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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Maria Bonita


Matia Gomes de Oliveira era filha de José Felipe de Oliveira e Maria Joaquina Déia. Do caral nasceram: Maria Bonita, Benedita, Joana, Antonia, Francisca, Dorzina, Zé de Déa, Izaias, Ozéas, Arlindo e Ananias. Ela entrou para o bando ao final de 1930,  a convite do próprio
Lampião, que ao avistá-la pela primeira vez ficou apaixonadíssimo pela sua beleza. O casal de cangaceiros teve uma única filha, Expedita Ferreira, nascida em 1932, que sobreviveu das quatro gestações de Maria Bonita, e foi  criada  por coiteiros.
Afirmam os historiadores que em alguns momentos, a  intervenção de Maria Bonita impediu vários atos de crueldade de Lampião.
Maria Bonita ficou conhecida mundialmente  como a "Musa e a Rainha do Cangaço"  e ocupava-se entre outras coisas de costurar a indumentaria dos cangaceiros.
Logo que Lampião levou Maria Bonita para ser sua companheira, outros cangaceiros resolveram  levar suas amadas para as caatingas,  Dizem que elas participavam de todas as atividades, inclusive dos combates.
Destacaram-se no cangaço:
Dadá, esposa do facínora Corisco, Lídia, que foi assassinada a pauladas pelo seu companheiro, o Zé Baiano,  e outra Maria, mulher do cangaceiro Pancada.

JOAOZINHO DE DANONA


Segundo Joãozinho de Danona, o bando de Virgulino Ferreira, o Lampião, esteve duas vezes em Pinhão. A primeira, na manhã de 22 de abril de 1929. A segunda em 1938.
Em 1929, dez cangaceiros invadiram a cidade. Além de Lampião, estavam presentes Corisco, Virginio (cunhado de Lampião), Alvoredo, Zé Fortaleza, Volta Seca, Ângelo Roque, Ezequiel Ferreira (irmão de Lampião) Luiz Pedro e Mariano.
"Nunca vou esquecer aquele dia", rememora o aposentado Joãozinho Batista da Costa. Segundo ele, Lampião estave em Pinhão para conseguir munição e dinheiro.
"Ele não ameaçava, nem, bolia com ninguém. As únicas coisas que fez foi andar pelas bodegas, procurar munição na cidade e nos mandar pegar alguns cavalos. Depois pediu que algumas pessoas fizessem uma cota entre os moradores para ajudá-lo"
"O bando de Lampião e a volante comandada pelo Tenente Menezes trocaram tiros e por sorte ninguém de Pinhão morreu"
"Na passagem do bando de Lampião em 14 de outubro de 1938, o cangaceiro Zé Sereno matou o soldado José Paes da Costa".
Joãozinho conta que: "Quando chegou a volante, que veio brigar aqui à noite, o Zé Sereno pediu ao soldado José Paes, que era amigo deles, para tirá-los da cidade, porque eles não conheciam muito bem a região. Zé Paes saiu com os cangaceiros e, mais adiante, depois de tê-lo guiado, sem mais nem menos Zé Sereno atirou nele, pelas costas, na traição. Não tinha motivo, foi só maldade."

José Emigdio da Costa Filho (Costinha), primeiro prefeito de Pinhão.

Nota de Reinaldo: 

Costinha era meu padrinho. Infelizmente, quando ele faleceu, em 1969, eu tinha 2 anos de idade. A história mostra que ele foi um grande homem e lutador para que Pinhão ficasse independente de Campo do Brito e tornasse cidade emancipada. Minha madrinha é a irmã dele, Dona Ninha, que admiro muito.
ww.reinaldopassos.com/noticias_pinhao_2010.htm

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Enviado por Canal da Velocidade

DESCOBERTA EM JEREMOABO UMA IRMÃ DO CANGACEIRO CRIANÇA.

Por: João de Sousa Lima

Jeremoabo é uma cidade histórica e muito antiga, durante a Guerra de Canudos a cidade serviu de base para uma das companhias do Exército que atacaram o Conselheiro e os Conselheiristas. Em 1739 o Garcia D’Ávila doou uma grande extensão de terras para a construção da Matriz. A povoação tem em suas origens as tribos de Índios Massacará, Cahimbés e Cariris. Abastecida pela cristalina água que jorra da fonte da Pedra Furada e banhada pelo Vaza Barris.
Jeremoabo também foi palco da repressão ao cangaço, formando em suas comunidades volantes policiais que perseguiam sem tréguas os cangaceiros, sendo uma das mais famosas a volante comandada por Zé Rufino, um dos maiores matadores de cangaceiros. A cidade serviu de repressão ao mesmo tempo em que foi  uma base de proteção através de um dos grandes coronéis daquela época, o famoso coronel e político João Sá.
Jeremoabo foi uma das cidades onde mais se entregaram cangaceiros depois da morte de Lampião, várias fotografias mostram esses cangaceiros na companhia de padres e policiais. Um dos grupos que se entregou em Jeremoabo foi o grupo do cangaceiro Criança. Criança aparece em fotografia ao lado de sua companheira Dulce (ainda viva e residindo em Campinas, São Paulo), Balão e Zé Sereno.
Criança depois que foi liberado seguiu para o estado mineiro e posteriormente até o estado de São Paulo. Pouca coisa ficou gravada sobre esse cangaceiro e seguindo seu rastro fui encontrar em Jeremoabo, justamente na cidade de repressão ao cangaceirismo, residindo uma Irmã sua. 
Joana Matilde Conceição, com 89 anos de vida, encontra-se lúcida e relembra emotiva dos tempos árduos quando com apenas 10 anos de idade viu o irmão João entrar para o cangaço.
Manuel Lourenço Xavier e Maria Matilde da Conceição, pais de dona Joana, residiam no sítio Poço Grande, em Macururé, no alto Sertão baiano. Com as perseguições policiais e os maltrato sofridos, a família teve que fugir e atravessaram o Rio São Francisco, saindo da Barra próxima a Curral dos Bois chegando a Belém do São Francisco, Pernambuco, indo por fim se arrancharem em Santa Maria, povoação entre Belém e Floresta.
Na fuga para o estado pernambucano a família deixou as criações e em um dia de sábado João e os primos Pedro e Feliciano retornaram para tentar reunir e alimentar os animais. Os três jovens não retornaram no prazo determinado. Maria Matilde ficou apreensiva com a falta de noticias dos rapazes.
Em um dia de feira  na cidade de Belém, Maria e a família se encontrou com  Vicente Baldo da Silva, que era irmão da matriarca e tio de João. Vicente deu a péssima notícia: João e os primos haviam entrado para o cangaço. Maria chorou copiosamente, a família se abraçou e a pequenininha Joana, com seus dez anos de idade não compreendia a situação. Vicente só não contou que foi ele quem ajeitou a entrada dos jovens para o cangaço.
João ganhou no cangaço o apelido de Criança por ser o mais jovem dos três rapazes, o primo Pedro ficou sendo conhecido como Canjica e Feliciano foi apelidado de Zabelê.
Dona Maria estava com os filhos Joana, Luiz Lourenço Xavier, Januário e Rosendo estavam na Fazenda Pinhão, próximo  a Cabrobró e ficaram sabendo das mortes dos primos Canjica e Zabelê e atravessaram o Rio para Macururé para confirmarem a notícia. Em Macururé as cabeças dos dois cangaceiros foram expostas e a pequena  Joana foi proibida de olhar os “Troféus Macabros” . Confirmado a morte dos dois familiares só restou a Maria rezar para a proteção do filho João que ainda estava na vida cangaceira.
Com a morte de Lampião Criança se entregou em Jeremoabo junto com mais alguns companheiros.  Na cadeia o padre Magalhães aproveitou para realizar o casamento de Criança e Dulce, o matrimônio sagrada unia sob as grades da prisão dois bandoleiros das caatingas nordestinas.
Em 1968 Joana seguiu com o filho Dudú até São Paulo para visitarem João, o ex-cangaceiro Criança. No reencontro João se emocionou ao avistar a irmã que havia deixado ainda criança. O momento serviu para aliviar a saudade que por tanto tempo afligiu aquela menina-mulher, que em um dia de feira viu sua querida mãe verter lágrimas pela ausência de um filho amado que seguiu para as hostes do cangaço e na imensidão das caatingas viu a morte passar próximo e o sangue manchar a terra seca.
Dona Joana, mulher forte, baraúna sertaneja, flor de cacto que aflora mesmo diante das intempéries, anjo-mulher, que tuas dores sejam aliviadas pelo simples dom de ser uma mulher que aprendeu a amar a vida sem temer as adversidades. Tenho muito orgulho de tê-la conhecido, de ter rastreado suas histórias de vida, de ter conhecido teus segredos tão bem guardados no cofre da memória.
João de Sousa Lima*
Jeremoabo/ Paulo Afonso, dias 23,24 e 25 de abril de 2012.
*Historiador/Pesquisador e Escritor
Membro da SBEC- Sociedade Brasileira de estudos do Cangaço.
Membro da ALPA- Academia de Letras de Paulo Afonso, cadeira nº  06

Enviado pelo autor do artigo: João de Sousa Lima

Compromisso Marcado com a Noite Cariri Cangaço-GECC na Saraiva Mega Store

 
Já temos mais um compromisso marcado; na próxima quarta-feira, dia 02 de Maio, nosso encontro será na Noite Cariri Cangaço-GECC, no Espaço Raquel de Queiroz , da Saraiva Mega Store do Shopping Iguatemi; com o pesquisador , escritor e dramaturgo paranaense, Luiz Zanotti, apresentando sua mais nova obra: "Lampião, Texto, Tela e Palco" e a grande Conferência da noite com o jornalista e radialista Odilon Camargo com o tema "Só a Utopia Salva".


Imperdível a Noite Cariri Cangaço-GECC, próxima quarta-feira, dia 02 de maio, no Espaço Raquel de Queiroz da Saraiva Mega Store do Shopping Iguatemi, Fortaleza, sempre as 
19 horas. Você é nosso convidado.

Ângelo Osmiro - Presidente do GECC
Manoel Severo - Cariri Cangaço
Aderbal Nogueira - Laser Vídeo

http//cariricangaco.blogspot.com

O Lampião de Zanotti, na Saraiva Mega Store

Por: Manoel Severo
 
O tempo parece correr solto, como nunca antes em nosso sertão... Alias não só em nosso sertão querido do nordeste, mas também pelos lados do sul, bem lá pelas bandas de baixo de nosso Brasil, mais precisamente do Paraná de nosso estimado e querido Zanotti... E nunca dantes na história deste país houve uma integração cultural tão grande como em tempos de agora. Esse imenso Brasil, de muitas culturas e tradições; continental como poucos, se debruça sobre si mesmo e consolida os laços que nos unem a todos. Coube-me fazer a apresentação da presente obra deste mesmo Zanotti, querido e estimado amigo, quero dizer: Luiz Roberto Zanotti.

A vida nos resguarda inúmeras surpresas; receber em nosso pedaço de chão, no Cariri do Ceará, terra de Padre Cícero; um paranaense da gema que se dizia apaixonado pelas coisas de nosso sertão, até parecia um pouco estranho, entretanto esse tal de Zanotti foi chegando de mansinho, bem devagar e de repente tomou
conta não só da situação, mas e principalmente do coração de todos que fazem a família Cariri Cangaço; evento de cunho histórico-científico, turístico e cultural, que reúne as mais destacadas personalidades da pesquisa e estudo do fenômeno Cangaço Nordestino; em sua terceira edição. Foram seis dias que consolidaram a admiração e respeito por esse cidadão paranaense, nordestino, brasileiro do mundo.

Em nossas andanças pelo sertão tórrido, pelas veredas das caatingas de nosso Ceará, percebeu-se rapidamente a grande afinidade de Zanotti com a grande e maravilhosa Mata Branca; habitat natural de seu objeto de estudo: Cangaço. O sorriso aberto e sincero mostrava-nos um homem  reencontrando alguns caminhos perdidos, mostrava um brasileiro disposto a conhecer mais de perto uma saga que marcou gerações e pontuou em nossa história como marco de toda uma geração de homens e mulheres que habitaram essas terras muitas vezes esquecidas e por algum tempo; longo tempo, quase vinte anos; comandada por Virgulino, o "Cego véi" que se tornou Capitão, o Capitão Lampião, Rei do Cangaço.

Não seria necessário dizer da natureza do cangaço e o que ele representou para as sociedades rurais de nosso nordeste, sobretudo nos idos entre 1915 a 1940, é por demais conhecido por todos que estudam os fenômenos sociais e suas repercussões, talvez também não fosse necessário dizer da grande influência que o fenômeno acabou legando as mais variadas manifestações culturais de nossa terra e gente: Na comida, na medicina, na estética, nas artes em geral; pintura, artesanato, música, dança, teatro... E foi a partir de um espetacular trabalho de um talentoso cearense; Marcos Barbosa e o seu Auto de Angicos, que retrata através da dramaturgia os momentos imediatamente anteriores ao horror vivido pelo casal mais famoso do cangaço, Lampião e Maria Bonita, antes da morte na Grota do Angico em Sergipe; que um surpreendente Zanotti desenvolveu sua obra em Lampião - Texto, Tela e Palco. 
Isento dos padrões muitas vezes habituais da abordagem do rei de todos os cangaceiros: Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, que navegam entre o estereotipo de herói ou bandido, o trabalho zeloso de Zanotti nos remete a um olhar transversal, versando sobre aspectos muitas vezes deixados de lado por trabalhos que buscam tratar da mesma temática. A peça nos transporta às mais variadas e pertinentes reflexões sobre o comportamento humano, a partir da ênfase de seu personagem principal, Capitão Lampião; dessa forma só me resta dizer o quanto foi importante para nós do Cariri Cangaço, da SBEC – Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço e do GECC – Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará, contribuir, mesmo que de forma humilde com esse capítulo ímpar da dramaturgia brasileira. Parabéns Zanotti e parabéns aos leitores e espectadores....bom espetáculo.
Zanotti estará apresentando sua obra e batendo um papo pra lá de interessante, com todos os amigos na Noite Cariri Cangaço-GECC , no espaço Raquel de Queiroz da Saraiva Mega Store do Shopping Iguatemi, em Fortaleza, é nesta próxima quarta-feira, dia 2 de maio, sempre as 19 horas. Você é nosso convidado.

Manoel Severo 
Cariri Cangaço

O DESMUNHECANTE (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

O DESMUNHECANTE

A amiga tinha o maior cuidado com o amigo. Sabia do seu segredo e fazia tudo para não ser revelado. De família tradicional como era, seria o fim do mundo.

Se fingia de namorada perante os pais dele, sentava em diálogo amigueiro para mentir contando sobre as peripécias amorosas do garanhão da casa, dizendo do seu imenso ciúme pelas tantas beldades que davam em cima do seu amado.

Mas o negócio dele era outro. Não era mulher nem beldade, não se sentia bem nem pensando na possibilidade de beijar uma boca feminina, tocar em seios rígidos, acariciar um corpo de misteriosa geografia, pecar no paraíso ao lado de faminta tigresa.

Se lesse essas palavras certamente ficaria com raiva. Só o fato de presumi-lo em braços de mulher o encorajaria pra briga, ficaria valente demais, viraria homem em estado brutal. Homem ele era, mas só no nome.

Homem só no nome. E isso ele mesmo tinha orgulho de dizer, porém somente à sua fiel amiga, sua sempre presente guardiã. Verdade é que viviam trancados no quarto, ali reservados na entrega amorosa. Assim imaginavam os seus pais.

Mas não, pois o quarto parecia o antro de lágrimas e entristecimentos, com o rapazinho reclamando da vida, maldizendo a sorte de ter nascido do sexo masculino, resolvendo a cada instante que não suportava mais viver assim e sairia do armário de vez.

De repente corria e dava gritinhos saltitantes se despedindo da amiga e dizendo que ia se jogar da janela. Mas se cair dessa janela você não quebra nem uma unha, dizia ela. Então ele ficava ainda mais raivoso e dizia que ia fazer uma corda de calcinhas para se enforcar. E morrer vestida naquela de lycra vermelha. E danava-se a chorar, rolando por cima da cama.

Mas um dia a fiel amiga resolveu fazer um teste perigoso demais. Segundo ela, tiraria a prova de uma vez por todas da preferência sexual dele. Então, no quarto de porta trancada, enquanto ele estava de costas ela ficou completamente nua e correu para abraçá-lo e acariciá-lo.

Levou um empurrão que rolou por cima da cama até cair no chão. E o pior é que foi expulsa dali debaixo de palavrões e ameaças e com a sentença de que nunca mais, jamais em momento algum de sua vida, colocasse os pés ali nem lhe dirigisse a palavra.

E choroso afirmou ainda que não dormiria à noite inteira pensando naquela coisa horrível e repugnante que era uma mulher nua e ávida por sexo. E também não tinha dúvida que teria de fazer análise para se livrar desse horrendo trauma.

Contudo, já no dia seguinte telefonou chorando e pedindo todos os perdões do mundo à amiga. Disse ainda que se ela pudesse passasse ali pois teria que sair com seus pais até à casa de amigos e estava com muito medo de se comportar e gesticular de modo que aflorassem as maiores suspeitas.

Quanto à calcinha que usava por baixo não, pois sabia que ninguém descobriria, muito menos desvendaria a face feminina que morava em seu íntimo, em seu interior mais profundo. O problema era outro. Tinha medo de se descuidar e de repente dar uma desmunhecada daquelas; tinha medo de encontrar por lá um garotão e não poder suportar a tentação.

Tinha medo de muitas outras coisas. Medo de que os seus pais descobrissem o róseo lilás que emoldurava o seu ego; medo de sair do armário e ser jogado na rua, sem roupa e sem armário; medo de sofrer os sofrimentos tão próprios das mulheres.

A amiga perdoou-lhe pelo incidente e logo bateu na porta do quarto. E já sabendo dos seus medos, chegou municiada com um verdadeiro arsenal para combater as fragilidades que poderiam recair naquela mimosa figura perante a sociedade preconceituosa.

Daí que levou óculos escuros e uma tipóia. E disse que mesmo que fosse à noite o encontro teria de usar óculos escuros para a eventualidade de encontrar diante de si outro atraente olhar masculino. De óculos escuros poderia flertar à vontade que ninguém perceberia.

E a tipóia era pra fingir estar com um braço fraturado. Com o braço preso na horizontal, a mãozinha poderia muito bem se soltar como quisesse que ninguém perceberia o desmunhecamento.

E com a outra mão, faço o que? Perguntou ele. Faça tudo, menos pegar a taça com a pontinha dos dedos. Respondeu a amiga.


Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

Utopia Sim na noite Cariri Cangaço - GECC

Odilon Camargo e Manoel Severo

O brasileiro Odilon Camargo (São Bernardo do Campo-SP, 1951) começou no jornalismo em 1976, escrevendo para alguns jornais do Brasil direto de Londres, quando atuou na BBC. Em 1965 havia iniciado sua trajetória profissional na Rádio Primavera de Porto Ferreira-SP. Mais de quatro décadas atuando na TV, no Rádio e no Teatro,  em São Paulo,  Goiás, Brasília, Londres, Paris, Rio de Janeiro, Tocantins e em Fortaleza. 

Prepara, atualmente, a publicação do seu segundo livro,  UTOPIA SIM, THOMAS!, ficção que se passa em 2063, falando da RPM- Revolução Midiática Pacífica, ocorrida no Brasil no ano de 2013, que mudou radicalmente o nosso país e exerceu decisiva  influência  na queda do ICG -  Império  Civilizatório Global,  que reinava bélico e diabólico, no início do séc. XXI. De acordo com Serafim, ancião que narra toda a Utopia,  nos cinco anos pós- 2013, o Brasil finalmente nasce como Nação. Com a queda da Grande Mídia, surgem  trinta e três mil Vilaldeias, desaparecendo as Regiões Metropolitanas. Ato contínuo, desaparecem as drogas, a violência, a miséria, o analfabetismo e todos os problemas com Educação e Saúde. Diante da nova realidade, os três poderes quedam-se desnecessários, e são extintos.  

 “Só a Utopia nos Salva” é o título da palestra de Odilon Camargo, convidado especial e conferencista da Noite Cariri Cangaço-GECC na próxima quarta-feira, dia 02 de maio, às 19hs., no espaço Raquel de Queiroz da Saraiva Mega Store do Shopping Iguatemi em Fortaleza,  abordando a essência do livro UTOPIA SIM, THOMAS!, segundo ele, uma homenagem-resposta a Thomas Morus, autor da Utopia publicada em 1516. Duração: 50 minutos. Você é nosso convidado.

Manoel Severo
Cariri Cangaço