita era uma mulher corajosa, decidida, acima de tudo apaixonada pelo homem que ela decidiu seguir. Foi menina, criança, amiga, companheira  e mãe. Tomou banho de chuva, se molhou em biqueiras e barreiros, fez bonecas de pano e de milho, correu, caiu levantou, amou, sofreu, sorriu, chorou, colheu flores, sentiu o calor causticante do sertão, divisou o verde em certos momentos, foi amada, ferida, feliz e sofrida, foi mulher sertaneja, de brio, forte, serena, severa, amamentou, partiu, voltou, tombou crivada de balas, uma mulher comum, porém com uma história diferenciada de todas as outras de sua época e de seu convívio.

http://www.revistadehistoria.com.br/secao/entrevista/a-vida-nem-sempre-bela-de-maria-bonita

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