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sábado, 1 de abril de 2017

TÚMULO DO EX-COMANDANTE DE LAMPIÃO SINHÔ PEREIRA


Túmulo de Sinhô Pereira antigo comandante de Lampião.

Local da sepultura: Lagoa Grande/Minas Gerais.

Sinhô Pereira nasceu na antiga Vila Bella (Atual Serra Talhada/PE) no dia 20/01/1896 e faleceu no dia 21/08/1979 na cidade de Lagoa Grande/MG, onde residia.

Foto: Ferreira Anjos

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

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A CARETA DO SAGUIM

Por Clerisvaldo B. Chagas, 1 de abril de 2017 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.656

O alarde que fizeram em Maceió, sobre o saguim encontrado morto no Bairro da Gruta, deixou a população em polvorosa. E por mais ar de inocência que queira fazer, a TV Gazeta sabia que uma notícia veiculada na TV tem enorme dimensão. Talvez para causar sensacionalismo, querendo imitar em tudo as notícias negativas de outros estados protagonizou a Careta do Saquim. Talvez a gazeta estivesse procurando mesmo uma notícia sensacionalista, pois fala somente o dia todo, todo dia, de buraco, lama e esgoto.

Ilustração (salveoverde).

Depois da m... Feita, vem os panos quentes para acalmar a população. Por sua vez, enxergamos as autoridades apenas preocupadas com as carcaças dos animais mortos (falam em dois) tentando detectar alguma coisa que confirme ou negue a febre amarela. Também, depois de uma zoada da peste daquelas, a parte da Saúde corre que o só o raio da silibrina para mostrar serviço.

"No momento, a população não deve entrar em pânico. Não temos nenhum caso confirmado de febre amarela aqui em humanos. No primata que foi encontrado em setembro do ano passado o primeiro exame deu positivo. Mas existem três técnicas que são responsáveis por esse laudo. As outras duas deram negativas. Mesmo assim, iremos fazer uma contraprova. No momento, está descartada a febre amarela neste primata". 

Observem bem, primata encontrado em setembro do ano passado. Encaramos tudo isso como uma brincadeira de mau gosto e falta de responsabilidade em noticiários de peso.

Por outro lado não vem sendo veiculadas notícias sobre Batalhão Ambiental, IMA ou qualquer outro órgão responsável pela defesa da flora e da fauna. Na verdade, se tem animais morrendo nas grotas de Maceió, a obrigação seria uma investigação rigorosa em busca da causa. Tem gente envenenando os primatas? Chegou algum predador diferente na área? Tem pessoas malvadas caçando por ali. Será a escassez de comida que vem provocando as mortes? Fora os saguins, têm outros animais aparecidos mortos?

Caso não esteja havendo essa investigação em favor da nossa fauna urbana, demonstra uma falha grave nos órgãos protetores. Isso até nos faz lembrar dois galegos arruaceiros que havia no Bairro Camoxinga, em nossa cidade. Ficavam ambos no lugar denominado Maracanã e quando um cidadão passava eles perguntavam se tinha mosquito (um ditado da época). E se tivesse mosquito o pau cantava em qualquer um dos passantes.

É de se perguntar a Secretaria da Saúde e a TV Gazeta: Tem mosquito?



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SE EU TE AMO E TU ME AMAS

*Rangel Alves da Costa

Numa relação amorosa, assim como um namoro, convivência ou casamento, sempre é chegado o momento de algum problema, de um algum desgaste ou dissabor, quando surgem as fragilidades e colocam em risco a continuidade da relação.

Problemas pequenos que afetam a união, discordâncias que colocam em jogo os sonhos e planos, afetações que tendem a definhar tudo o que se planejou para os dois. É que na vida a dois ou no simples pacto entre dois, qualquer instabilidade pode gerar o rompimento.

Então, em situações tais, emergem algumas indagações. Se eu te amo e tu me amas, o que fazer para evitar as fragilidades, os riscos, as ameaças e as rupturas? O que fazer para não deixar que um grão de ciúme, raiva ou discordância, possa se transformar em um amontoado de coisas ruins, com acusações de lado a lado?

O que fazer quando o sentimento perde a razão e o instinto age para confrontar o outro que tanto quer, que tanto deseja, que tanto ama? O que fazer quando se perde a palavra doce e o que sai da boca já vem carregada de veneno, de intriga, de maldade? O que fazer quando nuvens de tempestade começam a pairar onde havia um viver de paz e tranquilidade?

Não é fácil fugir dessas indagações. Nada é tão seguro ao coração que não possa se abrir em chamas e devastações, principalmente por que não depende apenas de um único desejo, de um só pensar, mas de dois. E dois que possuem iguais responsabilidades de manter sempre em equilíbrio a balança da relação amorosa.

Assim, neste reconhecimento de que os seres humanos são vulneráveis demais aos acontecimentos e que duas pessoas que caminham de mãos dadas pela mesma estrada são sempre desafiadas pelas curvas e labirintos, pelos inesperados da vida que tanto desapartam mãos e relações, não há outra coisa a fazer dialogar com os próprios sentimentos.


E deste diálogo surgir: Será que desejo mesmo prosseguir por essa estrada? Será que é amor o que sinto? Será que estou fazendo corretamente minha parte nesta relação? Será que não admito meus erros e ainda por cima sempre procuro culpar quem amo pelos meus deslizes? Será que nos distanciamos cada vez mais por que deixamos de nos procurar cada vez mais?

Se eu te amo e tu me amas... Ora, se eu te amo e tu me amas, então por que não procurar consertar o que se fica desconsertado a cada instante? Então por que não reconhecemos nossas imperfeições e dialogamos sobre possibilidades e desafios? Então por que deixamos que os ocultos do mundo nos afastem cada vez mais?

Se eu te amo e tu me amas... Ora, se eu te amo e tu me amas, então será preciso dar provas que realmente ama. Se eu te amo e tu me amas, então por que todo esse reconhecido amor não serve sempre como escudo frente ao que ameaça a cada instante? Se eu te amo e tu me amas, por que não interiorizar tanta certeza e tornar os corações tão convictos que nenhuma pequeneza da vida possa desafiar os sentimentos?

Se eu te amo e tu me amas... Mostra a flor do seu desejo, mostra o buquê de palavras sinceras e vivas, mostra o quanto cultiva e deseja sempre florida essa comunhão. Se eu te amo e tu me amas, mostra que não sento amor egoísta nem quer moldar o mundo a partir do que unicamente deseja. Mostra que sabe falar e sabe ouvir, mostra sua importância a partir da importância que ao outro dá.

Se eu te amo e tu me amas... Que tal certeza procure refletir a realidade e não aparências perante os demais. Se eu te amo e tu me amas, então que ame em nome de um amor duradouro e permanente, vez que o amor não é outono nem primavera, não é sol nem lua, noite ou dia, mas o que nós mesmos permitimos que ele seja.

Escritor
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PEDRO DE CÂNDIDO FOI ASSASSINADO EM 1940


Segundo alguns pesquisadores do cangaço afirmam que o jovem Pedro de Cândido foi assassinado no ano de 1941. Ele era considerado o traidor de Virgolino Ferreira da Silva o afamado e sanguinário cangaceiro capitão Lampião.

Pedro de Cândido tinha uma companheira em Piranhas de Baixo, e numa noite, ao retornar, ele foi atacado por um homem que findou a sua vida com uma faca. O homem foi preso, absorvido e desapareceu misteriosamente. Teria sido queima de arquivo?

VAMOS LER O QUE ESCREVEU O PESQUISADOR DO CANGAÇO JAIRO LUIS

O LOBISOMEM E O COITEIRO DE LAMPIÃO 
Por Jairo Luis 
Entremontes

Pedro Rodrigues Rosa, conhecido por Pedro de Cândido, era uma figura bastante conhecida quando o Capitão Virgolino Ferreira andava pela região do Baixo São Francisco nos anos de 1930 quando se conheceram por intermédio da famosa família Félix da cidade de Poço Redondo.

Pedro de Cândido era irmão de Augusta casada com Júlio Félix, um dos coiteiros de maior confiança de Lampião na região, daí surgiu uma relação de negócios que aos poucos es transformou em grande amizade entre o capitão cangaceiro e o fazendeiro coiteiro oriundo do belo povoado de Entremontes localizado ás margens do rio São Francisco.

Pedro Barbosa, Sonia Jaqueline e Manoel Severo na fazenda Remanso
Manoel Severo e Jairo Luiz em Piranhas

Por ironia do destino coube a Pedro de Cândido juntamente com seu irmão mais novo, Durval, levar as forças policiais até a Grota de Angico no fatídico dia 28 de julho de 1938 no que culminou na morte de Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros além do bravo soldado Adrião Pedro de Souza. Após a morte de Lampião, o ex-coiteiro Pedro de Cândido assumiu o posto de subdelegado de Piranhas destacando no Distrito de Entremontes  substituindo  o seu irmão José Rodrigues Rosa  conhecido por Zezé de Cândido.

Exatamente no dia 22 de agosto de 1941 após uma noite de farra no Centro Histórico de Piranhas, Pedro de Cândido decide visitar uma amante na localidade conhecida como Canto situada próxima a vila de pescadores, corria um boato que um lobisomem estava a aterrorizar a cidade e todos moradores estavam com muito medo da fera enigmática e até então invencível. 


Mas naquela noite de sexta-feira, 22 de agosto de 1941, um jovem de nome Sabino decidiu após uma conversa com amigos que estavam em um bar que acabaria de vez com o lobisomem, o encontro entre o jovem piranhense e o lobisomem se deu às escuras na localidade Canto, com apenas um golpe fatal no peito da fera o jovem Sabino o matou e saiu correndo gritando para todos “Matei o lobisomem, matei lobisomem!!!”.  

Todos moradores apavorados e bastante curiosos saíram de suas casas para ver in loco o fato ocorrido, coube ao telegrafista da Rede Ferroviária, Sr. Waldemar Damasceno, pegar uma lanterna e revelar a verdadeira identidade do terrível lobisomem para todos ali presentes, para surpresa geral o lobisomem revelado ali era o famoso coiteiro Pedro de Cândido.

Envolto numa capa preta de tecido jazia o corpo de um dos homens que levou para o túmulo um dos maiores segredos da história, a morte de Lampião.

Jairo Luiz Oliveira - Turismólogo, Pesquisador, Escritor
Conselheiro Cariri Cangaço
Idealizador da Rota do Cangaço
Piranhas / Alagoas

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“SE ACABOU-SE O HOMEM DE SERGIPE”

Do acervo do pesquisador do cangaço Geraldo Júnior escrito por José Bezerra Lima Irmão. 
Na fotografia  vemos a cabeça do cangaceiro Zé Baiano.

Foram as últimas palavras do cangaceiro Zé Baiano pouco antes de expirar.

Zé Baiano e seus comparsas Demudado, Acelino e Chico Peste foram mortos por um grupo de civis liderados por Antônio de Chiquinho nas mediações do povoado Alagadiço no município sergipano de Frei Paulo em 07 de junho de 1936.

Os quatro corpos foram enterrados num formigueiro, onde a terra era fácil de ser cavada.

Terminado tudo, sujos de barro e sangue, os coiteiros limparam-se com o que sobrou do conhaque. A caminho do povoado, passaram por um tanque e se lavaram bem. Só à noite voltaram para casa.

Exumação e reconhecimento dos corpos

Em Aracaju, os homens do governo puseram as mãos na cabeça: quando Lampião soubesse ia arrasar Sergipe. Como havia dúvida quanto à veracidade da morte de Zé Baiano, mandaram exumar os corpos.

O próprio chefe de polícia do Estado, Osvaldo Nunes dos Santos, que era major do Exército, deslocou-se no dia 26 de junho até Alagadiço, levando o médico legista Dr. Carlos Meneses, peritos, jornalistas, fotógrafo e uma formidável escolta da Polícia Militar.

A essa comitiva juntaram-se muitos moradores de São Paulo. Em pleno inverno, muita chuva, a estrada era um atoleiro só. De Alagadiço para a Lagoa Nova todo mundo foi a pé. O local da luta ficou apinhado de curiosos. Todo mundo queria ver o desenterramento dos cangaceiros. Tinha gente até de Itabaiana.

A exumação dos corpos foi feita no dia 26 de junho de 1936 – 19 dias depois das mortes.

A cova era rasa, e logo a picareta trouxe a descoberto uma cabeça. Os corpos estavam amontoados uns sobre os outros. O coveiro levantou a cabeça pelos cabelos. Antônio de Chiquinho informou:

– Essa cabeça é de Zé Baiano. Os outo nóis nun cortou as cabeça não.

Quando retiraram o primeiro corpo, que não estava degolado, Antônio de Chiquinho disse:

– Esse aí é Acilino. Zé Baiano vai sê o úrtimo, tá pur baxo de todos.

O segundo corpo era o de Chico Peste. Depois, o de Demudado. E de fato Zé Baiano estava embaixo de todos. O médico mandou que tirassem as roupas de mescla azul dos cadáveres e jogassem água para remover a lama dos corpos. As roupas tiveram de ser cortadas de facão, pois os corpos tinham inchado. O ar era quase irrespirável, apesar da água-de-colônia e outros perfumes e desinfetantes que as pessoas usavam a fim de assistir aos trabalhos.

Para ajudar na identificação dos corpos, haviam mandado chamar várias pessoas que conheciam os cangaceiros. Trouxeram inclusive Marcionílio Soares, de Carira, que apesar de ser o subdelegado daquele povoado era um notório coiteiro de Lampião. Os corpos estavam tumefatos, nem pareciam gente. Porém Marcionílio foi preciso:

– A cabeça de Zé Baiano é esta aqui. Ói a faia no dente. O corpo dele é o grandão. Cortaro a cabeça dele. E esse aqui eu acho qui é de Demudado. Os outo eu nun cunheço.

O médico legista começou a fazer as devidas anotações em sua prancheta: faltava na boca de Zé Baiano o incisivo mediano direito superior; seu corpo...

Marcionílio afastou-se, engulhando. Nem o diabo aguentava o fedor.

Os corpos foram fotografados de um a um pelo fotógrafo Artur Alves Costa. Foi batida uma chapa da cabeça de Zé Baiano, e outra de seu corpo estendido no chão com a cabeça equilibrada sobre ele. Por fim, o médico ordenou o batimento de uma chapa dos corpos em conjunto.

Terminada a perícia, os corpos foram recompostos e inumados no mesmo local.

Texto: Livro LAMPIÃO – A RAPOSA DAS CAATINGAS de José Bezerra Lima Irmão
Foto: Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas.
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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INTERVALO CULTURAL


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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BAILE DO ROTARY

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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ARTIMANHAS DE JOÃO GRILO.

 Por Arievaldo Viana Lima

O poeta Arievaldo Viana, às 17 horas do dia 15 de abril, na Bienal Internacional do Ceará, lançará o cordel "Artimanhas de João Grilo". Com texto revisado e ampliado, o folheto de 32 páginas será mais uma publicação da Cordedlaria Flor da Serra. Em "Artimanhas de João Grilo", Arievaldo, com sua poética envolvente, deixa sobressaí um texto leve, de humor refinado e envolvente. Com versos milimetricamente medidos e rimas de uma sonoridade palatável aos ouvidos mais exigentes, reconta e recria situações vividas por esse anti-herói nordestino, esse amarelinho perspicaz que habitou e habita as narrativas do nosso povo. não deixe de ler mais essa espetacular publicação da Cordelaria Flor da Serra, Leia, a seguir, as estrofes iniciais da obra e para ler a história completa, faça seu pedido pelo E-mail cordelairaflordaserra@gmail.com ou pelo WhatsApp (085) 9.99569091.


Todos conhecem João grilo
Um menino diferente
Pequeno, feio e franzino
Porem muito inteligente,
Uma mente talentosa,
Bem dotada e engenhosa,
Sagaz e irreverente.

Quando nasceu esse ente
Caiu neve em Teresina
E detonou um vulcão
Pras bandas de Petrolina
De Fortaleza a Belém
Os carros correram sem
Precisar de gasolina.

Ele tinha as pernas finas
A boca de ‘mãe da lua’
Nunca gostou de cantar
A cantiga da perua,
Tudo na vida enfrentava
E satisfeito gritava:
- Manda brasa! Senta a pua!

Foi um quengo muito fino,
Legítimo cabra da peste.
Existiu outro na Europa,
Esse viveu no Nordeste.
O de lá era um lesado
O daqui era um danado
E não há quem me conteste.

O João Grilo português
Meteu-se a adivinhador
Rei das adivinhações
E só saiu vencedor
Devido um golpe de sorte
Assim escapou da morte
Recebendo algum valor.

Nosso Grilo foi criado
Com tareco e mariola
Nunca se viu outro cabra
Com tão medonha cachola
Nunca se meteu com sultões
Mas nas adivinhações
Foi ele quem fez escola.

Nasceu lá na Paraíba,
Criou-se em Taperoá,
Foi camelô em Sergipe,
Fez carimbo no Pará
E foi encontrar a sorte
No Rio Grande do Norte,
Fronteira com o Ceará.

Com cinco anos já era
Sagaz, astuto e ladino.
A mãe não se descuidava
Daquele cabra “malino”
Às vezes lhe castigava,
Pois ninguém aguentava
As “artes” do pequenino.

Certa vez à mãe do Grilo
Foi visitar a vizinha
Deixou o peralta em casa
Porque assim lhe convinha
Chegou o Padre Rufino
Pedindo água ao menino
Mas na ocasião não tinha...

João finge agradar ao padre
Com mesura e rapapé,
Lhe oferecendo garapa
Do engenho Catolé.
Depois desse lero-lero
O vigário disse: - Eu quero!
João trouxe numa coité.

O padre muito guloso
Bebeu com sofreguidão
Dizendo: - Oh! Garapa boa!
Nesse momento João
Fingindo-se inocente
Trás garapa novamente
Pra ele e pro sacristão.

Ao receber a coité
O vigário disse assim:
- Será que sua mãe
Não irá achar ruim?
Nesse momento João Grilo
Responde muito tranquilo:
- Beba tudo até ao fim!

Garapa temos bastante,
Porem exposta ao relento
Pode beber à vontade,
Não precisa acanhamento...
Não digo por desacato,
Mas nela caiu um rato,
Está podre e fedorento.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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UM TEXTO PARA ALARGAMENTO DA NOSSA COMPREENSÃO DO FENÔMENO CANGAÇO...

Material do acervo do pesquisador Antonio Corrêa Sobrinho

"No dia em que conheci um cangaceiro, em carne e osso, a minha imaginação não chegou à realidade. Havia muito mais no cangaço que me escapava. Sentia o poder dos homens fora da lei, mas não podia vê-lo na sua realidade."

Do Jornal "O ESTADO DE S. PAULO" - 22/11/1953 (pág. 65).

O ROMANCE E O DRAMA

Wilson Martins

As duas mais altas manifestações, até ao momento, desse novo indianismo são, publicados pela editora José Olympio, o romance do senhor José Lins do Rego – “Cangaceiros", e o drama da senhora Raquel de Queiroz – “Lampião”. Esta última, que já tinha impregnado os diálogos do filme de Lima Barreto da tonalidade literária que os caracterizou – e que não deixava de desafinar com a rudeza dos personagens e do ambiente –, vence agora a sua timidez (1) e publica um drama em cinco quadros, focalizando a figura lendária e mítica do cangaceiro por excelência, da encarnação mesma do cangaço. Já a ideia de fazê-lo herói de uma peça é necessariamente criação literária fundada sobre o diálogo, ou sobre o monólogo oral, duas coisas a que o sertanejo em geral, e o cangaceiro em particular, são decididamente infensos. O sertanejo é, como se sabe, um ser eminentemente taciturno. Obriga-lo a falar, a exprimir coerentemente as suas emoções, demonstrar que as possui, é, do ponto de vista psicológico, um contrassenso: a peça de teatro parece um gênero inconciliável com a natureza humana do cangaceiro. Tanto mais neste caso, em que a sua figura tradicional é substituída pela de um tipo mais ou menos imóvel, declamando as suas tradições e, no fundo, amante de Maria Bonita.

Assim, esse inocente membro da família dos Ferreira, que, segundo uma reportagem do senhor Luciano Carneiro, era um “jovem vaqueiro que só (sic) abraçaria o crime aos vinte anos”, aparece de repente como os índios de José de Alencar, valentes guerreiros, que venciam a rudeza presumível de suas almas e nos surpreendiam com admirável virtuosismo no manejo da língua e na gama das paixões. É curioso, por outro lado, um certo aburguesamento de Lampião, que, na peça da senhora Raquel de Queiroz, aproveita o recolhimento do lar – isto é, dos asilos em que sucessivamente se acoita – para conversar com Maria Bonita a respeito das coisas deste mundo, adotando o tom didático do bom chefe de família que explica aos seus: “Com a proteção de Meu Padrinho, tenho o corpo fechado para moléstia, para o chumbo e para o ferro, para praga e mau olhado. É como se tivesse uma capa de aço me protegendo”.

Tudo isso não impede, naturalmente, que a peça da senhora Raquel de Queiroz obtenha o maior sucesso de representação, como já o obteve de crítica. É que, em geral, não se costuma olhar muito de perto para os mitos e é mesmo aconselhável não o fazer. A idealização do índio, realizada por Gonçalves Dias e José de Alencar na literatura, e por Carlos Gomes na música, resistiu a falsidade psicológica que em todos esses casos é evidente. O fenômeno é dos mais interessantes e se explicaria, ainda, como manifestação romântica das mais típicas: o que o leitor, o espectador, deseja e ama é a sublimação, é “imaginar” o herói envolto em uma atmosfera própria, e que em geral nada tem com os seus caracteres pessoais. Mas talvez interesse aos estudiosos de sociologia essa nova manifestação romântica, que acrescenta um momento inesperado à evolução do romantismo no Brasil: é que à apologia do índio e à apologia do negro – como tipos puros, racial e simbolicamente – acrescenta-se agora a apologia do mestiço, provavelmente mais índio que negro, mas, em todo caso, substituindo o exotismo físico pelo exotismo de status, e obscuro vingador de todas as nossas carências.

O que prova que com esse novo indianismo trata-se de fenômeno coletivo e não individual o fato de o cangaceiro ter exatamente os mesmos caracteres na fita, na peça da senhora Raquel de Queiroz e no romance do senhor José Lins do Rego. Em todas essas criações, o sertanejo – também idealizado – de Euclides da Cunha, deixa de ser “desgracioso, desengonçado, torto”, abandona o “andar sem firmeza, sem aprumo, quase gigante e sinuoso”, e a “postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente”, deixa de ser o “homem permanentemente fatigado” e de “palavra remorada”, para se transformar no homem transfigurado que o próprio Euclides também observa (?), desde que aparecesse “qualquer incidente exigindo-lhe o desencadear das energias dormidas”. Mas, onde Euclides via momentos excepcionais, os nossos atuais intérpretes veem a normalidade: o cangaceiro é o belo sertanejo, de postura normalmente ereta, de olhar altaneiro e coragem indomável, e, sobretudo, decerto, lírico e sentimental.

Se, numa peça de teatro, não havia outra solução senão a do diálogo – qualquer que fosse a falsidade psicológica resultante – num romance essa fatalidade não se impunha. Ora, é exatamente o que acontece no último livro do senhor José Lins do Rego: creio poder afirmar que em nenhum dos seus livros anteriores os personagens falam tanto como esses cangaceiros. Falam em lugar de agir, que é exatamente o contrário do que o leitor esperaria deles: é um romance imóvel, em que os personagens remoem continuamente os mesmos projetos sem realizá-los, a não ser, evidentemente, quando o romance deve terminar – e ainda assim. Psicologicamente, eles se assemelham mais ao atônico Carlos de Melo, do “Ciclo da Cana-de-açúcar”, do que à figura do cangaceiro, tal como o mito literário deveria interpretá-lo, desde que a comparação com o cangaceiro real não teria razão de se colocar.

O romancista, entretanto, quis fazer dos seus cangaceiros – ao mesmo tempo que tipos confessadamente imaginados – encarnações ao senhor João Condé: “Este livro representa tudo que a minha imaginação conseguiu fixar sobre a vida dos cangaceiros. Como menino de engenho o cangaceiro sempre existiu para mim como uma força de lenda. No dia em que conheci um cangaceiro, em carne e osso, a minha imaginação não chegou à realidade. Havia muito mais no cangaço que me escapava. Sentia o poder dos homens fora da lei, mas não podia vê-lo na sua realidade. Este “Cangaceiros” é tudo o que o homem maduro chegou a pôr de pé com as lembranças da infância. O romance exprime a minha admiração pelo impossível. É uma narrativa que se ligou ao que em mim é o mais lírico e o mais duro. É um romance de homens de força e de homens de alma. Espero que seja lido mais do que (2) um depoimento; e que seja a trágica condição das criaturas que superam as dores da vida”.

Quando se publicou esse interessante documento, numa revista carioca, o presente estudo já se encontrava praticamente concluído e, em particular, completamente fixada a sua ideia central. Ele veio, assim, confirma-la pelo testemunho acima de todos valioso do próprio romancista, que indica a gênese inconscientemente romântica do seu trabalho. O seu romance exprime a admiração pelo impossível, a transfiguração do tipo real em mito literário. De resto, todo esse número de revista é uma espécie de documentário sore o novo indianismo: além dessas confissões do romancista, há a reportagem já citada sobre o jovem vaqueiro que entra para o cangaço a fim de vingar (naturalmente) afrontas injustificadas fitas à sua família, e outra reportagem, ainda, sobre o outro “herói” que o Brasil aclama neste momento, um deputado federal que se deixa fotografar ao lado de uma metralhadora portátil, que não abandona, segundo nos informam, nem nas horas das refeições. O que é, como se sabe, demonstração da mais evidente coragem.

O Brasil manifesta, assim, a sua sede de heróis; mesmo que os seus heróis não sejam dos mais impolutos. Ao ideal antigo, que identificava o heroísmo na “fortitudo et sapientes”, que venerava o cavalheiro sem mancha e sem reproche, o brasileiro de 1953 substituiu o herói brutal, o “poder dos homens fora da lei” como diz o romancista, e identifica o seu herói não como a coragem e a pureza, mas com vitória, qualquer que ela seja. É um espetáculo cuja gravidade ultrapassa, provavelmente, os domínios da simples literatura – (ESI).
Curitiba, novembro de 1953.

Notas: 1. Cf. “Lampião”, crônica publicada no "O Cruzeiro", de 18.7.53; e 2. Textual, mas deve ser erro de imprensa. O sentido exige: “mais do que como um depoimento”.

Imagem ilustrativa da matéria

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MUSEU DO SERTÃO


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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JORNAL "O ESTADO DE S. PAULO” – 23/08/189

Material do acervo do pesquisador Antonio Corrêa Sobrinho

JORNAL "O ESTADO DE S. PAULO” – 23/08/1897

Primeira carta do escritor de OS SERTÕES, Euclides da Cunha, enviada ao "ESTADO" sobre a Guerra de Canudos.

O jornal observa que, "por causa do atraso no envio, a primeira carta enviada por Euclides da Cunha só foi publicada no "Estado" em 23/8/1897. A carta foi escrita a bordo do navio que o levou do Rio de Janeiro a Salvador. No jornal, ela foi a segunda carta publicada".

CANUDOS

(Diário de uma expedição)

Depois de quatro longos dias de verdadeira tortura subo pela última vez à tolda do vapor na entrada belíssima e arrebatadora da Bahia.

Não descreverei os incidentes da viagem, vistos todos através de inconcebível mal-estar, desde o momento emocionante da partida em que Bueno de Andrada e Teixeira de Souza - um temperamento feliz, enérgico e bom, e uma alma austera de filósofo - representaram em dois abraços todos os meus amigos de S. Paulo e do Rio, até o seu termo final, nas águas desta histórica paragem.

Escrevo rapidamente, direi mesmo vertiginosamente, acotovelado a todo o instante por passageiros que irradiam em todas as direções sobre o tombadilho, na azafama ruidosa da chegada, através de um coro de interjeições festivas no qual meia dúzia de línguas se amoldam ao mesmo entusiasmo. É a admiração perene e intensa pela nossa natureza olímpica e fulgurante, prefigurando na estranha majestade a grandeza da nossa nacionalidade futura.

E, realmente, o quadro é surpreendedor.

Afeito ao aspecto imponente do litoral do sul onde as serras altíssimas e denteadas de gneiss recortam vivamente o espaço investindo de um modo soberano as alturas, é singular que o observador encontre aqui a mesma majestade e a mesma perspectiva sob aspectos mais brandos as serras arredondando-se em linhas que recordam, as voltas suavíssimas das volutas e afogando-se, perdendo-se no espaço, sem transições bruscas numa difusão longínqua de cores em que o verde-glauco das matas se esvai lentamente no azul puríssimo dos céus.

A ilha de Itaparica, à nossa esquerda e na frente, ridente e envolta na onda iluminada e tonificadora da manhã, desdobra-se pelo seio da Bahia, revestida de vegetação opulenta e indistinta pela distância.

O mar tranquilo como um lago banha, à direita, o áspero promontório sobre o qual se alevanta o farol da Barra, cingindo-o de um sedal de espumas. Em frente avulta a cidade, derramando-se, compacta sobre imensa colina, cujos pendores abruptos reveste cobrindo a estreita cinta do litoral e desdobrando-se, imensa, do forte da Gamboa a Itapagipe, no fundo da enseada.

Vendo-a, deste ponto com as suas casas ousadamente aprumadas, arrimando-se na montanha em certos pontos, vingando-a em outros e erguendo-se a extraordinária altura, com as suas numerosas igrejas de torres esguias e altas ou amplos e pesados zimbórios, que recordam basílicas de Bizâncio - vendo-a deste ponto, sob a irradiação claríssima do nascente que sobre ela se reflete dispersando-se em (cintilações ofuscantes, tem-se a mais perfeita ilusão de vasta e opulentíssima cidade.

O Espirito Santo cinde vagarosamente as ondas e novos quadros aparecem. O forte do Mar - velha testemunha histórica de extraordinários feitos - surge à direita, bruscamente, das águas, imponente ainda mais inofensivo, desartilhado quase, mal recordando a quadra gloriosa em que rugiam nas suas canhoeiras, na repulsa ao holandês, as longas colubrinas de bronze.

Corro os olhos pelo vapor.

Na proa os soldados que trazemos acumulam-se, saudando, entusiastas, os companheiros de S. Paulo, vindos ontem, enchendo literalmente o Itupeva, já ancorado.

A um lado, alevanta-se, firmemente ligado ao reparo sólido, um sinistro companheiro de viagem - o morteiro Canet, um belo espécime da artilharia moderna. Destina-se a contraminar as minas traidoras que existem no solo de Canudos.

Embora sem a pólvora apropriada e levando apenas sessenta e nove projeteis (granadas de duplo efeito e schranels) o efeito dos seus tiros será eficacíssimo. Lança em alcance máximo útil trinta e dois quilos de ferro, a seis quilômetros de distância. Acredito, entretanto, dificílimo o seu transporte pelas veredas quase impraticáveis dos sertões. São duas toneladas de aço que só atingirão as cercanias da Meca dos jagunços através de esforços inconcebíveis.

Maiores milagres, porém, tem realizado o exército nacional e a fé republicana.

A disposição entre os oficiais é a melhor possível.

A saudade, imensa e indefinível saudade dos entes queridos ausentes, desce, às vezes, profunda, dolorosíssima e esmagadora sobre os corações: as frontes anuviam-se; cessam bruscamente as palestras em que se procura afugentar tristezas numa guerrilha adoidada de anedotas; um posado silêncio paira repentinamente sobre os grupos esparsos; o coração batendo febrilmente nos peitos, perturba o ritmo isócrono da vida - e os olhares, velados de lagrimas, dirigem-se ansiosamente para o Sul... Ao mesmo tempo, porém, como um antidoto enérgico, um reagente infalível, alevanta-se, ao Norte, o nosso grande ideal - a Republica - profundamente consolador e forte, amparando vigorosamente os que cedem às mágoas, impelindo-os à linha reta nobilitadora do dever.

E reagem.

Eu nunca pensei que esta noção abstrata da Pátria fosse tão ampla que, traduzindo em síntese admirável todas as nossas afeições, pudesse animar e consolar tanto aos que se afastam dos lares tranquilos demandando a agitação das lutas e dos perigos. Compreendo-o, agora. Em breve pisaremos o solo onde a República vai dar com segurança o último embate aos que a perturbam. Além, para as bandas do ocidente, em contraste com o dia brilhante que nos rodeia, erguem-se, agora, por uma coincidência bizarra, cúmulos pesados, como que traduzindo fisicamente uma situação social tempestuosa. Surgem, erguem-se, precisamente neste momento, do lado do sertão, - pesados, lúgubres, ameaçadores...

Este fato ocasional e sugestivo prende a atenção de todos. E observando, como toda a gente, as grandes nuvens silenciosas que se desenrolam longínquas, os que se destinam àquelas paragens perigosas sentem com maior vigor o peso da saudade e com maior vigor a imposição austera do dever.

Nem uma fronte se perturba, porém.

Que a nossa Vendea se embuce num largo manto tenebroso de nuvens, avultando além como a sombra de uma emboscada entre os deslumbramentos do grande dia tropical que nos alenta. Rompê-lo-á, breve a fulguração da metralha, de envolta num cintilar vivíssimo de espadas...

A República é imortal!

Bordo do Espírito Santo, 7 de agosto de 1897.

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O CANTOR JOÃO MOSSORÓ FARÁ SHOW HOJE (SÁBADO 01 DE ABRIL DE 2017 NO MERCADÃO CADEG NO RIO DE JANEIRO


O cantor João Mossoró fará show hoje (sábado -  dia 01 de abril de 2017), no Rio  de Janeiro, no bairro Benfica, no"Mercadão Cadeg"
Uma festa portuguesa, no "Cantinho das Concertinas".

 Será uma festa bastante animada, quando o artista cantará as mais lindas canções.

Você que mora no Rio de Janeiro prestigie o artista, participando do seu show.

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MAIS UM LIVRO NA LIVRARIA DO PROFESSOR PEREIRA EM CAJAZEIRAS

Por José Irari

Nosso nobre professor Francisco pereira lima, está disponibilizando mais uma ótima obra literária, o livro " Padre Cícero, Lampião e Coronéis " do já reconhecido escritor, Daniel Walker. Aos que desejarem adquirir, contctar o e-mail: 

franpelima@bol.com.br


Francisco Pereira Lima - Foi uma tarde de conversa agradável com os amigos professores Daniel Walker, que veio nos apresentar seu mais novo trabalho "Padre Cícero, Lampião e Coronéis" e Jose Irari.

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SENTE-SE HONRADA REPRESENTAR O PROFESSOR JOSÉ ROMERO DE ARAÚJO CARDOSO

Por Franci Dantas
Artista plástica, geógrafa (aluna egressa do Curso de Licenciatura em Geografia do Campus Central da UERN) e escritora.

Será uma honra representar o renomado Escritor, Geógrafo, Professor JOSÉ ROMERO DE ARAÚJO CARDOSO, na solenidade de entrega dos prêmios do terceiro Concurso de Contos, Crônicas e Poesias promovido pela AMOL.

Franci Dantas




Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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