31/08/1919 10/07/1982
Foto adquirida no acervo de Ivan Maurício
Nasceu em Lagoa Grande, no Estado da Paraíba. Era filho da cantadora de "cocos" Glória Maria da Conceição, alcunhada no mundo artístico por Flora Mourão; e com esse apelido se tornou famosa nas festas da cidade de Alagoa Grande com seu ganzá, acompanhada por João Feitosa, que tocava zabumba.
Jakcson do Pandeiro era um dos melhores cantores do nordeste; além disso era instrumentista e compositor brasileiro. Aos oito anos, um dia foi necessário acompanhar a mãe para fazer os seus shows, por falta do Feitosa que a acompanhava, e ganhou de presente, um pandeiro. Aos 13 anos, aconteceu o falecimento do pai, e ele teve que ir com a mãe e os irmãos morar em Campina Grande, também na Paraíba.
A maior admiração de Jakcson do Pandeiro estava em uma sanfona. Mas não podia comprá-la, devido o custo. Desejoso, resolveu trabalhar como engraxate, entregador de pão e outros pequenos serviços. Era obcecado pelo cinema, tendo admiração pelos filmes faroeste, especialmente do ator Jack Perry e assim ganhou o apelido de Jack.
Aos 17 anos, foi substituir um dos membros de um conjunto que se apresentava no Clube Ipiranga. E posteriormente como percussionista do grupo.
Logo em Campina Grande chegou à fama com o sucesso, e passou a fazer dupla com José Lacerda, sendo este o irmão mais velho do cantor Genival Lacerda, usando o nome artístico de Jack do Pandeiro (1939).
Morou em João Pessoa, capital paraibana de 1940 até 1948. Posteriormente mudou-se para o Recife, em Pernambuco, e lá, atuou apresentando programas próprios na Rádio Jornal do Commércio e adotou o nome de Jackson do Pandeiro, quando aliou-se a Rosil Cavalcanti, formando uma nova dupla.
Apesar da fama, mas o seu primeiro LP só foi gravado no ano de 1953, em rpm 78, com o xaxado Sebastiana, de Rosil Cavalcanti, e o rojão Forró em Limoeiro, de Edgar Ferreira, cujas músicas estouraram mais um grande sucesso.
Posteriormente resolveu mudar-se para a cidade maravilhosa, Rio de Janeiro, onde com seu Forró no Limoeiro, surpreendeu o público carioca trazendo um ritmo diferente, alegre, marcante e que o tornou um dos campeões de vendagem de discos na época.
Mas não desprezou o cocos e rojões, continuou gravando nos seus novos LPs, fazendo sucesso nacional com gravações como: O canto da ema, Chiclete com banana e Cabo Tenório, 1 X 1, Forró em Caruaru, Como tem Zé na Paraíba, entre muitos outros.
Quando trabalhava na Rádio Jornal do Comércio, conheceu uma jovel de nome Almira Castilho, e com ela fez matrimônio no ano de 1956, e com ela, fez uma dupla que nos palcos, ele cantava e ela dançava. A apresentação da dupla, aí que fez sucesso, e participando de diversos filmes nacionais.
Foi um dos que mais participou dos discos da cantora Elba Ramalho, como instrumentista, que relançou com sucesso: Ouvi o toque da sanfona me chamar. O seu último disco foi gravado pela PolyGram, o LP Isto que é forró 1981.
Mas Jakcson do Pandeiro estava com os dias contados. Em 1982, quando precisava cumprir compromissos em Brasília, lá sentiu-se mal ainda no aeroporto, desmaiou. Não suportando, morreu de embolia pulmonar.
Como cantor e músico, a sua obra é vasta, onde gravou mais de 400 canções gravadas e dezenas de discos, entre 78 rpm, compactos e LPs.
Jakcson do Pandeiro continua sendo admirado pelos brasileiro, de Norte a Sul e de Leste ao Oeste.