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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

ANTONIIO COPNSELHEIRO

Por Antonio Corrêa Sobrinho

SEGUNDO A "REVISTA DA SEMANA", DO RIO DE JANEIRO, PUBLICADA NO DIA 16.04.1905, ESTA IMAGEM É A DE ANTONIO CONSELHEIRO, DEZ ANOS ANTES DA GUERRA DE CANUDOS


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CLEMENTINO QUELÉ, DE SUBDELEGADO A CANGACEIRO


Por Sálvio Siqueira

Por volta de 1886, na povoação de Santa Cruz, na serra da Baixa Verde, hoje Santa Cruz da Baixa Verde, nos limites dos Estados de Pernambuco e Paraíba, nasce mais um menino da família Furtado. Como toda criança da época, Clementino José Furtado, tem sua infância e adolescência. Desde cedo começou a ser respeitado por seu porte físico e sua valentia. Passou a apaziguar determinadas desavenças entre as pessoas da região e logo depois dos trinta de idade é convidado para ser subdelegado na povoação. Sérgio Dantas refere que: “A indicação para o cargo fora baseada, principalmente, na sua valentia e na sua reconhecida habilidade no manuseio de armas de fogo.” O jovem não pensa muito e aceito o cargo.

Certo dia, em busca de dois animais que o dono havia denunciado seu roubo, Clementino se depara com dois homens os quais estão de posse desses animais. Os caras, ao notarem de quem se tratava, saltam dos animais, retiram os cabrestos, estavam em pelo, e os espantam. Pedro Nunes Filho assim discerniu o fato: “Quando perceberam a presença da autoridade, rápido desceram dos animais, retiram-lhe os cabrestos e os espantaram. Tudo isso com o intuito de despistarem o furto que estavam fazendo”.


Dando voz de prisão aos dois que, em vez de atenderem, sacam suas armas e atiram contra a autoridade, a qual, imediatamente, responde a agressão com sua arma. Tiros certeiros, ladrões caídos e seus corpos sem vidas é o resultado.

A lógica do fato nos mostra que Quelé, além de estar no cumprimento do dever, atirou em defesa própria. Porém, para quem mandava na justiça, na época, naquela região, a coisa tomou um rumo diferente.
Aprígio Higino D’Assunção, liderança política na cidade de Triunfo, PE, viu aí a oportunidade de trazer para seu ‘lado político’ os votos da família Furtado, pois era sabedor que seguiam, desde muito atrás, seus adversários. Aprígio deixa Triunfo e vai até a povoação de Santa Cruz ter uma conversa particular com Clementino Quelé. Nessa conversa impõe a adesão de todos os familiares do subdelegado. Clementino ainda garante trinta votos, porém, o ‘coronel’ estava irredutível e só aceitaria todos. D’Assunção havia prometido a Quelé sete votos a favor dele no júri popular. No entanto, Clementino não aceita a imposição do chefe político e este, por sua vez, ao retornar para Triunfo, PE, ordena que se prossiga com o inquérito policial contra Quelé que o mesmo havia dado ordens para ser suspenso. A autoridade encarregada do inquérito adulterou a verdade dos fatos e concluiu em indiciá-lo por duplo homicídio. “Em 1 de setembro de 1922 a polícia de Triunfo recebe uma ordem judicial para prendê-lo”.


Clementino estava na povoação de Santa Cruz na bodega de Sebastião Pedreiro tomando umas cachaças com seu amigo Cícero Fonseca. A Força enviada chega, cerca a bodega e dar voz de prisão a ele. Ele, sabedor de como as coisas eram feitas naquele tempo, não acata a ordem e manobra seu rifle. Seu companheiro também estava portando uma arma igual e faz o que ele fez. Os ânimos se acirram e o mundo se fecha. Um tiroteio intenso tem início e Clementino perde seu aliado de fogo. Cícero Fonseca é atingindo mortalmente. Quelé se ver cercado por vários soldados a fim de mata-lo. Não vendo saída, começa a gritar pedindo socorro ao pessoal da povoação que logo vem em seu socorro chefiados pelo irmão de Cícero, José Fonseca.

Virgolino Ferreira, o cangaceiro Lampião, já sendo chefe do bando de cangaceiros herdado de Sinhô Pereira, sabe do que aconteceu com o ex subdelegado Clementino José Furtado e manda-lhe um convite para que faça parte do bando. Quelé ainda reluta por alguns dias, porém, a manobra feita a mando do chefe político de Triunfo, PE, é bem feita e a coisa só tende a piorar para seu lado levando-o a aceitar o ‘convite’. “Quelé percebe que não sairá daquela enrascada. Após muito pensar, decide aceitar um convite feito por Lampião alguns dias antes. Ingressaria em sua quadrilha. Levaria consigo os irmãos Pedro, Quintino e Antônio Furtado”. (SD. 2018)


“Em poucas semanas, Quelé se transformaria em aplicado cangaceiro. Durante os vários meses em que esteve com o grupo – entre os anos de 1922 e 1923 -, soube granjear a confiança do líder. Lutou com desassombro nas refregas. Conta-se que logo chegaria a comandar um subgrupo praticamente independente do principal.” (SD. Pg 39. 2018).


E assim, com a verdade destorcida e a razão desviada um homem de bem, valente e destemido foi obrigado a entrar nas fileiras da sangrenta saga cangaceira. No entanto, sua permanência não é longa. Atritos foram gerados dentro do próprio grupo com outro cangaceiro de renome, o alagoano Meia Noite, e Quelé é obrigado a retirar-se se tornando um dos mais ferrenhos perseguidores do bando chefiado pelo “Rei dos Cangaceiros” já fazendo parte da Briosa paraibana. Porém, isso é outra história que contaremos em outra oportunidade.

Fonte/foto “Lampião na Paraíba – Notas para a História” – DANTAS, Sérgio Augusto de Souza. 1ª edição. 2018.


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LABAREDA "CANGACEIRO" - ENTREVISTA.



Trecho do documentário "Memória do Cangaço" (1964) de Paulo Gil Soares, onde o ex-cangaceiro Ângelo Roque "Labareda" conta parte de sua história antes e durante sua estada no cangaço, quando chefiou um dos subgrupos do bando de Lampião. Trata-se de um importante documentário por ser a única entrevista filmada que foi concedida por Labareda. Confiram. Geraldo Antônio de Souza Júnior.

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SANTANA: HISTÓRIA E O DOIDO DA GRAVATA

Clerisvaldo B. Chagas, 30 de janeiro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.056

Aqui em Maceió precisando de um capoteiro lembrei-me da minha rua, lá em Santana do Ipanema. Enquanto a Rua Nova (Benedito Melo) era a rua dos músicos, a Antônio Tavares era a rua dos artífices. Sou capaz de descrever todos eles, personagens da minha juventude. Iniciando no sentido Comércio – Bairro São Pedro, conheci Seu Quinca, alfaiate; Zé Lopes fazia cachaça; Vavá de Nésio e Pedrinho de Tô eram capoteiros; Basto Dionísio fabricava selas; Antônio Alfaiate, o nome diz; Jonas, também alfaiate; Gerson Sapateiro fazia “couraças”; Antônio Quiliu confeccionava bicas de zinco: Antônio Januário era marceneiro, sua esposa Maria Néris, costureira; Josefina trabalhava com flandres fazendo candeeiro; João Barbosa consertava móvel; Zé Limeira fazia malas... Nos fundos, Elias com fábrica de calçados.

RUA ANTÕNIO TAVARES. (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 130).
O único músico que eu conheci na Rua Antônio Tavares, foi o Zé Bicudo, também chamado Zé de Lola, esposa filha do cientista Agenor que trabalhava na Empresa de Força e Luz. Se não me engano, tocava clarinete ou sax, também era motorista.
A Rua Nova tinha quatro ou cinco músicos e ainda teve escolinha musical do senhor Miguel Bulhões e Ivaldo Bulhões. Na parte inclinada e última da Rua Nova, defronte a Igreja Batista, foi fundado o Bar Seresta, por um músico vindo do Bairro São Pedro, talvez de nome Aloísio. A novidade não durou muito tempo. O lado direito desse trecho, dava para os quintais das casas da Rua Antônio Tavares, separado por alto, contínuo e áspero muro avermelhado e bruto de barro e areia. Portões aqui, acolá.  Em tempo de eleição, o muro aparecia com propagandas de candidatos, coisas que se perpetuavam naquela parede de lixa.
Nunca esqueci uma pintura que só desapareceu décadas e décadas depois quando muro e quintais foram se transformando em residências da Rua Nova:
“Para deputado estadual, Oceano Carleial”


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ARRUMANDO MUDANÇA A GENTE DESCOBRE TANTA COISA...

Por Susi Ribeiro

O passado de quem, desde muito cedo, escolheu ser mãe de animais. Anos 90, com minha madrinha de primeiro casamento e meu primeiro e falecido esposo Wilson em Rio Claro.

Recordar bons momentos é viver.




Para quem ainda não sabe esta senhora é a Susi Campos e era nora dos cangaceiros Sila e Zé Sereno. Seu esposo já falecido se chamava Wilson Ribeiro.

Clique no link abais e leia o que ela escreveu para o meu blog:

http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2018/06/susi-ribeiro-nora-dos-cangaceiros-sila.html

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CONFIDÊNCIAS DE LAMARTINE...


"Meu velho Pai, falecido aos quase 93 anos de idade, faz quase 20 anos, aqui em Gravatá-PE, pertenceu, nos anos 1930, à Polícia Militar de Pernambuco, e, nos anos 1950, eu adolescente, através dele, conheci alguns oficiais do seu tempo, como Higino José Belarmino (Nêgo Gino), Arlindo Rocha e João Miguel da Silva (Sêca de Jão Migué). Optato Gueiros, que era seu amigo e muito evangélico, lhe contou que, em Pau de Colher, na Bahia, a tropa pernambucana chegou atrasada, depois de terem sido derrotadas pelos caceteiros as tropas da Bahia e do Piauí, e aqueles fanáticos colocaram as crianças e mulheres na frente, fazendo barreira, e por trás os homens atiravam em sua tropa, logo no início, sendo atingido na cabeça o corneteiro ao seu lado, fazendo com que aquele comandante desse a ordem de fogo, inclusive usando metralhadora, e mesmo sob os tiros aquela gente avançava e vinha morrer em cima dos soldados. O documentário aqui apresentado é elucidador daquela tragédia acontecida há mais de oito décadas, quando fazia quatro décadas da hecatombe de Canudos."

Lamartine Lima, médico e pesquisador
Membro da ABLAC


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VEM AÍ O CARIRI CANGAÇO PAULO AFONSO.....HISTÓRIAS, ROTEIROS E CULTURAS DO CANGAÇO EM PAULO AFONSO E REGIÃO DO RASO DA CATARINA....AGUARDEM....

Por João de Sousa Lima


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