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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Feira do Livro do Seridó - Homenagem a Gonzagão


Centenário de Luiz Gonzaga vai ser comemorado em Caicó


O ano de 2012 marca uma importante data na história da música brasileira: o Centenário de Luiz Gonzaga, que nasceu em 13 de dezembro de 1912. Dono de uma voz e de composições inconfundíveis, o eterno Rei do Baião não poderia deixar de ser homenageado na IV Feira do Livro do Seridó.

Na noite do sábado, 21, o Palco do Pavilhão, da Ilha de Santana receberá os convidados Francisco Alves, Múcio Procópio e Kydelmir Dantas para um bate papo.

Eles falarão sobre a trajetória de Luiz Gonzaga e do legado que ele deixou à nossa sociedade. Músicas, a relação do cantor com o estado do RN e tantas outras curiosidades será abordada na Feira do Livro do Seridó. A mesa começará às 19h, no sábado, 22.

Logo após a mesa temática, a Banda Filarmônica de Cruzeta se apresentará e tocará para os visitantes da feira, um vasto repertório “gonzagueano”.


Atenciosamente,
Bethânia Lima

Assistente de Eventos

84. 3201-0501 / 3212-5553


Enviado pelo poeta, escritor e pesquisador do cangaço: 
Kydelmir Dantas 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ: PRIMEIRA TEORIA ACERCA DA INVASÃO

Por: Honório de Medeiros

OS MISTÉRIOS DO ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ: PRIMEIRA TEORIA ACERCA DA INVASÃO:


TEORIA: O ataque a Mossoró resultou da ganância do Coronel Isaías Arruda e Lampião, no que foram secundados por Massilon

(PRIMEIRA PARTE) 
                
Esta é a versão, digamos assim, “oficial”, encontrada em quase todos os textos acerca do cangaço.
                                   
Em Raul Fernandes, por exemplo, em seu clássico “A MARCHA DE LAMPIÃO” (2ª edição; Editora Universitária – UFRN; 1981; Natal), lê-se:

A notória fama de riqueza de Mossoró aguçava a cobiça dos bandidos. A falta de força policial os estimulava. Criminosos e aventureiros se movimentavam. Das ribeiras do Moxotó, do Navio e do Pajeú afluentes da grande bacia do rio São Francisco, e dos arredores das vilas de Nazaré e Flores, na hinterlândia de Pernambuco, Lampião formou o bando.

                                   (...)

Os mais esclarecidos entraram na empreitada desejosos de fugir com o produto dos roubos para o Sul do País, ou qualquer lugar onde pudessem viver impunes.


Essa teoria não se sustenta. Não foi assim que aconteceu, muito embora seja inegável que a ganância foi um dos combustíveis que acionou todos os envolvidos.

O que se quer dizer é que o primeiro passo do projeto da invasão, a “causa causarum”, não pode ser atribuída a Lampião, tampouco ao Coronel Isaías Arruda.

E é fácil inferir essa conclusão, meramente interpretando os textos “canônicos” acerca do tema.

Sérgio Dantas, por exemplo, em outro clássico da literatura do cangaço, “LAMPIÃO E O RIO GRANDO DO NORTE” (1ª edição; Cartgraf – Gráfica Editora; 2005; Natal), ao ressaltar a resistência do Rei do Cangaço ao assédio do Coronel Isaías Arruda, para realizar a empreitada do ataque a Mossoró, cita uma fonte inquetionável:

O cangaceiro Jararaca, testemunha da conversa (entre Isaías e o cangaceiro) lembrou com fidelidade, dias mais tarde, a resistência de Lampião ao assédio ferino do Coronel Arruda:

“Lampião nunca tencionara penetrar nesse Estado porque não tinha aqui nenhum inimigo e se por acaso, para evitar qualquer encontro com forças de outros Estados, tivesse que passar por qualquer ponto do Rio Grande do Norte, o faria sem roubar ou ofender qualquer pessoa, desde que não o perseguissem”.

Um pouco mais adiante o mesmo escritor, nas notas ao Capítulo do qual se extraiu o texto acima transcrito, lembra outro depoimento:

Uma segunda referência encontra-se em Lucena (1989, p. 99), onde o cangaceiro Manoel Francisco de Lucena Sobrinho, o “Ferrugem”, também em entrevista, afirma textualmente: “Lampião não queria atacar Mossoró, alegando que não conhecia o Rio Grande do Norte”.

Esses depoimentos são suficientes para inutilizar a teoria da qual Raul Fernandes foi um dos mais importantes porta-voz. Não é verdade que em decorrência da riqueza de Mossoró Lampião tenha formado um bando para a atacar.

Teria sido então o ataque a Mossoró uma idéia nascida no cérebro do Coronel Isaías Arruda?

Coronel Isaías Arruda

Sérgio Dantas crê que sim. Em sua obra já citada, na parte denominada “O PARTO DE UM PLANO MACABRO”, encontramos o seguinte:

Arruda tinha interesse em Mossoró, cidade rica, centro comercial de incontestável notoriedade no cenário sertanejo. De forma inicialmente sutil começou a sondar o cangaceiro. Lembrava-lhe a todo instante o êxito obtido por Massilon em dias passados.

(...)

Arruda mostrava-se indiferente aos argumentos do zanaga(Lampião). Mantinha-se particularmente interessado na pilhagem de Mossoró. A cidade potiguar – reafirmava o Coronel – tinha fama de prosperidade.

Mas é muito pouco provável que tenha sido do Coronel Isaías Arruda a concepção da idéia do ataque a Mossoró. Assim como não foi dele a concepção da idéia do ataque a Apodi, realizado dias antes, sob o comando de Massilon, com um propósito eminentemente político, como há de se ver mais adiante.

CONTINUA QUARTA-FEIRA DA PRÓXIMA SEMANA COM A SEGUNDA PARTE DESTE TEXTO. 

Extraído do blog do advogado, professor e pesquisador do cangaço:
Honório de Medeiros



ECOS DO EVENTO "N. SRA. DAS DORES - NA ROTA DO CANGAÇO"

Por: João Paulo História

No dia 31 de agosto de 2012, na Câmara de Vereadores, o cangaço entrou na pauta do Projeto Memórias, através do Simpósio e Exposição “N. Sra. das Dores na rota do cangaço: história, cultura e turismo” que contou com exibição do documentário “N. Sra. das Dores nas memórias do cangaço”, que mostra lugares do município ligados à história do cangaço, 


palestra do escritor Archimedes Marques (que abrilhantou o evento com o lançamento do seu livro “Lampião contra o Mata Sete”, uma obra lúcida de contestação da tese do "Lampião gay" e embasada em pesquisas históricas nas mais variadas fontes, que veio à público em tempo oportuno). 


Tudo isso ao som de forró-pé-de-serra. O evento teve continuidade no dia 1º de setembro, com visita guiada a lugares de memória do cangaço em Dores, como a Mata da Serrinha e as fazendas Tabua, Salobro e Candeal, bem como à residência de dona Isaura Lopes (memória viva) num trabalho de educação patrimonial com alunos das oficinas do projeto. Nestas visitas, foram ressaltadas as figuras de alguns dorenses ligados à história do cangaço, como José Elpídio dos Santos, um mártir assassinado com requintes de crueldade pelo bando de Lampião em 1930, no Candeal, por não delatar seu pai e outros membros da volante que guarnecia Dores, evitando assim nova invasão da sede do município e prováveis atrocidades dos bandoleiros com seus cidadãos.

Elane Marques

Agradecemos ao escritor Archimedes Marques e a sua esposa Elane Marques pelas presenças, sem as quais nosso evento não teria o sucesso alcançado; aos alunos do Colégio Estadual Professor Fernando Azevedo, que junto aos seus professores Edivaldo e Jorge participaram atentamente do evento e marcaram presença no fértil debate incitado pela palestra do Dr. Archimedes; aos nossos colaboradores Secretaria de Estado Cultura/Governo de Sergipe, Ministério da Cultura/Governo Federal, Bazar da Arte, Paper e Co., Secretaria Municipal de Educação, JVS Vídeo digital e Sintec contabilidade; à primeira dama Iracema Rodrigues, que esteve representando o prefeito municipal, e a Messias do IBGE, representando nossa memória viva dona Isaura; aos alunos do Projeto Memórias, que participaram do evento com a exposição de algumas obras de arte produzidas nas nossas oficinas e que enfocam o cangaço; e a todos os presentes.

Em nosso blogodoprojetomemorias.blogspot.com acompanhe ao longo da semana os registros fotográficos das atividades do evento, hoje já está disponível o capítulo 1, e leia o texto LAMPIÃO EM N. SRA. DAS DORES, do escritor e pesquisador Archimedes Marques.

Cordialmente,
Projeto Memórias

Enviado por: João Paulo História 

As trincheiras de Rodolfo, em 1927: VI - Francisco Marcelino Holanda

Imagem 01 - Edificio Marcelino, 1968

A imagem 01 mostra o local da sexta trincheira de defesa da cidade ao ataque de Lampião, (1900-1938), à cidade de Mossoró-RN, em 13/06/1927. Esta edificação, até a presente data, ainda encontra-se erguida, à Praça Rodolfo Fernandes.

Raul Fernandes, na obra abaixo, assim a descreve: "No sobrado, à Praça Rodolfo Fernandes, 95, ficaram nove civis armados de rifles, municiados com setenta balas cada homem. Compuseram a trincheira: Antônio Cordeiro, Basílio Silva, Estevão de Tal, José Matias da Costa, Manoel Ferreira, Luiz Mendes de Freitas, Noberto de Souza Rego, Severino de Aquino e Tertuliano Aires Dias, conhecido por Terto Aires, proprietário de uma fundição na cidade."

Próxima Trincheira a ser postada: VI

Citarmos as fontes é respeitar quem pesquisou e dar credibilidade ao que escrevemos. Télescope.Fontes: FERNANDES, Raul. ( 09-09-1908-1998). A Marcha de Lampião, Assalto a Mossoró. 7a. edição, Coleção Mossoroense, Volume 1550,  Fundação Vingt-un Rosado, outubro de 2009; Fonte do  arquivo fotográfico P&B - Azougue. Provável autor da fotografia 01: Manuelito Pereira, (1910-1980);  Índice das Matérias Publicadas em Memória Fotográfica.


http://blog.i.uol.com.br/mdl/4dot_s7.gif Escrito por: Copyright@Télescope

Fonte: 




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"FATOS E FOTOS" 
para você ler as crônicas e poesias dos escritores:
Rangel Alves da Costa e 
Clerisvaldo B. Chagas

http://sednemmendes.blogspot.com