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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

PRESENTE DE NATAL

Por Rangel Alves da Costa*

O período natalino sempre chega envolto a múltiplas simbologias. Além do nascimento do menino na humildade da manjedoura, também o renascimento das esperanças. Uma época de reflexões, de entristecimentos e alegrias, de reencontros e revivências. Uma época em que os sentimentos são mais aflorados, as recordações ressurgem com mais pujança e as promessas aliviam as angústias pelo não realizado.

Certamente um momento diferente na vida de cada pessoa. Dificilmente um ser humano que não se sinta, um pouco mais ou um pouco menos, sensibilizado pelo clima próprio do período natalino. As luzes, os enfeites, as canções e as expectativas de confraternização, além do reencontro com o sentido da fé e da religiosidade, tudo isso reflete no íntimo do indivíduo e quase sempre o torna mais humano, compreensivo e afetuoso.

Mesmo que o Natal de agora vá sendo vivenciado de modo muito diferente de outros tempos, algumas características próprias desse momento continuam sendo observadas. Diminuiu-se a significação religiosa advinda com a data, bem como seu sentido de nascimento e renascimento da vida, mas o seu costume de confraternização continua, mesmo que também em menor importância. Talvez muito mais pelo desejo de se distanciar dos dias passados e reencontrar esperanças no ano vindouro.

Mas os tempos estão difíceis e confraternizar implica em participar, em compartilhar, em doar e receber. No mundo consumista como o atual, confraternizar não se satisfaz com um abraço, com um reencontro, com sinceros desejos de paz, saúde, felicidade. Requer muito mais. Sempre implica em muitos gastos, indo desde a ceia aos presentes. Mesmo o bolso vazio e as contas em atraso, não há como deixar de sentir necessidade de comprar um presentinho ou outro. E sempre surge uma lista imensa de pessoas que merecem ser recordadas neste período do ano.

Ao pensar em presentes, em roupas, joias, perfumes, tecnologias e tudo o mais, a pessoa sempre imagina a outra pessoa se ajustando ao número, a forma ou a cor. E assim porque as relações materialistas impedem pensar diferente. Dificilmente alguém pensa em fazer diferente, em, por exemplo, presentear sem objeto de uso pessoal. Presentear o amigo com uma muda de planta, com uma flor e não com um buquê, um saquinho com sementes de árvores frutíferas, com uma fruta colhida no quintal. Não faz assim porque o modismo irrompe como a negação dos sentimentos. Daí a certeza que a pessoa presenteada irá gostar de um perfume e não de um Salmo escrito à mão.


Nesta perspectiva materialista, ou de puro capitalismo, as coisas simples e singelas acabam perdendo significação. Na verdade, ou se atende às expectativas do presenteado - que sempre deseja algum modismo utilizável - ou se corre o risco de se arrepender por ter imaginado que a pessoa se sentiria feliz com um poema escrito numa folha seca. A pessoa até recebe, abraça, diz que está muito feliz pela lembrança, mas por dentro maldiz aquela infeliz ideia. Ora, queria um smartphone de última geração.

Ainda assim, qual o melhor presente de natal? Eis uma pergunta recorrente nesta época do ano. Todos desejam presentear e ganhar presentes. Mais do que em qualquer outro instante, o final de ano aumenta o desejo de ter e compartilhar um pouco mais de alegria. E um presente, ainda que singela lembrancinha, sempre é recordado como síntese de reconhecimento e amizade. Mas qual o melhor presente?

Depende de quem vai receber ou da intencionalidade daquele que deseja presentear. O mundo certamente amaria ser lembrado com um buquê de paz, de fraternidade, de afeto entre os povos. A vida certamente se encantaria com uma prenda adornada de respeito, de conscientização, de senso de preservação humana e ambiental. O planeta agradeceria o respeito às florestas, às nascentes e aos leitos dos rios, mares e oceanos. A existência humana se sensibilizaria em ser presenteada com menos violência, menos sangue jorrando, menos mortes.

Como caindo dos céus, verdadeira dádiva divina, o sertão nordestino se encheria de alegria com menos estiagens, com menos sofrimento causado pela terra seca e a panela vazia, com menos angústia pela moringa sem água e sem submissão às humilhantes esmolas. E o sertanejo, cuja humildade o torna grato por qualquer atenção, se encheria de orgulho e prazer acaso fosse presenteado com o devido respeito pelas autoridades públicas. Não deseja receber além do que humanamente lhe é devido desde os tempos mais antigos.

Pelo mundo afora, onde crianças e velhos continuam morrendo sedentos e famintos, não haveria presente melhor que o pão do hoje e do amanhã, e, mais que isso, a contínua resolução de problemas que secularmente afligem tribos, comunidades e nações inteiras. Os meninos de rua desejariam receber a rua como caminho e não como cama e travesseiro. Os moradores de barracos de lata e papelão demonstrariam um contentamento infindo acaso recebem mais que esmolas e promessas: o direito à dignidade, e esta com moradia e emprego.

Aquele que está no leito hospitalar ou na solidão de seu quarto, sempre sente uma simples visita como o melhor presente do mundo. E tudo precisa de prece e de oração. Uma invocação pelo homem e pela vida. Eis a mais bela flor que pode receber a humanidade. E ela precisa demais de um presente assim neste Natal.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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CONVITE - PARQUE CULTURAL REALIZA FESTA EM HOMENAGEM AOS 103 ANOS DO GONZAGÃO


A Diretoria do Parque Cultural “O Rei do Baião”, da Comunidade São Francisco, São João do Rio do Peixe-PB, tem a subida honra de convidar para participar das comemorações dos 103 ANOS DE NASCIMENTO DE LUIZ GONZAGA, no dia 17 de dezembro – 2015.
PROGRAMAÇÃO OFICIAL
Dia 17 de dezembro de 2015:
18h00 – Sessão Solene da Câmara de Vereadores, no Parque Cultural “O Rei do Baião”, para a entrega dos Títulos de Cidadania aos senhores:
 Juiz de Direito Onaldo Rocha Queiroga, produtores culturais Kydelmir Dantas e Júnior José Vieira, e sanfoneiro João Januário Maciel (Joquinha Gonzaga), sobrinho de Luiz Gonzaga;
21h00 – Lançamento do livro “O Encontro dos Parques”;
22h00 – Festa dançante com a Banda Bole-Bole.

Francisco Alves Cardoso
Presidente do Parque Cultural “O Rei do Baião”


Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero de Araújo Cardoso

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SEU VENÍCIO PERREIRA NEVES ESTÁ COMPLETANDO 91 ANOS DE IDADE

Por Venício Feitosa Neves

Já escrevi sobre muitos antepassados, porém o dia de hoje, representa um momento aguardado por muitos anos, o aniversário de 91 anos de idade do grande Patriarca 

Venício Pereira Neves

VENÍCIO PEREIRA NEVES, nascido no dia 10 de dezembro de 1924, na Cidade de Belmonte-PE, filho de Crispim Pereira de Araújo (Ioiô Maroto) e Dona Generosa Neves Pereira, chegou aos Inhamuns (Cococi) no ano de 1928. 

Segundo Valdenor Neves Feitosa, neto de Crispim Pereira de Araújo, o Ioiô Maroto, quem está a direita de seu avô é Raimundo Neves Pereira, nascido em 12 de setembro de 1935, em Parambu-CE, conhecido como “Edmundo” e filho de Ioiô. Sentado no seu colo está o seu neto Dario, e à a sua esquerda se encontra a sua filha caçula, Francisca Neves Pereira. Esta foto foi tirada, na década de 40, do século XX, na fazenda Malhada, Município de Parambu, nos sertões dos Inhamuns, Estado do Ceará, próximo a fronteira com o Piauí. Agradeço a Valdenor Neves Feitosa pela informação e a Ivanildo Silveira pela foto.- http://tokdehistoria.wordpress.com/

Esse patriarca é um grande orgulho de nossa grandiosa família, sua vida sempre foi pautada de respeito, moralidade e bons costumes. Parabéns Meu pai, tenho a honra de herdar o seu nome. Felicidades! Um grande Abraço. Weide Guedes Neves, Sean Guedes, Júlia Guedes Feitosa Neves.

Autorizado pelo autor Venício Feitosa Neves filho do aniversariante Venício Pereira Neves

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"VISITAÇÕES" DO BANDO DE LAMPIÃO OU PARTE DESTE, NOS LUGARES A CAMINHO DE MOSSORÓ

Por Geziel Moura

A sequência que propus, até agora, das "visitações" do bando de Lampião ou parte deste, nos lugares a caminho de Mossoró foram os seguintes: Canto do Feijão, Fazenda Baixio, Fazenda Nova, Fazenda Bom Jardim, Fazenda Aroeiras, Sítio Panati. Esclareço, que esta rota, embora aparenta ser linear, não se deu, necessariamente, dessa forma, na medida em que, poderia ocorrer incursões, dos cangaceiros, em outros lugares, estou tentando estabelecer uma sequência lógica, dos principais pontos, em função dos livros e dos locais em que estive, perseguindo, ainda, narrativa pouco maçante, de acordo com os padrões "facebookianos".


Feito os esclarecimentos, necessários, continuemos com a saga...Após deixar o Sítio Panati, a cabroeira atacou o vizinho sítio Cajueiro, realizando o de sempre, roubos e ameaças, infelizmente, tal sítio, não existe mais.

Foto 1: Aspecto atual do Sítio Caiçara. - Todas fotos foram flagradas por Geziel Moura

Em ato contínuo, eles alcançaram a Fazenda Caiçara de Francisco Tomaz de Aquino, prenderam sua esposa e levaram, joias, medalhas, roupas e arreios. Lampião estava cismado, com a presença de militares, na Vila Vitória, próxima ao sítio, e o cego estava certíssimo em sua intuição, pois chegara na vila a tropa do Ten. Napoleão de Carvalho Agra, que sem mais delongas, realizou alistamentos de voluntários que desejassem incorporar a tropa da Polícia Militar do RN.

Foto 2 e 3: Lugar do combate, ao longo deste açude (não existia) e do sopé da serra. - Todas fotos foram flagradas por Geziel Moura

Voltemos um pouco no tempo, pois este movimento na Vila Vitória, se deu quando os cangaceiros estavam, ainda, na Fazenda Aroeiras, sendo a ideia original atacá-los por lá, só que o ilustre comandante precisava de caminhões para transportar, e aguardava tal veículo para a missão. A saída foi delegar ao cabo, do destacamento da Vila, João Porfírio da Silva, o início da tarefa com parte dos homens, enquanto ele aguardaria o caminhão (esperto não?), o cabo contrariado alertou: "Vocês vão, mas se toparem com Lampião vocês correm e não briguem", ironicamente o soldado José Monteiro de Matos pensava alto: " Eu morro, mas não corro".

Foto 2 e 3: Lugar do combate, ao longo deste açude (não existia) e do sopé da serra. - Todas fotos foram flagradas por Geziel Moura

O alívio foi geral com a chegada dos caminhões, com o resto da tropa, uma hora depois, da saída do primeiro grupo, em Aroeiras.

Foto 4 e 5; Monumento erigido, em memória do soldado José Monteiro da Matos, morto no combate de Caiçara. - Todas fotos foram flagradas por Geziel Moura

Os cangaceiros não estavam distante, de fato, a Fazenda Aroeiras fica perto da Caiçara, local onde ocorreu o encontro e o grande combate, a fuzilaria foi grande, os cangaceiros mais municiados levaram vantagens, culminando na retirada aloprada da polícia, por baixo de chumbo.

Foto 4 e 5; Monumento erigido, em memória do soldado José Monteiro da Matos, morto no combate de Caiçara. - Todas fotos foram flagradas por Geziel Moura

Após a fuga, começaram a busca na "área de guerra", da parte dos cangaceiros foi morto Patrício de Souza, o Azulão e muito ferido o jovem cangaceiro "Cordeiro", mais adiante, encontraram agonizando, o soldado Monteiro, o mesmo da promessa de não correr, Coqueiro, tomou-lhe o fuzil, disparou várias vezes e arrematou com diversas punhaladas, além de coices de armas que lhe afundou o crânio. Assim, cumpriu o soldado José Monteiro de Matos, sua promessa.

Fonte: facebook
Página: Geziel Moura OFÍCIO DAS ESPINGARDAS

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS PROMOVE COLÓQUIO SOBRE QUESTÕES ÉTNICAS NO NORDESTE


O Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB), vinculado ao Departamento de Ciências Sociais e Políticas (DCSP), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) promovem na cidade de Mossoró o 7º Colóquio sobre Questões Éticas no Nordeste Brasileiros, que tem como tema central “(Re)produção e Expressão de Preconceitos e Discriminação Étnico-Racial nos Meios Midiáticos.” O evento teve a sua abertura na noite da segunda-feira (07/12) com as palestras do Prof. Emanuel Freitas (UFERSA) e Prof. Pedro Henrique Filgueira (UFRN), que dissertaram sobre o tema principal para a plateia no auditório da FAFIC, Campus Central.

A Profa. Ana Maria Moraes, uma das coordenadoras do evento, disse que essa discussão sobre a temática do preconceito racial já vem sendo discutida há alguns anos, tendo em vista que esta é a sétima edição do colóquio promovido pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, que envolve a questão de preconceito já teve algum avanço no Brasil. Ana Moraes disse que a atual edição vem discutindo a questão da produção e reprodução das questões do preconceito na mídia.

Segundo a professora, a presença do negro na mídia, especialmente na televisão, apresenta sempre a sua subalternidade na representação de motorista, porteiros, garçons, empregadas do lar e outros papéis sociais sempre sem a importância do protagonismo. Ela disse que o combate ao preconceito reproduzido através de subterfúgios deve ser combatido nas discussões de forma clara e aberta na educação e falou da Lei 10.639/03, que institucionalizou o estudo da cultura ético-racial, bem como a história da África, que até o momento foi totalmente implementada.

Ana Moraes disse que o Brasil passa por uma onda de conservadorismo muito grande que está impondo retrocessos e citou o exemplo de Mossoró, que chegou ao absurdo de proibir as questões de gêneros nas salas de aula através da aprovação de uma lei na Câmara Municipal. Ela disse que em outras cidades estão sendo reproduzidas as expressões colocadas no Plano Nacional de Educação, que apenas se limitou a falar em estudos das diversidades.

Programação – O Colóquio apresenta em sua programação para a terça-feira a realização de minicursos nos turnos matutino e vespertino e à noite, a partir das 19 horas, uma oficina de turbante, que tem como objetivo incentivar as questões culturais e de costumes da cultura afro-brasileira. Na quarta-feira pela manhã, acontecerá a continuação de minicurso e, às 10 horas, a Mesa Dialogada sobre o tema “Multiculturalismo e identidade: desafios e perspectivas para repensar a cultura escolar”, com os professores Ady Canário e Luiz Gomes da Silva Filho (UFERSA) e Maria do Socorro dos Santos (UERN), sob a coordenação da Profa. Eliane Anselmo da Silva (UERN).

No turno noturno, acontecerá a mesa de encerramento sob o tema “A questão indígena no Nordeste Brasileiro e a relação conflituosa com a mídia”, que terá como coordenador o Prof. Elcimar Dantas Pereira (UERN) e como debatedores o professor da UERN, Lemuel Rodrigues da Silva, e a jornalista Izaíra Thalita da Silva Lima e o representante da Comunidade Indígena do Catu, Luiz Katu.

Foto: Ivanaldo Xavier

Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero de Araújo Cardoso

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CONTEÚDO CULTURAL

Por Pedro Nunes Filho

Cariri Cagaço é um blog que possui um conteúdo cultural muito valioso. Sem ele, parte da nossa história regional haveria de desaparecer e nunca mais seria recuperada. À medida que as antenas parabólicas levam para dentro das casas dos sertanejos que moram nos recantos mais longínquos, e por isso mesmo eles são detentores de traços culturais primitivos reveladores das nossas origens ibéricas e da influência judaica, esses valores de fora não haverão de se sobrepor aos nossos, se divulgarmos, como o Cariri Cangaço faz, o que temos de singular. Além de neutralizar essa influência de culturas distantes, esse esforço cultural cria um senso de pertinência sem igual. As pessoas passam a valorizar e ter orgulho do que é nosso.

"Eu nasci aqui e aqui é minha terra. O lugar onde aprendi a cultivar os valores que compõem a minha personalidade."" 

Quando escrevi o livro GUERREIRO TOGADO procurei ir fundo na pesquisa, li muitos autores antigos, entrevistei muita gente que se foi e que valiam um tesouro. Mais que um livro que trata de um aspecto da história do Cangaço, é um modesto esforço de preservação cultural.

Pedro Nunes Filho
Pesquisador e Escritor
Autor de "Guerreiro Togado"

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PERSONAGENS DA HISTÓRIA CANGACEIRA DURVAL ROSA

Por Geraldo Júnior

Durval Rosa irmão do coiteiro Pedro de Cândido, foi uma das principais testemunhas oculares dos acontecimentos que sucederam a morte de Lampião e parte de seu bando, no dia 28 de julho de 1938.

Erroneamente muitos citam esse personagem como coiteiro, o que eu particularmente descarto, pois Durval Rosa na época do ocorrido era apenas um adolescente e não fazia outra função se não a de fazer pequenos serviços e "mandados", cabendo a função de coiteiro à seu irmão Pedro de Cândido que era quem realmente acobertava e dava proteção ao bando de Lampião, nas terras da Fazenda Angico, na época pertencente ao município sergipano de Porto da Folha, atualmente pertencente ao município de Poço Redondo.

Deixando claro que essa é uma opinião pessoal, baseada no envolvimento do personagem com a história pesquisada e escrita.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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O MUSEU DO SERTÃO EM MOSSORÓ ABRIRÁ SUAS PORTAS SÁBADO DIA 12-12-2015

Por Benedito Vasconcelos Mendes

O fundador e diretor do “MUSEU DO SERTÃO” professor Benedito Vasconcelos Mendes comunica aos mossoroenses e as regiões adjacentes que, no próximo sábado, dia 12 de dezembro de 2015, de 7:00 às 12:00 horas, o MUSEU DO SERTÃO estará com as suas portas abertas para visitas.


São mais de 5.000 peças para os seus olhos verem, alojadas em 11 galpões, na FAZENDA RANCHO VERDE, na estrada de Alagoinha. Leve toda família para visitá-lo.


Para maiores informações entre em contato como o diretor do museu através deste Gmail:

beneditovasconcelos@gmail.com

Desde já gradece a sua visita!

Benedito Vasconcelos Mendes

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MOSSORÓ NAS ONDAS DO RÁDIO - DOCUMENTÁRIO

https://www.youtube.com/watch?v=VbbL3Lbpdq4&feature=share

Publicado em 7 de fevereiro de 2015

Trabalho produzido por alunos do curso de Comunicação Social com habilitação em Radialismo - UERN. Apresentado como conclusão da disciplina História da Comunicação do Prof. Ivan Coelho. Uma produção que resume em pouco menos de 20 minutos a história do rádio em Mossoró. Destacando as primeiras emissoras e os grandes nomes que marcaram a história.

Direção e roteiro: Kataiano Alencar
Imagens e edição: Delano Lênin
Assistentes de direção: Xismênia Maia e Guilherme Gadelha
Entrevistas: Danielly Medeiros, Luiz Guilherme, Matheus Fernandes e Marcos Santos
Fotografia: Estephany Fernandes
Produção: Cinthya Castro, Felipe Henrique, Frank Bruno, Taynara Martins, Yuri Nogueira e Ismael Carlos

Trilha: O ébrio (Vicente Celestino) / Alô Fevereiro (Roberta Sá)
Sanfona: Cláudio Pereira
Narração: Emanuela de Sousa
Participação: Lalauzinho de Lalau

CLIP FINAL:
Música: Mossoró nas ondas do rádio
Composição: Artur Soares
Estúdio: Paulinho
Produção do vídeo: Delano Lênin
Assistente de produção: Guilherme Gadelha
(MÚSICA GRAVADA PARA O DOCUMENTÁRIO)
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“O ESTADO DE S. PAULO” - 29/07/1973 LAMPIÃO AINDA É HERÓI


Trinta e cinco anos depois de morto, Lampião é reverenciado pelos nordestinos com o mesmo entusiasmo com que se reverencia o Padim Ciço, Antônio Conselheiro, Corisco, Antônio Silvino e Frei Damião (este ainda vivo), entre outras personalidades cujo misticismo, capacidade de liderança ou trabalho em favor dos mais humildes os consagraram na admiração popular.

A figura de Lampião foi reverenciada ontem no cemitério das Quintas de Lázaro, em Salvador, para onde se deslocaram seus antigos companheiros de cangaço, amigos e descendentes de ex-cangaceiros que participaram de seu grupo. A 28 de julho de 1938, Lampião tombava na fazenda Angicos, estado de Sergipe, enquanto sua cabeça e a de sua mulher eram conduzidas a Maceió, como prova da façanha dos policiais.

UM HOMEM SEM ESTIGMAS

“O Lampião não possuía nenhum estigma de criminalidade. Era um homem normal” – continua afirmando, como há 35 anos, o professor Arnaldo Silveira, que a 5 de agosto de 1938 examinou a cabeça de Virgulino Ferreira e de Maria Bonita. Ele tinha sido incumbido de confeccionar uma matriz das duas cabeças, para possíveis reproduções, mas encontrou-as quase em pedaços. Trazidas de Angicos para Maceió dentro de uma lata cheia de cachaça, as cabeças estavam praticamente esfaceladas. O médico teve de fazer uma restauração, recorrendo à madeira para os enxertos.

“Eles usavam cabelos compridos e os soldados fizeram uma trança para conduzir as duas cabeças à presença das autoridades” – lembra o professor Arnaldo, que afirma ter sido obrigado a recompor inclusive a cabeleira de Lampião e de Maria Bonita, utilizando-se de cabelos de outras pessoas. Quanto a Maria Bonita, Arnaldo Silveira lembra que as fortes contrações dos músculos faciais indicam que ela foi degolada antes de vir a morrer. Durante cinco anos essas cabeças ficaram em poder dele, até que foram entregues ao museu do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, onde ficaram até 6 de fevereiro de 1969, quando foram enterradas, juntamente com a cabeça de Corisco, no cemitério das Quintas do Lázaro.

O professor acha que a decisão de enterrar as cabeças dos cangaceiros foi acertada mesmo porque elas não têm mais nenhuma utilidade para a ciência. Enquanto ficaram em poder dele, as cabeças conservaram até a cor natural da pele, porque o professor empregava, na época, um processo que ele chama de ítalo-alemão, que consistia em injetar parafina nos tecidos, provocando sua desidratação. “Quando as cabeças foram para o museu – conta Arnaldo Silveira – passaram a ser conservadas por outro processo e perderam totalmente suas características”.

RESISTÊNCIA

Entende ainda o professor Arnaldo que Lampião foi um homem de resistência física excepcional, pois mesmo sem o olho direito, tuberculoso de um pulmão e passando privações de todo o gênero, poderia ter vivido muitos anos se não fosse morto pela polícia. Ele acredita que “Lampião matava por necessidade, tinha que amedrontar a polícia para poder viver, e à sombra de seu nome muitas maldades foram feitas no sertão”.

DADÁ SÓ VIVE PARA OS NETOS


Sérgia Silva Chagas, DADÁ, esposa de Corisco, ainda hoje se lembra com carinho de Lampião e seu bando, do qual Corisco fazia parte. Cuidando dos 11 netos no bairro do Barbalho, em Salvador, Dadá só faz questão de duas coisas, hoje em dia: quer que a cabeça do marido seja liberada, para juntar-se aos outros ossos que ela conserva debaixo da cama, numa urna; e quer que os netos tenham tudo o que seus filhos não puderam ter.

Diariamente Dadá vai à Igreja dos Perdões, par rezar e lembrar seu grande amor pelo marido, que ela define como um homem manso e bom que entrou para o cangaço porque recebeu uma bofetada de um superior, quando Corisco era polícia”.

REMORSO, NÃO

Outra preocupação de Dadá, sempre que lhe perguntam sobre o passado, é procurar demonstrar que não tem nenhum remorso, complexo ou qualquer outro sentimento de culpa por ter participado da vida de um bando de cangaceiros, a partir dos 13 anos de idade. Para ela, tudo era muito romântico: “Corisco era bom e gostava muito de mim. Ele era loiro, muito bonito e tinha a pele rosada como uma manga rosa” – conta Dadá, que era considerada pelo marido como “uma mulher de bem”.

Dadá lembra que o sonho de Corisco era transformá-la numa mulher requintada, e ele começou a executar seu plano, ensinando a ler. À noite, lia para ela trechos da Bíblia e história de guerra de Carlos Magno. A 5 de maio de 1940, Corisco foi metralhado pelas costas.


Fonte: facebook

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TÁ CHEGANDO A HORA...


Só para lembrar aos amigos: no próximo sábado, 12 de dezembro, tomarei posse como Membro Correspondente na Academia Gloriense de Letras, a partir das 19 horas, em ato solene no Colégio Estadual Manoel Messias Feitosa, em Nossa Senhora da Glória. Conto com a sua presença. E como um convidado convida cem, convide também os seus amigos e amigas. Sou pequeno, mas quando abro os braços dentro deles cabe todo o mundo.

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