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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

LIVROS DO ESCRITOR LUIZ RUBEN BONFIM Autor Luiz Ruben Bonfim

Autor Luiz Ruben Bonfim

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Valor: R$ 40,00 Reais
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graf.tech@yahoo.com.br 
Luiz Ruben F. de A. Bonfim
Economista e Turismólogo
Pesquisador do Cangaço e Ferrovia

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LAMPIÃO E O CANGAÇO NA HISTORIOGRAFIA DE SERGIPE

Autor Archimedes Marques

Esta obra foi escrita pelo pesquisador do cangaço Dr. Archimedes Marques e se você, leitor, deseja adquiri-la, entre em contato com o autor através deste e-mail: archimedes-marques@bol.com.br

Dr Archimedes Marques também é o autor do livro: 

"Lampião Contra o Mata Sete"

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BR-316: FINALMENTE A CONSOLIDAÇÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 22 de janeiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.828

Finalmente o Alto Sertão entra numa festa esperada durante mais de 40 anos. Demagogias sucessivas e vitórias para muitos mentirosos povoaram as cabeças da população sertaneja de alma simples e muita crença. Mas o próprio homem do semiárido sempre afirmou diante das dificuldades que “tudo tem o seu dia”. E foi montado no ditado popular dos mais velhos que a rodovia BR-316 sacudiu, literalmente, a poeira e os catabios dessa eternidade de 40 anos. Assim a BR-316 desenterra a cabeça de burro fincada entre o entroncamento do povoado Carié (Alagoas) e a cidade de Inajá (Pernambuco) com cerca de 47 quilômetros de sofrimentos. Chamada por nós de “Estrada de Lampião”, por ser a escolhida pelo bandido para entrar em Alagoas vindo do estado vizinho, era margeada de bela e exuberante vegetação de caatinga.

FOTO: (ALBERTO RUI/ASCON).

Retomada às obras após recesso de fim de ano, apenas 03 quilômetros faltam para o término da obra que terá sete pontes com acostamentos e passeios de pedestres. É bom saber que os danos ao meio ambiente também estão sendo acompanhados para proteger o bioma tão massacrado durante décadas quando muitas espécies vegetais e animais desapareceram. A BR-316 em Alagoas, é uma longa rodovia federal que corta o estado no sentido Leste-Oeste, desde Maceió até a ponte sobre o rio Moxotó que separa os dois estados e deságua no São Francisco. O extremo oeste-norte de Alagoas é bastante seco tendo até fatia com clima desértico. Para quem quer conhecer uma beleza agreste diferente, é bastante trafegar pela BR-316 com espírito aventureiro e desbravador.
Além do escoamento da produção sertaneja, facilidade em alcançar os maiores centros e comunicações diárias com as demais cidades, a BR irá ajudar também os grandes eventos religiosos ou não há muito consolidados que motivam ampla mobilidade populacional. Como o turismo está em alta, o Sertão tem muito a oferecer como os cânions do São Francisco, histórias de cangaceiros, artes e arquiteturas sacras, festas de padroeiros e acontecimentos diversos ligados à Economia de cada município.

A conclusão da BR-316 é uma vitória alagoana sem par. E se tudo tem o seu dia, teve o dia também da “Estrada de Lampião”.


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A DOR DA MÃE-DA-LUA

Rangel Alves da Costa

Noite alta, escura demais, tristonha nas suas sombras retintas. As folhagens murmurejantes pela ventania, galhos zunindo nos escondidos da mata. Quase um silêncio. Quase.
No meio da mata, na incerta escuridão, um canto chorado e agonizante. Os lobos uivam suas tristezas e solidões noturnas. Os bichos lamentam seus instantes com gritos, brados e urros. Mas aquele choro agonizante era estranho demais.
Era uma mãe-da-lua, ave temida pelo seu canto agourento ou pelo mau pressentimento causado pela sua presença, mas que naquela escuridão chorava sua dor. Ninguém fugia de seu canto, ninguém temia sua presença, pois ela, afastada de tudo, apenas chorava.
Urutau, por que chora assim? Ayaymama, por que tanta dor? Uruvati, por que lamento tão triste? Kúa-kúa, por que tão incessante tristeza? Urutágua, por que o seu cantar chora como dilacerada viuvez? Tudo teu nome, mãe-da-lua, mas com o mesmo motivo de sofrimento.
Diz a lenda que a mãe-da-lua é a ave protetora da virgindade. A mãe que quiser manter a filha virgem deverá recolher suas penas e com elas fazer uma vassoura para varrer por onde a sua virgem for passar. Estará livre dos ataques enamorados antes da hora.
Ou mesmo fazer um adorno para que a filha use e assim fique livre das tentações da carne. Sob a proteção das penas da mãe-da-lua, os clamores da carne e do coração se tornarão tão prudentes que nem o mais belo príncipe conseguirá antecipar os desejos do amor.
Assim fez uma mãe. Vivendo numa tribo, a filha dos nativos era tida como aquela nascida do beijo da lua. Não havia beleza igual. Por isso mesmo que os seus se esmeravam na proteção. Tudo faziam para que a bela virgem não caísse nas tentações amorosas.


A mãe preparou-lhe adornos com as penas da ave, fez colar e enfeites para os cabelos, de modo que a menina mais parecia um ser emplumado de inigualável beleza. Não obstante isso, a todo instante seu local de repouso era varrido com vassoura de penas.
Contudo, um dia apareceu na tribo um belo jovem e a menina se apaixonou. O rapaz ficou tão encantado que sequer sabia como expressar aquele repentino amor. Começaram a se encontrar às escondidas, mas logo o pai da menina descobriu.
Ao descobrir aquele indesejado romance, o pai logo planejou dar fim ao jovem. Esperou-o enquanto passasse na selva e levou a cabo seu funesto plano. E assim o jovem de repente sumiu aos olhos de todos. A menina, sem saber o que tinha acontecido, chorou rios de lágrimas imaginando haver sido abandonada.
Contudo, um dia, se querer ouviu o seu pai segredando à sua mãe o que tinha feito. Desesperada, porém não acreditando que ele havia morrido, ela correu e se embrenhou na floresta atrás de seu amado. Quando mais se distanciava mais gritava o seu nome. Mas nenhuma resposta aos seus rogos.
De repente ela ouviu uma voz e uma confissão. E a voz dizia: “Sou eu, seu amado, que não existo mais pelas mãos de seu pai. Mas saiba que eu te amarei para sempre”. Quase em tempo de enlouquecer, ela voltou correndo e entrou na sua morada já gritando: “Vou contar tudo o que você fez!”.
O pai, velho feiticeiro, no mesmo instante transformou-a numa ave. Mas não numa ave qualquer, mas sim numa ave noturna que não fosse reconhecida na escuridão. Não queria que o povo ficasse sabendo de sua maldição.
Contudo, a maldição não impediu que a voz da menina passasse à ave. Por isso mesmo que todas as noites ela surge para entoar o seu canto de dor, sua tristeza infinita. Por isso mesmo tanta dor na mãe-da-lua.
Não uma ave agourenta, mas um ser de dor transformado em dor ainda maior.

Escritor
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O AMOR INFELIZ DE MARIA BONITA

Por Freire Ribeiro
Imagem que vi por aí

Especialmente para o Correio de Aracaju

Há na vida — transitória jornada dos corações — mil motivos de amor.

Amor-sonho, amor-fé, amor-esperança, amor-caridade, amor-renúncia, amor-saudade, amor-luz, amor-treva.

Qual seria o amor de Maria Bonita?...

A ninguém é dado mergulhar nos misteriosos e profundos mares da ternura humana.

Flor selvagem e ardente — botão da caatinga —, Maria Bonita, como toda mulher, tinha coração e, como todo o coração, seu coração tinha amor.

Era talvez, dentro na existência tumultuosa e lendária do cangaceiro terrível, o amor de Maria Bonita uma luz mansa e pura — luz de alvorada festiva, transfeita num imenso e sangrento crepúsculo.

Jornais parisienses, folhas que circulam na velha Europa, poetizam a finalidade trágica da sua vida, aureolando-a como se fora Maria Bonita, mística apaixonada nos jardins de Verona.

Lampião foi feliz.

Mesmo com esse amor que muitas vezes modifica os temperamentos exacerbados, seu nome mergulhou num ocaso de sangue, de crimes terríveis, de misérias profundas.

Foi a fera danada, desumana: — foi, enfim, o que foi.

O destino — o imperador inevitável das almas, colocou uma mulher dentro no coração vermelho e ardente do cangaceiro, cloroformizado pelos fluidos mágicos do maior sentimento humano que é o amor.

Poetas não faltarão que recamem com rimas d’oiro o nome da sertaneja bravia.

Maria Bonita entrará para a história, não de rifle em punho e de punhal à cinta.

Ficará na lembrança redentora dos amorosos, perpetuada num oceano de beijos mornos e de afetos candentes.

Já não é tão má como fora.

E dentro em breve, muita gente há de ver, sertão afora, vagando nas solitárias noites enluaradas, por sobre a infinidade das caatingas do norte, o vulto radiante de Maria Bonita, contando pela voz eterna dos ventos nas manhãs de sol, nas tardes de violeta, ou nas noites de lua — noites caboclas do Brasil romântico a história dolorosa e sangrenta do seu amor infeliz.

08/08/1938

Material do acervo de Antonio Corrêa Sobrinho

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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FOTO INTERESSANTE E POUCO CONHECIDA..!...Ver, os detalhes..!

Por Voltaseca

FOTO INTERESSANTE E POUCO CONHECIDA..!...Ver, os detalhes..!

Nessa foto, abaixo, LAMPIÃO se apresenta, sem o chapéu, fumando e, fazendo pose para a câmera do árabe Benjamin Abrahão, em plena caatinga nordestina, provavelmente no ano de 1936.

Analise a respectiva película e, diga o que mais chama a sua atenção nessa foto/fotograma. Existe (m) um(s) detalhe(s), que poucas pessoas vão observá-lo(s).

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=785818291620147&set=gm.761775360698077&type=3&theater&ifg=1

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A CABEÇA DA CANGACEIRA MARIA BONITA..!


Como um troféu macabro dos vencedores do Combate de Angico, em que morreram Lampião, Maria e mais 09 cangaceiros, além do soldado Adrião, as CABEÇAS DOS CANGACEIROS abatidos, saíram da cidade de Piranhas-AL, num cortejo fúnebre, em cima de um caminhão e dentro de latas de querosene, percorrendo diversas cidades e lugarejos, até chegarem em Maceió-AL, dias depois do combate. Por onde passavam eram expostas e, atraíam multidões. Algumas delas chegaram ao seu destino, já em adiantado estado de putrefação, que não puderam ser analisadas pela perícia médico-legal à exceção das cabeças de Lampião e Maria, que estavam mais conservadas...

Abaixo, a cabeça da cangaceira MARIA BONITA, onde demonstra, mesmo depois de morta, a serenidade..Veja-se, abaixo, que a referida cabeça, ainda, conservava todos os traços fisionômicos da famosa cangaceira. Os fenômenos da putrefação, ainda, não se faziam totalmente presentes, na respectiva cabeça. A foto foi tirada em " PEDRA ", atual, cidade de Delmiro Gouveia, segundo o jornal " A Noite ", em edição de agosto de 1938.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=785814904953819&set=gm.761771097365170&type=3&theater&ifg=1

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MORRE MAIS UM GRANDE ARTISTA POPULAR... VALDEMAR DOS PÁSSAROS.

FOTO: T C M, MATÉRIA, FIM DA LINHA!!!


Valdemar dos Pássaros morreu aos 87 anos (Foto TCM HD)

O artista e um dos homens folclóricos de Mossoró, Valdemar Gomes da Silva, conhecido por "Valdemar dos Pássaros, 87 anos, foi encontrado morto em cima da cama no quarto da casa onde morava na comunidade de Vertentes, zona rural de Baraúna. na manhã de hoje, segunda feira 22 de janeiro de 2018. 

Valdemar dos pássaros, ganhou notoriedade em Mossoró e porque não dizer no Brasil a partir de participação em programas de Televisão, como Silvio Santos (SBT) e Domingão do Faustão (TV GLOBO), imitando pássaros. 

ultimamente Valdemar dos Pássaros, morava com uma família na Comunidade rural de Vertentes, no município de Baraúna, a 16 Km de Mossoró. 

Segundo informações Valdemar teve morte natural. O corpo está sendo velado na comunidade onde morava e será enterrado ás 16: Hs de hoje na cidade de Baraúna/RN.

https://www.facebook.com/ - Página do poeta José Ribamar Alves

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LAMPIÃO E, O CEL. ARISTIDES..!



Itiúba cercada de muitas serras, já tinha uma defesa natural o cel. chefe político Aristides Simões de Freitas, influente chefe político mantinha uma grande resistência armada. Na fazenda desterro o cel. mandou José Ferreira Martins junto com mais quatro vaqueiros, ferrar o gado. Estavam reunidos quando um gritou: " Olha lá, é Lampião". José Ferreira ficou petrificado, os quatro vaqueiros correram. 

Lampião perguntou: 

- Quem são os covardes que vão correndo? E quem é você, de quem é empregado, e o que está fazendo?

José Ferreira disse que era vaqueiro do cel. Aristides e que era um homem muito rico. 

Lampião disse: 

- Admirei de sua coragem, cabra, observo quem me olha sem tremer, você está convidado para me acompanhar, se não quiser, não insisto".

Lampião tirou um lápis e um papel do bornal e escreveu um bilhete humilhante ao coconel:

- Quero três contos de réis, pois não posso trabalhar, espero o Sr. não faltar, pois nunca bati em suas fazendas nem feri pessoas, aguardo urgente, Capitão Virgulino Ferreira, vulgo Lampião, sem mais, neste momento". 

Lampião entregou o bilhete e esperou.

Antonio entregou o bilhete ao coronel, o povoado ao saber do bilhete, começou uma debandada. O coronel Aristides distribuiu armas e munição aos seus homens, e afirmou decidido:

- Diga a Virgolino  se ele quiser dinheiro, que venha buscar em pessoa..."

Como o dinheiro não foi Antonio não voltou onde Lampião estava.

Lampião vai ao povoado e ao chegar e vendo a pequena cidade no meio de grandes serras, tendo na entrada um corredor entre serras, diz:

"o diabo é quem vai entrar aí, isso é uma arapuca"

Lampião se retirou prometendo voltar outro dia a Itiúba, não voltando mais:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=176518469619354&set=gm.903324563174153&type=3&theater&ifg=1

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O CAPITÃO LAMPIÃO VAI CHEGAR!

Por José Mendes Pereira

O lugarejo todo já tinha sido informado que o sanguinário e perverso Virgolino Ferreira da Silva o capitão Lampião estava para chegar. O cangaceiro não tinha dó de ninguém, e cada indivíduo, tomasse um lugarzinho para se proteger dos absurdos que ele praticava. Intimidava o sujeito só com um grito. Enfiava seu punhal com mais de 80 centímetros pela clavícula do marcado para morrer, rasgando todo o intestino, e atirava sem escolher quem, só para ver a queda do infeliz.

O vigário da pequena capela do vilarejo celebrava a missa, mas não temia a sua chegada, porque Lampião não batia e nem matava padre. O seu medo, era que, além de bater nos fiéis da igrejinha, ele poderia levar todo o dinheiro que arrecadara no momento da missa.

O dono de uma pequeninha lanchonete precisava se ausentar do seu comércio, e ao sair, disse ao seu empregado:

- Eu tenho que resolver algumas coisas na feira, e talvez eu não volte mais hoje. Se você ouvir falar que o capitão Lampião está no lugarejo, dê por encerrado o movimento de fregueses. Cuida logo de baixar as portas, e não se demore, faça fiapo em busca de casa. O capitão Lampião não tem nem um tico de dó de ninguém, e o melhor mesmo é prevenir, para não passar por vexames. O que a gente sabe o que ele faz por aí, não evitará de fazer também aqui no nosso vilarejo.

- Sim senhor! - Respondeu o empregado.

Mas assim que o dono da lanchonete saiu, infelizmente, chegou pelas laterais da lanchonete um homenzarrão usando chapéu de couro, um facão, uma espingarda e um enorme bornal. O suposto cangaceiro parecia o "king Kong", barbudo, braços grossos, de voz assustadora. Chegara montando numa égua brava. Mas ela parecia temê-lo, e ficou quietinha em seu lugar. Nem precisou ser amarrada. E foi aquela correria. Mulheres, meninos, e até os homens estavam nervosos.

E alguém que já corria pelas avenidas com medo, desesperadamente, gritava:

- Pelo amor de Deus, gente, corra que o capitão Lampião já está no nosso vilarejo! E traz nas mãos, um facão, uma espingarda e um enorme bornal cheio de balas.

Um velho sapateiro que cochilava em uma espreguiçadeira de frente à rua, ao ver o suposto capitão Lampião, ficou morrendo de medo, e ao se levantar, caiu lá embaixo da calçada. E assim que ficou em pé, tentou correr, mas caiu desmaiado.

Um comerciante ambulante que vendia miudezas em uma bicicleta, ao correr, perdeu todas suas bugigangas, restando-lhe apenas em seu poder, a bicicleta, que logo cuidou de montar, e, rapidamente, mesmo desajeitado, entrou de mata adentro pedalando.

Os homens do vilarejo não esperaram por nada, e não quiseram saber nem um pouco do capitão Lampião, entraram de mata adentro.

O dono de um barzinho de pinga, no alvoroço, querendo se salvar das enormes mãos do cangaceiro, enrolou-se a uma cadeira ginga-ginga, e foi ao chão. E ao levantar a vista, viu o valentão entrando com seus passos longos e desajeitados, e foi logo de encontro a ele, gritando com um assustador vozeirão:

- Me dá uma cachaça aí logo, sua peste!

E lá se veio o homem correndo com a garrafa de cachaça nas mãos. Caso demorasse a servi-lo, poderia pagar caso para ele.

O capitão Lampião não esperou que o empregado abrisse a garrafa. Arrebatou-a das suas mãos, quebrou o gargalho sobre o balcão, e bebeu tudo de uma vez só, nem ligou para pedaços de vidro.

O comerciante já havia dito a Deus que iria devolver o seu espírito, pois diante daquele homenzarrão, já sabia qual seria o seu caminho.

- O senhor quer outra! - perguntou o empregado procurando agradá-lo, já se desmanchando em urina e outras coisas estranhas.

- Não, peste! A que eu tomei já é o suficiente! – Dizia ele com a cara de mal.

O cangaceiro saiu do bar, cuspiu fortemente, pigarreou, pôs uma enorme marca de fumo na boca, sempre observando o espaço prum lado e pro outro, montou-se na sua égua brava, e antes de sair, o comerciante perguntou-lhe:

- O senhor é Virgolino Ferreira da Silva o capitão Lampião?

- Por que sua peste me pergunta isto?

- É porque nos jornais de hoje publicaram que o capitão Lampião já entrou no lugarejo, e com certeza, irá decepar muitas cabeças de quem é morador daqui. Peste ruim, ele não deixa um vivo, degola todos! E vem com uma grande quantidade de marginais...

- O que me diz? - perguntou ele com espanto.

- Sim senhor...!

- Eu quero lá saber do capitão Lampião! Deus me livre eu encontrar com aquela peste! Deus me livre!

E sem mais demora o suposto capitão Lampião esporeou a sua égua, e saiu rapidamente do lugarejo, com medo do capitão Lampião. Ao sair do bar, esqueceu de levar o bornal. Verificado o que carregava dentro dele, estava cheio de rolinhas, avoantes, asas-brancas, preás, Inhambus, papagaios,...

O homenzarrão era apenas um veterano caçador, e não fazia mal a ninguém, só tinha tamanho e avantajado corpo. Medroso ao extremo.

"Não usa este material como sendo da literatura lampiônica".

Minhas simples histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro. 

ALERTA AO LEITOR E LEITORA!

Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas, desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional, você poderá ser vítima. As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão. Você pode não conduzir arma, mas o outro, poderá ter uma maldita matadora, e ele poderá não perdoa a sua ignorância.

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