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sexta-feira, 24 de maio de 2019
SILA "CILA"... PÓS-CANGAÇO.
E aos poucos preciosidades fotograficas como essa vão surgindo aos nossos olhares.
Uma fotografia registrada por um Lambe-Lambe, antigo fotógrafo ambulante, muito popular em meados do século passado, em data ignorada.
Sila (Hermecília Brás São Mateus / Ilda Ribeiro de Souza), ex-cangaceira do bando de Lampião e companheira do cangaceiro Zé Sereno (José Ribeiro Filho) é a terceira da esquerda para a direita. As demais pessoas que aparecem na fotografia não foram identificadas.
Mais uma fotografia conhecida até o presente momento apenas no ambiente familiar, que chega agora ao conhecimento de todos.
A fotografia original pertence ao acervo familiar e foi a mim concedida para exibição pela saudosa amiga Gilaene "Gila" de Sousa Rodrigues, filha do casal cangaceiro Sila e Zé Sereno, à qual tenho eterna gratidão.
Geraldo Antônio de Souza Júnior
Uma fotografia registrada por um Lambe-Lambe, antigo fotógrafo ambulante, muito popular em meados do século passado, em data ignorada.
Sila (Hermecília Brás São Mateus / Ilda Ribeiro de Souza), ex-cangaceira do bando de Lampião e companheira do cangaceiro Zé Sereno (José Ribeiro Filho) é a terceira da esquerda para a direita. As demais pessoas que aparecem na fotografia não foram identificadas.
Mais uma fotografia conhecida até o presente momento apenas no ambiente familiar, que chega agora ao conhecimento de todos.
A fotografia original pertence ao acervo familiar e foi a mim concedida para exibição pela saudosa amiga Gilaene "Gila" de Sousa Rodrigues, filha do casal cangaceiro Sila e Zé Sereno, à qual tenho eterna gratidão.
Geraldo Antônio de Souza Júnior
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E PARA NÃO PERDER O COSTUME...
... mais uma fotografia inédita e exclusiva sendo apresentada para os estudiosos e simpatizantes das histórias, pesquisas e estudos sobre o cangaço.
Na fotografia a ex-cangaceira Durvinha (Durvalina Gomes de Sá) aparece ao lado de seu filho, Murilo Souto. Uma fotografia antiga que retrata um momento alegre e descontraído vivido pela antiga integrante do bando cangaceiro chefiado pelo comandante maior do cangaço. Lampião.
Durvinha entrou para o cangaço muito jovem, quando decidiu abandonar a casa dos pais e acompanhar o cangaceiro Virgínio Fortunato da Silva o "Moderno", viúvo de Angélica Ferreira irmã de Lampião. Após a morte de Moderno, ocorrida em outubro de 1936, Durvinha passou a conviver com o cangaceiro Moreno (Antônio Ignácio da Silva), ao lado de quem terminou seus dias de vida em Belo Horizonte/MG, onde morava com a família.
Há alguns anos atrás durante viagem à Minas Gerais, tive o prazer de conhecer pessoalmente o Murilo Souto, filho do casal Moreno e Durvinha e conversar, ainda que por alguns minutos, sobre a vida de seus pais. Deixou-me a impressão de ser um homem sério, de poucas palavras, calmo e de bom caráter.
Aproveitando o espaço quero agradecer a minha estimada amiga Neli "Lili" Maria da Conceição pela concessão dessa e de outras fotografias e filmagens para apresentação em meu perfil pessoal e demais redes sociais.
Esses materiais quando guardados serão facilmente consumidos pela ação do tempo e se perderão para sempre, expostos serão "eternizados" e possibilitarão o melhor entendimento da história e de seus personagens.
Espero que apreciem, afinal não são todos os dias que temos a possibilidade de conhecer e ter acesso a imagens como essa.
Geraldo Antônio de Souza Júnior
Na fotografia a ex-cangaceira Durvinha (Durvalina Gomes de Sá) aparece ao lado de seu filho, Murilo Souto. Uma fotografia antiga que retrata um momento alegre e descontraído vivido pela antiga integrante do bando cangaceiro chefiado pelo comandante maior do cangaço. Lampião.
Durvinha entrou para o cangaço muito jovem, quando decidiu abandonar a casa dos pais e acompanhar o cangaceiro Virgínio Fortunato da Silva o "Moderno", viúvo de Angélica Ferreira irmã de Lampião. Após a morte de Moderno, ocorrida em outubro de 1936, Durvinha passou a conviver com o cangaceiro Moreno (Antônio Ignácio da Silva), ao lado de quem terminou seus dias de vida em Belo Horizonte/MG, onde morava com a família.
Há alguns anos atrás durante viagem à Minas Gerais, tive o prazer de conhecer pessoalmente o Murilo Souto, filho do casal Moreno e Durvinha e conversar, ainda que por alguns minutos, sobre a vida de seus pais. Deixou-me a impressão de ser um homem sério, de poucas palavras, calmo e de bom caráter.
Aproveitando o espaço quero agradecer a minha estimada amiga Neli "Lili" Maria da Conceição pela concessão dessa e de outras fotografias e filmagens para apresentação em meu perfil pessoal e demais redes sociais.
Esses materiais quando guardados serão facilmente consumidos pela ação do tempo e se perderão para sempre, expostos serão "eternizados" e possibilitarão o melhor entendimento da história e de seus personagens.
Espero que apreciem, afinal não são todos os dias que temos a possibilidade de conhecer e ter acesso a imagens como essa.
Geraldo Antônio de Souza Júnior
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AOS CURIOSOS DE PLANTÃO.
Tratar a história com seriedade e seus personagens com respeito é o mínimo que deve fazer quem ousa estudar e pesquisar a saga cangaceira. (Geraldo Antônio de Souza Júnior).
Hoje trago mais uma fotografia inédita e exclusiva da ex-cangaceira Sila “Cila” (Ilda Ribeiro de Souza / Hermecília Brás São Mateus), companheira do cangaceiro Zé Sereno (José Ribeiro Filho), ambos sobreviventes de Angico (Sergipe), local da morte de Lampião, Maria Bonita e outros nove cangaceiros.
A fotografia abaixo foi registrada, possivelmente, durante a década de mil novecentos e setenta, no estado de São Paulo, onde o casal passou a residir pouco tempo após ter abandonado o cangaço e o Nordeste.
Na cidade de São Paulo/SP o antigo casal cangaceiro do bando de Lampião, viveu uma vida digna e honesta e terminou seus dias de vida.
Fica o registro para efeito de curiosidade.
Geraldo Antônio De Souza Júnior
Hoje trago mais uma fotografia inédita e exclusiva da ex-cangaceira Sila “Cila” (Ilda Ribeiro de Souza / Hermecília Brás São Mateus), companheira do cangaceiro Zé Sereno (José Ribeiro Filho), ambos sobreviventes de Angico (Sergipe), local da morte de Lampião, Maria Bonita e outros nove cangaceiros.
A fotografia abaixo foi registrada, possivelmente, durante a década de mil novecentos e setenta, no estado de São Paulo, onde o casal passou a residir pouco tempo após ter abandonado o cangaço e o Nordeste.
Na cidade de São Paulo/SP o antigo casal cangaceiro do bando de Lampião, viveu uma vida digna e honesta e terminou seus dias de vida.
Fica o registro para efeito de curiosidade.
Geraldo Antônio De Souza Júnior
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O ROUBO DAS JOIAS DA BARONESA DE ÁGUA BRANCA-AL
O ROUBO das jóias da Baronesa de Água Branca-AL por LAMPIÃO e seu bando, em 1922.
Essa foi uma das primeiras ações criminosas do bando que teve grande repercussão na mídia nordestina.
Acima, vemos a Baronesa com as joias originais que foram subtraídas, através do assalto, bem como, no detalhe, o famoso CRUCIFIXO, todo de ouro e pedras preciosas.
Também, as sete "voltas" de ouro, as quais MARIA BONITA fazia questão de usá-las.
Sabonete entregando joia à Maria Bonita
Existe, até, uma foto do cangaceiro Sabonete entregando-as à rainha do cangaço para se ornamentar.
Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta
Grupo: Lampião, Cangaço e Nordeste
Ilustração: José Mendes Pereira
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br
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ACADEMIA DOS ESCRITORES MOSSOROENSES-ASCRIM ASSOCIAÇÃO DE ESCRITORES DE MOSSORÓ
RESOLUÇÃO ASCRIM Nº 006/2019
D E T E R M I N O
1.1. PRORROGAR, EM CARÁTER EXCEPCIONALÍSSIMO, O PRAZO DE CONFIRMAÇÃO PARA OS CONVIDADOS E PÚBLICO, INTERESSADOS EM PARTICIPAR DOS ATOS SOLENES DA ASCRIM, RESPEITADAS AS JUSTIFICATIVAS EXTEMPORÂNEAS, ATÉ O DIA 27.05.2019, TENDO EM VISTA ATENDER OS PROCEDIMENTOS OFICIAIS DE ORGANIZAÇÃO E CONTROLE DO CERIMONIAL DO EVENTO, QUE ACONTECERÁ às 17:hs, NO DIA 30.05.2019/QUINTA-FEIRA(DATA DO EVENTO).
1.2. PERMANECEM INALTERADOS OS DEMAIS ITENS DO EDITAL ASCRIM AGE-013/2019.
TERMOS EM QUE SE EXPEDE E CUMPRA-SE, REVOGANDO-SE AS DISPOSIÇÕES EM CONTRÁRIO.
MOSSORÓ(RN), 24 DE MAIO DE 2019,
FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO
-PRESIDENTE EXECUTIVO DA ASCRIM-
Enviado pela ASCRIM
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O ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ: PRIMEIRA TEORIA ACERCA DA INVASÃO
Por Honório de Medeiros
OS MISTÉRIOS
DO ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ: PRIMEIRA TEORIA ACERCA DA INVASÃO:
Leiam,
anteriores a este texto, em
www.honoriodemedeiros.blogspot.com,
1) O
ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ: UM MISTÉRIO QUASE CENTENÁRIO; 2) O
ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ: COMO ERA A CIDADE NA ÉPOCA DA INVASÃO
TEORIA: O
ataque a Mossoró resultou da ganância do Coronel Isaías Arruda e Lampião, no
que foram secundados por Massilon
(PRIMEIRA
PARTE)
Esta
é a versão, digamos assim, “oficial”, encontrada em quase todos os textos
acerca do cangaço.
Em
Raul Fernandes, por exemplo, em seu clássico “A MARCHA DE LAMPIÃO” (2ª edição;
Editora Universitária – UFRN; 1981; Natal), lê-se:
A notória fama
de riqueza de Mossoró aguçava a cobiça dos bandidos. A falta de força policial
os estimulava. Criminosos e aventureiros se movimentavam. Das ribeiras do
Moxotó, do Navio e do Pajeú afluentes da grande bacia do rio São Francisco, e
dos arredores das vilas de Nazaré e Flores, na hinterlândia de Pernambuco,
Lampião formou o bando.
(...)
Os mais
esclarecidos entraram na empreitada desejosos de fugir com o produto dos roubos
para o Sul do País, ou qualquer lugar onde pudessem viver impunes.
Essa teoria
não se sustenta. Não foi assim que aconteceu, muito embora seja inegável que a
ganância foi um dos combustíveis que acionou todos os envolvidos.
O que se quer
dizer é que o primeiro passo do projeto da invasão, a “causa causarum”, não
pode ser atribuída a Lampião, tampouco ao Coronel Isaías Arruda.
E é fácil
inferir essa conclusão, meramente interpretando os textos “canônicos” acerca do
tema.
Sérgio Dantas,
por exemplo, em outro clássico da literatura do cangaço, “LAMPIÃO E O RIO
GRANDO DO NORTE” (1ª edição; Cartgraf – Gráfica Editora; 2005; Natal), ao
ressaltar a resistência do Rei do Cangaço ao assédio do Coronel Isaías Arruda,
para realizar a empreitada do ataque a Mossoró, cita uma fonte inquetionável:
O cangaceiro
Jararaca, testemunha da conversa (entre Isaías e o cangaceiro) lembrou
com fidelidade, dias mais tarde, a resistência de Lampião ao assédio ferino do
Coronel Arruda:
“Lampião nunca
tencionara penetrar nesse Estado porque não tinha aqui nenhum inimigo e se por
acaso, para evitar qualquer encontro com forças de outros Estados, tivesse que
passar por qualquer ponto do Rio Grande do Norte, o faria sem roubar ou ofender
qualquer pessoa, desde que não o perseguissem”.
Um pouco mais
adiante o mesmo escritor, nas notas ao Capítulo do qual se extraiu o texto
acima transcrito, lembra outro depoimento:
Uma segunda
referência encontra-se em Lucena (1989, p. 99), onde o cangaceiro Manoel
Francisco de Lucena Sobrinho, o “Ferrugem”, também em entrevista, afirma
textualmente: “Lampião não queria atacar Mossoró, alegando que não conhecia o
Rio Grande do Norte”.
Esses
depoimentos são suficientes para inutilizar a teoria da qual Raul Fernandes foi
um dos mais importantes porta-voz. Não é verdade que em decorrência da riqueza
de Mossoró Lampião tenha formado um bando para a atacar.
Teria sido
então o ataque a Mossoró uma idéia nascida no cérebro do Coronel Isaías Arruda?
Coronel Isaías
Arruda
Sérgio Dantas
crê que sim. Em sua obra já citada, na parte denominada “O PARTO DE UM PLANO
MACABRO”, encontramos o seguinte:
Arruda tinha
interesse em Mossoró, cidade rica, centro comercial de incontestável
notoriedade no cenário sertanejo. De forma inicialmente sutil começou a sondar
o cangaceiro. Lembrava-lhe a todo instante o êxito obtido por Massilon em dias
passados.
(...)
Arruda
mostrava-se indiferente aos argumentos do zanaga(Lampião). Mantinha-se
particularmente interessado na pilhagem de Mossoró. A cidade potiguar –
reafirmava o Coronel – tinha fama de prosperidade.
Mas é muito
pouco provável que tenha sido do Coronel Isaías Arruda a concepção da idéia do
ataque a Mossoró. Assim como não foi dele a concepção da idéia do ataque a
Apodi, realizado dias antes, sob o comando de Massilon, com um propósito
eminentemente político, como há de se ver mais adiante.
CONTINUA...
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BAIXAS
A morte do cangaceiro Chico Pereira
Por Volney Liberato (*)
Por Volney Liberato (*)
“Desde o dia em que um desconhecido foi morto pela polícia na estrada de Currais Novos, espalhou-se pelo sertão, vaga mas persistente, a suspeita de que ali morrera outro que não Chico Pereira”.
Currais Novos na vida de Chico Pereira
“Derna do tempo d'eu menino”, quando a escritora pernambucana Aglae Lima de Oliveira respondia sobre “Lampião” no Programa J. Silvestre, na extinta TV Tupi, que eu começei a me interessar, a ler e a pesquisar sobre o cangaço – e isso já vão mais de 30 anos.
< (Padre Pereira – in Vingança, não!).
Currais Novos na vida de Chico Pereira
“Derna do tempo d'eu menino”, quando a escritora pernambucana Aglae Lima de Oliveira respondia sobre “Lampião” no Programa J. Silvestre, na extinta TV Tupi, que eu começei a me interessar, a ler e a pesquisar sobre o cangaço – e isso já vão mais de 30 anos.
Tempos depois, ao passar pela BR 226, quase a entrada da cidade, deparei-me com um cruzeiro erguido para sinalizar o local onde morreu o cangaceiro paraibano Chico Pereira. Depois disso, ao visitar o Museu do Acari (onde funcionou a antiga Cadeia Pública), vi a foto do citado cruzeiro, com uma outra foto de Chico Pereira, aí comecei a nutrir a curiosidade de ler o livro “Vingança, não! - Depoimento sobre Chico Pereira e Cangaceiros do Nordeste”, 5ª ed. Rep's Gráfica e Editora – João Pessoa / PB – 2004, de F. Pereira Nóbrega (Padre Pereira), filho do cangaceiro Chico Pereira, que naquele quase amanhecer do dia 28 de outubro de 1928, pereceu macabramente, exatamente no KM 177 da hoje rodovia BR 226, próximo a cidade de Currais Novos, pelas mãos de uma escolta policial, que tinha no comando nada menos do que o famigerado então Tenente Joaquim de Moura.
A escolta era ainda composta pelo sargentos Luís Auspício e Feliciano Tertulino, sendo o “chofer” o sargento Genésio Cabral de Lima. O livro citado, na época, era difícil, pois até hoje só foram feitas cinco edições do mesmo, e é esta última que encontra-se em minhas mãos hoje, que me foi entregue pelas mãos de um companheiro também pesquisador, a quem agradeço que, dia 08 de Janeiro, colocou-lhe sobre a minha mesa, no Detran. Ali estava mais de 20 anos de espera, por aquele que, um dia, seria o delator da verdadeira história da morte do cangaceiro Chico Pereira, nos “aceros” de Currais Novos.
Chico Pereira
A história se inicia quando Chico Pereira, paraibano de Sousa, já envolvido numa questão de vingança familiar e já andando debaixo da “canga”, é acusado – injustamente, segundo relatos da época – de ter, junto com um pequeno bando, assaltado uma propriedade, na Rajada, de Joaquim Paulino de Medeiros, o legendário coronel Quincó da Ramada. Chico foi preso na Paraíba e recambiado para a detenção de Natal, onde responderia juri no Acari.
No dia 28 de Outubro de 1928, a escolta que o recambiava algemado para o Acari, comandada pelo Tenente Joaquim de Moura, estanca a poucos quilómetros da entrada de Currais Novos, numa parte da estrada de terreno elevado, tirando-o da carroceria e o golpeando a coices de fuzil. Já no chão, ferido de morte, o Tenente Moura ordena ao sargento Genésio para precipitar o carro sobre o corpo de Chico Pereira, numa altura de alguns metros, o que fez com que o corpo fosse esmagado em algumas partes (cabeça e abdómen).
Os participantes da escolta passaram então a ferirem-se mutuamente, para fazerem crer que realmente tinham sido vítimas do desastre que vitimou fatalmente somente o preso. Enquanto eram “atendidos” em Currais Novos, o corpo de Chico Pereira era levado para a Cadeia, na então Rua do Rosário (hoje Vivaldo Pereira), onde permaneceu exposto á visitação pública até a hora do seu sepultamento, que ocorreu lá pelas 21 horas, no Cemitério Público de Santana, em cova hoje não mais identificada.
A verdade é que Chico Pereira jamais havia posto os pés em Currais Novos, e quando o fez foi tão somente por alguns minutos, que separaram a sua vida da sua morte. Pisou no solo curraisnovense o tempo necessário para permanecer de pé e receber as coronhadas de fuzil que o vitimou e ser também vítima de um plano macabro, e por que não dizer “político”.
O advogado de Chico Pereira, em Natal, era ninguém menos do que João Café Filho, o criador de dezenas de sindicatos na capital, e que por isso ganhou a pecha de “comunista”. Era plano de Café Filho acompanhar a escolta, de seu carro, de Natal ao Acari, para assim ter certeza da integridade física do seu constituído. Mas, uma pessoa do seu relacionamento, alertou-o: “Se a polícia vai mesmo matar Chico Pereira, pelo caminho, não vai deixar testemunhas sem farda. Na certa você morrerá também”. Café então retornou para Natal.
No dia 28 de Outubro de 1928, a escolta que o recambiava algemado para o Acari, comandada pelo Tenente Joaquim de Moura, estanca a poucos quilómetros da entrada de Currais Novos, numa parte da estrada de terreno elevado, tirando-o da carroceria e o golpeando a coices de fuzil. Já no chão, ferido de morte, o Tenente Moura ordena ao sargento Genésio para precipitar o carro sobre o corpo de Chico Pereira, numa altura de alguns metros, o que fez com que o corpo fosse esmagado em algumas partes (cabeça e abdómen).
Os participantes da escolta passaram então a ferirem-se mutuamente, para fazerem crer que realmente tinham sido vítimas do desastre que vitimou fatalmente somente o preso. Enquanto eram “atendidos” em Currais Novos, o corpo de Chico Pereira era levado para a Cadeia, na então Rua do Rosário (hoje Vivaldo Pereira), onde permaneceu exposto á visitação pública até a hora do seu sepultamento, que ocorreu lá pelas 21 horas, no Cemitério Público de Santana, em cova hoje não mais identificada.
A verdade é que Chico Pereira jamais havia posto os pés em Currais Novos, e quando o fez foi tão somente por alguns minutos, que separaram a sua vida da sua morte. Pisou no solo curraisnovense o tempo necessário para permanecer de pé e receber as coronhadas de fuzil que o vitimou e ser também vítima de um plano macabro, e por que não dizer “político”.
O advogado de Chico Pereira, em Natal, era ninguém menos do que João Café Filho, o criador de dezenas de sindicatos na capital, e que por isso ganhou a pecha de “comunista”. Era plano de Café Filho acompanhar a escolta, de seu carro, de Natal ao Acari, para assim ter certeza da integridade física do seu constituído. Mas, uma pessoa do seu relacionamento, alertou-o: “Se a polícia vai mesmo matar Chico Pereira, pelo caminho, não vai deixar testemunhas sem farda. Na certa você morrerá também”. Café então retornou para Natal.
O advogado e ex-presidente da república do Brasil
João Café Filho
No dia seguinte, lá pelas 10 horas da manhã, recebe telegrama narrando-lhe o “desastre” e a morte “acidental” do seu constituído. O Tenente Moura era “pau-mandado”, como se dizia, do governo do estado, que tinha Juvanal Lamartine no poder. O coronel Quincó era gente grande no dinheiro e na política regional, influente nas eleições de voto de cabresto e possuidor de curral eleitoral nutrido. Por isso, gente grada aos interesses da burguesia instalada no comando do poder estadual.
Mas, se a morte de Chico Pereira se deu, involuntariamente, em Currais Novos, a do Tenente Joaquim de Moura, por ironia do destino, também. Anos mais tarde, já nos anos 40, o já então Coronel Joaquim de Moura vem a Currais Novos, sob pretexto de participar de uma festa numa fazenda avizinhada á cidade. Mas o verdadeiro motivo da estada do coronel Moura em Currais Novos, segundo me relatou o saudoso Euzébio Hipólito de Azevedo, carnaubense, octogenário, que conheceu o Coronel Joaquim de Moura de perto e privou de sua amizade, que o motivo da sua vinda a Currais Novos era para se “acertar” com uma certa mulher – casada – oriunda de uma família “importante” do município, que havia tido um caso com ele na capital.
Como o coronel apaixonou-se pela tal mulher, veio disposto a tudo, até ameaçando matar o marido dela, caso ela não aceitasse juntar-se a ele. Pela tarde, o coronel Moura sente-se mal e é acometido de um ataque cardíaco, vindo a falecer. Contou-me ainda Euzébio que, seu corpo foi vestido com a farda da Polícia - mandada buscar em Natal ás pressas - numa casa de esquina, que depois pertenceu a Severino Maroca, na atual Rua Dix-Sept Rosado (hoje residência de Maria José Mamede Galvão). O destino fatal uniu as duas personagens: Chico Pereira e Joaquim de Moura. Vítima e algoz, ambos finando-se em Currais Novos, em épocas diferentes, numa cidade em que ambos não tinham a menor relação.
O capítulo que trata da morte de Chico Pereira, em Currais Novos, é intitulado “O Morto que Ninguém Chora”, e é escrito de uma forma, digamos, poética, dada a verve do autor, que não conhecia Currais Novos, mas a descreveu tão bem, como resultante dos depoimentos, que mais parecia um curraisnovense contemporâneo dos fatos, descrevendo a vida e os costumes da nossa comuna, naquele distante e fatídico 1928.
Quem passa diariamente por aquele trecho da Maniçoba, talvez não perceba esta capelinha lá existente, a esquerda da Rodovia BR 226, sentido Currais Novos-Natal. Foi o exato local que o cangaceiro Chico Pereira foi assassinado quando vinha responder júri no Acari. E o pior é que Chico Pereira morreu inocente, pois nenhum crime seu foi constatado pela justiça norte-riograndense.
Bela Vista dos Currais Novos, 08 de janeiro de 2008.
*Volney Liberato é filho de Currais Novos, Seridó - RN. Bacharel em Administração pós-graduado pela UFRN; repórter pela Oficina de Jornalismo "Genival Rabelo"; pesquisador do cangaço, história regional e cultura popular.
Pesquei no: Imaterialcn
Adendo:
Ruínas do casarão pertencente a Chico Pereira de Nazarezinho, Situado no sítio Jacu, município de Nazarezinho, encontra-se, infelizmente em ruínas.
Créditos: BLOG DO MIRANTE
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CELEBRANDO ANTÔNIO CONSELHEIRO COMEÇA HOJE O CARIRI CANGAÇO QUIXERAMOBIM
Por Manoel Severo
Celebrando o Herói Nacional Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro, começa hoje pontualmente às 17 horas a 23ª Edição do Cariri Cangaço no Memorial que leva o nome de um do maiores vultos da historia do Brasil. "Nada mais justo que na terra de Conselheiro e no ano em que o Congresso Nacional lhe outorga a honraria mais que justa de Herói Nacional, termos nossa abertura no Memorial Antônio Conselheiro, aqui mesmo no centro da cidade de Quixeramobim" festeja o curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Barbosa.
o
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O Cariri Cangaço chega pela primeira vez ao sertão central cearense. O evento que já realizou 22 outras edições, está completando 10 anos de existência e presente em 6 estados da federação, reúne alguns dos maiores pesquisadores de temas nordestinos de todo o Brasil. "Temos confirmados pesquisadores de todo o Brasil que estão vindo e inclusive muitos já estão em Quixeramobim para esta grande festa que será o Cariri Cangaço, para nós é uma grande satisfação receber a todos" revela o advogado Pedro Igor, um dos organizadores do Cariri Cangaço na terra de Conselheiro.
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O Evento com abertura marcada para as 17 horas terá seu inicio com uma Sessão Extraordinária da Câmara Municipal de Quixeramobim, quando o curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Barbosa receberá o Título de Cidadão Honorário do município. "Hoje tenho a honra sem tamanho de dizer que sou conterrâneo de Antônio Conselheiro, isso não tem preço. Sei que não mereço tão grande honraria, daí a felicidade e a gratidão permanecerão para sempre em meu coração pela grande generosidade do povo de Quixeramobim, pela atenção dos vereadores, em nome do vereador José Wilson Paulino, enfim, é uma emoção enorme receber esse título; e outro coisa importante, Quixeramobim é a terra de meus ancestrais, daí dizer que estou voltando ás origens" confessa Manoel Severo.
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Muitas homenagens serão prestadas na tarde solene de abertura do Cariri Cangaço Quixeramobim. O Conselho Alcino Alves Costas estará concedendo os Títulos de Amigo do Cariri Cangaço a várias personalidades do município: o poeta e escritor Bruno Paulino, o advogado Pedro Igor, os pesquisadores Neto Camorim e Goreth Pimentel além do designer de joias e artesão Antônio Rabelo serão os homenageados do evento. Na oportunidade o Cariri Cangaço estará outorgando o Título de "Equipamento Imprescindível para a Perpetuação da Memória do Sertão" à cinco instituições de destaque no município: A Aquiletras, o Iphanac, a Fundação Canudos e às escolas, Dr José Alves e Humberto Bezerra; distinguidas pelo espetacular trabalho que desenvolvem na direção da defesa e da promoção da memoria, cultura e cidadania no município.
o
Ainda dentro das homenagens e como um dos pontos altos da solenidade de abertura, o Cariri Cangaço outorga o "Título de Personalidade Eterna do Sertão"; in memoriam; a Antônio Vicente Mendes Maciel,o Conselheiro, titulo que será entregue pelos "Conselheiristas" Múcio Procópio do Rio Grande do Norte e a professora alagoana Luitgarde Barros. "Essa homenagem nos enche de satisfação, no berço do grande Antônio Conselheiro estarmos participando de tudo isso juntos, é simplesmente espetacular" fala o Conselheiro Cariri Cangaço, Múcio Procópio.
o
O evento ainda reserva momentos preciosos como a premiação do grande concurso de redações promovido junto às escolas do município como também a premiação aos melhores desenhos e gravuras sobre Conselheiro que estarão no hall de entrada do memorial por ocasião da abertura
do Cariri Cangaço.
o
"Serão 13 premiações; as 10 melhores redações e as 3 melhores gravuras e desenhos; e o mais importante foi a sensacional participação de todas as escolas do município, para vocês terem uma ideia estaremos premiando nove escolas distintas, fantástico. Só temos a agradecer aos diretores, coordenadores e professores orientadores por essa demonstração inequívoca de responsabilidade cidadã e com o futuro das nossas próximas gerações" afirma o presidente da Comissão Organizadora do Cariri Cangaço Quixeramobim, poeta e escritor Bruno Paulino.
A solenidade de abertura do Cariri Cangaço Quixeramobim terá como Conferência de Abertura "Igreja e República Frente ao Mundo Beato - O Martírio de Antonio Conselheiro" com a professora da UFRJ e UERJ Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros, coroando um dos mais significativos momentos da marca Cariri Cangaço.
o
Serviço
Abertura do Cariri Cangaço Quixeramobim - Ceará
24 de Maio de 2019
Memorial Antônio Conselheiro
17 Horas
o
Cariri Cangaço Quixeramobim 2019
Realização
INSTITUTO CARIRI DO BRASIL
Co-realização
IPHANAC
Apoio
Apoio
AQUILETRAS - ACADEMIA QUIXERAMOBIENSE DE LETRAS
FUNDAÇÃO CANUDOS
FUNDAÇÃO CANUDOS
PREFEITURA MUNICIPAL DE QUIXERAMOBIM
CÂMARA MUNICIPAL DE QUIXERAMOBIM
CÂMARA MUNICIPAL DE QUIXERAMOBIM
SBEC- SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS DO CANGAÇO
GECC - GRUPO DE ESTUDOS DO CANGAÇO DO CEARÁ
GPEC-GRUPO PARAIBANO DE ESTUDOS DO CANGAÇO
ICC - INSTITUTO CULTURAL DO CARIRI
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO PAJEÚ
ACADEMIA LAVRENSE DE LETRAS
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO PAJEÚ
ACADEMIA LAVRENSE DE LETRAS
ACLA-ACADEMIA DE CIÊNCIAS LETRAS E ARTES DE COLUMINJUBA
SOCIEDADE CEARENSE DE GEOGRAFIA E HISTORIA
Mídia e Redes Sociais
GRUPO LAMPIÃO CANGAÇO E NORDESTE
GRUPO OFICIO DAS ESPINGARDAS
COMUNIDADE O CANGAÇO
GRUPO HISTORIOGRAFIA DO CANGAÇO
O CANGAÇO NA LITERATURA
GRUPO SERTÃO NORDESTINO
PROGRAMA RAÍZES DO SERTÃO
ODISSÉIA DO CANGAÇO
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