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Jackson do
Pandeiro nome artístico de José Gomes Filho (Alagoa
Grande, em 31 de agosto de 1919 – Brasília, 10 de
julho de 1982).
Foi um cantor e compositor de forró e samba brasileiro,
assim como de seus diversos subgêneros, a citar:
baião, xote, xaxado, coco, arrastapé, quadrilha, marcha, dentre outros. Também conhecido
como O Rei do Ritmo.[1]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Paraibano
de Alagoa Grande, Jackson nasceu em 31 de agosto de
1919, no Engenho Tanques, com o nome de José Gomes Filho. Ele era filho de uma
cantadora de coco, Flora Mourão. Através dela Jackson começou a tomar gosto
pelo ritmo como tocador de zabumba. Após a morte do pai, José Gomes, no início
dos anos 30, a família decide mudar-se para Campina Grande. A pé, Flora e três
filhos. José (Jackson), Severina e João, vão tentar uma nova vida, após quatro
dias de viagem.
Em Campina
Grande, Jackson trabalhou como engraxate, ajudante de padaria etc., nas feiras
conviveu com artistas populares, como coquistas e violeiros. Seu nome artístico
originou-se das brincadeiras de criança, ainda em Alagoa Grande, dos filmes de
faroeste, no tempo do cinema mudo, onde se autodenominava Jack, inspirado
em Jack Perry, artista dos referidos filmes. O apelido pegou, e em Campina
Grande, após iniciar como pandeirista ficou conhecido como Jack do Pandeiro, e
passando a acompanhar artistas da terra. Mudou-se para João Pessoa nos anos 40
e continuou sua vida de músico tocando em boates e cabarés, sendo, logo a
seguir contratado pela Rádio Tabajara para atuar na orquestra daquela emissora,
sob a batuta do maestro Nozinho. Quando o maestro Nozinho foi contratado para a
Rádio Jornal Comércio-Recife, levou alguns membros da orquestra Tabajara, entre
eles Jackson do Pandeiro. Portanto Jackson já chegou em Recife formado no mundo
dos ritmos, pois em Campina Grande e João Pessoa entre os anos 30 e 48 passou
por zabumba, bateria, bongô, até chegar profissionalmente ao pandeiro. [2]
Seu nome
artístico nasceu de um apelido que ele mesmo se dava: Jack, inspirado em um
mocinho de filmes
de faroeste, Jack Perry.[3] A
transformação para Jackson foi uma sugestão de um diretor de programa de rádio.
Dizia que ficaria mais sonoro e causaria mais efeito quando fosse ser
anunciado.
Somente em
1953, com trinta e cinco anos, Jackson gravou o seu primeiro grande sucesso:
"Sebastiana", de Rosil
Cavalcanti. Logo depois, emplacou outro grande hit: "Forró em
Limoeiro", rojão composto por Edgar Ferreira.
Foi na rádio
pernambucana que ele conheceu Almira Castilho de Albuquerque,[1] com
quem se casou em 1956, vivendo com ela até 1967. Depois de doze anos de
convivência, Jackson e Almira se separaram e ele se casou com a baiana Neuza
Flores dos Anjos, com quem viveu até seus últimos dias de vida.
No Rio de Janeiro, já trabalhando na Rádio
Nacional, Jackson alcançou grande sucesso com "O Canto da Ema",
"Chiclete com Banana" e "Um a
Um". Os críticos ficavam abismados com a facilidade de Jackson em cantar
os mais diversos gêneros musicais: baião, coco, samba-coco,
rojão, além de marchinhas de carnaval.
O fato de ter
tocado tanto tempo no Casino Eldorado aprimorou
sua capacidade jazzística.
Também é famosa a sua maneira de dividir a música, e
diz-se que o próprio João
Gilberto aprendeu a dividir com ele. [4] Muitos
o consideram o maior ritmista da história da Música Popular Brasileira e, ao lado
de Luiz Gonzaga, foi um dos principais responsáveis pela
nacionalização de canções nascidas entre o povo nordestino. Sua discografia
compreende mais de 30 álbuns lançados no formato LP. Desde sua primeira
gravação, "Forró em Limoeiro", em 1953, até o último álbum, "Isso é que é Forró!", de 1981, foram 29
anos de carreira artística, tendo passado por inúmeras gravadoras.
Morte[editar | editar código-fonte]
Durante
excursão empreendida pelo país, Jackson do Pandeiro que era diabético desde os
anos 60, morreu aos 62 anos, em 10 de julho de 1982, na cidade de Brasília,
em decorrência de complicações de embolia
pulmonar e cerebral.
Ele tinha participado de um show na cidade uma semana antes e no dia seguinte
passou mal no aeroporto antes de embarcar para o Rio de Janeiro. Ele ficou
internado na Casa de Saúde Santa Lúcia. Foi enterrado em 11 de julho de 1982
no Cemitério do Cajú, na cidade do Rio de Janeiro, com a presença de músicos e
compositores populares, sem a presença de nenhum medalhão da MPB. Hoje seus restos
mortais se encontram na sua terra natal (Alagoa Grande) localizado não no
cemitério local, mas sim em um memorial preparado em sua homenagem pelo povo
alagoagrandense.
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Na minha
opinião existem duas escolas de canto no Brasil: a de João Gilberto e a de
Jackson do Pandeiro.
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