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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

TURISMO RURAL:CASARÃO EM ÁGUA BRANCA PODE SE TRANSFORMAR EM MUSEU

Fazenda Cobra, em Água Branca

Os assentados que residem na Fazenda Cobra, em Água Branca, pedem ao Governo do Estado que transforme o o casarão do lendário coronel Ulisses Luna, seja transformado em um museu rural para visitação pública. O Casarão tem mais de 150 anos e pertenceu ao colonizador do Sertão de Alagoas Ulisses Luna e atualmente está prestes a desabar necessitando de reparos para continuar de pé.

O imóvel teve seus moveis levados pela família do coronel Ulisses Luna e atualmente o local possui espaço para se implantar um projeto de turismo rural, já que possui área estacionamento nos jardins que ainda tem resquícios do período que o lendário coronel viveu com sua família. Uma pequena capela também existe no local com os túmulos da esposa e da filha do colonizador do Sertão. O velho casarão foi usado também para gravação e várias cenas da novela Velho Chico e filmes e no início do século 20 abrigou o industrial Delmiro da Cruz Gouveia, que havia fugido de Pernambuco com a filha do governador daquele Estado.

O casarão do coronel Ulisses Luna era usado para reuniões políticas daquela região e também foi um dos redutos, que o cangaceiro Lampião nunca tentou tomar ou saquear, pois temia o velho líder político. O casarão, segundo Maria Aparecida Sandes, neta do coronel Ulisses Luna, era um dos mais belos do Sertão de Alagoas.  Possuía um lindo jardim com muitas rosas e arvores. Ao lado uma capela erguida para as celebrações religiosas da família, principalmente no Natal, quando todos se reuniam. A Capela ainda resiste ao tempo junto com o casarão.
A estrada em frente ao Engenho Cobra era passagem obrigatória dos colonos da época, que tinham o costume de sempre reverenciar o velho líder político. Os homens tiravam o chapéu e as mulheres se inclinavam um pouco, em respeito ao “coroné”, que era o protetor de todos na região. Engenho produzia cana e havia também a criação de gado e cabras e ovelhas.

Coronel Ulisses Luna

Atualmente o antigo Engenho Cobra pertence aos assentados do Movimento Sem Terra. São doze famílias que foram beneficiadas com a propriedade do local que havia sido abandonada pela família do Coronel Ulisses Luna. O imóvel possuía um mobiliário raro do século 19 e início do século 20. Peças lindíssimas foram retiradas pela família e levadas, que segundo relatos dos moradores atuais, para o estado do Rio de Janeiro.

Atualmente o velho casarão se encontra em precárias condições, já que é de todo de sapé e possui um sobrado, que pesa sobre a estrutura, precisando urgentemente de reparos. Os líderes do MST, que são hoje os proprietários das terras, utilizavam até pouco tempo atrás, o casarão para o funcionamento de uma escola de crianças, mas diante do perigo de desabamento, as atividades foram suspensas. O local também foi utilizado nos últimos meses como cenário para gravação de cenas da telenovela Velho Chico, da Rede Globo.

Mozart Luna: Jornalista graduado pela Universidade Federal de Alagoas e pós graduado em Gestão Estratégica de Empresas e Markenting pelo Cesmac/Maceió. Exerceu o cargo de coordenador de sucursais da Gazeta de Alagoas e O Jornal.Foi apresentador e diretor executivo do Programa Circuito Alagoas na TV Pajuçara (Record)e TV Alagoas (SBT) durante 11 anos.Atualmente é produtor de programas de televisão e apresentador dos programas de televisão Conheça Alagoas e Conexão Municípios da TV Mar, canal 25 da net. Editor da Coluna Integração da Gazeta de Alagoas,e repórter do Boletim Integração da Rádio Gazeta de Alagoas.

Fonte:http://meioambienteeturismo.blogsdagazetaweb.com/2016/12/06/assentados-cobram-recuperacao-de-casarao-para-se-transformar-em-museu-do-sertao/

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2016/12/turismo-ruralcasarao-em-agua-branca.html

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ESTELIONATO AMOROSO (SE A MODA PEGA...)

*Rangel Alves da Costa

Crime previsto no artigo 171 do Código Penal (Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento), o estelionato pode ser conceituado como um crime de fraude onde o autor, denominado estelionatário, engana outra pessoa para obter vantagens.

Significa dizer que a pessoa enganada ou fraudada é induzida ao erro, ou mesmo mantida em situação de erro, pelo estelionatário, pretendendo este obter vantagem ilícita, ou seja, contra os ditames legais. O que o estelionatário é usar do ardil, do artifício, da enganação, para ludibriar a pessoa. É um dos crimes mais comuns, por isso mesmo que toda vez que alguém se referir que outro não passa de um “um sete um”, é porque está afirmando sobre a sua desonestidade.

A fraude que configura o estelionato pode ser praticada de todo jeito, dependendo da dimensão do salafrário que induz ou mantém o outro em erro. E a sua caracterização pode até mesmo ocorrer nas situações mais inusitadas, como de fato se deu entre dois enamorados. Melhor dizendo, entre uma apaixonada e um espertalhão. Este, aproveitando-se da boa-fé da moça, com promessas e tudo o mais, acabou quase depenando totalmente a coitada, através de valores gastos por ela em nome da relação amorosa.

Sobre este estelionato amoroso, li ontem no site do Jusbrasil: “Justiça condena ex-namorado a pagar R$ 101 mil a ex por estelionato sentimental”. Prossegue: “O Tribunal de Justiça do Distrito Federal manteve a sentença que condena um homem a devolver à ex-namorada o total de dinheiro que ela deu a ele durante dois anos de relacionamento depois de ela comprovar que sofreu estelionato sentimental” Já pensou se a moda pega? 


Segundo a notícia, o interim estelionatário se deu pela contumácia do rapaz em recorrer à namorada para crédito no celular, transferências bancárias, compras de roupas e sapatos, além logicamente de outros gastos. Até com nome sujo nos serviços de restrição ao crédito a ludibriada ficou. Quer dizer, o sujeito, se valendo da paixão da incauta, simplesmente esvaziava seus bolsos com promessas e mais promessas de amor eterno. Mas depois reatou com a ex e deu adeus na distância à apaixonada. 

Coitada da moça. Contudo, ao retomar as forças pelo acontecido, decidiu levar à justiça o aproveitador. E não só para ser ressarcida pelos valores como para reparar sua honra aviltada pelo espertalhão. Não era para menos, pois após ser abandonada e de bolsos esvaziados, também não suportava mais passar por tantos vexames perante familiares e amigos. Para se defender, o sujeito ainda teve a cara de pau de dizer que ela lhe dava dinheiro porque queria e que propôs ficar com as duas depois que retomou o convívio com a ex. O Don Juan, certamente. 

Não se sabe ainda como a condenação - ressarcimento e danos morais - vai ser executada, mas a verdade é que a atual do estelionatário é quem corre risco de pagar a conta. Certamente que o espertalhão vai propor que lhe dê uma ajudinha. E ajudinha esta através de dinheiro, que certamente não será utilizado para cumprir com suas obrigações legais, mas para simplesmente ir seguindo adiante na sua arte de enganar corações.

Causas e consequências de corações que se tornam vítimas pela cegueira da paixão. Mas principalmente pela esperteza de uns tantos desonestos e trapaceiros que andam por aí. E muito se avista na mesma situação. As carentes coroas ou solteironas são as que mais se expõem às garras do safardana, vez que o bom papo e as promessas lúbricas acabam transtornando as pobres mulheres carentes de favores sexuais. Mas também com jovens que se iludem com qualquer te amo.
E depois. Depois de o cofre esvaziado, adeus. 

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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LOCAL ONDE FOI AFIXADO O QUADRO DENOMINADO AGRESTE, DA ARTISTA PLÁSTICA, GEÓGRAFA E ESCRITORA FRANCI DANTAS

Por José Romero de Araújo Cardoso

Ideia sensacional da Professora Drnda. Maria José Costa Fernandes de colocar o quadro denominado agreste, da artista plástica, geógrafa e escritora, dentro de um antigo, mas bem conservado, quadro de aulas existente na sala de reuniões do Departamento de Geografia. Todos adoraram e aprovaram a oportuna e felicíssima sugestão.

Artista plástica, escritora e geógrafa Franci Dantas

Professora Doutoranda Maria José da Costa Fernandes

José Romero Araújo Cardoso

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BEATA MARIA MAGDALENA DO ESPÍRITO SANTO DE ARAÚJO


Maria Magdalena do Espírito Santo de Araújo mais conhecida como Beata Maria de Araújo nasceu no Juazeiro do Norte, no dia 23 de maio de 1862, e faleceu no dia 17 de janeiro de 1914. Foi uma religiosa brasileira, declarada beata pela devoção popular, mas não pela Igreja Católica.

Era filha de Antônio da Silva Araújo e Ana Josefa do Sacramento. Desde pequena já levava uma vida árdua, tendo os seus pais falecidos logo cedo. Trabalhava com artesanato, fiando algodão e fazendo bonecas de pano para a venda. Padre Cícero mandava-a ensinar artesanato para outras crianças. Também trabalhou numa olaria fazendo a contagem dos tijolos.

Em 1885, aos seus 22 anos, passou a usar os hábitos de freira. Passou a ser considerada "beata" pelo povo após um retiro espiritual administrado pelo padre Cícero e pelo padre Vicente Sóter de Alencar. Por ser órfã, passou a residir na casa de padre Cícero, que tinha uma dedicação especial por ela.

O fato mais importante de sua vida foi o milagre da hóstia acontecido em 1 de março de 1889. Ao receber a hóstia, em uma comunhão oficiada por Padre Cícero, na capela de Nossa Senhora das Dores, a "beata" não pôde degluti-la, pois a hóstia transformara-se em sangue. O fato repetiu-se, e o povo achou que se tratava do sangue de Jesus Cristo e, portanto, era um milagre.

O povoado de Juazeiro do Norte passou a ser alvo de peregrinação, pois a multidão queria ver a beata e tratava os panos manchados de sangue como objetos divinos. O jornalista José Marrocos divulgou o fato ocorrido e se tornou um ardoroso defensor do milagre.

A notícia rapidamente chegou aos ouvidos do bispo D. Joaquim José Vieira que chamou o Padre Cícero a Fortaleza para esclarecer o acontecido. O bispo ficou intrigado com o relato ouvido, mas, pressionado por alguns segmentos da Igreja Católica que não aceitaram o relato, enviou dois sacerdotes de sua confiança, os padres Clicério da Costa Lobo e Francisco Pereira Antero, para investigar os acontecimentos. Depois de algumas experiências e de ouvirem relatos de testemunhas, deram o caso como divino.

O bispo não gostou do resultado e convocou uma nova comissão constituída pelos padres Antônio Alexandrino de Alencar e Manuel Cândido, a qual concluiu não haver milagre. O relatório do inquérito foi enviado à Santa Sé, em Roma, e esta confirmou a decisão tomada pelo bispo.

Maria de Araújo passou os últimos anos de sua vida enclausurada até falecer em 1914. Em 1931, seu túmulo que ficava na Igreja de Nossa Senhora do Pérpetuo Socorro em Juazeiro foi violado e seus restos mortais foram saqueados e nunca mais encontrados.

http://www.blogdantearruda.com.br/2014/02/aurora-ce-so-exumacao-pode-esclarecer.html

Referências:

BARBOSA, Geraldo Menezes. Relíquia: o mistério do sangue das hóstias de Juazeiro do Norte. Juazeiro do Norte: Gráfica e Editora Royal, 2004.
DELLA CAVA, Ralph. Milagre em Joaseiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976
NOBRE, Edianne S. O Teatro de Deus: as beatas do Padre Cícero e o espaço sagrado de Juazeiro (1889-1898). Fortaleza: Edições IMEPH/UFC, 2011.
NOBRE, Edianne S. Incêndios da Alma: A beata Maria de Araújo e a experiência mística no Brasil do Oitocentos. Rio de Janeiro UFRJ, 2014. Tese de Doutorado. Ganhadora do Prêmio Capes 2015.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_de_Ara%C3%BAjo

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ESPETACULAR DESASTRE COM O “REI DO BAIÃO”

Do acervo do pesquisador do cangaço  Antonio Corrêa Sobrinho
Imagens ilustrativas da matéria: o carro, Luiz Gonzaga e João Bezerra dos Santos.

O carro rolou de uma altura de 13 metros, na Estrada Presidente Dutra – Feridos Luiz Gonzaga e seus companheiros – Iam para São Paulo. Espetacular desastre ocorreu com Luiz Gonzaga – o “Rei do Baião”. 

Imagens ilustrativas da matéria: o carro, Luiz Gonzaga e João Bezerra dos Santos.

Viajava o popular cantor em companhia de João André Gomes, conhecido no rádio como “Zé Bumba do Baião” e José Bezerra dos Santos, cognominado “Rei do Passo do Trevo”. Cerca das 5,30 horas, Luiz Gonzaga e seus companheiros rodavam pela Estrada Presidente Dutra, com destino a São Paulo, onde iam cumprir uma programação na Rádio Excelsior bandeirante. A certa altura – declarou Luiz Gonzaga à reportagem – devido à cerração, resolveu ele mesmo dirigir o carro, até então conduzido por José Bezerra dos Santos, que, tendo chegado recentemente do Norte, não conhece a nova estrada. Mal assumiu a direção do veículo na altura do viaduto de Coelho da Rocha, deparou o conhecido cantor com uns cavaletes de sinalização da estrada indicando: “Trânsito impedido”. Como estivesse já muito em cima do obstáculo, manobrou, com precipitação, e o carro foi para o lado oposto da estrada. O veículo chocou-se com o meio-fio da ponte e capotou por cima da balaustrada de cimento armado. Esta, não suportando o peso do carro, partiu-se e a Dodge foi projetada de uma altura de cerca de 13 metros, indo espatifar-se na estrada barrenta que passa no nível inferior do viaduto.

Luiz Gonzaga Lua

FERIDOS

Tanto Luiz Gonzaga, como os seus dois companheiros estão salvos, apresentando os seguintes ferimentos: Luiz Gonzaga com contusão no tórax e suspeita de fratura e ferida contusa do tórax e fratura da clavícula, enquanto José Bezerra dos Santos sofreu fratura exposta do maxilar e ferida contusa no joelho. Os feridos foram socorridos e internados no Hospital Getúlio Vargas.

O GLOBO – 07/05/1951

Fonte: facebook
Página: Antonio Corrêa Sobrinho
Grupo: Lampião, Cangaço e Nordeste

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NOVO LIVRO DO ESCRITOR SABINO BASSETTI - LAMPIÃO O CANGAÇO E SEUS SEGREDOS


Através deste e-mail sabinobassetti@hotmail.com você irá adquirir o  mais recente trabalho do escritor e pesquisador do cangaço José Sabino Bassetti intitulado "Lampião - O Cangaço e seus Segredos".

O Livro custa apenas R$ 40,00 (Quarenta reais) com frente já incluído, e será enviado devidamente autografado pelo autor, para qualquer lugar do país.
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FILME PORTUGUÊS JOSÉ DO TELHADO 1945

https://www.youtube.com/watch?v=m4wRyTPaDX4

FILME PORTUGUÊS JOSÉ DO TELHADO 1945

Publicado em 25 de mar de 2015
Filme Português José do Telhado 1945
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FACÃO E CACETE


O Movimento que surgiu no ano de 1934, conhecido como "Pau de Colher" foi um fenômeno messiânico e milenarista ocorrido na Bahia, na primeira metade do século XX, e que culminou com o massacre de seus participantes (chamados pela imprensa e populares de "fanáticos" ou "caceteiros") por forças policiais militares de Pernambuco.

A Comunidade de Pau de Colher se encontra ao lado esquerdo da BA 152 (direção Paramirim Livramento). Uma Igreja e um campo de futebol fazem parte do cenário local. Uma particularidade do lugar é uma igrejinha no alto da serra. - http://www.focadoemvoce.com/paramirim/pau-de-colher/index.php

Iniciado em 1934 e com término em 1938, teve por principal figura o beato José Senhorinho, seguidor das ideias religiosas do beato paraibano Severino Tavares, por sua vez ligado ao movimento religioso do beato José Lourenço, líder do movimento cearense do Caldeirão e que, junto a outros muitos sertanejos, se instalaram no lugar de nome Pau de Colher no município de Casa Nova, nas divisas baianas com o Piauí e Pernambuco.

No movimento Pau-de-Colher as mulheres lutaram desesperadamente. Saíam das trincheiras, seguidas dos filhos, em direção aos soldados, com cacete na mão. Eram facilmente cortadas ao meio pelos tiros de metralhadoras. Um grupo delas avançou sobre um destacamento que tinha tomado uma cacimba, e todas foram metralhadas. 

Major Optato Gueiros caçador de cangaceiros

Conforme relato de Optado Gueiros, Tenente que comandou o ataque, de acordo com a imprensa baiana, os corpos apodreciam no chão. Foram vários dias de luta. 

O chão estava tomado de sangue e pedaços de órgãos humanos em toda parte. Eram mais de 400 corpos. Os soldados evitavam a luta corporal e venciam facilmente a batalha com o uso do fogo das metralhadoras.

O COMBATE AOS "FANÁTICOS"

No dia 10 de janeiro de 1938 o pequeno grupamento policial de Casa Nova, composto pelo sargento Geraldo Bispo dos Santos, um cabo e quatro policiais procede a um ataque a Pau de Colher. Reagindo, os religiosos cercam os soldados e os matam a pancadas.

Já o governo federal programara uma reação, através do Destacamento do Vale do São Francisco, e se passou a estudar um ataque ao reduto que, informara-se, era de seguidores do comunismo. Tropas também são mobilizadas em Salvador e, no deslocamento, apreendem pessoas que informam tratar-se de um fenômeno de psicose coletiva, que acometia aos que ouviam Senhorinho.

Quando chegam ao lugar, contudo, este já fora atacado pelo destacamento da polícia militar de Pernambuco, sob o comando do capitão Optato Gueiros. Este cercara Pau de Colher com seus homens, procedendo ao morticínio dos que lá estavam. Em telegrama, dado o elevado número de mortos, Gueiros informava seu "êxito": "Impossibilitado sepultamento determinei incineração. (...) Fiz vasculhamento circunvizinhança encontrando apenas crianças e mulheres indefesas”

Relatos do massacre

O cerco da polícia pernambucana, tropa composta por 97 homens, durou 3 dias: de 19 a 21 de janeiro de 1938. Dentre os homens que acompanharam os agentes do estado estava um pistoleiro, Norberto Pereira, que num certo momento retirou uma criança que estava no colo da mãe, assassinada pelo intenso tiroteio; mulheres se atiravam na frente dos fuzis, tentando salvar seus filhos, pois ninguém escava às balas contra os religiosos.

Em seu relatório, o Capitão Optato registrou 157 mortos no povoado de Pau de Colher, e ainda 40 por uma patrulha piauiense.
Consequências

O interventor Landulfo Alves, ao tomar ciência a incursão de agentes do estado vizinho em território baiano, reagiu mandando um ofício a Agamenon Magalhães, seu congênere em Pernambuco. Este respondeu com uma defesa veemente, na qual demonstrava que assim agira por conta de um convênio celebrado ainda nos tempos de Juracy Magalhães, que assegurava o livre trânsito das tropas sob seu comando sem se importar com fronteiras.

As crianças órfãs ou cujos pais foram presos, eram levadas para as "carroças da salvação" e enviadas para a capital baiana onde seriam usadas para o trabalho doméstico, em regime de escravidão.

Episódio ainda obscuro na história nordestina, no final do século XX pesquisadores procuraram registrar depoimentos dos seus remanescentes. Num claro exemplo de que o episódio deixara marcas indeléveis em seus protagonistas, o sobrevivente José Camilo declarou, na sua fala simples, que "Não há interesse, eu não conto porque pra eu contar, invés de eu aliverá minha situação, vai me servir de perseguição".

Sobre as vítimas, na historiografia de Dias Tavares, apenas o registro de que "resultou elevado número de mortos".

https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_de_Pau_de_Colher

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O CASAMENTO DE MARIA BONITA


Antes de seu relacionamento com Lampião e de se tornar a rainha do Cangaço, Maria foi casada no religioso com o sapateiro José Miguel de Paiva conhecido popularmente como Zé de Neném que era seu primo. Maria casou-se com o mesmo no ano de 1926 com apenas 15 anos de idade, praticamente uma menina ainda. 

O Casamento de Maria como era muito comum na época foi arranjado por seu pai e Maria não vivia feliz em em seu relacionamento. As brigas entre o casal eram constantes. Maria era ainda muito jovem, imatura e de gênio forte. 

Maria Bonita e Zé de Neném

Zé de Neném descontentava Maria pois costumava ir a festas, onde se embriaga, dançava com outras mulheres e chegava em sua residência no outro dia. Fora isso suspeitas de envolvimento com outras mulheres, ocorrendo de Maria até achar um pente que pertencia a uma jovem de Santa Brígida no bolso do esposo. Fato que gerou grande desentendimento. 

Nas ocasiões em que se desentendiam Maria saia de Santa Brígida onde ficava sua residência, e se deslocava para a casa dos seus país no povoado Malhada da Caiçara. Mas depois dos ânimos acalmados Zé de Neném ia busca-lá de volta.

José Gomes de Oliveira ou José de Felipe pais de Maria Gomes de Oliveira a Maria Bonita 

Numa dessas brigas, no final de 1930 Maria retorna para a casa dos país, onde veio conhecer Lampião, apresentada a ele pelo coiteiro Odilon Café. Ocasião, onde Lampião lhe pede para bordar lenços que voltaria para pegar depois. Ao retornar para pegar os lenços começaram o flerte que resultou no relacionamento e na sua ida para o Cangaço para seguir Lampião. 

Quanto ao seu ex marido Zé de Neném é importante que se desfaça o mito de que ele foi hostilizado ou apanhou de Lampião. Eles nunca chegaram nem a se encontrar. Outro equívoco em relação ao mesmo é de que ele seria bem mais velho que ela. Segundo o livro Lampião a Raposa das Caatingas a diferença era de apenas 5 ou 6 anos. 

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Após o fim do casamento Zé de Neném continuou exercendo sua profissão de sapateiro. Casou ainda duas vezes. Morou nas cidades de Delmiro Gouveia, Pariconhas de onde se mudou para São Paulo. Falecendo em 1991. Não teve filhos e pessoas próximas ao mesmo confirmaram que ele era estéril.

Bibliografias Consultadas:
Lampião a Raposa das Caatingas
A Trajetória Guerreira de Maria Bonita
Foto: Aba Filmes

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LIVROS DO ESCRITOR ANTONIO VILELA DE SOUZA


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PAULO AFONSO REVELA JOIA DA ARQUITETURA POPULAR ENCRAVADA NOS CAMINHOS DE LAMPIÃO

Casa da coiteira de Lampião, capela, cemitério e Serra do Umbuzeiro:  belo cenário  Foto: Rita Barreto/Bahiatursa
Ruínas de casas de dona Generosa, coiteira de Virgulino Ferreira da Silva, integram a rota do cangaço

Casa da coiteira de Lampião, capela, cemitério contíguo: belo cenário Foto: Rita Barreto/Bahiatursa.

Um pequeno e belo conjunto de construções populares, em meio à paisagem rústica do semiárido baiano, descortina-se com a visita ao Riacho, povoado distante 25 quilômetros de Paulo Afonso, situado à beira da Rodovia BR-110. Ali se encontram as ruínas da casa de dona Generosa, conhecida coiteira de Lampião, famosa por promover bailes perfumados que atraiam os cangaceiros pelo sertão.

O conjunto engloba ainda uma capela com um cruzeiro em frente e cemitério contíguo. Logo adiante, mais três casas deterioradas, tudo emoldurado pela imponente Serra do Umbuzeiro, o ponto mais alto do município, com mais de 500 metros acima do nível do mar. Um prato cheio para  historiadores, estudiosos e pesquisadores do cangaço.
Diz a lenda que o perfume usado por Lampião era tão forte que todos se escondiam quando percebiam sua presença pelo cheiro vindo lá da serra. E dona Generosa então  preparava o baile para o rei do cangaço e seu bando, que andaram também pelo Raso da Catarina, reserva ecológica e indígena que serviu de abrigo para os cangaceiros  e também integra o roteiro do cangaço em Paulo Afonso.

 CENÁRIO –  Generosa Gomes de Sá, que morreu na década de 1950, aos 114 anos de idade, “contratava as mulheres  e os músicos e fazia os bailes. O que a gente chama de forró, eles chamavam de baile. Mas tudo era feito no maior respeito”, informa o historiador e escritor João de Sousa Lima, que pesquisa o cangaço há 18 anos. Ele destaca os símbolos esculpidos pela coiteira na capela,  que são as mesmas estrelas que aparecem nos chapéus dos cangaceiros. “Tanto as orações quanto esses símbolos eram para pedir proteção divina”, completa.

Autor de nove livros, o historiador conta que as casas e a capela foram construídas por dona Generosa em 1900, que contratou pedreiros de Pernambuco para fazer o adobe, pois na região se erguiam imóveis apenas de taipa. Tudo aquilo, acrescenta, “forma um dos mais espetaculares conjuntos arquitetônicos”. Um cenário cada vez mais determinante em meio à rota que define, pelos nove estados da Região Nordeste, os caminhos percorridos por Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, morto na Grota do Angico, em Canindé de São Francisco (SE), em julho de 1938.

AS CASAS - As construções de alvenaria erguidas em um sertão remoto chamam a atenção por assumirem certa imponência em meio à vegetação típica. Restam poucos paredes em pé, sobretudo da casa onde aconteciam os bailes perfumados, que sobressaem pela espessura e  formato,  em contraposição à taipa usada normalmente naquela época e lugar. Dona Generosa não teve filhos, mas construiu as outras três casas para os adotivos, conta João de Sousa Lima. Um imóvel apresenta desenhos nas paredes, criados por um artista do município alagoano Delmiro Gouveia.

Uma das poucas imagens de dona Generosa  compõem o acervo de fotos do casal Maria Madalena Azevedo da Silva e Liberato Araújo, que moram ali perto do conjunto arquitetônico, às margens da BR 110.  Ela é um dos sete filhos de Terezinha Gomes de Sá (Terezinha Azevedo, depois de casada), que foi criada por Generosa, e neta de Afonso Júnior de Carvalho,  também adotado pela coiteira.

Ao lado do marido,  Madalena pouco sabe da história da avó e dos bailes por ela promovidos. Mas espera ver a história da sua família resgatada. “Falta recurso para restaurar as casas, mas esperamos que o poder público interfira para preservar as construções”, frisa.

Outro detalhe no roteiro do cangaço é a cruz no local onde Generosa enterrou o coiteiro Zé Pretinho, em 1931. João  de Sousa Lima conta que houve um tiroteio, na Lagoa do Mel, em que foi morto  o irmão mais novo de Lampião, Ezequiel. Mas a volante, polícia da época que caçava os cangaceiros, também sofreu 18 baixas e atribuiu a reação do bando do rei do cangaço ao alerta feito por Zé Pretinho, que foi perseguido, feito de tiro ao alvo e esquartejado em frente à casa de Generosa.

MARIA BONITA -  A 13 quilômetros do Riacho, no povoado de Malhada da Caiçara,  encontra-se a casa  em que Maria Bonita morou antes de fugir com o bando de Lampião. Transformada em museu, ali podem ser contemplados objetos referencias  e reproduções de fotos do cangaço.

Perto, ergue-se a Serra do Umbuzeiro, hoje muito visitada sobretudo na Semana Santa, tendo no alto instalado um cruzeiro, de onde se avistam Delmiro Gouveia e toda a cidade de Paulo Afonso. Entre os atrativos, também, o Raso da Catarina, maior reserva de caatinga do mundo, distante cerca de 48 quilômetros do centro de Paulo Afonso.

São destinos que precisam ser melhor explorados, segundo o presidente do Sindicato de Turismo da Bahia – Sindetur,  Luiz Augusto Leão Costa, que acompanhou o famtour de operadores de viagens em Paulo Afonso. “Aquilo ali tem que ser revitalizado”, afirma ele, ao se referir às ruínas, à capela e às casas: “É necessário agir rapidamente, porque o tempo está acabando com as coisas e o povo não tem uma noção do significado daquilo ali”.
  
Passeio de caiaque no cânion do Rio São Francisco, em Paulo Afonso   Foto: Rita Barreto/Bahiatursa

Paisagem exuberante em roteiro de três dias

Um famtour de três dias revelou a paisagem de Paulo Afonso, município a 480 quilômetros de Salvador, para operadores de viagens da Costa do Cacau, da Chapada Diamantina, do Vale do São Francisco e da capital baiana.

Eles participaram da segunda etapa do projeto Viaje Por Um Mundo Chamado Bahia, desenvolvido pela Bahiatursa, no sentido de fomentar o fluxo turístico dentro do próprio Estado. O projeto foi formatado, segundo Weslen Moreira, diretor de Serviços Turísticos da Bahiatursa, com base em pesquisa realizada pela Secretaria do Turismo (Setur), “que aponta que 52% do público que frequenta os atrativos da Bahia são baianos”.

Profissionais das mais diferentes zonas turísticas viajaram para conhecer a cultura, a gastronomia e os atrativos do destino e participar de rodadas de negócios com empresários locais de bares, hotéis, pousadas, restaurantes e agências de viagens.

Uma visita à Companhia Hidroelétrica do São Francisco – Chesf, na usina de Paulo Afonso IV,  mostrou a possibilidade de realização de um roteiro altamente segmentado, destinado a especialistas e estudantes da área tecnológica para conhecer todo o processo de geração de energia e subestações elevadas.

Mas Paulo Afonso reserva muito mais para o turista: passeios de caiaque e de catamarã pelos cânions do Rio São Francisco e uma nova visita ao complexo de hidrelétricas da Chesf,  na área das usinas PA I II e III.

Usina Angiquinho na cheia da Cachoeira de Paulo Afonso, em 19/02/2012 - http://www.folhasertaneja.com.br/regional.kmf?cod=19606873&indice=30

Do alto, se avistam a gruta do Morcego, as pontes pênseis, a Usina de Angiquinho, primeira hidrelétrica do Nordeste, construída por Delmiro Gouveia em 1913,  e o conjunto de rochas com mais de 80 metros de altura, esculpidas pelas águas da cachoeira  que se forma, efetivamente, somente quando se abrem as comportas da barragem.

http://www.bahiatursa.ba.gov.br/noticias/paulo-afonso-revela-joia-da-arquitetura-popular-encravada-nos-caminhos-de-lampiao/

Nota: este material não revela o seu autor.

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FILHO DE CORISCO E DADÁ SÍLVIO BULHÕES


Palavras de Sílvio Bulhões filho dos cangaceiros Corisco e Dadá: 

"- Quando eu comecei a me entender de gente, aí na idade de três anos, por incrível que pareça, que eu passava e diziam... "FILHO DE CORISCO"..., a minha resposta era tudo de baixo calão, que é até de se admirar, como uma criança com aquela idade, sabia tantas palavras feias, para externar seu ódio, por chamá-lo filho de Corisco”.


Fonte: facebook
Página: Adauto Silva
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