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terça-feira, 31 de outubro de 2017

SURGE EM SANTANA EMPRESA DE PALESTRAS

Por Clerisvaldo B. Chagas, 31 de outubro de 2017
Escritor Símbolo de Santana do Ipanema
Crônica 1.770

Surgiu em Santana do Ipanema à empresa Focus Binarius Palestras para atender o Sertão, o estado de Alagoas e em outro qualquer estado da União. Focus Binarius Palestras é formada por uma equipe idônea, tendo à frente o professor Clerisvaldo Braga das Chagas, escritor e especialista em Geo-História, o professor Marcello Fausto, a professora Maria Vilma Lima e Maria Inês Lima Carvalho com igual formação. Inicialmente a Focus Binarius estar oferecendo palestras sobre a Geografia e a História de Santana do Ipanema para multiplicadores da nossa Geo-História e para outros interessados. No primeiro momento, estamos nos dirigindo a professores dos cursos Fundamental, Médio e Superior e a alunos, notadamente, do Nono Ano em dia
nte. Estamos abertos também para outros segmentos como o Comércio a Indústria, Serviços e órgãos culturais.
MONTES DE SANTANA. Foto: (Clerisvaldo B. Chagas).

Em breve, a Focus Binarius (Fogo Duplo) estará divulgando lista de palestras com temas variados como: Padre Cícero, Frei Damião, O Mundo Encantado do Repente Nordestino, Cordel, Lampião em Alagoas, Negros em Santana, O Romance e Sua Urdidura, A Crônica, juntamente com as citadas A Gênese de Santana do Ipanema, a Geo-História de Santana do Ipanema, a História Iconográfica de Santana e O Rio Ipanema. Neste presente momento, para os dois últimos temas, a Focus Binarius oferece ao contratante, três opções: Palestra de uma hora e meia com perguntas e respostas; seminário de 12 horas (três turnos); e aula viva com turnê pelo centro da cidade e periferia (20 horas - cinco turnos).
A Focus Binarius Palestras estreou a sua fase profissional no sábado passado na União Sertaneja de Escritores, com o tema “A Gênese de Santana do Ipanema”, com a presença de escritores de três estados nordestinos. Logo, logo teremos uma palestra sobre o Padre Cícero, provavelmente no Bairro Camoxinga ou Lajeiro Grande. Cachês e outros assuntos virão após os primeiros contatos com os clientes, cuja agenda para as palestras terá um espaço mínimo de 15 dias e pela ordem.


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A PONTE E A VIDA

Por Rangel Alves da Costa

A ponte, essa travessia de lado a outro, é a própria vida na sua travessia. Mais que uma analogia, a certeza de que sempre estamos de passagem para algum lugar, de um ponto a outro destino.
Sei que há uma ponte mais adiante ou em qualquer lugar. E ela me espera passar. Há um início e um fim. E uma ponte a divisar. E ela me espera passar. Por que o passo há de seguir na sua direção.
Uma ponte no outro lado do passo, no outro lado do olhar. E ela sempre espera alguém a passar. Não há como voar, cortar caminho ou reinventar o destino quando a ponte foi colocada adiante como única saída.
Não há como voltar atrás perante o destino dado. Assim como o relógio, assim como o calendário, assim como o tempo e o vento, a bússola da existência sempre aponta a ponte como o destino de algum instante. De repente ou depois.
Pensamos viver em terra firme, assentando o passo como donos do mundo, sem a verdade sobre a ponte despertar. Mas ela está diante de todos. E ela me espera passar.
A quem foi dado destino de estar do lado de cá, outro destino lhe aguarda do lado de cá. A única certeza da vida é a existência da ponte. E ela me espera passar.
Vaidades, egoísmos, arrogâncias, soberbas e ostentações pesam demais sobre a ponte. Somente o ser despido em maldade consegue atravessar. E talvez ela me deixe passar.
Não adianta fazer rodeios, fugir, outros caminhos buscar. A ponte existe como um caminho do homem, destino que jamais poderá mudar. E ela me espera passar.
Não conheço a largura nem a extensão, se de madeira ou cimento, se envolta em névoa ou na claridade do sol, mas sei que ela está lá. E ela me espera passar.
A ponte no passo, no caminho, na direção. Ninguém se eterniza onde está, eis que tem de seguir adiante, e a ponte não pode esperar. E ela me espera passar.
Há dois lados separando a ponte, um onde estou agora e outro mais ao longe, aonde terei de chegar. É o outro lado que terei de alcançar. E a ponte me espera passar.


Em tudo há uma ponte, um limite que deve ser ultrapassado. Depois da tristeza o caminho da alegria, depois da solidão alguém encontrar. E a ponte me espera passar.
Mas a ponte não separa apenas a vida da morte, pois também significa vencer as aflições de agora. Vence-se a agonia para o sorriso chegar. E ela me espera passar.
Os objetivos na vida são apenas passos em direção à ponte. Todos se esforçam para vencer os desafios e dificuldades e logo a ela chegar. E ela me espera passar.
O homem vive além-fronteiras. Mas sabe que também pertence ao lado de lá, onde ainda não esteve mas breve estará, após a ponte ultrapassar. E ela me espera passar.
Difícil é ter a certeza da ponte e que dela não se pode fugir, mas ainda assim ter de esperar no lado que está até o instante que ela chamar. E a ponte me espera passar.
Dizem que há um rio debaixo da ponte, dizem também que há um mar. Talvez apenas água corrente para o barco passar. E acima dela todo caminhar. E a ponte me espera passar.
Na ponte está a folha em branco, a página limpa, o papel esquecido. Ninguém chega à ponte permanecendo com a escrita de cá. E ela me espera passar.
Os olhos molhados de lágrima se tornam brilhosos após a ponte. A tristeza, a angústia e desilusão, tornam-se contentamento após o seu limiar. E a ponte me espera passar.
E assim acontece porque a ponte também significa transformação. Ninguém quer ultrapassar a ponte para continuar como está. E ela me espera passar.
Ninguém deseja transformação sem que a mudança seja com boa feição. E dificilmente as coisas mudam continuando no mesmo lugar. E a ponte me espera passar.
A semente lançada é fruto após a ponte. Depois da ponte o outono é primavera. As flores murchas e entristecidas logo começam a brilhar. E a ponte me espera passar.
Difícil de ser avistada, mas a ponte sempre está ao redor. Tantas vezes o homem se aproxima dela se ao menos notar, sem nada desconfiar. Mas ela me espera passar.
O ser humano chega a terra através de uma ponte e também por uma ponte irá retornar. O homem vive e ela permanece a esperar. E ela me espera passar.
A existência é passagem, e não há outro caminho a seguir senão através da ponte. E a vida permite que o chamado da ponte possa se demorar. E ela há de me esperar pra passar.
Não tenho pressa de nada, não corro para desejos alcançar, não dou um passo além nem para amar. Daqui avisto a ponte. Um dia caminharei e até ela chegarei para a travessia. E todos terão o mesmo destino, pela mesma ponte.

Escritor
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O CACIQUE CATURITÉ EM GUERRA CONTRA TEODÓSIO - CORDEL BASEADO NA LENDA DA ÍNDIA POTIRA.

Por Medeiros Braga

“Teodósio de Oliveira
Ledo, foi um bandeirante
Arbitrário, desumano,
Presunçoso e arrogante.
E por onde ele passava
O ambiente encontrava
Sem resistir um instante.

Mas quando chegou no cume 
Da Serra da Borborema
Teve que pegar em arma,
Teve que mudar de lema,
Porque encontrou de pé
O índio Caturité
Com seus guerreiros da gema.”
******************************
Cordel composto neste mês de Outubro
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A GUERRA DOS BODOPITÁS

Vou juntar cacos da história
Deixados por ancestrais
Que falam de um povo forte
Nos idos coloniais;
Que rompendo a paz na terra,
Pra não ceder, foi à guerra
Em condições desiguais.

Teve início esse cenário
Macabro, avassalador,
Quando os pés em terra firme
Pôs o cruel invasor;
Com desmedido egoísmo
Pôs os olhos, com cinismo
Sobre as coisas de valor.

Portando potentes armas,
Uma bíblia e um bastão
Pregaram logo uma missa,
Chamaram o índio de irmão
E com seu sermão preciso
Foi mostrado um paraíso,
A terra da promissão.

Após, para intimidar,
Esnobou-se um arsenal,
Foi disparada uma arma
Em tom sensacional,
Como o atirador previa
Uma ave ali caía 
Causando espanto geral.

Mas, nem bíblia e arcabuz 
Os seus índios convenceram,
Esses partiram pra luta
Desigual, mas não temeram.
Flecha contra arma de fogo
Defrontaram-se no jogo
Em que muitos pereceram.

Na verdade, o que queria
Aquele nefasto algoz
Eram as terras indígenas
E calar a sua voz...
Dominar aqueles bravos
Para fazê-los de escravos,
Lhes tornar a vida atroz.

Mas, o reino do além-mar
Viu certa dificuldade
E tratou de aliciar
Com total cumplicidade
Tabajaras e tupis
Para usar os seus fuzis
Em favor da majestade.

E assim sem tanta luta
Ampliou seu território, 
Eram muitas sesmarias
Já firmadas em cartório.
O bandeirante a rigor
Adentrava o interior
Ampliando o seu empório.

Teodósio,Francisco, Antonio
E Pascácio, o seu irmão,
Na Serra da Borborema,
Em passagem pra o sertão
Viram tanta terra boa
Com água aflorando à toa
Que montaram seu balcão.
******************* 
******************** 
Teodósio de Oliveira
Ledo, foi um bandeirante
Arbitrário, desumano,
Presunçoso e arrogante.
E por onde ele passava
O ambiente encontrava
Sem resistir um instante.

Mas quando chegou no cume 
Da Serra da Borborema
Teve que pegar em arma,
Teve que mudar de lema,
Porque encontrou de pé
O índio Caturité
Com seus guerreiros da gema.

Teve que em Boqueirão,
Tirar um tempo e pensar,
Montar seu acampamento
Para os índios enfrentar.
Mesmo com forte arsenal
Muitas vezes se deu mal
Vindo mesmo a recuar. 
********************
Caturité, uma filha
Tinha chamada Potira,
Sendo viúvo ele a via
Como a mais bela safira,
Ela posta em seu altar
Era importante qual ar
Que todo dia respira.

Era de fato Potira
Muito bonita, amorosa,
Era seu nome de origem
Indígena, de flor, de rosa,
Sempre simpática, contente,
Tinha muito pretendente
Que lhe tirava uma prosa.

Eis que aos quatorze anos
Ela pôde um índio amar,
Um guerreiro destemido
Por nome de Itagibá,
Ele que mesmo em perigo
Peitava todo inimigo
Que aparecia por lá.

Ainda com pouca idade
Tiveram que se casar
Caturité não impôs
Condições para aceitar,
De ante-mão ele via
Que Itagibá saberia
Da sua filha cuidar.

Itagibá certo dia
Teve que sair pra guerra,
Mais uma vez invasores
Invadiam a sua terra,
Ele com seus companheiros
Foram aos despenhadeiros
Na parte alta da serra.

Potira ficou bem triste
Na separação saudosa,
Porém, na razão da causa
Restou também orgulhosa,
Estava sempre sonhando
Com Itagibá voltando
Da luta vitoriosa.

Durante o dia Potira
Não tirava da lembrança,
Toda noite adormecia
Com muita perseverança,
Logo nas manhãs, bem cedo,
Do alto de um lajedo
Aguardava com esperança.

Também, ao ocaso, as vezes, 
Ficava pela montanha 
Esperando que surgisse
O vulto que tanto sonha,
Porém, a noite chegava
E sozinha ela voltava
Para a aldeia tristonha.

Inconformada, na aldeia
Cuidava da plantação,
Colhia frutos silvestres
Tecia panos à mão,
Também já tirava o mel
Da jandaíra a granel
E do exu em porção.

Naqueles tempos ditosos,
De grande felicidade,
Todos ali se serviam
Conforme a necessidade,
Viviam todos em paz
Por não haver, tão voraz,
A tal da propriedade.

Potira continuava
Na espera do marido,
Sobretudo, na esperança
Do retorno garantido
Ver seu vulto além surgindo
E poder ela sorrindo
Ver o seu leito aquecido.
******************** 
******************** 
CONCLUSÃO(Após muitas lutas, com o rapto de Potira e a sua libertação)

Na Serra Bodopitá
Exato ali se encontrava
Caturité com Potira
Que tão ferida, expirava,
Mesmo tendo decisão
Do que faria em razão,
Mesmo assim, imaginava.

Ciente dos desenganos
De jamais poder vencer
E que curvar-se ao algoz
Não podia acontecer...
Morta nos braços Potira
Do penhasco ele se atira
Para não ter que ceder.

Não era só vida ou morte
A ser posta em tabuleiro,
Era mais do que um jogo
De conscientes guerreiros.
Pra essa gente aguerrida
É melhor perder a vida
Que achá-la em cativeiro.

Os bodopitás guerreiros
Para honrar sua nação
Já não achando saída
Não viram outra opção:
Ou morrer por liberdade
Ou ter, sem dignidade,
Que viver na escravidão.

Deviam as nações seguir
Esse exemplo que descerra,
Como na luta fizeram
Os bodopitás na guerra;
Como fez Caturité
Que escolheu morrer até
Que ser cativo na terra.

Mas, enfim, essa vitória
Se deu do Mal sobre o Bem,
Uma bandeira manchada
Foi ao ar com seu desdém.
Com a guerra terminada
Foi a terra apropriada
Para riqueza de alguém.

Mas, os exemplo ficaram...
Não dos atos ilegais,
E sim, das nações indígenas
Que lutando pela paz
Com a sua rebeldia
Para o porvir deixaria
Os mais nobres ideais.

E eu fico imaginando
O que se daria após
Se não fossem as lições
Que deixaram para nós.
Eu concluo, certamente:
Cada um teria à mente
Os instintos do algoz.




Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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POÇO DO NEGRO E O CARIRI CANGAÇO NO CENTENÁRIO DE NAZARÉ 2017...

Por Manoel Severo

O sol forte castigava e dava as boas vindas a Caravana Cariri Cangaço no final da manhã de sábado, 14 de outubro de 2017 quando a programação do Cariri Cangaço Floresta - Centenário de Nazaré nos trouxe a outro dos mais emblemáticos cenários históricos do cangaço: A segunda morada da família Ferreira, o Poço do Negro...


Ingrid Rebouças e Manoel Severo
Rubelvan Lira e o Poço do Negro

No lugar, dois monumentos testemunhavam a visita do Cariri Cangaço: As ruínas e escombros da antiga residência, da qual só sobraram restos de tijolos e telhas, e o Umbu-cajá centenário, plantado pela família de Lampião no ano de 1917.

Quirino Silva, Marcelino Granja, Célia Maria, Ricardo Ferraz e dona Ivoneide
 Cristiano Ferraz, Marcelo Alves e Louro Teles
 Quirino Silva, Célia Maria e Getúlio Bezerra
Beto Puça, Ricardo Ferraz, Betinho Numeriano, Mabel Nogueira e Netinho Flor
  Quirino Silva, Célia Maria e Juliana Pereira
Secretário de Cultura de Pernambuco, Marcelino Granja
Quirino Silva e Louro Teles

A lendária fazenda Poço do Negro, segunda morada de seu Zé Ferreira e os "meninos" Antonio, Virgulino, Levino e etc...logo após as primeiras refregas entre os filhos de Zé Ferreira e Zé Saturnino, quando não mais era possível à família Ferreira permanecer morando em Vila Bela; na Passagem das Pedras, acabaram mudando para o Poço do Negro, a cerca de 2 km do centro da vila de Nazaré. Ao se estabelecerem ali começaria um dos mais violentos e sangrentos conflitos que se tem notícia na historiografia do cangaço: Lampião contra os Nazarenos, Nazarenos contra Virgulino.


Documento: A Visita ao Poço de Negro pelo Conselheiro Cariri Cangaço Raul Meneleu
FONTE: https://www.youtube.com/watch?v=5uARbfHunV8

Um dos principais personagens da visita técnica a fazenda Poço do Negro foi a presença de um primo em segundo grau de Virgulino Ferreira, o senhor Pedro Ferreira Lima, que nasceu e viveu boa parte de sua vida na fazenda Poço do Negro. Por alguns minutos Pedro Ferreira recordou para todos os convidados, momentos e os episódios marcantes de sua vida e da vida dos ferreira no Poço do Negro, inclusive a história do plantio do pé de Umbu-Cajá feito pelos irmãos Ferreira e que completa exatamente 100 anos. 

Seu Pedro é Filho de Alfredo Ferreira e neto de Manoel Gomes Jurubeba, seu pai é primo legitimo de Lampião, um fato curioso por ocasião da visita do Cariri Cangaço foi a apresentação de uma foto estampada em muitas publicações da temática cangaço onde "Seu Pedro" aparece ainda menino ao lado de dona Chica Jacosa,sua tia, e os irmãos Ana Clemente e Eloi Clemente, exatamente na porta da fazenda da família Ferreira na fazenda Poço do Negro. 


Quirino Silva, Paulo George, Célia Maria e Bismarck Oliveira
Quirino Silva, Paulo George, Célia Maria e Junior Almeida
Cristiano Ferraz
"Amigo Manoel Severo,eu agradeço de coração pela oportunidade de participar de um evento de grande importância para a história do Cangaço e que venham outros Cariris!"
Raimundo Evangelista
Rita Pinheiro a Garimpeira da Cultura no Poço do Negro

Um dos momentos polêmicos da visita técnica foi quando seu Pedro falou da estada de Ezequiel; suposto irmão de Lampião à Nazaré e a Fazenda Poço do Negro no ano de 1984, "quando ele chegou aqui e olhou para este Pé de Umbu-cajá abraçou-se com ele e desmaiou..." Na verdade seu Pedro corrobora com a hipótese de que o suposto Ezequiel que esteve em Serra Talhada e Nazaré na década de 1980 era mesmo o irmão de Lampião, que havia morrido, segundo a literatura do cangaço em 1931 num combate contra o tenente Arsênio em terras baianas.


"Hoje o Cariri Cangaço realiza uma homenagem simbólica às testemunhas mudas do Cangaço, no caso o pé de Umbu-Cajá, plantado a exatos 100 anos pelos irmãos ferreira, que a partir de hoje com a inauguração deste marco histórico, deixamos  o registro importante do que restou dos tempos de Lampião aqui no Poço do Negro"ressalta Manoel Severo.
 Seu Pedro Ferreira e a historia do Poço do Negro
 Ivanildo Silveira com a foto histórica: O garotinho é o senhor Pedro Ferreira,  a senhora de branco, dona Jacosa e os irmãos Eloi e Ana Clemente ao lado; na porta da 
casa dos Ferreira em Poço do Negro.
Bacia que pertenceu a família de Virgulino
 
Inaugurado o Marco Histórico no Poço do Negro

 Curador do Cariri Cangaço e inauguração do Marco Histórico
 Ricardo Ferraz, Manoel Severo e Marcelino Granja
Netinho Flor, Ricardo Ferraz e Verluce Ferraz
Ivanildo Silveira
Ranaíse e Junior Almeida
Nivaldo Pereira, Afrânio Oliveira, Leonardo Gominho, Ivanildo Silveira e Josué Santana 
Vanessa Novaes, Maria Luíza, Aglézio de Brito

A solenidade de inauguração do marco registrando os 100 anos do Pé de Umbu-Cajá da família Ferreira foi conduzida pela Comissão Organizadora Local, representada por Netinho Flor e Emanuel Nogueira; o Zinho; além do Conselheiro Cariri Cangaço Ivanildo Silveira, e a Placa Comemorativa foi uma iniciativa do Cariri Cangaço, da Prefeitura de Floresta e da Comissão Local.

A Placa foi descerrada pelo Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Barbosa, pelo Prefeito de Floresta, Ricardo Ferraz, pelo Secretário de Cultura do Estado de Pernambuco, Marcelino Granja e por seu Pedro Ferreira Lima, num dos momentos marcantes do evento celebrando o Centenário de Nazaré.


Quirino Silva, Célia Maria e Paulo George
 Augusto Martins e Cristiano Ferraz
Quirino Silva
 "Parabéns meu amigo Manoel Severo e a todos os envolvidos neste magnífico evento Cariri Cangaço Nazaré 2017. Aqui em Nazaré do Pico estaremos sempre de braços abertos em receber 
movimento como esse"
Gilson Nazaré.
Betinho Numeriano
Márcia Filardi, Zilda Lima, Tereza Barros, Ranaise Almeida, Edvaldo Feitosa, 
Francimary Oliveira, Ingrid Rebouças e Junior Almeida
Marcos Ferraz, Junior Almeida, Manoel Severo e Gilson Nazaré
"Cariri Cangaço, tem que viver para conhecer..." Camilo Lemos

Vamos recorrer ao grande escritor José Bezerra Lima Irmão que nos ensina um pouco mais sobre a segunda morada dos Ferreira:"A nova casa de José Ferreira no Poço do Negro ficava a meia légua de Nazaré, ao lado esquerdo da estrada velha que ia para Floresta. Embora Nazaré fosse município de Floresta, o Poço do Negro ficava no município de Vila Bela (atual Serra Telhada), pois o Riacho Grande ou Riacho da Ema, que separa os dois municípios, fazia uma volta à esquerda, logo abaixo do povoado, e o Poço do Negro ficava no outro lado do riacho. Era uma casa ampla, de tijolos crus, com 9 metros de frente por 10 de fundo, tendo um pé de umbu-cajá à frente. Ao lado direito da casa ficava o curral de pau a pique. Do mesmo lado, cinquenta metros mais abaixo, ficava a casa de Manoel Lopes, e mais adiante, o riacho. Dali se avistava, do lado do nascente, a bonita Serra do Pico, ponto de referência nas planuras cinzentas daquelas caatingas.

 Rangel Alves da Costa 
Josué Santana
Raimundo Evangelista

"Zé Ferreira e os filhos vieram aqui para a fazenda Poço do Nêgo, da velha Chica Jacoza, avó deles e dali pra frente só aumentou a briga com as família de Nazaré", assevera Ulisses Ferraz "Flor", filho de um dos mais destacados Nazarenos, Euclides Flor. "A casa ficava bem aqui, hoje só resta os escombros e restos de tijolos, as telhas, muitas delas foram aproveitadas na casa de taipa bem ali ao lado (fotos acima) ", comenta Netinho Nogueira mostrando o local onde havia a casa original da família Ferreira no Poço do Negro.

 Wescley Rodrigues
Getúlio Bezerra e Raul Meneleu 

Retornar a Nazaré é sempre um grande privilégio, não só por toda a história que ali se guarda, mas pela grande amabilidade de seu povo. A cada passo, a cada casa visitada, a cada abraço, a cada sorriso e palavra nos sentimos "parte da família", todos sempre solícitos e prontos para compartilhar conosco um pouco da valorosa historia de seus recentes ancestrais. A visita ao Poço do Negro foi um ponto marcante dentro da Programação do Cariri Cangaço Floresta-Centenário de Nazaré 2017.

Fotos: Evanilson Sousa, Junior Almeida e Louro Teles

Cariri Cangaço Floresta-Centenário de Nazaré
Visita a Fazenda Poço do Negro, 14 de Outubro de 2017
Serra Talhada, Pernambuco

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