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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O cangaceiro Luiz Pedro

Por: José Mendes Pereira
O cangaceiro Luiz Pedro

É claro que os escritores e pesquisadores do cangaço já fizeram muito pela literatura lampiônica, ou o “cangaço" de um modo geral, mas ainda falta registrar muito sobre o cangaceiro Luiz Pedro, um dos maiores astros da Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia., pois pouco foi registrado sobre este afamado facínora. Apelidado de Catitu  por Maria Bonita, que apelidava  todos os  componentes  do  Grupo de Cangaceiros. 

Era dele a ideia de executar as cangaceiras que,  viúvas e sem maridos, optavam para retornar para a casa dos familiares, com a desculpa de se fossem presas poderiam denunciar  a rotina dos cangaceiros. (segundo capitão Jorge Alfredo Bonessi - em Luiz Pedro - leal até na morte).

Pesquisador do cangaço Capitão Alfredo Bonessi
  
Luiz é pernambucano, do Retiro, município de Triunfo, e na Internet não se encontra algo sobre seus pais, irmãos, sobrinhos; apenas algumas vagas informações, que abandonou a família para fazer parte da empresa de cangaceiros de Lampião; a família ficou triste com a sua ida para o cangaço.

Luiz Pedro teve em sua companhia a Nenê de Ouro, uma jovem bonita a qual foi assassinada em combate com a polícia. Após a morte da companheira, Luiz Pedro não mais procurou outra mulher, terminando os seus dias de vida sozinho, na madrugada de 28 de Julho de 1938, na Grota de Angico,   município de Porto da Folha, nos dias de hoje pertence  a cidade de Poço Redondo, no Estado de Sergipe. Luiz Pedro era bastante rico, dono de joias, ouro e muito dinheiro. Lógico que tudo isso era fruto dos seus assaltos. 

Também é necessário um estudo sobre a sua companheira, vez que muitos estudantes do cangaço, inclusive eu, não sabemos quem eram os seus pais, irmãos, parentes, de que viviam, se eram pobres, ricos, isto é uma biografia completa do afamado casal de cangaceiros.

 
Nenê de Ouro e Luiz Pedro

Seria tão bom que algum estudioso do cangaço, lá do Retiro fizesse um trabalho sobre o cangaceiro, que sem dúvida  ainda existem parentes..., e isso só fará enriquecer mais ainda a literatura lampiônica.

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Livros sobre o Cangaço

Autor: Paulo Medeiros Gastão

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Lampião de A a Z


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O BONITINHO (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa(*)
Rangel Alves da Costa

O BONITINHO 

Ele realmente se achava o melhor, o mais bonito, o mais tudo, de todos. Narcisista sem igual. Contudo, não imaginem logo que o dito era uma daquelas pessoas tão abjetas e intragáveis, do tipo chegado a gabolices, vaidades, janotices, ostentações desmedidas, presunções e arrogâncias. Nada disso.

Era pessoa simples, nem feia nem bonita, meio chuva meio sereno, como se diz. Amigueiro, solícito, atencioso, respeitador de todo mundo. Se não fossem alguns probleminhas de auto-embelezamento e de achar que vivia sempre no mais completo estado de perfeição, então poderia muito bem ser visto como pessoa absolutamente normal.


Sem condições financeiras para sustentar o que achava e dizia ser e sem poder ostentar por cima do corpo nada daquilo que ao menos o diferenciasse em algum aspecto, procurava brilhar simplesmente com suas aspirações, sonhos e devaneios. Seria amalucado o rapazinho, faltando-lhe algum parafuso lá onde a mente deve funcionar melhor?

Creio que não se tratava de doidice não. Doido age muito diferente, ainda que geralmente ninguém perceba quando a maluquice vai tomar expressão. Contudo, não deixava de ter atitudes estranhas demais ao se pavonear acerca de tudo que lhe dizia respeito. E era uma verdadeira tragédia vê-lo entristecido diante de qualquer crítica ou consideração negativa a seu respeito, ao seu jeito lindo demais de ser.

Vestia uma roupa limpíssima, cheirosa, cuidadosamente engomada com dobra e tudo, e corria a se mostrar perante os amigos, ou que imaginava que eram. Chegava e nem esperava que ninguém abrisse a boca para dizer que estava assim ou assado, pois ele mesmo dizia sobre sua roupa belíssima, combinando as cores, bem ao estilo da estação. E dizia qual o sabão usado para lavar, qual o amaciante utilizado, quais os cuidados para deixar aquelas dobrinhas tão bonitas.

O seu cabelo estava sempre penteadíssimo, brilhoso, todo formatado em brilhantina, de modo que enquanto não secasse de vez nenhuma ventania faria a desfeita de espalhar um fiozinho. E quando seco, sempre aos cuidados de um pente e de um espelhinho de bolso, pareciam dunas maravilhosamente onduladas. Era quando tudo fazia para que qualquer imprevisto não assanhasse um tantinho assim de suas formosas madeixas.

Quando chegava à casa dos amigos para uma visitinha qualquer, antes mesmo dos habituais cumprimentos o rapazinho começava a dizer que o lindão havia chegado, o gostosão, o pedaço de não botar defeito. E corria até o espelho, e corria a procura de pente, e se danava a perguntar o que achava daquela roupa, do seu cabelo, da formosura de sua pele naquele dia.

Verdade é que muita gente passou a comentar sobre seus exageros. Por consequência, as más línguas logo chegavam a conclusões nada meritórias para o bom moço. E tinha gente que jurava que o dito não passava de um afeminado, de um mariquinhas cheio de frescuras e trique-triques. Aqueles de verbo sujo e língua solta diziam em alto e bom som que aquilo era um viadinho doido pra soltar a franga de vez.

Como conversas desse tipo não demoram a chegar aos ouvidos do falado e comentado e, no caso, do aviltado na honra de moço bonito, então a fofocagem caiu-lhe como uma bomba. Mas não conseguiu derrubar de vez a auto-estima do bonitinho, que daí em diante decidiu que mostraria aos maldosos com quantos paus se faz uma canoa.

Quer dizer, estava disposto a dar o troco bem dado, na medida. Só que esperava que uma boa alma fizesse isso por ele. Talvez uma pessoa estranha que, percebendo as maldades humanas, saísse em sua defesa. Seria até mais bonito que fosse assim. Pensava entristecido.


Então vestiu uma roupa velha, rasgada, em grande parte remendada, dessas vestes tão conhecidas nas pessoas mais empobrecidas da sociedade. Colocou nos pés um chinelo faltando pedaços, e de cabelos assanhados saiu para fazer seu costumeiro itinerário. Entrou na casa de um alegre como sempre, cumprimentando normalmente, fazendo a festa já conhecida. Entrou na casa de outro e repetiu o seu costumeiro entusiasmo. E em todo lugar se olhava no espelho e depois dizia que nunca havia se sentido tão bem.

O rapazinho enlouqueceu, tá maluco de pedra, perdeu o juízo de vez, era o que se comentava de canto a outro. Até que ouvindo o espanto todo, o doido varrido da cidade – pois em todo lugar existe um – se aproximou de uns conversadores e perguntou por que agora eles diziam aquilo com o rapazinho, pois se ele andava todo arrumadinho era boiola, e agora era chamado de maluco só porque estava maltrapilho.

E ajuntou: Afinal de contas, como é que vocês querem que os outros sejam? A vida dos outros depende do que vocês acham ou deixam de achar? E digo mais: já vi gente dando topada porque só se importava com o passo dos outros. E cuidado que tem um buraco bem na frente de cada um.
  
Biografia do autor:

Meu nome é Rangel Alves da Costa, nascido no sertão sergipano do São Francisco, no município de Poço Redondo. Sou formado em Direito pela UFS e advogado inscrito na OAB/SE, da qual fui membro da Comissão de Direitos Humanos. Estudei também História na UFS e Jornalismo pela UNIT, cursos que não cheguei a concluir. Sou autor dos eguintes livros: romances em "Ilha das Flores" e "Evangelho Segundo a Solidão"; crônicas em "Crônicas Sertanejas" e "O Livro das Palavras Tristes"; contos em "Três Contos de Avoar" e "A Solidão e a Árvore e outros contos"; poesias em "Todo Inverso", "Poesia Artesã" e "Já Outono"; e ainda de "Estudos Para Cordel - prosa rimada sobre a vida do cordel", "Da Arte da Sobrevivência no Sertão - Palavras do Velho" e "Poço Redondo - Relatos Sobre o Refúgio do Sol". Outros livros já estão prontos para publicação. Escritório do autor: Av. Carlos Bulamarqui, nº 328, Centro, CEP 49010-660, Aracaju/SE.


Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

Kydelmir Dantas e o rei do baião, Luiz Gonzaga, juntos em Natal

 Kydelmir Dantas

Na próxima sexta-feira (26 de Outubro de 2012 às 19:30), o poeta, escritor, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço - SBEC), pesquisador do cangaço e estudioso de 

 

Luiz Gonzaga, Kydelmir Dantas lançará em Natal - Rn., na Praça Cívica do Campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. o seu mais novo trabalho 

Editora Queima Bucha

"LUIZ GONZAGA E O RIO GRANDE DO NORTE." 


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OS MISTÉRIOS DO ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ: QUARTA E ÚLTIMA TEORIA, SEGUNDA PARTE

Por: Honório de Medeiros(*)
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Quarta teoria: o ataque a Mossoró resultou de um plano político (segunda parte) 

QUESTÕES SEM RESPOSTA (continuação) 

Décima-terceira: por qual razão aqueles que atenderam ao apelo do Prefeito em defesa de Mossoró eram, em sua grande maioria, da família Fernandes ou seus correligionários, como os Duarte, enquanto a oposição sumiu? 

Décima-quarta: por qual razão calaram-se o juiz e o promotor de Mossoró em relação ao ataque e à morte de Jararaca? Por qual razão o juiz da cidade não foi à reunião na casa de Rodolfo Fernandes, nem participou da defesa de Mossoró?  

O cangaceiro Massilon - irão de Pinga Fogo

Décima-quinta: por qual razão “Pinga-Fogo”, irmão de Massilon, este ligado aos Coronéis Quincas e Benedito Saldanha, estava sempre ao lado de Antônio Gurgel, irmão de Tylon Gurgel[1], e não dava a mesma atenção aos outros reféns[2]? Ordens de Massilon? Tylon Gurger era correligionário dos Saldanha e sogro de Décio Holanda[3].

Pinga-Fogo é o mais velho[4] 

Décima-sexta: o que o Tenente Laurentino de Morais foi fazer em Natal, na terça-feira, dia 16 de junho de 1927, três dias depois do ataque a Mossoró, de onde voltou na quarta-feira, 17, e esperou a quinta, 18, para, alta hora da noite, comandar o assassinato de Jararaca[5]. Teria ido receber ordens de seus superiores? 

Décima-sétima: por qual razão em 25 de junho de 1927 Sabino liberou “graciosamente” Antônio Gurgel do seqüestro e ainda lhe deu dinheiro para sua partida[6]?

Antônio Gurgel

Décima-oitava: por qual razão Massilon se despediu de Lampião na Fazenda “Letrado” e não procurou, em seguida, o Coronel Isaías Arruda ou Décio Holanda? 

Décima-nona: por qual razão o Coronel Rodolpho Fernandes publicou carta no jornal “Correio do Povo”, em 10 de julho de 1927, lamentando ter encontrado referências desairosas a sua pessoa e depreciação aos seus esforços pelas deliberações alusivas ao dia 13 de junho? 

Vigésima: por qual razão Jararaca pediu a um policial, na tarde que antecedeu sua morte, para falar em particular com o Coronel Rodolpho Fernandes? O que Jararaca queria conversar em particular com o Coronel? Porque ele foi assassinado na noite seguinte ao pedido? Há alguma relação entre um fato e outro[7]? 

Vigésima-primeira: por qual razão os executores de Jararaca não foram processados durante o Governo José Augusto e Juvenal Lamartine? 

Façamos um intervalo e nos dediquemos a analisar o episódio da morte de Jararaca, que é bastante revelador. 

Sérgio Dantas[8] nos conta, acerca do episódio, o seguinte: 

(...) no mesmo dia em que fora preso, Jararaca concedera bombástica entrevista ao jornalista Lauro da Escóssia, do noticiário “O Mossoroense”. Não mediu palavras.

 Mais a frente, continua o historiador: 

 Jararaca pisou em terreno minado. Logo percebeu que tornara pública parte de uma teia intocável. Suas incisivas declarações puseram em dúvida a probidade moral de destacados chefes políticos de estados vizinhos. A repercussão das declarações, claro, fora inevitável. Decerto, o bandido temeu pela própria vida. Pressentira algum perigo. Chamou um militar, ainda cedo da tarde. Expressou-lhe o desejo de falar em particular com o Intendente Rodolpho Fernandes. O pedido, no entanto, lhe foi negado sem maiores explicações. A caserna tinha outros planos para o cangaceiro. À surdina, ensaiou conspiração. Tramaram abjeto extermínio e apostaram no sigilo. Sem mais demora executou-se o plano. 

Em tudo e por tudo está certo Sérgio Dantas. 

Somente errou ao afirmar que as declarações de Jararaca puseram em dúvida a probidade moral de chefes políticos de estados vizinhos, e por essa razão temeu pela própria vida. 

Não colocou em dúvida a probidade moral de ninguém fora dos limites de Mossoró ou circunvizinhança, ou, se colocou, por certo sabia que esses chefes políticos tinham amigos poderosos em Mossoró e vizinhança. Colocou sim, provavelmente, em dúvida, a probidade moral de alguns próceres que estavam próximo, bem próximo a ele e aos fatos. 

Como seria possível as declarações de Jararaca chegarem ao Ceará, se a alusão é ao Coronel Isaías Arruda, com a rapidez necessária para que Jararaca, ao perceber que falara demais, ficasse com medo de morrer? Naquele tempo não havia telefone. Havia telégrafo. Quem, no entanto, enviaria informações comprometedoras pelo telégrafo e, através dele, discutiria um plano para a eliminação do cangaceiro que envolvesse a Polícia, comandada pelo Tenente Laurentino de Morais e o Governo do Estado do Rio Grande do Norte?

Tenente Laurentino de Moraes

Também não seria possível enviar, a cavalo ou de automóvel, notícias alusivas à entrevista de Jararaca para os estados vizinhos, em tempo suficiente – cinco dias - para que houvesse uma decisão acerca de sua eliminação pela Polícia do Rio Grande do Norte. 

Não. O que Jararaca disse e o que queria dizer ainda mais ao Coronel Rodolpho Fernandes provavelmente incomodou alguém ou alguns que estavam por perto, perto o suficiente para querer, planejar e mandar mata-lo. Somente esta hipótese faz sentido em relação ao contexto que vem sendo montado a partir das indagações anteriores. 

Finaliza o pesquisador Sérgio Dantas: 

Jararaca sucumbira. Morreu porque sabia demasiado. 

A seguir: 

Findou o terrível salteador nas primeiras horas da manhã. Sua morte, entretanto, já havia sido decretada há dias. O laudo do exame cadavérico, por exemplo, fora assinado ainda na tarde do dia dezoito. E assim foi. Horas antes da execução e sob escuso pretexto de rotina, examinavam-se ferimentos de um corpo, sofridos durante uma batalha. Logo depois se chancelava, com base em conclusões médico-legais, documento de óbito de homem ainda vivo. 

Vigésima-segunda: por qual razão as forças policiais sediadas em Mossoró obedeciam ao comando do oficial Abdon Nunes, e, não, ao Tenente Laurentino de Morais[9]? 

Vigésima-terceira: por qual razão o laudo cadavérico de Jararaca foi assinado na tarde do dia 18 de junho, antes de sua morte[10]?De onde partiu a ordem para sua morte? Por qual razão o Juiz Eufrázio Mário de Oliveira não determinou que fosse aberto um processo-crime pela morte de Jararaca? Por qual razão o Promotor de Justiça Abel Coelho não apresentou Denúncia[11] quanto ao crime?

Continua... 

PARA ENTENDER O QUÊ SE EXPÕE AQUI, É CONVENIENTE LER OS TEXTOS ANTERIORES POSTADOS EM

www.honoriodemedeiros.blogspot.com 
PROCURE Cangaço, DENTRE OS Marcadores, E LEIA TUDO QUANTO FOI ESCRITO ACERCA DO TEMA.

[1] Tilon Gurgel do Amaral era irmão do memorialista, agropecuarista e pecuarista Antônio Gurgel, autor das célebres memórias do cativeiro ao qual o submeteu Lampião quando atacou Mossoró. “Nasceu no sítio Brejo, antes pertencente a Apodi, hoje município de Felipe Guerra, a 7 de janeiro de 1881. Faleceu em 22 de junho de 1968, sendo sepultado no dia seguinte em Felipe Guerra, cidade do seu nascimento” (“NAS GARRAS DE LAMPIÃO”; GURGEL, Antônio; BRITO, Raimundo Soares de; Coleção Mossoroense; Série “C”; v. 1.513; 2ª edição; Mossoró).

[2] Conforme comentário do próprio Antônio Gurgel em seu famoso diário do fato (ver “NAS GARRAS DE LAMPIÃO”; GURGEL, Antônio; BRITO, Raimundo Soares de; Coleção Mossoroense; Série “C”; v. 1.513; 2ª edição; Mossoró).

[3] Acerca de Décio Holanda, informa o escritor Marcos Pinto: “Prezado AMIGO HONÓRIO. Saúde e fraternidade. Estive conversando ontem com um filho de Tilon Gurgel por apelido caboclo, ocasião em que o interroguei acerca do lugar onde o cunhado dele DÉCIO HOLANDA residia quando faleceu.  Segundo o mesmo, o pai Tilon esteve visitando-o na cidade de Araguarí, na década de 40, em Minas Gerais, onde o Décio era próspero fazendeiro.  Afirmou o caboclo que o Décio está sepultado nesta cidade Araguari.  Sugiro que o amigo envide meios no sentido de conseguir uma segunda via do óbito do Décio, observando, todavia, que  o  mesmo  tinha  três  nomes:  DÉCIO  SEBASTIÃO DE ALBUQUERQUE,  DÉCIO  HOLANDA  DE  ALBUQUERQUE  e  DÉCIO  ALBUQUERQUE DE  HOLANDA. Qualquer notícia inédita a enviarei pra Vosmincê. Afetuoso abraço, Marcos Pinto”.

[4] Quanto a essa fotografia, postada em meu livro “MASSILON” como sendo de Zé Leite, pai de Pinga-Fogo e de Massilon, recebi um e-mail do Professor e estudioso José Tavares de Araújo Neto, de Pombal, Paraíba, nos seguintes termos: “Prezado Professor Honório. Acuso o recebimento do livro, o qual ja entreguei nesta tarde ao Sr. Valdecir. Ele ficou radiante de alegria e pediu para eu retransmiti-lo os seus sinceros agradecimentos. Quanto à fotografia, ele disse que tinha 100% de certeza que Pinga Fogo é o senhor mais idoso que encontra-se a direita. Disse que a moça é filha de pinga fogo e chama-se Mista, mas não tem certeza se o senhor do centro é seu esposo ou irmão. Mas segundo Valdecir o certo é que Mista é sua prima, filha de seu tio Pinga Fogo. No Maranhão Pinga Fogo contituiu uma familia de 10 filhos, entre homens e mulheres. Valdecir disse que esta fotografia foi trazida do Maranhão  pelo seu tio Anezio e distribuida com os parentes mais proximos aqui na Paraiba e sua mãe ganhou uma dessa fotos! Sem mais para o momento, agradeço a atenção!”.

[5] Artigo de Lauro da Escócia, “Ataque de Lampião”, em “MOSSORÓ E O CANGAÇO”, SBEC, vol. V; Fundação Vingt-Un Rosado; Coleção Mossoroense; série “C”; volume 950; 1997; Mossoró, RN.

[6] Raimundo Nonato, “LAMPIÃO EM MOSSORÓ”.

[7] “MOSSORÓ E O CANGAÇO”, SBEC, vol. V; Fundação Vingt-Un Rosado; Coleção Mossoroense; série “C”; volume 950; 1997; Mossoró, RN.

[8] “LAMPIÃO E O RIO GRANDE DO NORTE”.

[9] Em 9 de janeiro de 2012 recebi, como comentário a texto postado em meu blogwww.honoriodemedeiros.blogspot.com, a seguinte contribuição do Coronel Ângelo Dantas, autor de “Cronologia da Polícia Militar do Rio Grande do Norte”: “Amigo Honório: Sobre mais esse excelente artigo seu, desejo fazer alguns comentários. Por enquanto farei apenas um: Em relação à observação de nº 14 - quem dava as ordens era Laurentino ou Abdon Nunes. Esclareço o seguinte: O delegado e comandante da fração de tropa em Mossoró (em junho de 1927) realmente era o SEGUNDO (2º) TENENTE Laurentino Ferreira de Morais. O PRIMEIRO (1º) TENENTE Abdon Nunes de Carvalho estava ali apenas como reforço - tinha ido de Angicos para lá. Em razão de uma das pilastras básicas da vida militar (HIERARQUIA), necessariamente o PRIMEIRO tenente Abdon Nunes passou a ter SUPERIORIDADE sobre o SEGUNDO tenente Laurentino. Salvo engano tinha um outro 2º tenente empenhado na mesma operação. Assim, realmente quando Abdon Nunes chegou a Mossoró ele assumiu o comando militar local, por força do imperativo hierarquico reinante. Mas de fato e de direito a autoridade de policia judiciária continuou sendo o 2º tenente Laurentino Ferreira de Morais (pai do tenente coronel médico Leide Morais - já falecido, e avô do capitão médico da reserva não remunerada Kleber de Melo Morais - atual diretor da maternidade Januário Cicco). Hoje em dia os postos dos oficiais da PM são representadas por estrelas nos uniformes. Naquele tempo de Lampião as insignias eram representadas pelo chamado "Laço Hungaro". Particularmente eu acho muito mais bonito o laço. Espero ter contribuído de alguma forma. Grande abraço. Angelo Mário.”

[10] Sérgio Dantas, “LAMPIÃO E O RIO GRANDE DO NORTE”.

[11] Sérgio Dantas me lembrou, por e-mail, que Raimundo Soares de Brito lhe dissera ter Vingt-Un Rosado, filho de Jerônimo Rosado, lhe informardo que os processos-crimes alusivos a esses crimes queimaram em um incêndio no Cartório local.  Não encontrei qualquer informação a esse respeito em lugar algum. Um interrogatório realizado em Mossoró, com Bronzeado, a mando da justiça de Pau dos Ferros, aparece isolado, fazendo parte do processo-crime lá instaurado. Claro que se houve esse incêndio, e não há registro de tal, nada impediria que os autos fossem refeitos e os responsáveis julgados. 

Biografia do autor:

(*) Mestre em Direito; Professor de Filosofia do Direito da Universidade Potiguar (Unp); Assessor Jurídico do Estado do Rio Grande do Norte; Advogado (Direito Público); Ensaísta.



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