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sábado, 10 de fevereiro de 2018

NOVO LIVRO NA PRAÇA "O PATRIARCA: CRISPIM PEREIRA DE ARAÚJO, IOIÔ MAROTO".


O livro "O Patriarca: Crispim Pereira de Araújo, Ioiô Maroto" de Venício Feitosa Neves será lançado em no próximo dia 4 de setembro as 20h durante o Encontro da Família Pereira em Serra Talhada.

A obra traz um conteúdo bem fundamentado de Genealogia da família Pereira do Pajeú e parte da família Feitosa dos Inhamuns.

Mas vem também, recheado de informações de Cangaço, Coronelismo, História local dos municípios de Serra Talhada, São José do Belmonte, São Francisco, Bom Nome, entre outros) e a tão badalada rixa entre Pereira e Carvalho, no vale do Pajeú.

O livro tem 710 páginas. 
Você já pode adquirir este lançamento com o Professor Pereira ao preço de R$ 85,00 (com frete incluso) Contato: franpelima@bol.com.br 
fplima1956@gmail.com

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2016/08/novo-livro-na-praca_31.html

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LIVRO SOBRE CANGAÇO É COM O PROFESSOR PEREIRA



O excelente livro: "Serra Talhada: 250 Anos de História, 150 Anos de Emancipação Política" de Luiz Conrado de Lorena e Sá, descendente de Família Pereira do Pajeú, foi publicado em 2001, com 440 páginas, com a Iconografia. Esta obra trata de Cangaço, Genealogia, História, movimento Sebastianista de Pedra do Reino, entre outros temas. 




Quem desejar adquirir esta e outras obras: franpelima@bol.com.br e whatsapp 83 9 9911 8286.


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OS BALÕES DE SENHORA SANTA ANA

Clerisvaldo B. Chagas, 9 de fevereiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.842

       Não posso dizer com certeza se as festas de padroeiros e padroeiras do Sertão de Alagoas eram todas iguais. Contudo, nos novenários à Senhora Santa Ana, sempre havia banda de música que tocava fora e dentro da Matriz. Havia ainda o foguetório que saía do Beco de São Sebastião e o “carro de fogo” que navegava com velocidade num arame estendido defronte a Igreja. Com fogos também era descerrada a imagem da santa que ficava enrolada num mastro de madeira. O fogo ia subindo e desenrolava a imagem sob aplausos da multidão. A parte dos fogos tinha os fogueteiros profissionais responsáveis que vieram de muito antes do meu tempo e que, praticamente, foi encerrada com o “Zuza Fogueteiro”. O Zuza, gordinho, alto, branco e simpático, morou por último no final da Rua Tertuliano Nepomuceno, centro de Santana do Ipanema.

CAMINHÃO: LUGAR EXATO DE SOLTURA DE BALÕES.  Foto: (Domínio Público).

O balão tradicional não faltava. Era manipulado e solto por trás do hoje extinto, “sobrado do meio da rua”, precisamente por trás da última casa comercial, “A Triunfante”, de José e depois Manoel Constantino. O papel delicado quase sempre tinha as cores azul e branca. Habitualmente o balão ia aos céus durante a celebração da novena. Formava-se uma pequena torcida ali no ponto do balão, onde estava armada a “onda” e o “curre” (carrossel). É que precisava muita habilidade dos encarregados para desdobrar o balão, esticá-lo, por fogo sem queimar suas paredes, erguê-lo no ar e aprumá-lo para a subida triunfante sob palmas e gritos de triunfo.
Havia profissionais para tudo, na cidade: fogueteiro, ferreiro, flandreleiro, retelhador, sapateiro, barbeiro, amolador... Mas nunca me foi dito quem era o artista dos balões. Só poderia ter sido uma pessoa de muitas nuances e amor no coração para confeccionar uma coisa tão mimosa, frágil e bela.
E lá ia aquele artefato se equilibrando no ar, subindo, subindo, subindo... E a luz segura do seu bojo ia ficando cada vez mais longe e se apequenando até tornar-se apenas um pontinho luminoso misturado com as estrelas no céu profundamente azul.
Havia ainda o leilão. Mas aí era outra coisa. Quem seria o artista dos balões? Saudade.


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RIFLES E CASCAVÉIS: TOCAIAS SERTÕES ADENTRO

*Rangel Alves da Costa

A mata fervilha. Em meio aos carrascais sertanejos, os bichos parecem conhecer aquelas botinas que lentamente cortam seu chão. Os bichos, talvez amedrontados, abrem passagem à outra fera: o matador.
Jagunço, assassino de paga, pistoleiro de mando, voraz matador, desalmado capanga, pistoleiro feroz, bandoleiro a sangue frio, a bestialidade em pessoa. Ou, para muitos, o pior dos cascavéis sertanejos: aquele que faz tocaia ou emboscada e faz do rifle sua arma de fim de tudo.
Os bichos tinham razão em temer a passagem do desalmado. Boa coisa ele não ia fazer. Caminhando assim por dentro do mato, como que rastejando sua presa, já de rifle à mão, certamente logo daria o bote certeiro. Mas contra quem daquela vez?
Qualquer um poderia ser vítima daquela sanha assassina. No mundo sertanejo, qualquer inimigo ou desafeto do patrão, do coronel ou do mandante, poderia ser derrubado pela cuspida certeira daquele desalmado cascavel.
Cascavel por que uma das peçonhentas mais temidas das caatingas, dos tufos de matos e das distâncias de mataria. Ao invés de balançar o chocalho do rabo antes do ataque feroz, aquele cascavel mirava sua vítima, ajeitava o cano da arma, firmava sua mão no gatilho, e lançava seu bote.
A cada bote dado um ser desvalido. A cada bote cuspido do rifle, da arma de língua de fogo, era como se não houvesse mais salvação para nada. Muitas vezes, bastava um tiro, um disparo apenas, e o baleado já caia estrebuchando. E em meio a uma poça de sangue, a espera somente das aves carnicentas.
Um mundo de cascavéis perigosos era aqueles sertões. Cascavéis empunhando armas tão poderosas quanto as iras lançadas pelos senhores do poder. Cascavéis a serviço do mal, da maldade, do cruel comprazimento em ceifar vidas pelas estradas, pelos escondidos, nas curvas dos caminhos, nas passagens costumeiras.


Cascáveis cuspindo fogo e abrasados até os dentes. Uma gente tão desumana que sequer queria saber a motivação daquele que iria morrer por meio de seu bote certeiro. Apenas tocaiar, apenas emboscar, apenas matar e pronto. O trabalho estava feito. A paga? Um vintém de nada.
Vintém de nada por que muitos dos jagunços, capangas e matadores, já viviam escravizados nas mãos de seus poderosos patrões ou coronéis sertanejos. Cometiam crimes, buscavam proteção nas varandas dos latifúndios, e então se tornavam como que objetos de mando. Bastava haver uma disputa ou desavença entre poderosos, ou mesmo entre um poderoso e um zé-ninguém, para que os cascavéis fossem chamados ao bote.
Na maioria das vezes, bater à porta do coronel e pedir abrigo e proteção era sentenciar seu destino. Dali não sairia mais de jeito nenhum. Passava a guardar segredos que jamais poderia revelar, e bastava pensar em sair para ser cuspido de fogo por outros cascavéis.
Uma escravização da morte, pois daí em diante serviriam apenas para apertar gatilhos, para cuspir fogo e cortar orelhas ou dedos como provas do serviço feito. Não havia outra sina: matar, matar e matar. Na tocaia, no escondido do mato, poderiam esperar horas ou dias, mas só retornavam depois da cuspida de fogo.
Jagunços, assassinos e cascavéis. Tudo numa só maldade. O homem bicho, o homem peçonhento, o homem sanguinário, o homem carregando consigo o veneno letal. Todo o veneno no rifle. Na ponta da arma aquele olhar traiçoeiro de cascavel, no cano da arma os dentes afiados da peçonhenta. E bastava o bote.
Assim a vida nos carrascais sertanejos, num chão manchado de sangue e envenenado por homens desalmados. Quando as peçonhentas furtivas se ajeitam entre os tufos à espera de vítima, ali a certeza de mais uma morte de tocaia que logo acontecerá. Ali o matador ajeitando a mira, o cascavel preparando o seu bote.

Escritor
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#NOTÍCIASDOCANGAÇO FILMANDO "LAMPEÃO"


Material do acervo do pesquisador Renilson Soares

"... Lampião foi filmado! Aqui temos uma noticia sensacional, que muitos não acreditariam sem provas. As provas estão nestas pagina, onde cinco flagrantes nos mostram o famoso bandoleiro em atitudes pacificas, inteiramente despreocupado das policias estaduaes que o perseguem tenazmente sem encontra-lo todavia".

fontes [O Cruzeiro, Ano 1937, Ed. 18, p. 15] 






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QUEM JÁ SONHOU COM LAMPIÃO?


Por Antonio Corrêa Sobrinho

Não é de hoje que leio, releio, reflito sobre o cangaço, compartilho ideias com os amigos do Face, até um livrinho sobre o tema já fiz, e não foram poucas às vezes que, no sertão sergipano, andei, como ainda faço, embora sempre a serviço, por estradas, fazendas, cidades, lugares, para mim, cheios de simbolismos, visto que visitados pelo maior dos cangaceiros, o adverbial Lampião, sem mencionar um Zé Baiano, um Zé Sereno, o menino Volta Seca, o "diabo louro" Corisco, e outros famosos cangaceiros, seja em Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, N. Sra. da Glória, Aquidabã, Pinhão, Frei Paulo, Ribeirópolis, Capela, Dores, etc.


Pois, apesar de todo este meu envolvimento com o cangaço, banditismo fenomenal que imperou e marcou o sertão nordestino, e que ainda hoje tanto nos fascina, pelas imagens e representações, fatos e acontecimentos por ele produzido, engendrado, nunca sonhei com Virgulino Lampião, nem com Maria Bonita, nem com qualquer outro dos famosos personagens desta inolvidável história.


Não é que o pernambucano Ed Wanderley Andrade, este comigo na foto, meu prezado amigo e colega auditor-fiscal do Trabalho, apreciador como eu das coisas e histórias do cangaço, ele mais ainda, porque traz consigo a genética cangaceira dos Cacheados, pois, não é que ele me disse, ontem, quando incursionávamos pelas estradas de Itabaiana, terra-berço dos meus caros amigos Antônio Samarone e Robério Santos, e dos caminhos da Lagarto de Kiko Monteiro, que sonhara com o temível Lampião.

Contou-me que eu e ele, no sonho, numa certa fiscalização rural na zona sertaneja, fomos abordados oportunamente pelos cangaceiros, porquanto no exato momento quando, lentamente, percorríamos uma esburacada estradinha que nos levava a uma fazenda bem no coração da terra do amigo Rangel Alves da Costa, Poço Redondo, a ser fiscalizada. Perguntei ao colega Ed sobre a identidade dos cangaceiros que seguiam Lampião, que me disse só lembrar da cara de Lampião.

Contou-me que, neste seu imaginar dormindo, diante de tantos cangaceiros fortemente armados e em situação clara de ataque, paramos imediatamente a viatura do Órgão, que foi logo cercada pelos bandoleiros, os quais, apontando armas em nossa direção, apesar de muito surpreendidos com o nosso veículo, uma Marok 2018, plotada com o emblema da Fiscalização do Trabalho, porque nunca tinham visto algo tão contrastante com os carros Ford de 1929, determinaram que descêssemos. Diz Ed que saímos do carro calmamente e, curiosamente, sem nenhum tipo de molestamento por parte dos cangaceiros, nos dirigimos à presença de Lampião, que já se aproximava. Cumprimentamos o comandante com um enfático “Pois não, Capitão!”. Lampião equipado e paramentado como os demais, antes de dizer coisa, olhou devagar para os penduricalhos de metal que enfeitam os nossos coletes, tocou-os, olhou para nós dois, voltou o olhar para a caminhonete, fez um hum amassando o queijo com os dedos e nos indagou, quem éramos e o que fazíamos naquelas quebradas. Respondemos ser agentes fiscais do trabalho, do governo federal e que estávamos ali inspecionando fazendas, vendo se os fazendeiros da região estão cumprimento, respeitando as leis trabalhistas, as chamadas normas de proteção, saúde e segurança no trabalho, além de estarmos ali combatendo a exploração de mão de obra infantil. Segundo Ed, Lampião fez outro hum quando dissemos que estávamos ali protegendo os empregados vaqueiros, a profissão que ele exerceu um dia. Foi então que ele, Lampião, passou a mão no queixo, coçou o pescoço, admirou novamente a reluzente viatura, e disse: "Vocês vão com a gente".

Meu colega Ed tem alma de cangaceiro; eu não. Num momento da sua narrativa do sonho, perguntei-lhe: Camarada, como estávamos nós diante de tão grave perigo, psicológica e emocionalmente? Tranquilo, confiantes, sem temores, disse ele. Era um sonho, Antônio, não um pesadelo.

Voltando ao sonho. Não demorou muito, estávamos trocando tiros com uma volante. Ed disse que ele, Ed, portava um fuzil, e que, a cada tiro que dava, olhava pra Lampião, que combatia posicionado lateralmente a uma certa distância, o qual lhe sorria com um sorriso leve, de aprovação. E mais, que quando acertou mortalmente um soldado, ainda o Ed, voltou-se de novo pro capitão, para dizê-lo sem palavras: “Tá vendo, Lampião, somos dos seus, estamos do seu lado!”.

Foi quando interrompi mais uma vez a narrativa do sonho com Lampião, para lhe perguntar: Ed, sinceramente, na hora da refrega, do pega pra capar, eu estava participando como, atirando como você? Ele disse que só me via escondido detrás de uma pedra.

Mesmo nos sonhos dos outros, sou precavido.
Que sonho bom deve ter sido este de Ed!
Quem dos amigos já sonhou com Lampião?

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EXPEDIÇÃO ANGICO ESTUDOS TÉCNICOS NA GROTA DO RIACHO ANGICO


Vários jovens, GiovaneRichardCristianoVaneildo, Maria Oliveira, Sargento Ramilson, Cicero Rodrigues, José Lopes Tavares e Sálvio Siqueira, se reuniram em um grupo com uma determinada ideia. Queriam saber como seria a noite ao relento dentro da caatinga.

Foi escolhido o local da grota do riacho Angico, onde no dia 28 de julho de 1938, manhã romper do dia, a tropa comandada pelo tenente João Bezerra, cerca e ataca um bando de cangaceiros que se encontravam acoitados no leito do riacho e em sua margem esquerda. Estando presente o maior dos chefes cangaceiros, Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião.


Após o ataque, sabe-se da morte de 11 cangaceiros, dentre eles o “Rei dos Cangaceiros”, sua companheira a “Rainha dos cangaceiros”, Maria Gomes de Oliveira, conhecida como ‘Maria Bonita’, e uma baixa militar, o soldado Adrião.

No momento do ataque, uma das colunas, a do Sargento Aniceto, perde-se, não encontrando o local previamente combinado. Com isso, abre um ‘rota de fuga’ para aqueles que estavam encurralados sob forte fogo dos soldados.


Parte de nossos estudos, na ocasião, era conhecer o local na escuridão noturna, procurar saber as dificuldades que enfrentou a tropa para se aproximarem, como conseguiram tamanha façanha sem chamarem a atenção dos cangaceiros, e qual hora, aproximadamente, conseguia-se vislumbrar a silhueta de um corpo humano dando condições de ser alvejado.

O tempo, na noite do dia 27 de julho de 2016 para o clarear do dia 28, se comparado as condições climáticas, segundo o que relatam os historiadores, estava diferente da noite do dia 27 de julho de 1938. Não choveu.


O calendário lunar nos diz que na noite do dia 27 de julho de 1938, a fase da Lua estava em ‘Crescente’. Já na noite do dia 27 de julho de 2016, a fase da Lua estava em ‘Quarto Minguante’.

Quarto minguante é uma das fases da Lua. Ocorre quando o ângulo Terra-Lua-Sol é aproximadamente reto, de modo que vemos apenas cerca da metade do disco lunar, no período em que a parte iluminada está diminuindo progressivamente. Já a fase da Lua no Quarto Crescente ocorre quando o Sol e a Lua estão em signos que se encontram a 90° de distância entre si, formando uma quadratura. 


Fizemos essa pesquisa para vermos a qualidade de visão noturna, a olho nu, que tiveram mais ou menos os soldados, quando da sua aproximação ao acampamento alvo.

A coisa não foi moleza não. Hoje, com as degradações causadas pelo tempo e homem, notamos a dificuldade de locomoção. E hoje temos as trilhas, coisa que não acreditamos que tinha naquele tempo.

Após esses fatos pesquisados, esperamos o romper do dia. Lento e preguiçoso, ele começa a clarear vagarosamente... 


Em direção ao Rio São Francisco, começamos a notar uma grande sombra, como se fosse um monstro deitado, dormindo. É à sombra de uma serra. Do lado contrário, ou seja, lado que se encontrava o bando acoitado, ainda não dava para divisar nada. Com o passar do tempo,, começamos a vislumbrar imagens, vultos, sem termos a certeza do que seria... Mais um pouco de tempo e, aí sim, já consegue-se ver bem uma pessoa. Quando registramos essas imagens, estávamos do lado, mais ou menos em que estavam os soldados que acompanharam o tenente Bezerra.

Fotos Sálvio Siqueira

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BISNETA E TATARANETO DO CASAL DE CANGACEIROS CORISCO E DAA

Por Devanier Lopes

Bisneta e tataraneto de Dadá e Corisco,no carnaval de Salvador. 

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FILHA E NETA DO CASAL CANGACEIRO LAMPIÃO E MARIA BONITA.

Por Geraldo Junior

Expedita Ferreira Nunes e Vera Ferreira, respectivamente filha e neta do casal Lampião e Maria Bonita.

Expedita Ferreira nasceu na Fazenda “Enxu” que fica localizada no município de Porto da Folha/SE, no dia 13 de setembro de 1932.

Impossibilitados de permanecerem com a filha devido à dura vida que levavam em meio à caatinga, Lampião e Maria Bonita foram obrigados a deixá-la aos cuidados de um vaqueiro/coiteiro por nome Severo e sua esposa Aurora, os quais ficaram a partir de então responsáveis pela criação da criança, que no momento em que chegou à casa dos pais adotivos, contava com apenas 21 dias de vida.

Severo e Aurora nunca esconderam de Expedita Ferreira que ela era filha do casal cangaceiro, sempre deixando claro a sua procedência.

A vida de lutas e fugas pela caatinga, fez com que seus pais biológicos a vissem por apenas três vezes, durante toda sua vida.

Atualmente com a idade de 85 anos, Expedita Ferreira reside na cidade de Aracaju em Sergipe.

Quando me refiro à dona Expedita Ferreira em meus textos, costumo sempre dizer que ela foi mais uma entre as tantas outras vítimas do cangaço. Uma mulher de forte personalidade e de caráter que conseguiu superar todas suas dores e aflições, que ainda na flor de sua infância perdeu seus pais de forma trágica e teve para sempre sua vida marcada devido à vida cangaceira que seus pais levavam.

À dona Expedita Ferreira e família expresso meu respeito e consideração e que estejam cientes que o casal Lampião e Maria bonita hoje é parte inconteste e importante da história e da cultura nacional e em especial da região Nordeste.

Fica o registro fotográfico para efeito de curiosidade.

Fotografia gentilmente cedida e pertencente ao acervo de Neli Maria da Conceição, filha do também casal cangaceiro Moreno e Durvinha.

Geraldo Antônio de Souza Júnior

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INDAIANE SANTOS

Por Devanier Lopes

Esta é Indaiane Santos neta do casal de  cangaceiros Corisco e Dadá.

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