Por: Clerisvaldo B.
Chagas, 11 de julho de 2013. - Crônica Nº
1047
Na tarde da
última quarta-feira, eu e o professor Marcello Fausto, chegamos a Palmeira dos
Índios para auspiciosa missão. Fomos recebidos cordialmente pelo professor de
História, Wellington Lopes de Albuquerque, que logo nos proporcionou ligeira
incursão pelos pontos turísticos da cidade, inclusive o Cristo do Goiti.
Tivemos o privilégio de contemplarmos os arredores dos 700 metros de altitude
na belíssima paisagem que o relevo serrano nos oferece.
Após significativo
descanso e preparativos, estávamos nós “enfrentando” a seleta plateia acadêmica
da UNEAL, Campus III, sob a batuta do festejado professor Wellington. Lançamos
o livro “Lampião em Alagoas” e partimos para uma palestra e mesa redonda com o
tema: “O cangaço lampiônico nas plagas alagoanas”. Auditório lotado com
acadêmicos da região, alguns professores e balaios de perguntas inteligentes,
nos levaram à ocasião agradabilíssima. Mitos do Nordeste como Lampião, Padre
Cícero, Frei Damião, Luiz Gonzaga, Sinhô Pereira e outros, foram amplamente
citados. Passamos pelo geral sobre Virgolino, suas estripulias, organização de
volantes, até desembocarmos no riacho da grota dos Angicos.
O livro “Lampião
em Alagoas” – que também será lançado em outras cidades – é esclarecedor,
interrogativo, equilibrado e polêmico como todos os livros sobre o cangaço.
Várias passagens inéditas foram apresentadas, estimulando a pesquisa em
História, Geografia e Sociologia, notadamente. Com a gentileza e desdobramentos
do anfitrião, professor Wellington Lopes, quanto pela qualidade do evento,
educação e maturidade dos presentes, surgiu impressão de retorno dos autores
para outros temas relíquias do Nordeste. O Cristo do Goiti (derivado de oiti,
oitizeiro), com certeza abençoou a nossa jornada até os seus pés, iluminando o
evento que se aproximava com o pano molhado da noite.
Pela manhã retornamos
da Terra dos Xucurus, de Graciliano, Luiz B. Torres, Adalberon Cavalcante Lins,
Valdemar de Sousa Lima, para Santana do Ipanema, agradecendo a todos os que
fazem a UNEAL, Campus III. Acho que bem deixamos LAMPIÃO EM PALMEIRA DOS
ÍNDIOS.
CLERISVALDO B.
CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA –
CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo
Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua
Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do
Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a
sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da
professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove
irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental
menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o
Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase
em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o
Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os
dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso
Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital
paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974
com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas
filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de
Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA
- Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez
Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de
Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e
Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto
Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e
passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser
aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em
várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História,
Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em
vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as
escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das
Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco
lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e
ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e
Rei. Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador
do 4º teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro
fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi
cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas
vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL
(antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia
Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana,
Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal
de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da
Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico
Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios,
Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho.
Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do
Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978);
Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O
Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido?
(documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico
em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).
Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras
inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático); Deuses de
Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado (romance); O Boi, a
Bota e a Batina, História Completa de Santana do
Ipanema(história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente
(2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas
diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente,
onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo
B. Chagas – Autobiografia)
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2013/01/tipos-populares-do-mendes.html
http:/blogdomendesemendes.blogspot.com